A Falsa Dizimação dos Índios
Outra das mentiras espalhadas pelos detratores da evangelização constitui a suposta "dizimação dos indígenas" perpetrada por Portugal e Espanha.
Para tanto, baseiam-se no frei Bartolomeu De Las Casas, hoje inteiramente desacreditado por historiadores sérios, como Philip W. Powell (norte americano), Ramón Menéndez Pidal (espanhol), Josep-Ignasi Saranyana (catedrático de História da Teologia na Universidade de Navarra) etc.
Falar em "dizimação" dos índios é fechar os olhos para a miscigenação existente na América Latina. É, em última análise, negar a evidência para sustentar uma ideologia falsa e ultrapassada. Praticamente, não há brasileiro sem sangue indígena. Ora, os mestiços já não eram considerados índios e era natural, portanto, que o número da população indígena declinasse.
Outro fator que contribuiu muito para tal declínio foram as epidemias que atingiram tanto europeus quanto indígenas. A primeira grande epidemia foi de gripe suína ou "gripe de cerdo" (Dr. Francisco Guerra, revista "El Médico", Madri).
Os abusos que ocorreram, como veremos, foram sempre combatidos pela ação da Igreja.
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A proteção aos povos nativos
Desde a bula Inter Caetera, de Alexandre VI (1497), a Igreja deixava claro que as terras descobertas – ou por descobrir – eram territórios de apostolado, conforme a ordem expressa de Nosso Senhor Jesus Cristo: "Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura. O que crer e for batizado, será salvo quem, porém, não crer, será condenado" (Mc., 16).
Ao mesmo tempo, conforme centenas de documentos, os monarcas da Península Ibérica pediam pastores para evangelizar o novo Continente.
E foi assim que se fez em cem anos o que na Europa demorou mil! Desse zelo dos Papas e dos monarcas resultará o envio, no espaço de um século e meio, de mais de 16.000 missionários ao Novo Mundo.
Em oposição ao que ensinam alguns professores de História, ainda influenciados pela historiografia marxista, a Igreja foi a grande guardiã da liberdade dos indígenas.
Exemplo característico desse zelo pela liberdade dos indígenas o dá o Papa Paulo III em 29 de maio de 1537, ao escrever uma carta ao Cardeal Tabera, de Toledo, em apoio ao Edito pelo qual Carlos V proibiu que seus súditos escravizassem índios ou os espoliassem de seus bens. O pontífice lançou a excomunhão latae sententiae (automática) para todos aqueles, "de qualquer dignidade, estado, condição, grau e excelência", que reduzissem os índios à escravidão.
Essa posição foi confirmada diversas vezes ao longo dos séculos, não se encontrando qualquer documento oficial da Igreja autorizando a escravidão dos índios livres
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Civilização e liberdade: obras da Igreja
A condição dos índios na América, antes da chegada dos europeus, era a de escravos de seus despóticos caciques ou das tribos que os aprisionavam, sendo torturados e mortos em rituais de canibalismo e ocultismo.
Para se ter idéia, peguemos o exemplo dos índios Maias e Astecas, tidos como os mais "evoluídos". Apenas na inauguração do templo principal de Tenochtitlan (hoje Cidade do México) foram mortos 80.000 índios, depois usados em suas refeições...
Incontáveis são os documentos narrando os horrores desses rituais de antropofagia. Documentos silenciados propositadamente pelos detratores da evangelização da América, que procuram imaginar a situação dos índios como se eles estivessem em uma espécie de paraíso terrestre, em perfeita liberdade e harmonia com a natureza. Para tristeza desses detratores, muito diversa era a realidade.
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