Tópico: Reciclagem: mitos e verdades

[Buckaroo Banzai]

Diversas pessoas apontam que a reciclagem é praticamente um culto religioso/pseudocientífico; as pessoas gastam mais tempo e recursos porque se sentem bem ao acreditar que é o correto a fazer pelo ambiente, quando na verdade esses gastos com a reciclagem em muitos casos custam mais ao meio ambiente do que simplesmente não reciclar esse lixo.

Essas pessoas dizem, por exemplo, que não é exatamente que se oponham totalmente à reciclagem; na verdade, todos sempre reciclam e sempre reciclaram, mesmo antes desse movimento recente. Lavar as roupas que se usa para reutilizadas é uma forma de reciclagem, por exemplo. Em vez disso, teoricamente poderiamos jogá-las fora sempre que sujam, e comprar outras, mas isso sairia mais caro para nós e custaria mais ao ambiente do que lavá-las.


Por outro lado.... de uns tempos para cá, tecnologias diversas vem tornando algumas coisas mais baratas, coisas diversas, desde meias até televisores e outros eletrodomésticos, de forma que é cada vez mais comum que se compre unidades novas desses ítens, do que custurar buracos nas meias ou mandar consertar televisores, isso em praticamente todas as classes sociais.

Isso faz com que o que antes não era lixo, se torne lixo, aumentanto o lixo que produzimos e também o quanto consumimos em recursos naturais, já que essa produção dos ítens novos não vem do nada. Então, talvez, o custo financeiro não possa ser usado exatamente como uma coisa "natural", como se refletisse custos ambientais importantes para os humanos.

Mais ou menos como água tratada e esgoto. Em um nível pequeno, se moramos aos arredores de um lago, o esgoto pode ser até jogado do outro lado de onde pegamos água para consumo, que não teria problema. Mas na medida em que a população cresce, isso gera problemas óbvios e temos que ter medidas mais dispendiosas com o esgoto para preservar a água.

Queria ler mais sobre isso elaborado de forma mais trabalhada. Acho que tanto há uma reciclagem religiosa que não faz sentido de um lado, mas ao mesmo tempo não me parece correto que o valor financeiro seja uma unidade de medida meio "real", alguma coisa suficientemente próxima de neguentropia ou qualquer coisa assim, para que possamos simplesmente concluir que o melhor a ser feito é sempre a coisa imediatamente mais barata.