O fato é que Fidel pensou somente na sua ideologia socialista e esqueceu com que estava brincando.
Está pagando o preço até hoje.
E pensando bem, 82 bilhões em quase 50 anos de embargo não é tanta coisa assim.
Segundo a Wikipédia o PIB de cuba é 45 bilhões.
É prejudicial, sim.
Mas não é nada absurdo.
A questão do embargo não pode ser vista apenas pelo ângulo de um valor financeiro.
O intercâmbio comercial tem um papel fundamental na formação de capital fixo, na absorção de desenvolvimento tecnológico, etc. etc.
Esses são os maiores prejuízos.
Somando-se ao embargo o anacronismo de qualquer modelo econômico que crie obstáculos à liberdade do desenvolvimento das forças produtivas (que responde em maior grau pelas dificuldades cubanas) e suas consequências, temos o caldo para o atraso em diversas frentes, sejam econômicas e além.
Taí o exemplo da Venezuela, que incorre em erro semelhante: o congelamento de preços, que teoricamente propiciaria benefícios à população, está na verdade provocando graves crises de desabastecimento e descontrole da taxa inflacionária. E os problemas tendem a se agravar: em médio e longo prazo a tendência é ocorrer um desinvestimente, com desindustrialização, o que será difícil de se recuperar depois.