Tópico: Tenista indiana desiste de torneio para evitar polêmica sobre roupas

[Unknown]

Tenista indiana desiste de torneio para evitar polêmica sobre roupas

Sania Mirza foi ameaçada por alguns clérigos muçulmanos conservadores por usar camisas apertadas e minissaias em quadra


Mirza em ação

BANGALORE (Índia) - A tenista indiana Sania Mirza desistiu de participar do torneio de Bangalore, no sul de seu país e que vai de 3 a 9 de março, para evitar ser alvo das mesmas polêmicas, sempre que entra em quadra, por sua forma de vestir.

"Sempre houve algum tipo de problema quando jogo na Índia. Por isso, achei melhor não entrar em quadra desta vez", disse a tenista, citada pela agência "PTI".

Mirza, primeira indiana a vencer um título do circuito da WTA, em 2005, e atualmente 29ª colocada do ranking, foi ameaçada por alguns clérigos muçulmanos conservadores por usar camisas apertadas e minissaias em quadra. "Não participar do torneio não é uma reação extrema. As controvérsias duraram muito tempo e não é fácil esquecê-las", explicou a tenista, de 21 anos.

O também indiano Mahesh Bhupathi, que atua como representante da atleta e é seu parceiro nas chaves de duplas mistas, afirmou que a decisão de Mirza não é definitiva e que sua carreira não será afetada por esta polêmica.

"Não é uma decisão permanente. Este será o único ano em que ela não jogará na Índia", declarou Bhupathi, vencedor de 39 títulos em duplas e que foi o primeiro do país a vencer uma chave de Grand Slam - nas duplas mistas de Roland Garros em 1997, com a japonesa Rika Haraki.

"Mirza está bastante magoada com o que ocorreu, mas ainda tem objetivos em longo prazo. Tenho certeza que ela voltará a jogar na Índia mais cedo ou mais tarde", completou.

A jogadora também foi alvo de muitas críticas dos setores mais conservadores de seu país por ter formado dupla com a israelense Shahar Peer no torneio de Wimbledon. Em novembro de 2005, Mirza abandonou uma entrevista coletiva quando perguntada sobre as relações sexuais pré-matrimoniais.

A tenista é um modelo para milhões de adolescentes e jovens de seu país, por dar uma imagem de vida diferente à pregada pelos valores tradicionais indianos.

http://ultimosegundo.ig.com.br/esportes/tenis/2008/02/04/mirza_desiste_de_torneio_de_tenis_na_india_para_evitar_polemica_sobre_roupas_1178068.html

[Dbohr]

Já disse várias vezes aqui: o fundamentalismo islâmico vai terminar quando as islâmicas cansarem de abaixar a cabeça... vambora, mulherada, Lisístrata neles!!

[uiliníli]

Mas se elas não abaixam a cabeça se arriscam a perdê-la...

[Mussain!]

Concordo, uiliníli...



E maldito ceticismo me faz pensar que ela na verdade conseguiu o que ela diz não querer.... causar polêmica.... ...devido a sua reação ser algo extremamente 'polêmico'. Não sei, mas acho que o nome dela não era tão "popular", até o ocorrido....


Se for verdade, só lamento. É revoltante que uma merda que veio há centenas e centenas de anos atrás ainda perdure na cabeça desse povo.....

[Dbohr]

Mas se elas não abaixam a cabeça se arriscam a perdê-la...

Individualmente? Sim. Mas cabe à elas decidirem se unir para que isso não aconteça com todas. Algumas vão morrer, mas isso não pode ser evitado. Infelizmente

[Luis Dantas]

Se houver polêmica por esse motivo, pode ser bom no fim das contas.  Os indianos podem se perguntar se é razoável deixar as coisas chegarem a esse ponto.

[uiliníli]

Individualmente? Sim. Mas cabe à elas decidirem se unir para que isso não aconteça com todas. Algumas vão morrer, mas isso não pode ser evitado. Infelizmente

Você conhece a fábulo dos ratos que resolvem pendurar uma sineta no pescoço do gato, não conhece? A questão é quem é que está disposta a arriscar seu próprio pescocinho...

Você, Dbohr, você morreria por uma causa?

[Dbohr]

Dependendo da causa, sim.

[Mussain!]

A causa em questão, por exemplo?

[uiliníli]

Dependendo da causa, sim.

Eu não, eu acho essa história toda de martírio e morrer para salvar os outros cristianismo demais para o meu gosto

[Dbohr]

A causa em questão, por exemplo?

Por exemplo, sim. Mas é óbvio que a idéia não é brincar de mártir, e sim lutar com inteligência! Por exemplo, se o Estado é fundamentalista religioso, é mais fácil tentar apelar para os aspectos mais positivos da religião. Dizem que o Islã tem passagens bem favoráveis às mulheres; talvez fosse o caso das moças entrarem por aí.

De outra forma, a união faz a força. Uma pessoa só certamente seria punida, mas se mais e mais indivíduos e organizações se unissem, ficaria tanto mais difícil resistir à pressão. Tem que ser trabalho de formiga, mesmo.

[uiliníli]

Acho que antes de as mulheres terem um ambiente seguro para lutar por emancipação no islã é reciso mudar muitas outras coisas. Aqui no Ocidente as mulheres conquistara independência e respeito em uma sociedade machista, porém civilizada, democrática e relativamente tolerante. No mundo muçulmano, como outro tópico recente está discutindo, um estudante pode ser condenado à morte por imprimir um texto na Internet. Mais que isso escritores e cartunistas estrangeiros são ameaçados de morte e comportamentos que no Ocidente sequer são considerados crimes lá são punidos com apedrejamento e chibatadas. Chamar um ursinho de pelúcia de Maomé pode custar a sua cabeça...

Veja só a diferença, aqui no Ocidente as feministas podiam queimar seus sutiãs e o pior que poderia lhes acontecer era ser ridicularizadas. Mas adivinha só o que aconteceria no Afeganistão se uma mulher resolvesse queimar sua burqa? Boa parte do mundo muçulmano é território bárbaro e selvagem e eles precisam caminhar muito, mas muito mesmo ainda em direção à civilização antes de sequer cogitarem abrir suas cabeças para uma mudança no papel social da mulher.

[Dbohr]

A comparação conosco não é bem essa. A comparação tem que ser lá atrás, bem lá para trás, na época em que mulher ainda era vista como propriedade... que é o que efetivamente acontece no Islã. Claro, dado que estamos no século XXI, elas podem conseguir saltar algumas etapas. Mas ninguém disse que será fácil ou indolor.

[uiliníli]

Não, acho que a comparação é com a época que a Igreja queimava hereges na fogueira mesmo. É nesse nível que o Islã está hoje.