Cientista estuda por que bons soldados torturam prisioneiros
Criador do controverso experimento da prisão em Stanford analisa situação no Iraque.
Philip Zimbardo analisa como decisões políticas e escolhas individuais levaram a abusos.Claudia Dreifus
Do "New York Times"
As paredes da casa de Philip Zimbardo em San Francisco, na Costa Oeste americana, estão cobertas por máscaras cerimoniais vindas da Indonésia, da África e do Pacífico. A decoração casa bem com o trabalho desse psicólogo social, cujo foco de estudo são os disfarces que as pessoas usam para ocultar seus lados bons e maus, e em que condições esses disfarces são utilizados.
Seu Experimento da Prisão de Stanford, conhecido como SPE nos manuais de ciência social, mostrou como o anonimato, o conformismo e o tédio podem ser usados para induzir comportamentos sádicos em estudantes de mente aparentemente sadia. Recentemente, Zimbardo, de 74 anos, tem estudado como decisões políticas e escolhas individuais levaram a abusos na prisão de Abu Ghraib, no Iraque. O caminho que o levou de Stanford para Abu Ghraib está descrito em seu novo livro, “The Lucifer Effect: Understanding How Good People Turn Evil” (O Efeito Lúcifer: Entendendo Como Pessoas Boas Ficam Más).
“Sempre tive curiosidade sobre a psicologia da pessoa por trás da máscara”, diz Zimbardo ao mostrar sua coleção. “Quando alguém é anônimo, abrem-se as portas para todo tipo de comportamento anti-social, como vemos no caso da Ku Klux Klan [associação racista americana cujos membros usam capuzes].”
Confira abaixo a entrevista concedida ao jornal "The New York Times".
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Outros links relacionados:http://en.wikipedia.org/wiki/Philip_Zimbardohttp://www.prisonexp.org/http://www.npr.org/templates/story/story.php?storyId=1870756Shermer entrevista Zimbardo para o Skepticalityhttp://www.greylodge.org/gpc/?p=670