Autor Tópico: Brasil chegou 'ao limite' na tolerância de impostos, diz WSJ  (Lida 2164 vezes)

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Offline Diego

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Brasil chegou 'ao limite' na tolerância de impostos, diz WSJ
« Online: 28 de Janeiro de 2008, 09:30:32 »
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O Brasil está chegando ao limite da tolerância a impostos, segundo artigo publicado nesta segunda-feira pelo jornal americano Wall Street Journal.

O jornal cita a derrota da CPMF no Congresso, no mês passado, como um sinal de que a classe política "está finalmente acordando para o fato de que o governo não pode continuar espremendo o público para sempre".

"A morte de qualquer imposto, em qualquer lugar do mundo é uma boa notícia econômica, mas em um país como o Brasil é apenas um pouco menos impressionante do que foi a queda do Muro de Berlim para o leste europeu."

O diário lembra que os impostos sobre a produção do setor privado no Brasil são "extraordinariamente altos e estão diretamente relacionados ao baixo crescimento econômico crônico do período pós-ditadura militar". "Se Brasília estiver começando a temer que o aumento de impostos traz custos políticos, uma mudança épica pode estar a caminho."

Para o Wall Street Journal, no entanto, o fim da CPMF não significa ainda que o Brasil esteja caminhando para uma economia liberal em breve.

"Mas o golpe contra os impostos contradiz o argumento de que a maior economia da América Latina esteja indo pelo caminho socialista dos satélites de Cuba e Venezuela, como a Bolívia, Argentina e Equador. O Brasil, na verdade, está tendendo à modernidade apesar das amarras do grande governo. Só é pena o ritmo."

O jornal americano afirma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou manter a CPMF com o argumento de que seus recursos seriam utilizados na busca por maior igualdade social, mas "uma visão mais cínica é de que esta é a escola de caudilhos fora de moda, que se agarram ao poder distribuindo clientelismo".

Nos países em que uma boa parte dos eleitores é de classe média, que têm mais a perder do que a ganhar com políticas fiscais que punem aspirações econômicas, o aumento de impostos já atingiu um limite, diz o jornal.

"Se os brasileiros estão acordando para o problema pode ser porque, depois de anos de hiperinflação, a estabilidade monetária parece ter finalmente se estabelecido, fazendo maravilhas para o poder de ganho e de poupança de milhões. Isso, somado ao crescimento global das commodities, está produzindo uma classe média emergente que agora está se impondo politicamente."

O WSJ ainda comenta a complexidade do sistema fiscal brasileiro, afirmando que ela serve a um propósito político: "Todas as complicações no sistema produzem novos empregos no setor governamental e, pelo menos, o mesmo número de oportunidades para garantir favores especiais por um preço. Isso significa que a simplificação do sistema pode reduzir a corrupção como um todo - mas também significa que os esforços para simplificá-lo provavelmente vão enfrentar resistência".

Para o jornal, no entanto, um problema ainda mais fundamental é que a esquerda brasileira parece não perceber que um sistema fiscal simplificado aumentaria os incentivos para que ele funcionasse e fosse aplicado, e provavelmente aumentaria a arrecadação.

http://br.invertia.com/noticias/noticia.aspx?idNoticia=200801281034_BBB_63570006


Offline Oceanos

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Re: Brasil chegou 'ao limite' na tolerância de impostos, diz WSJ
« Resposta #1 Online: 28 de Janeiro de 2008, 15:18:48 »
"A morte de qualquer imposto, em qualquer lugar do mundo é uma boa notícia econômica, mas em um país como o Brasil é apenas um pouco menos impressionante do que foi a queda do Muro de Berlim para o leste europeu."
Perfeito. :)

Offline Diego

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Re: Brasil chegou 'ao limite' na tolerância de impostos, diz WSJ
« Resposta #2 Online: 28 de Janeiro de 2008, 15:22:04 »
Em termos de comparação com o muro de berlin:
Derrubamos um muro, mas o governo constrói outro alguns metros atrás... pq afinal está subindo outros impostos pra compensar a perda de arrecadação, sendo que deveria cortar custos da máquina pública para compensar a perca.

Offline Pregador

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Re: Brasil chegou 'ao limite' na tolerância de impostos, diz WSJ
« Resposta #3 Online: 28 de Janeiro de 2008, 15:41:19 »
O aumento do IOF e da CSLL dos bancos foi bem nocivo para quem precisa de crédito e são muitos os que precisam. Por isso acho que a queda da CPMF foi insignificante. O pessoal do WSJ está longe e tem uma interpretação de quem está longe mesmo. Para eles pode parecer que o Congresso derrubou a CPMF por consciência política, ou por que os congressistas queriam dizer uma basta aos tributos. Mas nós aqui sabemos que foi só politicagem para aumentar o lobby da oposição pelos seus votos e por seu prestígio.

Por isso eu estou convicto que o muro não caiu, gravaram um vídeo falso com o muro sendo derrubado e mostraram para o povo ávido por mais circo ver. O povo acreditou e aplaudiu a comédia mas o muro continua lá.
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Offline Dodo

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Re: Brasil chegou 'ao limite' na tolerância de impostos, diz WSJ
« Resposta #4 Online: 28 de Janeiro de 2008, 15:58:31 »
Mas nós aqui sabemos que foi só politicagem para aumentar o lobby da oposição pelos seus votos e por seu prestígio.

Por isso eu estou convicto que o muro não caiu, gravaram um vídeo falso com o muro sendo derrubado e mostraram para o povo ávido por mais circo ver. O povo acreditou e aplaudiu a comédia mas o muro continua lá.

Não sei se você esta lembrado, mas quando a oposição tinha a certeza de vencer a CPMF, foi veiculado entrevistas com alguns integrantes da oposição afirmando que depois do carnaval iriam estudar alternativas a CPMF, inclusive ressuscitá-la com outro nome, só que desta vez através de um debate democrático.
Isso me faz ver nossa democracia como uma grande festa, você paga as contas, serve as mesas, mas não tem convite para entrar.
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Offline Caio1985

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Re: Brasil chegou 'ao limite' na tolerância de impostos, diz WSJ
« Resposta #5 Online: 28 de Janeiro de 2008, 17:20:41 »
A CPMF era um dos impostos mais justos. Não dava pra sonegar e quem realmente pagava eram os que podiam movimentar bastante dinheiro. Servia como um bom distribuidor de renda. Acho que o incômodo que isso causava a quem precisava movimentar dinheiro para investir é um preço que valia a pena pagar.

O povão adorou e comemorou o fim da CPMF. Me lembrou a queda do Collor, quando todo mundo acreditou que ele realmente sofreu o impeachment porque a galera "pintou a cara e foi pra rua". Estavam a serviço de outros e muita gente não sabe até hoje... algo parecido com aquela massa de manobra da Revolução Francesa.

Offline Diego

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Re: Brasil chegou 'ao limite' na tolerância de impostos, diz WSJ
« Resposta #6 Online: 28 de Janeiro de 2008, 17:24:33 »
Por que os mais ricos pagarem mais é justo???

Odeio esse pensamento esquerdista brasileiro...

Rhyan

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Re: Brasil chegou 'ao limite' na tolerância de impostos, diz WSJ
« Resposta #7 Online: 28 de Janeiro de 2008, 17:28:46 »
CPMF aumentava o preço dos produtos, ou seja, os pobres eram prejudicados.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Brasil chegou 'ao limite' na tolerância de impostos, diz WSJ
« Resposta #8 Online: 28 de Janeiro de 2008, 17:35:13 »
A CPMF era um dos impostos mais justos. Não dava pra sonegar e quem realmente pagava eram os que podiam movimentar bastante dinheiro. Servia como um bom distribuidor de renda. Acho que o incômodo que isso causava a quem precisava movimentar dinheiro para investir é um preço que valia a pena pagar.

O povão adorou e comemorou o fim da CPMF. Me lembrou a queda do Collor, quando todo mundo acreditou que ele realmente sofreu o impeachment porque a galera "pintou a cara e foi pra rua". Estavam a serviço de outros e muita gente não sabe até hoje... algo parecido com aquela massa de manobra da Revolução Francesa.

Qualquer um que tinha uma conta bancária pagava CPMF, não é correto que só ricos pagavam.

Servia como bom distribuidor de renda? Sabia que  só 0,20% do arrecadado com a CPMF era destinado à saúde pública (Que foi o motivo de inventarem a CPMF. lembra?) e o restante pagava até auxilio paletó para deputado?

Grande distribuidor de renda mesmo, sai do seu bolso para ir para o de um deputado.

Offline Dodo

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Re: Brasil chegou 'ao limite' na tolerância de impostos, diz WSJ
« Resposta #9 Online: 28 de Janeiro de 2008, 17:40:20 »
Só vou acreditar no fim da CPMF daqui uns quatro anos.
Pra mim ela vai voltar...
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Alfred E. Newman

Offline Caio1985

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Re: Brasil chegou 'ao limite' na tolerância de impostos, diz WSJ
« Resposta #10 Online: 28 de Janeiro de 2008, 17:42:52 »
Tributos progressivos são a melhor alternativa conhecida para distribuir renda. Não é tão agressivo, não afeta o padrão de vida dos mais ricos...

Pagava auxílio paletó pra deputado sim. Era uma parte ínfima do que se arrecadava. Acreditar que tudo ia pra deputado ou de qualquer outra maneira indevida para benefício de políticos é um equívoco. Acabou servindo para manter a máquina pública e não só como investimento na saúde.

Entendo o ponto de vista do Diego e não acho estupidez esse pensamento. Mas acho que diminuir o Estado e deixar a mão invisível do mercado fazer justiça social sozinha não é o caminho mais seguro e adequado.

Acredito que o ideal é atingido gradualmente enquanto as duas vertentes existirem juntas. Tomar uma delas como direção e levá-la ao extremo é uma coisa que a história já mostrou que não resolve.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Brasil chegou 'ao limite' na tolerância de impostos, diz WSJ
« Resposta #11 Online: 28 de Janeiro de 2008, 17:50:16 »
Aqui estã a distribuição mais justa da renda da CPMF...

http://daladier.blogspot.com/2007/11/veja-porque-o-dinheiro-da-cpmf-no.html

Desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse de seu primeiro mandato, em janeiro de 2003, até julho de 2007, irregularidades na aplicação do dinheiro da Saúde – setor que é dono da maior fatia do Orçamento da União entre os ministérios – já custaram 613 milhões de reais aos cofres públicos. Este dinheiro, pago pelo contribuinte para ser gasto em hospitais e melhorias na área em todo o país, simplesmente desapareceu das mãos do estado, em fraudes, desvios e falhas na aplicação de verbas.

Reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta segunda-feira revela que só a Controladoria-Geral da União (CGU) apurou prejuízos de 513,2 milhões de reais de janeiro de 2003 a julho de 2007. Os escândalos são muitos. Houve a máfia dos sanguessugas, por exemplo, que desviou 39,2 milhões de reais com a venda de ambulâncias superfaturadas a prefeituras. Ou as fraudes em licitações de hemoderivados descobertas pela Operação Vampiro da Polícia Federal, que podem ter sumido com até 120 milhões de reais. Ou ainda os recentes escândalos envolvendo a Funasa – todos responsáveis por rombos milionários.

Para piorar, além dos escândalos, há inúmeras irregularidades na aplicação de verbas da saúde em seu destino final, como mostram processos administrativos abertos pelo próprio Executivo para investigar fraudes e falhas na aplicação de recursos, as chamadas tomadas de contas especiais. Auditores da CGU identificaram nas prestações de contas problemas como falta de comprovação de gastos, não cumprimento do projeto previsto no convênio, apresentação de notas falsas e pagamentos irregulares por procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) a hospitais das redes pública e conveniada.

Descentralização - Segundo a reportagem do diário paulista, na contabilidade da CGU, a pasta da Saúde é disparado aquela que tem o maior volume de irregularidades. Para o procurador-geral do TCU, Lucas Furtado, "há um problema de gestão no sistema, que, somado à natureza dos gastos e à descentralização da administração, amplia a possibilidade de fraudes e desvios."
Os desvios levantados pela CGU preocupam ainda mais quando, no afã de aprovar a prorrogação da cobrança da CPMF, o governo acena que pode destinar mais 24 bilhões de reais para a Saúde nos próximos anos. "Se não houver melhoria nos controles, não há nenhuma garantia de que esse dinheiro vá gerar benefícios à população", disse Furtado ao jornal.

Lula não viu nada.


Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Brasil chegou 'ao limite' na tolerância de impostos, diz WSJ
« Resposta #12 Online: 28 de Janeiro de 2008, 17:56:56 »
Tributos progressivos são a melhor alternativa conhecida para distribuir renda. Não é tão agressivo, não afeta o padrão de vida dos mais ricos...

Pagava auxílio paletó pra deputado sim. Era uma parte ínfima do que se arrecadava. Acreditar que tudo ia pra deputado ou de qualquer outra maneira indevida para benefício de políticos é um equívoco. Acabou servindo para manter a máquina pública e não só como investimento na saúde.

Entendo o ponto de vista do Diego e não acho estupidez esse pensamento. Mas acho que diminuir o Estado e deixar a mão invisível do mercado fazer justiça social sozinha não é o caminho mais seguro e adequado.

Acredito que o ideal é atingido gradualmente enquanto as duas vertentes existirem juntas. Tomar uma delas como direção e levá-la ao extremo é uma coisa que a história já mostrou que não resolve.

Não sou contra que os mais ricos paguem mais impostos, afinal vc descontar 27,5%  do imposto de renda   de quem é da classe  média é muito mais pesado que descontar 27,5% da renda do Antonio Ermirio que ainda assim vai ter grana de sobra para viver.

A questão é que a CPMF FOI CRIADA COM A DESCULPA DE MELHORAR O SISTEMA DE SAÚDE PÚBLICA que como vc mesmo pode ver, continua com gente morrendo  sem atendimento nem em caso de emergência.

Não foi criada para distribuir renda, não foi criada para pagar auxilio pa´letó, não foi criada para comprar carro novo para deputado.

Em resumo, é mais um imposto inútil feito para encher os bolsos de  doadores de campanha que se empanturraram com essa verba.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Brasil chegou 'ao limite' na tolerância de impostos, diz WSJ
« Resposta #13 Online: 28 de Janeiro de 2008, 18:00:29 »
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Entendo o ponto de vista do Diego e não acho estupidez esse pensamento. Mas acho que diminuir o Estado e deixar a mão invisível do mercado fazer justiça social sozinha não é o caminho mais seguro e adequado.


Cada centavo que o governo consome vem de nossos impostos sendo que por décadas tivemos de bancar empresas estatais que nada mais eram que  cabides de empregos dispendiosos.

A "mão invisível do mercado" é a que gera todos os impostos que sustentam o governo, o Brasil todo  e sem ela os "programas sociais" do Lullalá vão para o lixo.

Rhyan

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Re: Brasil chegou 'ao limite' na tolerância de impostos, diz WSJ
« Resposta #14 Online: 28 de Janeiro de 2008, 19:45:31 »
Mas acho que diminuir o Estado e deixar a mão invisível do mercado fazer justiça social sozinha não é o caminho mais seguro e adequado.

Engano seu. Veja a lista de liberdade economica e olhe a situação dos primeiros países.

Rhyan

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Re: Brasil chegou 'ao limite' na tolerância de impostos, diz WSJ
« Resposta #15 Online: 28 de Janeiro de 2008, 19:51:40 »
Aumentar o estado e deixa a caridade governamental cuidar da "justiça social" (termo criado pela esquerda), é o caminho mais curto para o autoritarismo.

Offline Pregador

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Re: Brasil chegou 'ao limite' na tolerância de impostos, diz WSJ
« Resposta #16 Online: 29 de Janeiro de 2008, 09:43:31 »
Tributos progressivos são a melhor alternativa conhecida para distribuir renda. Não é tão agressivo, não afeta o padrão de vida dos mais ricos...

Pagava auxílio paletó pra deputado sim. Era uma parte ínfima do que se arrecadava. Acreditar que tudo ia pra deputado ou de qualquer outra maneira indevida para benefício de políticos é um equívoco. Acabou servindo para manter a máquina pública e não só como investimento na saúde.

Entendo o ponto de vista do Diego e não acho estupidez esse pensamento. Mas acho que diminuir o Estado e deixar a mão invisível do mercado fazer justiça social sozinha não é o caminho mais seguro e adequado.

Acredito que o ideal é atingido gradualmente enquanto as duas vertentes existirem juntas. Tomar uma delas como direção e levá-la ao extremo é uma coisa que a história já mostrou que não resolve.

Não cabe mais nenhum tipo de imposto. Antes de ficar pensando em implementar a progressividade nos impostos é necessário reduzir a carga tributária no mínimo uns 25% do PIB. Só depois pensar na progressividade que já existe de forma tímida no IR e no IPTU, embora neste último, sempre dê para derrubar no judiciário.
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Offline Caio1985

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Re: Brasil chegou 'ao limite' na tolerância de impostos, diz WSJ
« Resposta #17 Online: 29 de Janeiro de 2008, 10:40:02 »
A liberdade econômica dos primeiros países é fruto de décadas de Estados bem consolidados com atuação diminuindo gradulmente na economia. Querer dar um salto desses é ignorar a nossa realidade.

Nosso país até muito pouco tempo atrás tinha muitos economistas que defendiam um superávit primário para pagar uma dívida externa que nunca seria paga dessa maneira. Como um cachorro correndo atrás do próprio rabo.   Nossa democracia- desculpem o chavão- também engatinha...

Acho que diminuir o Estado em um país onde os índices de distribuição de renda são mais escandalosos do que a carga tributária é querer dar passo maior que a perna.

O país vem crescendo, a renda do trabalhador vem crescendo, superávit de exportações também e etc. O que argumentam?

Que outros países emergentes vêm crescendo mais do que o Brasil. Que era pra crescer mais... o que deve-se observar é que o Brasil vira e mexe está entre as 10 maiores economias do mundo.

Uma coisa é o Brasil crescer 9%... outra é o Haiti crescer essa porcentagem.

Offline Luis Dantas

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Re: Brasil chegou 'ao limite' na tolerância de impostos, diz WSJ
« Resposta #18 Online: 29 de Janeiro de 2008, 10:57:37 »
Bons pontos, Caio, mas não tornam necessariamente justo ou bem aplicado o dinheiro dos impostos.  O crescimento da economia brasileira não me parece particularmente bem fundamentado, pelo contrário.
Wiki experimental | http://luisdantas.zip.net
The stanza uttered by a teacher is reborn in the scholar who repeats the word

Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Pregador

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Re: Brasil chegou 'ao limite' na tolerância de impostos, diz WSJ
« Resposta #19 Online: 29 de Janeiro de 2008, 11:03:02 »
A liberdade econômica dos primeiros países é fruto de décadas de Estados bem consolidados com atuação diminuindo gradulmente na economia. Querer dar um salto desses é ignorar a nossa realidade.

Nosso país até muito pouco tempo atrás tinha muitos economistas que defendiam um superávit primário para pagar uma dívida externa que nunca seria paga dessa maneira. Como um cachorro correndo atrás do próprio rabo.   Nossa democracia- desculpem o chavão- também engatinha...

Acho que diminuir o Estado em um país onde os índices de distribuição de renda são mais escandalosos do que a carga tributária é querer dar passo maior que a perna.

O país vem crescendo, a renda do trabalhador vem crescendo, superávit de exportações também e etc. O que argumentam?

Que outros países emergentes vêm crescendo mais do que o Brasil. Que era pra crescer mais... o que deve-se observar é que o Brasil vira e mexe está entre as 10 maiores economias do mundo.

Uma coisa é o Brasil crescer 9%... outra é o Haiti crescer essa porcentagem.


A renda do trabalhador vem caindo e não crescendo. O que cresceu foi o número de postos de trabalho (isso segundo o governo, algo questionável) a renda continua diminuindo. A saúde está pior, a educação também. Talvez não esteja pior, mas não está melhorando, definitivamente. A exportações também vem caindo, em razão da cotação do dolar e consequente importação maior. Como temos encargos trabalhistas enormes, carga tributária enorme, logística cara, não conseguimos competir com as industrias estrangeiras a não ser quando amparados por um câmbio favorável o que é ridículo. Quanto aos commodities nós vendemos bem por que produzimos muito e o mundo depende de nossa produção. Não é por que ela é competitiva, mas é por que tem mercado certo.

Os gastos do governo tem aumentado, seja com programas de compra de votos (bolsa-família), com o funcionalismo público em que vemos servidores que ganham mais de R$ 20.000,00 por mês fazendo greve... O funcionalismo tem salários altíssimos e incompatíveis com a realidade nacional. A longo prazo este funcionalismo vai parasitar ainda mais o governo pressionando as contas e o governo a aumentar impostos para dar conta do pagamento.

Temos superfaturamento de obras, como as do PAC, as "tapa-buracos" nas estradas, e as do PAN. As empresas são devastadas por uma carga tributária altíssima e um sistema tributário caótico com multas e sanções draconianas. Muitas atividades são inviáveis se for cumprido integralmente a legislação em razão dos encargos.
Arrecada-se como país altamente desenvolvido e como um Estado Social e reverte-se a arrecadação a população como um Estado Liberal, com serviços públicos deficientes ou até mesmo inexistentes.

Quanto a corrupção e desvio de verbas nem preciso dizer que quanto maior o Estado, mais sujeito a corrupção ele está. No nosso caso é uma pandemia a corrupção.

Daí ainda tem gente defendendo a atual carga tributária. Deve ser piada. Você tem alguma empresa? que tal uma prestadora de serviços? sabe os encargos a qual ela está submetida?
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Brasil chegou 'ao limite' na tolerância de impostos, diz WSJ
« Resposta #20 Online: 29 de Janeiro de 2008, 12:42:26 »
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Daí ainda tem gente defendendo a atual carga tributária. Deve ser piada. Você tem alguma empresa? que tal uma prestadora de serviços? sabe os encargos a qual ela está submetida?

O ponto é exatamente esse.

Quem critica  os empresários , normalmente nunca teve uma empresa aberta e não tem a mínima idéia  da dificuldade de possuir uma com a carga tributária absurda que pagamos.

Pagar mais impostos a título de uma distribuição de renda mais justa?

Faça uma pesquisa rápida e veja quem é a "zhelhity" que o Lullalá tanto odeia... a grande maioria  da classe média alta e dos ricos são funcionários publicos ,  diretores de estatais,  vereadores, deputados... antes de querer aumentar impostos que eles reduzam os próprios salários.

Offline Partiti

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Re: Brasil chegou 'ao limite' na tolerância de impostos, diz WSJ
« Resposta #21 Online: 30 de Janeiro de 2008, 18:07:39 »
Mas acho que diminuir o Estado e deixar a mão invisível do mercado fazer justiça social sozinha não é o caminho mais seguro e adequado.

Engano seu. Veja a lista de liberdade economica e olhe a situação dos primeiros países.

Vamos então analisar os BIRC, para comparar países do mesmo tipo.

Liberdade econômica:

Brasil - 60,9
Índia - 55,6
China - 54,0
Rússia - 54,0

Crescimento do PIB - 2006:

China - 11,1%
Índia - 9,7%
Rússia - 6,6%
Brasil - 2,8%

Estranho não?
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Brasil chegou 'ao limite' na tolerância de impostos, diz WSJ
« Resposta #22 Online: 30 de Janeiro de 2008, 18:19:41 »
Mas acho que diminuir o Estado e deixar a mão invisível do mercado fazer justiça social sozinha não é o caminho mais seguro e adequado.

Engano seu. Veja a lista de liberdade economica e olhe a situação dos primeiros países.

Vamos então analisar os BIRC, para comparar países do mesmo tipo.

Liberdade econômica:

Brasil - 60,9
Índia - 55,6
China - 54,0
Rússia - 54,0

Crescimento do PIB - 2006:

China - 11,1%
Índia - 9,7%
Rússia - 6,6%
Brasil - 2,8%

Estranho não?

Qual a carga tributária da China, India e Rússia em relação a do Brasil, qual a taxa de juros de cada um desses países e qual o peso  dos direitos trabalhistas  na folha de pagamento  das empresas?

Até onde sei, aqui pode haver mais liberdade economica mas o Brasil é o país onde mais se paga impostos, taxas de juros e direitos trabalhistas e é claro que isso torna o produto Brasileiro bem caro em relação aos importados.

« Última modificação: 30 de Janeiro de 2008, 18:22:42 por Arcanjo Lúcifer »

Offline Partiti

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Re: Brasil chegou 'ao limite' na tolerância de impostos, diz WSJ
« Resposta #23 Online: 30 de Janeiro de 2008, 18:33:34 »
Veja a metodologia por você mesmo, ela considera tudo isso que você citou:

http://en.wikipedia.org/wiki/Indices_of_Economic_Freedom#Economic_Freedom_of_the_World

E sinceramente, se o índice falha quando comparado com países similares, porque ele seria válido como comparação com índices de países tão distintos?

A idéia aqui é a seguinte, não estou tentando dizer que reduzir impostos e gastos desnecessários é inútil, mas sim que isto por si só não garante crescimento. O buraco é mais embaixo, tem que considerar inúmeros fatores, como população, relações internacionais, educação, etc...
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Brasil chegou 'ao limite' na tolerância de impostos, diz WSJ
« Resposta #24 Online: 30 de Janeiro de 2008, 18:56:19 »
Veja a metodologia por você mesmo, ela considera tudo isso que você citou:

http://en.wikipedia.org/wiki/Indices_of_Economic_Freedom#Economic_Freedom_of_the_World

E sinceramente, se o índice falha quando comparado com países similares, porque ele seria válido como comparação com índices de países tão distintos?

A idéia aqui é a seguinte, não estou tentando dizer que reduzir impostos e gastos desnecessários é inútil, mas sim que isto por si só não garante crescimento. O buraco é mais embaixo, tem que considerar inúmeros fatores, como população, relações internacionais, educação, etc...

Não leio inglês, mas tudo bem..se vc falou eu acredito.

Mas veja meu raciocínio:

 Que adianta vc ter liberdade total de investir seu dinheiro onde quiser, se  o que pagará em impostos, juros e direitos trabalhistas praticamente te impede de ter lucro e investir mais dinheiro para a economia crescer?

Isso explica  o motivo do Brasil ter esse crescimento ridículo?

 

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