O destino de um ser humano já não é mais dependendte da lei da selva. Se para os animais faz diferença no seu sucesso reprodutivo possuir uma leve vantagem anatômica, como nascer sem apêndice, para os humanos civilizados isso é irrelevante.
A vantagem que uma pessoa teria em não ter apêndice é a de que este é um órgão desnecessário mas pode trazer prejuízo, como desenvolver uma apendicite que pode levar à morte. (Outros órgãos também são tão ou mais potenciais geradores de problemas, mas o benefício de eles possuirem funções importantes no organismo compensa o custo do risco de uma infecção ou outro problema).
Mas como o destino dos homens atualmente está submetido às instituições políticas, com o auxílio da tecnologia para fazê-las valer, isso não faz a menor diferença.
Se alguém tem uma apendicite ou um problema do coração, uma cirurgia de remoção do apêndice será feita ou remédios para o coração serão administrados para o bem-estar do paciente. Não se permite que alguém morra por um problema físico se existe tecnologia para impedir isso. Genes que favorecem a surdez seriam rapidamente eliminados em condições "naturais", mas hoje muitos surdos desfrutam de um padrão de vida tão satisfatório quanto o de muitas pessoas ouvintes. Há até universidades para surdos em alguns países.
Enfim, graças à ética e à tecnologia, pessoas com problemas de saúde que estariam seriamente comprometidas se vivessem sob a lei da selva vivem suas vidas normalmente e seus genes "problemáticos" são passados adiante.