Autor Tópico: Primeiro ciborgue humano pode surgir em 3 anos - no Brasil !  (Lida 808 vezes)

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APODman

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Primeiro ciborgue humano pode surgir em 3 anos - no Brasil !
« Online: 17 de Junho de 2005, 03:13:15 »
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Nicolelis quer ciborgue humano em 3 anos

REINALDO JOSÉ LOPES
DA REPORTAGEM LOCAL

O primeiro ser humano a movimentar um braço robótico apenas com a força da própria mente poderá ser brasileiro -e se transformar em ciborgue num hospital de São Paulo, dentro de três anos. Esse é o objetivo de uma parceria firmada ontem entre o neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, 44, da Universidade Duke (EUA), e o Hospital Sírio-Libanês.

O hospital se comprometeu a investir US$ 1 milhão nos próximos três anos. "Nada impede que esse valor seja ampliado no decorrer do trabalho", disse o gastroenterologista Mauricio Ceschin, superintendente corporativo do Sírio-Libanês. O acordo, assinado por Nicolelis em nome da ONG Associação Alberto Santos Dumont de Apoio à Pesquisa, beneficiará também o instituto de neurociências que o pesquisador paulistano pretende fundar em Macaíba (RN), perto de Natal.

O investimento será, em grande parte, destinado ao enfoque social do instituto, que pretende oferecer educação integral e atendimento de saúde à população carente da região. Para o projeto, Nicolelis primeiro tentou acertar uma parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein, mas o cientista acabou optando pelo Sírio-Libanês, que segundo ele estava em maior sintonia com suas preocupações sociais.

No acerto, os neurologistas do Sírio-Libanês receberão treinamento para lidar com a tecnologia de eletrodos e modelagem matemática que permitirá, segundo Nicolelis, a transferência de informações do cérebro do paciente para um membro robótico. A técnica poderia ajudar pacientes com membros amputados, pessoas com lesões na coluna que as tenham deixado paraplégicas ou tetraplégicas ou os que perderam a movimentação por doenças degenerativas do sistema nervoso.
"Vamos tentar fazer história", resumiu Ceschin, que classificou o pesquisador da Duke de "maior cientista brasileiro vivo".

Com a macaca
A julgar pelos avanços obtidos até agora com macacos, a possibilidade de que isso aconteça é bem real. Desde o começo dos anos 2000, a equipe da Duke, que também inclui outros brasileiros, tem dado salto após salto na criação da chamada interface cérebro-máquina. O conceito em si é simples: capturar os impulsos elétricos que o cérebro usa para mandar mensagens aos membros e transmiti-los para um braço ou perna robóticos. "Mesmo em quadriplégicos, as áreas do cérebro que fazem isso continuam ativas quando, por exemplo, a pessoa sonha que está se mexendo", diz Nicolelis.
O que o grupo conseguiu até agora foi fazer com que macacos resos e macacos-da-noite movimentassem braços robóticos articulados usando só os próprios neurônios, conectados a uma rede de eletrodos. Hoje, os pesquisadores já "lêem" as informações de cerca de 500 neurônios ao mesmo tempo. É muito mais do que se conseguia anos atrás, mas ainda insuficiente, segundo Nicolelis, para que movimentos complexos e delicados (como agarrar um copo sem esmagá-lo) possam ser comandados via máquina. Para isso, ele calcula que a "leitura" da atividade de milhares de neurônios seja indispensável.
Mesmo assim, Nicolelis disse não considerar o prazo de três anos otimista demais. "Na verdade, estamos sendo realistas e até modestos. Podemos ter um protótipo pronto para testes em humanos em um ano e meio", disse.

Teste no país
O mais provável é que o procedimento cirúrgico seja feito no Sírio-Libanês, "em um jovem brasileiro", mas não necessariamente. "O importante é fazer a coisa no tempo certo, sem correr. Se precisarmos de quatro ou cinco anos em vez de três, tudo bem."
A cautela é justificada, já que ainda há uma bela lista de desafios pela frente. É preciso um processador computacional potente, capaz de fazer toneladas de operações em paralelo, para traduzir as mensagens dos neurônios em ordens eletrônicas para o membro ciborgue. Além disso, esse processador precisa ser leve o bastante para não onerar o paciente com peso extra. Isso, claro, se o sujeito realmente carregar o membro.
"Ele pode estar acoplado ao paciente, ao lado dele ou mesmo a centenas de quilômetros de distância", afirma o pesquisador. Outra pergunta ainda sem resposta se refere à segurança e durabilidade do procedimento. Os pesquisadores ainda não sabem qual seria a vida útil dos eletrodos, e quais os efeitos de seu uso em longo prazo para o córtex cerebral (os macacos que o receberam, pelo menos, ainda estão saudáveis).
A equipe também trabalha em outro desafio: fazer com que a informação do membro volte para o cérebro -em outras palavras, torná-lo sensível. "Num trabalho que devemos publicar em breve, conseguimos usar sensores de pressão para simular a sensação de tato", conta o cientista.


fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe1706200501.htm


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Offline Rodion

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Re.: Primeiro ciborgue humano pode surgir em 3 anos - no Bra
« Resposta #1 Online: 17 de Junho de 2005, 05:01:58 »
:o
é incrível como o futuro vai chegando e nos pega desapercebidos. e depois ainda fica banal.
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Skorpios

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Re: Re.: Primeiro ciborgue humano pode surgir em 3 anos - no
« Resposta #2 Online: 17 de Junho de 2005, 11:55:24 »
Citação de: bruno
:o
é incrível como o futuro vai chegando e nos pega desapercebidos. e depois ainda fica banal.


Concordo . Vi o rádio ser novidade e tudo o que aconteceu depois disso . A velocidade do progresso é vertiginosa , as vezes nem dá para explorar totalmente os benefícios de algo
porque já é substituido por algo mais aperfeiçoado .

 

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