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Paris inaugura mostra sobre Maria Antonieta
« Online: 24 de Março de 2008, 17:49:54 »
Paris inaugura mostra sobre Maria Antonieta; veja
 
O Museu do Grand Palais em Paris retraça em uma exposição a vida da rainha Maria Antonieta, esposa do rei Luís 16, de sua infância em Viena, na Áustria, à sua morte, na guilhotina, na Praça da Concórdia em Paris, em 1793.

A mostra reúne mais de 300 obras, entre pinturas, esculturas, móveis e objetos de arte, de coleções públicas e privadas de toda a Europa. Jóias da rainha, porcelanas, instrumentos de música e até uma camisola que ela usou na prisão, após a Revolução Francesa, podem ser vistos na exposição.

Para apresentar os diferentes aspectos da personalidade de Maria Antonieta, que continua despertando o interesse de historiadores, escritores e cineastas, a decoração da mostra Marie-Antoinette foi realizada por um cenógrafo de ópera, Robert Carsen.

Afinal, para muitos, a vida da última rainha da monarquia absoluta francesa pode ser comparada a de um personagem de ópera.

Conhecida pelos seus excessos, a “austríaca”, como muitos a chamavam, era criticada por supostamente gostar de prazeres caros, ser frívola, “sem cérebro” e “viciada” em doces. Mas Maria Antonieta também era adulada, pelo menos por parte do povo francês.

Ela foi considerada a maior mecenas cultural da época, na área das artes decorativas, da música e da moda, criando um estilo único que até hoje está associado ao seu nome.

A infância de Maria Antonieta, nascida em 1755, é apresentada em uma decoração que lembra a arquitetura de palácios do século 18 na Áustria, onde ela recebeu uma educação tradicional, com aulas de dança, canto, música e literatura, antes de vir para a França.

Maria Antonieta se casou aos 15 anos, em 1770, com o rei Luís 16, alguns meses mais jovem do que ela. Ela se sentia oprimida pelo rigoroso protocolo do palácio de Versalhes e acabou desenvolvendo um outro estilo de vida na corte, mais refinado e moderno.

A exposição mostra inúmeros objetos e móveis criados para a rainha utilizar no palácio de Versalhes, alguns insólitos, como uma taça em porcelana, chamada de “taça-seio”, para servir leite, e que teria sido moldada no próprio seio da rainha.

A primeira filha de Maria Antonieta, Maria Thereza, nasceu apenas oito anos após o casamento, depois que o rei realizou uma cirurgia para corrigir um problema que impedia o casal de ter filhos. Esse primeiro nascimento marcou o apogeu da popularidade de Maria Antonieta, que teve quatro filhos.

Mas seu desejo de liberdade e seus gastos faraônicos fazem com que a opinião pública, a partir de 1783, se volte contra ela.

As pinturas, apresentadas na exposição, onde ela aparece ao lado de seus filhos como uma boa mãe de família, não mudam a imagem da “austríaca” que dilapida os cofres públicos da França.

Inúmeras charges e panfletos satíricos de Maria Antonieta, muitos deles agressivos, são produzidos nesse período.

Uma visita à exposição é encerrada com uma escadaria decorada com perucas que leva à uma longa sala escura, cujas paredes vão encolhendo. No final, uma última imagem da rainha, um desenho de 1793, que a mostra numa carroça que a conduz à guilhotina.

Marie-Antoinette estará em cartaz no Grand Palais até o dia 30 de junho.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/03/080319_mariaantonieta_fotos.shtml

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A vida de Maria Antonieta em mostra no Museu do Grand Palais


Maria Antonieta com uma rosa, por Elisabeth Louise Vigée-Le Brun, 'retratista oficial' da rainha. A obra está entre mais de 300 itens, entre entre pinturas, esculturas, móveis e objetos de arte, de coleções públicas e privadas de toda a Europa expostos no Museu do Grand Palais, em Paris.


'Taça-seio', porcelana de Sèvres. Segundo a lenda, o seio de Maria Antonieta, esposa do rei Luís 16, teria servido como modelo para a realização da peça, destinada a conter somente leite. O objeto teria sido usado pela rainha no Palácio de Versalhes.


Desenho 'Maria Antonieta conduzida ao suplício', com notas manuscritas, atribuído a Louis David. A rainha morreu guilhotinada na Praça da Concórdia, em Paris, em 1793. Seus gastos faraônicos contribuíram para sua falta de popularidade.


Esta foi a camisola usada por Maria Antonieta durante sua detenção. Ela viveu seus últimos dias na prisão da Conciergerie antes de decapitada no auge da Revolução Francesa. Sua vida foi contada em inúmeros filmes e livros.


Esta é uma harpa de Maria Antonieta, datada de 1774. Ela foi considerada a maior mecenas cultural da época na área de artes decorativas, música e moda, criando um estilo único que até hoje está associado ao seu nome.


A escrivaninha de Maria Antonieta, datada de 1784, integra o acervo do Museu do Louvre e também está exposta no Museu do Grand Palais até o dia 30 de junho. Ela se sentia oprimida pelo rigoroso protocolo de Versalhes e acabou desenvolvendo um outro estilo de vida no palácio, mais refinado.


Maria Antonieta, rainha da França, e seus filhos, em tela de 1789, de Vigée-Le-Brun. Maria Theresa, a primeira filha, nasceu oito anos após o casamento com Luís 16, época que representou o apogeu da popularidade de Maria Antonieta. A rainha teve quatro filhos.


Réplicas de colares da rainha, confeccionadas na época pelo joalheiro real Charles Boehmer, também podem ser vistas na mostra em Paris. Maria Antonieta se casou aos 15 anos, em 1770, com o rei Luís 16, alguns meses mais jovem do que ela.

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

 

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