Tópico: A difícil arte de ser Original!

[Arquimedes]

Olá turma,

Este tópico é inter relacionado com Ciência e Comportamento Humano, mas como as duas coisas são fundamentalmente ciência resolvi deixar nesse tópico de Ciências.
Uma das coisas que mais admiro numa pessoa é sua originalidade, ou seja, a capacidade de criar algo novo juntando velhos elementos. Conseguindo uma sintese perfeita! Vemos que grandes pensadores, matemáticos, inventores e artistas faziam isso com maestria. Mas no mundo de hoje, globalizado e onde as idéias vão e vem na velocidade da luz em nossos computadores, é muito mais difícil de ser original. Por outro lado a facilidade de obter informações permite toda uma nova gama de possibilidades interessantes. Bem, vou direto ao ponto: Uma de minhas idéias originais foi também pensada por outras pessoas. Bem essa idéia eu já tive a mais de uma ano atrás, mas não esperava que fosse idealizada por outras pessoas tão rapidamente. A minha idéia era uma invenção que chamo de "A Arma Eletrônica". Ela consistiria fundamentalmente em uma arma com circuitos integrados e leitor de digitais embutido. Funcionaria assim: Um sensor de digital iria registrar a digital do usuário da arma no seu banco de dados, o sensor estaria entre o cabo e o cano da arma, quando o usuário fosse usar a arma ele pressionaria seu polegar direito no sensor que leria a digital. Caso batessem os dados a arma seria destravada e pronta para ser utilizada. Quando a pessoa quisesse travar a arma ele pressionaria um botaozinho no lado da arma. Dois leds, um vermelho para arma travada e um verde para arma destravada, iriam mostrar quando o aparelho estaria pronto. Haveria também um chip, semelhante ao de celular, onde ficaria registrado o histórico de utilização da arma, quando foi disparada e a que horas. Isso seria feito para um melhor controle de violações de uso da arma. As vantagens seriam que dificilmente marginais conseguiriam utilizar a arma e em caso de parar na mão de alguma criança não haveria perigo. Bem, essa era minha idéia, mas fui informado que esse conceito já foi mostrado, inclusive no cinema, no filme Mandando Bala.
Depois disso engavetei o projeto, pois não seria possível patentea-lo, já que não é uma idéia nova.
Esse episodio mostrou-me que para ser original temos que imaginar possibilidades fantásticas, sair do lugar comum, pensar o impensável. Mas o problema de pensar o impensável é que muitas vezes nos batemos de frente com idéias e teorias já consagradas pela ciência e pela sociedade. Mas aí há duas hipoteses: você pode estar errado, ou você viu uma falha que ninguém havia percebido nas idéias convencionais. No meu caso tenho algumas idéias não convencionais, mas espero ter coragem suficiente de expo-las, quando for o momento. Mesmo sobe o risco de cair no rídiculo.
E os colegas do forum, tem alguma sugestão de como ser mais original e criar coisas inusitadas?

[Dr. Manhattan]

Lei bastante sobre o assunto que lhe interessa na internet: você vai não só descobrir se sua idéia já foi proposta antes, como isso
vai lhe ajudar a ter novas idéias. Google é seu amigo .



A propósito, em 2006 publiquei um artigo sobre um certo assunto, com uns resultados novos e interessantes. Pois não é que esse
mesmo resultado já foi redescoberto duas vezes desde então? Uma por um grupo de russos em 2007, e outra agora em janeiro.
Nas duas vezes mandei um e-mail para os autores, alertando-os disso.

[Adriano]

Isso de originalidade é muito interessante, tando que tem a economia criativa, uma nova disciplina na economia, voltada ao setores que exigem maior criatividade e originalidade.

[Wolfischer]

O físico  David E. H. Jones  escreve semanalmente para revistas científicas, já escreveu para o New Scientist e para a Nature, parece que também para o Guardian.
A coluna dele se chama Daedalus, e sempre traz alguma invenção baseada em princípios científicos válidos, mas extrapolados a ponto de a invenção ser claramente impossível.
Uns 15 anos atrás foi publicado "Inventions of Daedalus", uma coletânea de seus melhores textos, revisados e com ilustrações do próprio autor. Um cuidado que ele teve ao escolher os textos que formariam o livro foi descartar as muito possíveis, deixar apenas as mais improváveis.

Ao ser lançado o livro, mais de 10% das idéias já tinham de alguma forma sido patenteadas, e mais algumas se tornaram realidade poucos anos depois.

É mesmo muito difícil ser original, mesmo forçando a barra.

[Arquimedes]

Pelo que li realmente ser original é um grande desafio! Acho que o uso do trabalho em equipe e com o estimulo certo talvez possa criar-se coisas inusitadas. Uma mente só, pensando e criando, tem certos limites, mas várias mentes criativas juntas, interagindo e trocando idéias, tudo isso pode dar um resultado sinérgico forimidável. O maior problema dessa postura é delimitar o sentido de propriedade da idéia, para que todos os membros sintam justiça nisso.