Autor Tópico: Meritocracia nas escolas públicas de São Paulo  (Lida 1388 vezes)

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Offline Herf

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Meritocracia nas escolas públicas de São Paulo
« Online: 10 de Fevereiro de 2008, 00:25:01 »
Daqui a uma ou duas semanas a Veja libera toda a entrevista. Por enquanto só está disponível este trecho no blog do Reinaldo.

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Premiar o mérito
Por Monica Weinberg

Como secretária estadual de Educação em São Paulo, a professora Maria Helena Guimarães de Castro, 61 anos, comanda uma rede de 5 500 escolas, 250 000 professores e 5 milhões de alunos. Nenhuma outra no país chega perto de tais números. É justamente nesse universo que será implantado pela primeira vez no Brasil um sistema segundo o qual as escolas passarão a ter metas acadêmicas no horizonte e receberão mais verbas caso consigam cumpri-las. O tal bônus será distribuído entre os funcionários. Depois de anunciado o novo sistema, a secretária passou a receber dezenas de e-mails de professores, alguns deles furiosos. "Eles querem aumento de salário, sim, mas dissociado do desempenho. Estão na contramão", diz a secretária. Cientista social de formação, desde 1993, quando assumiu a Secretaria de Educação em Campinas, Maria Helena ocupou diversos cargos públicos, entre eles o de secretária executiva do Ministério da Educação (MEC), durante o governo FHC, onde é lembrada por ter liderado a construção de um valioso sistema de avaliação das escolas brasileiras. Casada, mãe de três filhos e avó de quatro netos, ela concedeu a VEJA a seguinte entrevista.

Veja – Nas próximas semanas, as escolas estaduais de São Paulo se tornarão as primeiras no país a ter metas acadêmicas a cumprir – e a ser premiadas com mais dinheiro caso consigam atingi-las. Quais resultados a senhora espera alcançar com tais medidas?
Maria Helena – O objetivo é criar incentivos concretos para o progresso das escolas, a exemplo da bem-sucedida experiência de outros países do mundo desenvolvido, como Inglaterra e Estados Unidos. Eles não inventaram nenhuma fórmula mirabolante, mas, sim, conseguiram pôr em prática sistemas capazes de distinguir e premiar, com base em critérios objetivos, as escolas com bom desempenho acadêmico. As pesquisas mostram que, em todos os lugares onde uma política de reconhecimento ao mérito foi implantada, a educação avançou. No Brasil, esse é um debate novo e, infelizmente, ainda contraria uma parcela dos educadores.

Veja – Qual é exatamente o motivo das críticas ao novo sistema?
Maria Helena – Em pleno século XXI, há pessoas que persistem em uma visão sindicalista ultrapassada e corporativista, segundo a qual todos os professores merecem ganhar o mesmo salário no fim do mês. Essa velha política da isonomia salarial passa ao largo dos diferentes resultados obtidos em sala de aula, e aí está o erro. Ao ignorar méritos e deméritos, ela deixa de jogar luz sobre os mais talentosos e esforçados e, com isso, contribui para a acomodação de uma massa de profissionais numa zona de mediocridade. Por isso, demos um passo na direção oposta.

http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo/2008/02/veja-4-premiar-o-mrito.html

Offline Rodion

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Re: Meritocracia nas escolas públicas de São Paulo
« Resposta #1 Online: 10 de Fevereiro de 2008, 00:28:17 »
muito bom.
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Offline Andre

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Re: Meritocracia nas escolas públicas de São Paulo
« Resposta #2 Online: 10 de Fevereiro de 2008, 00:39:29 »
Em outubro saiu uma entrevista com Fernando Haddad (ministro da Educação) na Veja também.

Citação de: Veja
Longe dos Dogmas

O ministro da Educação diz que o Brasil precisa de mais pragmatismo e menos ideologia para melhorar o ensino

       Do gabinete do ministro da Educação, Fernando Haddad, 44 anos, saiu um projeto para o
Brasil que, de saída, conseguiu o feito raro de agradar a especialistas de diversos matizes
ideológicos. O mérito do plano foi criar um indicador que permite comparar o desempenho das
escolas brasileiras de modo que as piores possam ser cobradas com base em metas e as melhores
sejam premiadas. O princípio, portanto, é o da meritocracia, o mesmo que em outros países ajudou
o sistema educacional a atingir altos níveis de qualidade. Diz Haddad: “A obrigação de toda pessoa
de bom senso é se inspirar no que funciona bem em outros lugares”. Por essas e outras, o ministro,
que é filiado ao PT desde 1983, mereceu crítica de militantes. Formado em direito e com mestrado
em economia, ambos pela Universidade de São Paulo (USP), Haddad chegou a Brasília em 2003,
como assessor do Ministério do Planejamento, e há dois anos comanda a Pasta da Educação.
Casado e pai de dois filhos, ele diz que os grandes problemas da educação brasileira podem ser
definitivamente erradicados no prazo de duas décadas.

       Veja – O senhor concorda com os educadores segundo os quais as escolas no Brasil estão
passando uma visão retrógada do mundo a seus alunos?
       Haddad – Isso acontece, sim. Um problema evidente é o dogmatismo que chega a algumas
salas de aula do país. Ele exclui da escola a diversidade de idéias na qual ela deveria estar apoiada,
por princípio, e ainda restringe a visão de mundo à de uma velha esquerda. Não é para esse lado,
afinal, que o mundo caminha. Sempre digo que em uma igreja ou em um partido político as pessoas
têm o direito de promover a ideologia que bem entenderem, mas nunca em uma sala de aula. A
obrigação da escola é formar pessoas autônomas – capazes, enfim, de compreender de modo
abrangente o mundo em que vivem. Todo procedimento que mutila isso é incompatível com um
bom processo de aprendizado. Em suma, educação não combina com preconceito.

       Veja – Por que, então, o MEC aprova livros didáticos com esse viés?
       Haddad – Temos um sistema de escolha de livros didáticos com o qual, em tese, especialistas
de diferentes matizes ideológicos concordam. É simples. Mandamos os livros para as melhores
universidades públicas do país, e são os professores escolhidos por elas que opinam. Depois, as
escolas escolhem os livros da lista que consideram mais apropriados. Nesse sistema, portanto, o
MEC não atua como um censor com superpoderes, mas, sim, delega a tarefa a um conjunto de
pessoas qualificadas para executá-la. Não inventamos essa fórmula. A avaliação de trabalhos
acadêmicos feita por pares funciona em vários países desenvolvidos – e aliás muito bem.

       Veja – O fato de livros de conteúdo dogmático passarem por essa peneira não é um sinal,
então, de que o sistema não funciona?
       Haddad – Todo sistema dessa natureza tem falhas, e o do MEC não é exceção. A meu ver, no
entanto, o problema não é propriamente com o modelo que implantamos, mas justamente com a
visão dogmática que ainda circula em parte do meio acadêmico. O tipo de material didático que
chega à sala de aula é, afinal, reflexo de um modo de pensar próprio de uma parcela da
intelectualidade brasileira, em todos os níveis. Reafirmo minha opinião sobre o assunto. Eu acho
que cada um deve ter suas convicções e crenças, mas, de novo, quando se fala de educação é
preciso ser mais pluralista, ir de A a Z no espectro ideológico – senão, simplesmente não dá certo.

       Veja – O Brasil historicamente se sai mal em relação aos outros países nos rankings que
medem a qualidade de ensino. Qual a explicação para isso?
      Haddad – Tenho visitado escolas públicas no país inteiro nesses últimos meses. Observo, por
exemplo, que assuntos capitais do século XX, como as duas grandes guerras mundiais ou a queda
do Muro de Berlim, passam ao largo de uma discussão mais atual – não só nos livros mas também
nas aulas. Parece-me que ninguém até este momento parou para estudar alguns dos capítulos
cruciais da história recente da humanidade sob uma perspectiva contemporânea. É claro que isso faz
cair o nível das aulas. É preciso ressaltar, no entanto, que a educação no Brasil pena com algo ainda
mais básico, que é o preparo dos professores. Temos um claro déficit de pessoal realmente
capacitado para ensinar as crianças.

      Veja – Qual a real dimensão desse problema?
      Haddad – Fizemos um levantamento cuja conclusão é desastrosa para o país. Ele mostra, por
exemplo, que o número de físicos formados no Brasil nas últimas três décadas não é suficiente para
atender a um terço da demanda atual das escolas. É isso mesmo: sete de cada dez pessoas que
entram em sala de aula no Brasil para ensinar a matéria não fizeram o curso de física na
universidade. Essa é a realidade de muitas das crianças brasileiras, sobretudo nas escolas públicas.
Em outras matérias na área de ciências, como química e matemática, o mesmo e desanimador
cenário se repete.

      Veja – O que fazer para mudar isso?
      Haddad – Acho que é necessário criar incentivos para que as pessoas se interessem por essas
carreiras. A primeira das medidas nas quais aposto nesse sentido é a distribuição de novas bolsas de
iniciação científica. A outra é mais que do dobrar o número de escolas técnicas de nível superior do
país, o que já está previsto. Com cursos de duração mais curta e direcionados para o mercado de
trabalho, essas escolas conseguiram em outros países massificar o número de pessoas com nível
superior em todas as áreas. Tudo isso é urgente para nós. No mês passado, a OCDE (organização
que reúne países da Europa e os Estados Unidos) divulgou um trabalho que revela que os países do
Primeiro Mundo formam todo ano duas vezes mais jovens em áreas de ciências do que o Brasil.
Isso mostra que nos distanciamos ainda mais do Primeiro Mundo. Mesmo assim, é preciso que se
faça a ressalva, o Brasil tem excelência na produção científica. Digo isso com base nos melhores
indicadores internacionais disponíveis.

      Veja – Por que, então, o Brasil ainda está tão atrás dos outros nos rankings de inovação
tecnológica?
      Haddad – Temos um problema sério aí. A universidade brasileira produz tradicionalmente
conhecimento que não interessa ao mundo real. Por isso, muitas idéias ficam confinadas ao universo
acadêmico, sem que de fato impulsionem o país na competição global, como deveriam. Sempre tive
a convicção de que para mudar o cenário o governo precisa dar um empurrão – e é esse o resultado
que espero com a nova lei que vai aliviar a carga tributária das empresas que investirem em
pesquisa, nos moldes do que faz a Lei Rouanet na cultura. Dessas empresas, evidentemente, há mais
chance de vir a pesquisa aplicada de que o Brasil tanto precisa. De novo, não estou inventando
nada. Há um século é assim nos Estados Unidos. Na Coréia do Sul, 80% da pesquisa do país é
financiada por empresas privadas, não pelo governo – e os coreanos estão no topo do ranking da
inovação tecnológica.

      Veja – É por essas e outras idéias que o criticam por ser “petista de menos” nas ações?
      Haddad – Embora nunca tenham me dito nada parecido, sei de ouvir dos outros que esse é
um de meus rótulos. Provavelmente é porque cultivo interlocutores de todos os matizes ideológicos.
No governo, muitas vezes os debates se dão na base do “nós, governo” e “eles, oposição”. Eu fujo
dessa visão sectária. Acho que com isso as políticas públicas melhoram. O que ainda pesa em meu
favor é o fato de estar em uma raríssima área em que há basicamente consenso sobre o diagnóstico
dos problemas e as estratégias para superá-los.

      Veja – O senhor tem críticas ao PT?
       Haddad – O PT não é monolítico. Acho que a cultura assembleísta que ainda é cultivada por
gente do partido atrapalha, especialmente quando serve de pretexto para que não se tomem
decisões. Isso é contraproducente, paralisante. No governo não se tem o tempo dos anjos para
definir rumos. Se esperasse por um consenso geral, talvez fosse mais popular, mas certamente não
sairia do lugar. Outra lição que depreendi desses tempos em Brasília é que às vezes a melhor
estratégia de sobrevivência é manter o silêncio e a discrição. Foi assim que permaneci no
ministério. Numa analogia com o mundo da moda, meu esforço é para ser mais prêt-à-porter – e não
tão alta-costura, como alguns de meus colegas.

       Veja – O senhor não acha que o abuso de greves nas universidades atrapalha?
       Haddad – Acho que houve uma vulgarização da greve, e isso evidentemente não nos ajuda.
Precisamos de mais pragmatismo para vencer nossas evidentes fraquezas na educação e alcançar os
países de que ainda estamos distantes. Começamos a corrida estabelecendo uma meta de médio
prazo.

       Veja – É realista esperar que o Brasil ofereça ensino comparável ao do Primeiro Mundo em
quinze anos, como prevê o MEC, tendo saído de um patamar tão baixo?
       Haddad – Sei que estamos diante de uma meta ousada. O projeto do governo prevê dar um
salto na qualidade de ensino de modo a alcançar os melhores países do mundo em educação num
tempo muito menor do que eles próprios levaram para chegar lá. Irlanda e Coréia, por exemplo,
precisaram cada qual de três décadas para executar uma revolução em sala de aula. É isso mesmo:
nós estamos tentando obter resultados semelhantes com a metade do tempo. Esses cálculos
ajudaram a dimensionar o tamanho de nossa ambição – e das dificuldades à vista. Tendo feito a
ponderação, ainda acho que estamos no terreno do possível, porque, com as avaliações do ensino
disponíveis no Brasil, o país está conseguindo jogar boas luz sobre as boas escolas e chamar
atenção para aquelas nas quais se pratica o péssimo ensino. De um lado, os pais ganham um
termômetro para saber se seus filhos estão num bom colégio. De outro, o governo tem na mão uma
ferramenta para identificar as práticas que levam ao sucesso acadêmico, que devem ser
reproduzidas em todas as escolas – e para cobrar resultados.

       Veja – O que afinal tem dado mais certo nas escolas brasileiras?
       Haddad – A radiografia por escola reafirma com dados contundentes aquilo que já é senso
comum: as melhores da lista são aquelas que têm no comando um diretor que está lá pelo mérito – e
não por razões políticas. É básico, mas ainda raro no Brasil. Uma pesquisa do MEC aponta para um
sistema de escolha de diretores que tem dado certo. De acordo com esse sistema, os candidatos ao
posto de diretor fazem uma prova e só os que têm bom desempenho no teste podem pleitear a vaga.
O corte é, portanto, baseado no mérito. O segundo ponto que considero relevante sobre os colégios
nota 10 é que eles tem variadas formas de incentivar as famílias a participar mais da rotina escolar
dos filhos. Esse é mais um dos fatores que têm contribuído para a excelência em outros países, mas,
em geral, não no Brasil. Também está bastante claro que as boas escolas, de algum modo,
conseguem dar aos professores certos horizontes na carreira – e é interessante notar que nem
sempre eles são financeiros.

       Veja – O governo estabeleceu um piso salarial para os professores, mas pesquisas
internacionais mostram que o aumento de salário tem muitas vezes efeito zero sobre a qualidade de
ensino...
       Haddad – Reunimos evidências para afirmar que em alguns dos lugares mais pobres do
Brasil a falta de recursos, entre outras coisas, para pagar pagar melhor aos professores ajuda a
explicar, sim, a baixa qualidade de ensino. Por isso voltamos à questão financeira. No entanto, estou
ciente de que só é possível avançar se, de algum modo, conseguirmos premiar quem for capaz de
formar os melhores estudantes. No novo sistema do MEC, as escolas que aparecem no topo do
ranking nacional ganharão em autonomia financeira. Hoje as escolas mal têm dinheiro em caixa
para comprar uma borracha. Com um bom resultado, elas conquistarão o direito de gerenciar suas
finanças. Ficarão, enfim, mais independentes do estado – e acredito que assim podem funcionar
melhor. Mas precisam fazer por merecer o prêmio.

       Veja – O senhor vê obstáculos à execução desse plano?
      Haddad – Algumas pragas brasileiras sempre podem atrapalhar. O corporativismo é
certamente uma delas, embora, até então, tenha recebido nenhuma moção de protesto contra essas
medidas. A outra praga da qual precisamos fugir é a tradicional descontinuidade das políticas
públicas no país. A cada novo governante, tudo muda de rumo e lá se vão anos de trabalho pelo ralo.
Com tanto que o país precisa avançar, não dá mais para recomeçar do zero. Por fim, não resta
dúvida de que o Brasil terá mais chance de sucesso não só quando as aulas tiverem um nível mais
elevado, mas também quando o dogmatismo deixar de vez as salas de aula. Em Cuba, os estudantes
vão bem nas provas, mas em compensação saem da escola despreparados para atuar como
indivíduos autônomos no mundo moderno. O Brasil deve ambicionar muito mais do que isso.

                                                                           17 de outubro de 2007
Se Jesus era judeu, então por que ele tinha um nome porto-riquenho?

Offline Andre

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Re: Meritocracia nas escolas públicas de São Paulo
« Resposta #3 Online: 10 de Fevereiro de 2008, 00:40:18 »
Se alguém quiser me manda um email que eu tenho em PDF.
Se Jesus era judeu, então por que ele tinha um nome porto-riquenho?

Tarcísio

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Re: Meritocracia nas escolas públicas de São Paulo
« Resposta #4 Online: 10 de Fevereiro de 2008, 00:45:41 »
Isso já existe, não?

Offline Rodion

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Re: Meritocracia nas escolas públicas de São Paulo
« Resposta #5 Online: 10 de Fevereiro de 2008, 00:48:50 »
hm. foi corajoso em dar esta entrevista.
Citar
Isso já existe, não?
o quê?
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Tarcísio

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Re: Meritocracia nas escolas públicas de São Paulo
« Resposta #6 Online: 10 de Fevereiro de 2008, 00:53:12 »
Dar mais dinheiro pros colégios que mostram mais resultados. Aqui no Rio já tem isso há anos.

Offline Rodion

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Re: Meritocracia nas escolas públicas de São Paulo
« Resposta #7 Online: 10 de Fevereiro de 2008, 00:58:04 »
hmm. em são paulo não. se já existe há anos então a cariocada foi vanguarda, porque mesmo nos estados unidos é coisa restrita a algumas cidades só.
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Tarcísio

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Re: Meritocracia nas escolas públicas de São Paulo
« Resposta #8 Online: 10 de Fevereiro de 2008, 01:01:14 »
Vou pegar o esquema certinho com a minha mãe e posto aqui depois.

Offline Dbohr

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Re: Meritocracia nas escolas públicas de São Paulo
« Resposta #9 Online: 10 de Fevereiro de 2008, 13:38:05 »
Se o Fernando Haddad realmente pensa da forma que parece indicar a entrevista acima, estamos bem. Estou surpreso.

Offline jenessecoá

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Re: Meritocracia nas escolas públicas de São Paulo
« Resposta #10 Online: 10 de Fevereiro de 2008, 16:55:19 »
eu também 'tô completamente surpreso. vai ver até o Reuni - aprovado por decreto - foi só idéia do Lula mermo. ele parece ter idéias bem diferentes disso.
palpiteiro assumido. escrevedor de baboseira aqui, no Quilombo d'Idéia: http://quilombodideia.blogger.com.br

Offline Felius

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Re: Meritocracia nas escolas públicas de São Paulo
« Resposta #11 Online: 11 de Fevereiro de 2008, 04:51:52 »
So acho esse papo de meta academica perigoso que aqui pelo brasil tao premiando a mediocridade ao invez de ensinar a materia, e que tem chance de ter colegio maquiado as notas pra ganhar mais $$$
"The patient refused an autopsy."

Offline Dbohr

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Re: Meritocracia nas escolas públicas de São Paulo
« Resposta #12 Online: 11 de Fevereiro de 2008, 07:31:16 »
OK, eu rescindo meu comentário anterior. Vide meu tópico na área de Ciências, "Ensino de Física e PCN+".

A pasta da Educação está sendo ou conivente ou partícipe da destruição do ensino de Exatas no país, e eu não posso elogiar quem tome parte nisso.

Offline Hold the Door

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Re: Meritocracia nas escolas públicas de São Paulo
« Resposta #13 Online: 11 de Fevereiro de 2008, 08:33:52 »
Esse negócio não vai funcionar.

Em SP existe a idéia por parte dos pedabobos (aqueles imbecis que nunca pegaram em um giz, mas acham que entendem tudo de educação) de que o aluno não precisa e não deve ser cobrado de forma alguma, que a responsabilidade pelo aprendizado é apenas e tão somente do professor. Se ele não consegue pegar um aluno absolutamente vagal (que não tem a mínima intenção de aprender e que nunca vai à escola, e quando vai é para ficar bagunçando, atrapalhando e xingando-o, respondendo que sabe que vai passar de qualquer forma) e inserir magicamente o conhecimento na cabeça dele, é porque é um incompetente e o coitadinho do aluno está sendo prejudicado...

O único resultado disso vai ser a pressão cada vez maior em cima dos professores para aprovar os alunos de qualquer forma e garantir a verba extra às escolas.
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Offline Res Cogitans

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Re: Meritocracia nas escolas públicas de São Paulo
« Resposta #14 Online: 11 de Fevereiro de 2008, 10:47:58 »
Esse negócio não vai funcionar.

Em SP existe a idéia por parte dos pedabobos (aqueles imbecis que nunca pegaram em um giz, mas acham que entendem tudo de educação) de que o aluno não precisa e não deve ser cobrado de forma alguma, que a responsabilidade pelo aprendizado é apenas e tão somente do professor. Se ele não consegue pegar um aluno absolutamente vagal (que não tem a mínima intenção de aprender e que nunca vai à escola, e quando vai é para ficar bagunçando, atrapalhando e xingando-o, respondendo que sabe que vai passar de qualquer forma) e inserir magicamente o conhecimento na cabeça dele, é porque é um incompetente e o coitadinho do aluno está sendo prejudicado...

O único resultado disso vai ser a pressão cada vez maior em cima dos professores para aprovar os alunos de qualquer forma e garantir a verba extra às escolas.

Não acho que os pedagogos coloquem a culpa no professor, assim como também não colocam a culpa no aluno. Eles conseguem acreditar que a falência do ensino está desvinculdada de seus principais protagonistas, os professores e os alunos. É culpa do neo-liberalismo, do consumismo, ou algo mais abstrato como "o sistema".
"Conhecer a verdade não é o mesmo que amá-la, e amar a verdade não equivale a deleitar-se com ela" Confúcio

Tarcísio

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Re: Meritocracia nas escolas públicas de São Paulo
« Resposta #15 Online: 11 de Fevereiro de 2008, 13:36:33 »
Os critérios aqui funcionavam pela porcentagem de aprovação, projetos escolares e gestão.

 

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