Autor Tópico: Calote de US$ 16,6 bilhões nos EUA.  (Lida 1050 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline Pregador

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.056
  • Sexo: Masculino
  • "Veritas vos Liberabit".
Calote de US$ 16,6 bilhões nos EUA.
« Online: 13 de Março de 2008, 12:50:33 »
Citar
13/03/2008 - 09h07

Fundo Carlyle Capital enfrenta risco de liquidação de ativos

SÃO PAULO - O Carlyle Capital Corporation (CCC), fundo de títulos hipotecários afiliado à empresa de private equity Carlyle Group, avisou ontem à noite que não foi capaz de estabilizar suas finanças e que os credores devem tomar muitos ativos remanescentes da instituição após fracassarem os esforços de um acordo.

O fundo não conseguiu atender às chamadas de margem. Em nota, observou que deixou de pagar cerca de US$ 16,6 bilhões em dívidas e que os compromissos restantes devem "em breve" entrar em default.

Vale lembrar que a alavancagem do CCC equivale a mais de 30 vezes o capital do fundo, de US$ 670 milhões, e que pegou dinheiro emprestado de uma série de bancos e instituições financeiras, incluindo o Bank of America (BofA), Citigroup e Merrill Lynch.

As chamadas de margem, ou pedidos de recursos para cobrir perdas, cresceram desde o fim de fevereiro com a piora no ambiente de crédito.



Citar
13/03/2008 - 12h22
Bovespa vai caindo mais de 2%, após calote de US$ 17 bi nos EUA

Da Redação
Em São Paulo

Um calote de cerca de US$ 16,6 bilhões de um fundo americano roubou a cena nos mercados internacionais, acabando de vez com a euforia provocada pela injeção de capital feita por vários bancos centrais nesta semana. No Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em forte queda, enquanto o dólar sobe.

Às 12h15, o Ibovespa, indicador de referência do mercado brasileiro de ações, caía 2,37%, a 60.700 pontos (acompanhe gráfico da Bovespa com atualização constante). Mais cedo, chegou a registrar baixa de 3,23%.

A moeda americana, também por volta das 12h15, avançava 1,61%, sendo cotada a R$ 1,701 na venda (veja quadro com o câmbio atualizado).

Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira mostrou que as vendas no varejo nos Estados Unidos caíram 0,6% em fevereiro, número bem abaixo da expectativa. O dado também contribuiu para a queda dos mercados de ações.

A onda de apreensão nesta quinta-feira vai derrubando as Bolsas de Valores, enfraquecendo o dólar ante outras moedas de peso, como o euro, e aumentando a alergia a risco entre os investidores. Os principais índices de ações dos Estados Unidos e da Europa recuavam nesta manhã.

As Bolsas da Ásia fecharam em forte baixa, com a desvalorização do dólar ante o iene. O mercado de Tóquio levou um tombo de 3,33%; o de Hong Kong, de 4,79%.

No Brasil, o mercado de câmbio contou com medidas anunciadas pelo governo na noite de quarta-feira (dia 12) para amenizar a valorização do real. Mas a alta do dólar "não tem nada a ver com as medidas", disse Jorge Knauer, gerente de câmbio do Banco Prosper, no Rio de Janeiro. "O dólar está estressando por conta do mercado externo", acrescentou.

Ata do Copom
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgou hoje a ata da sua mais recente reunião, realizada na semana passada. A instituição afirmou que seus diretores cogitaram elevar a taxa básica de juros no último dia 5. Disse "estar preparada" para adotar uma postura diferente na condução da política monetária.

O Copom declarou, ainda, que mantém a previsão de que o preço da gasolina não subirá neste ano. Sobre a energia, a instituição baixou a projeção de reajuste. A alta dos preços administrados também foi revisada para baixo.

Um calote de quase 17 bilhões de dólares é O calote...

Cada dia mais eu começo a ver mais e mais semelhanças com a crise de 1929. Mais uns dois calotes destes de fundos imobiliários e os bancos que emprestaram dinheiro a eles podem começar a balançar. O CitiGroup já anunciou recentemente queda drástica nos lucros.

Não quero nem pensar na hipótese de um mega banco desses não conseguir honrar seus compromissos e perderem a liquidez...

"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline Dbohr

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 9.179
  • Sexo: Masculino
  • 無門關 - Mumonkan
    • Meu blog: O Telhado de Vidro - Opinião não-solicitada distribuída livremente!
Re: Calote de US$ 16,6 bilhões nos EUA.
« Resposta #1 Online: 13 de Março de 2008, 12:54:16 »
É, isso seria Muito Ruim (tm). Mas também não foi por falta de aviso. Inúmeros comentaristas ao longo dos anos falaram contra a bolha do mercado imobiliário dos EUA.

Offline J Ricardo

  • Nível 26
  • *
  • Mensagens: 1.203
  • Sexo: Masculino
  • trolling mode
Re: Calote de US$ 16,6 bilhões nos EUA.
« Resposta #2 Online: 13 de Março de 2008, 13:00:35 »
Mas os investimentos não podem parar por uma simples falta de aviso.

Offline Pregador

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.056
  • Sexo: Masculino
  • "Veritas vos Liberabit".
Re: Calote de US$ 16,6 bilhões nos EUA.
« Resposta #3 Online: 13 de Março de 2008, 13:04:26 »
Espero que a China tenha caixa para emprestar dinheiro suficiente para os bancos americanos garantirem a liquidez em caso de uma hecatombe financeira...

O problema será o período posterior com a China no comando do crédito...
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline Dbohr

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 9.179
  • Sexo: Masculino
  • 無門關 - Mumonkan
    • Meu blog: O Telhado de Vidro - Opinião não-solicitada distribuída livremente!
Re: Calote de US$ 16,6 bilhões nos EUA.
« Resposta #4 Online: 13 de Março de 2008, 13:11:42 »
Meu sentimento de schadenfreude não é suficientemente alto para não temer tal cenário.

Offline Rodion

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 9.872
Re: Calote de US$ 16,6 bilhões nos EUA.
« Resposta #5 Online: 13 de Março de 2008, 21:37:46 »
ótima notícia. vem se dizendo há tempos que a enfermidade só vai passar depois de expelido o pûs. que aconteça.
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Offline Pregador

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.056
  • Sexo: Masculino
  • "Veritas vos Liberabit".
Re: Calote de US$ 16,6 bilhões nos EUA.
« Resposta #6 Online: 14 de Março de 2008, 21:35:22 »
Como havia profetizado:

Citar
4/03/2008 - 11h00

Bear Stearns alerta que posição de liquidez piorou "significativamente" nas últimas 24 horas

SÃO PAULO - O Bear Stearns destacou que sua posição de liquidez nas últimas 24 horas "se deteriorou significativamente". A informação foi passada na mesma nota em que o banco de investimento anunciou ter alcançado um acordo com o JP Morgan Chase & Co. sobre uma linha de empréstimo por até 28 dias. Com isso, o Bear Stearns terá acesso à liquidez suficiente.

"O Bear Stearns tem sido objeto de vários rumores de mercado sobre sua liquidez. Tentamos confrontar e dispersar esses rumores. Contudo, em meio a esses comentários de mercado, nossa posição de liquidez nas últimas 24 horas se deteriorou significativamente. Tomamos um passo importante para restaurar a confiança, fortalecer nossa liquidez e permitir que as nossas operações continuem normalmente", observou na nota distribuída pela internet.

O resgate financeiro do banco atingiu em cheio o humor dos investidores em Wall Street, que comemoram o resultado do índice de preços ao consumidor nos EUA em fevereiro.

Dow Jones e Nasdaq mudaram de direção assim que a notícia foi divulgada. Por volta das 11 horas, recuavam 1,5% cada.

Com a virada em Nova York, os negócios da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) também foram prejudicados. Há pouco, o Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, recuava 1,16%, para 61.559 pontos.

(Valor Online)
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline Pregador

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.056
  • Sexo: Masculino
  • "Veritas vos Liberabit".
Re: Calote de US$ 16,6 bilhões nos EUA.
« Resposta #7 Online: 14 de Março de 2008, 21:37:52 »
ótima notícia. vem se dizendo há tempos que a enfermidade só vai passar depois de expelido o pûs. que aconteça.

O problema é se depois disso só sobrar o pús...
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline Adriano

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.672
  • Sexo: Masculino
  • Ativismo quântico
    • Filosofia ateísta
Re: Calote de US$ 16,6 bilhões nos EUA.
« Resposta #8 Online: 14 de Março de 2008, 21:58:11 »
ótima notícia. vem se dizendo há tempos que a enfermidade só vai passar depois de expelido o pûs. que aconteça.
2
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Tarcísio

  • Visitante
Re: Calote de US$ 16,6 bilhões nos EUA.
« Resposta #9 Online: 14 de Março de 2008, 23:38:30 »
Mais uma jogada para levar a falência alguns bancos hostis ao interesse da elite-superior-mundial?

Offline Pregador

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.056
  • Sexo: Masculino
  • "Veritas vos Liberabit".
Re: Calote de US$ 16,6 bilhões nos EUA.
« Resposta #10 Online: 17 de Março de 2008, 09:47:33 »
Citar
17/03/2008 - 08h01
FMI: crise financeira durará 'bastante' tempo e terá 'graves conseqüências'

PARIS, 17 Mar 2008 (AFP) - A crise financeira "vai durar bastante" tempo e terá "graves conseqüências", afirmou nesta segunda-feira o diretor geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn.

"Há crises conjunturais como as que estamos vivendo", que vão "durar bastante, com graves conseqüências", disse Strauss-Kahn em uma conferência organizada em Paris pelo FMI e pela Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre as reformas estruturais na Europa.

De acordo com o chefe do FMI, os países emergentes também serão afetados pela crise financeira, que no momento atinge principalmente os Estados Unidos e os países desenvolvidos.

"Não há desconexão" entre países desenvolvidos e emergentes, e sim um "tempo diferente" na crise, explicou.

"Infelizmente, os países emergentes serão afetados" e as previsões de crescimento do FMI para esses países já foram diminuídas "de 0,75 a um ponto" percentual, acrescentou.

O mexicano Angel Gurría, secretário-geral da OCDE, também afirmou que não há "desconexão", embora tenha considerado que os países de América Latina parecem "melhor preparados" para enfrentar os problemas da economia mundial.
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline Pregador

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.056
  • Sexo: Masculino
  • "Veritas vos Liberabit".
Re: Calote de US$ 16,6 bilhões nos EUA.
« Resposta #11 Online: 17 de Março de 2008, 16:29:31 »
Citar
17/03/2008 - 14h46
Bovespa opera em baixa de cerca de 3%; nervosismo aumenta nos EUA
Da Redação
Em São Paulo
A venda do quinto maior banco de investimentos dos Estados Unidos por um valor considerado irrisório fez as ações da instituição caírem mais de 80% nesta segunda-feira, aumentando a probabilidade de uma crise grave na economia americana.

O nervosismo dos investidores afetou as Bolsas de Valores do mundo inteiro, inclusive a de São Paulo (Bovespa).

Às 15h48, o Ibovespa, principal índice de ações do país, caía 3,63%, a 59.742 pontos (acompanhe gráfico da Bovespa com atualização constante). A Bolsa chegou a operar com queda de 4,25%, a 59.342 pontos, às 14h39.

As Bolsas da Europa desabaram nesta segunda; a de Frankfurt perdeu 4,18%, e a de Londres, 3,86%. Os mercados asiáticos também fecharam em forte queda.

Crise nos EUA
Desde a última sexta-feira um conjunto de notícias vindas dos EUA é o maior sinal até agora de quão devastadora é a crise de crédito. Informações sobre a venda do Bear Stearns e sobre medidas do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) jogaram o dólar ao menor valor já registrado ante o euro, derrubaram as ações em todo o mundo e impulsionaram o ouro.

O Fed ampliou os empréstimos ao mercado pela primeira vez desde a Grande Depressão. Além disso, reduziu de 3,5% para 3,25% a taxa de redesconto (usada em empréstimos emergenciais para bancos comerciais), com o objetivo é elevar a liquidez do sistema financeiro. As decisões são interpretadas com um indício de que a crise de crédito pode ser grave.

O Comitê Federal de Mercado Aberto (órgão americano que equivale ao brasileiro Comitê de Política Monetária do Banco Central) reúne-se amanhã para definir a nova taxa básica de juros dos Estados Unidos, atualmente em 3% ao ano. Analistas esperam redução para 2,25% ou 2%.

Preço irrisório
A compra do Bear Stearns pelo JPMorgan sairá por US$ 236 milhões, preço considerado irrisório. A título de comparação, o valor de mercado do Banco do Brasil em dezembro de 2007 era de US$ 42 bilhões, segundo a consultoria Economatica.

O JPMorgan pagará apenas US$ 2 por ação, valor que é um quinze avos da cotação de sexta-feira e está muito distante do preço recorde de US$ 172,61 alcançado no ano passado.

Mas o negócio, na prática, custará cerca de US$ 6 bilhões, afirmou o banco comprador, considerando a adequação das contas e a redução das dívidas, entre outros gastos.

Na última sexta-feira (dia 14), problemas com o Bear Stearns já haviam contribuído para uma queda considerável nas Bolsas de Valores.

Sem descolamento
A tese de que economias emergentes se descolarão da crise que atinge os Estados Unidos foi descartada pelo diretor geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn.

"Não há desconexão" entre países desenvolvidos e emergentes, e sim um "tempo diferente", afirmou ele nesta segunda-feira. Ele ressaltou, no entanto, que os países latino-americanos estão mais bem preparados do que no passado para enfrentar uma crise global.

Strauss-Kahn afirmou, ainda, que a Europa ainda não está ameaçada por recessão.

Pelo menos o JP Morgan ainda tem liquidez. O dia que este banco falir é melhor começar a estocar alimento em casa...
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline Pregador

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.056
  • Sexo: Masculino
  • "Veritas vos Liberabit".
Re: Calote de US$ 16,6 bilhões nos EUA.
« Resposta #12 Online: 17 de Março de 2008, 16:50:13 »
Citar
17/03/2008 - 11h27
JP Morgan compra Bear Stearns, e Fed abre empréstimos
Por Martin Howell

NOVA YORK (Reuters) - O JP Morgan Chase fechou um acordo para comprar o rival Bear Stearns a um preço irrisório, enquanto o Federal Reserve ampliou os empréstimos ao mercado pela primeira vez desde a Grande Depressão.

O noticiário é o maior sinal até agora de quão devastadora é a crise de crédito para Wall Street e jogou o dólar ao patamar mínimo histórico frente ao euro, derrubou as ações em todo o mundo e impulsionou o ouro.

O Fed também anunciou um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de redesconto e concordou em financiar até US$ 30 bilhões dos ativos do Bear Stearns, ao mesmo tempo em que o secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, sustentou que o governo está preparado para "fazer o que for preciso" para manter a estabilidade no sistema financeiro.

"O medo é de quantos esqueletos ainda estão no armário nos mercados globais de crédito", afirmou David Cohen, economista do Action Economics, em Cingapura.

Diante de uma economia que já pode estar em recessão, a expectativa é de que o Fed tome mais uma ação nesta terça-feira com um corte da taxa básica de juro de até 1,25 ponto percentual. Até agora, o banco central norte-americano já cortou o juro básico em 2,25 pontos, para 3%.

A última decisão do Fed, no final de semana, foi vista como uma tentativa de evitar que outros sofram o mesmo destino do Bear Stearns, quinto maior banco de investimento dos EUA.

O JP Morgan está pagando apenas US$ 2 por ação do Bear, ou um total de US$ 236 milhões. O preço é um quinze avos da cotação de sexta-feira e muito distante do preço recorde de US$ 172,61 alcançado no ano passado.

"É assustador o que isso indica sobre o valor dos ativos financeiros", disse Emanuel Weintraub, diretor-gerente do Integre Advisors.

"Apocalipse"

Bear Stearns, que tem mais de 14 mil funcionários, negocia derivativos com diversos bancos globalmente. Se falir, seus parceiros podem ter grandes perdas e parar de emprestar --paralisando o sistema financeiro global.

"Não seria apenas problema do Bear, seria um problema de todos", comentou Marino Marin, um banqueiro de investimentos do Gruppo, Levey & Co, que já reestruturou bancos. "Seria o apocalipse."

Foi por isso que as autoridades monetárias se mexeram no domingo. O Fed cortou a taxa de redesconto para 3,25% e divulgou um novo programa de empréstimos para os "dealers" primários.

"Momentos desesperados exigem medidas desesperadas. O Federal Reserve está fazendo o que pode para restabelecer a estabilidade", disse Craig James, economista-chefe para ações do CommSec, em Sydney.

A expectativa é de que o JP Morgan feche o negócio com o Bear Stearns até o final do segundo trimestre. O banco já conseguiu a aprovação inicial do Fed e de outros reguladores federais.

Grifos meus.
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline Adriano

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.672
  • Sexo: Masculino
  • Ativismo quântico
    • Filosofia ateísta
Re: Calote de US$ 16,6 bilhões nos EUA.
« Resposta #13 Online: 17 de Março de 2008, 20:01:13 »
O FED controla bem a economia americana, não deixa ela sair dos trilhos. E depois da última crises, os bancos mundiais, por todo o globo, deram exemplo de estarem antenados com a macroeconimia, tanto de seus países quanto mundial.

Também não podemos desconsiderar o nóbel de economia com novo ferramental disponível e consagrado para a melhor análise econômica da intervenção estatal, para esta não errar e agir cirurgicamente.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Arcanjo Lúcifer

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 22.731
  • Sexo: Masculino
Re: Calote de US$ 16,6 bilhões nos EUA.
« Resposta #14 Online: 18 de Março de 2008, 22:32:12 »
http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI2688666-EI6579,00.html

Carlos Lessa: Brasil está vulnerável à crise


"...Lessa continua a anatomia da crise e qualifica como "loucura completa" a ampliação desordenada do crédito pessoal..."

Ele faz uma comparação entre o motivo da crise nos EUA e o que estão fazendo aqui.

Crédito com parcelas a perder de vista que fazem o valor pago ser muito maior que o do produto adquirido, então quando o consumidor que se endivida e fica inadimplente acaba não podendo pagar a conta mesmo que venda o produto...


Offline Rodion

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 9.872
Re: Calote de US$ 16,6 bilhões nos EUA.
« Resposta #15 Online: 18 de Março de 2008, 22:45:16 »
pff. esse tipo de operação existe há muito tempo em outras partes do mundo e não foi responsável por crise alguma. aqui não há nada de transferência de risco através desses veículos especiais e gambiarras financeiras, só prazos longos.
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Offline Pregador

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.056
  • Sexo: Masculino
  • "Veritas vos Liberabit".
Re: Calote de US$ 16,6 bilhões nos EUA.
« Resposta #16 Online: 18 de Março de 2008, 23:53:19 »
Exato. Aqui quase todo e qualquer empréstimo somente é dado com uma garantia real. Para veículos que a Ford vende em 80 meses para pagar com entrada de "milão" trata-se de arrendamento mercantil. O carro fica para a concessionária e o sujeito que compra fica como arrendatário. Somente ele vira dono quando quitar o emprestimo. Assim, se não pagar, três parcelas atrasadas o banco já toma medidas para reaver o bem e leiloar.

Imóvel mesma coisa. Fica na matrícula o contrato de compra financiada e o bem como garantia real. Se o sujeito não pagar, o bem vai a leilão para quitação do contrato.

Os bancos aqui não dormem no ponto. Por isso são os mais rentáveis do mundo e estão se espalhando pelo globo rapidamente.
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline n/a

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.699
Re: Calote de US$ 16,6 bilhões nos EUA.
« Resposta #17 Online: 19 de Março de 2008, 00:43:33 »
Eu queria ver um banco brasileiro, cheio de exigências para oferecer crédito, sobreviver num mercado competitivo como o americano. Aqui eles conseguem colocar uma série de condições, não conseguiriam clientes nos EUA fazendo o mesmo. Concorrência é assim, os bancos americanos não se envolveram em linhas de crédito "perigosas" por terem dormido no ponto. A necessidade de sobreviver num ambiente competitivo faz esse tipo de coisa acontecer.

Offline Pregador

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.056
  • Sexo: Masculino
  • "Veritas vos Liberabit".
Re: Calote de US$ 16,6 bilhões nos EUA.
« Resposta #18 Online: 19 de Março de 2008, 10:55:55 »
Eu queria ver um banco brasileiro, cheio de exigências para oferecer crédito, sobreviver num mercado competitivo como o americano. Aqui eles conseguem colocar uma série de condições, não conseguiriam clientes nos EUA fazendo o mesmo. Concorrência é assim, os bancos americanos não se envolveram em linhas de crédito "perigosas" por terem dormido no ponto. A necessidade de sobreviver num ambiente competitivo faz esse tipo de coisa acontecer.

É que lá os bancos querem um "comer" o outro. Aqui não, eles sentam numa mesinha, entram num acordo de exigências mínimas e está tudo certo. É algo como um cartel...

Talvez lá façam isso, mas assumem riscos demais. É a lei do mercado, lucros absurdos, riscos absurdos...
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!