Autor Tópico: A pesquisa PSI no Brasil - Entrevista com Zangari  (Lida 2084 vezes)

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Offline Freddy Hazuki

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A pesquisa PSI no Brasil - Entrevista com Zangari
« Online: 18 de Junho de 2005, 04:42:28 »
Tirei isso da Ciencialist, que é muuito recomendada

Ola todos,

Para quem se interessa pelo tema, posto uma "entrevista" que fiz pela
internet com o Coordenador do principal grupo de estudos de pesquisa PSI
(Parapsicologia cientifica).

Abracos fraternos
Mauricio Mendonca



ENTREVISTA COM WELLINGTON ZANGARI - COORDENADOR DO GRUPO INTER-PSI
==================================================================


[MM] O que estuda a PESQUISA-PSI?

[WELL]
A Pesquisa Psi estuda cientificamente experiências de alegações
paranormais. As pessoas vivenciam "coisas" e as interpretam de uma forma
própria. Quando tais vivcências se enquadram no que chamamos "alegações
paranormais", então estamos diante do objeto de estudo da Pesquisa Psi.

[MM] Quais são tais alegações?

[WELL]
São aquelas que dão conta de um tipo de interação
entre o ser humano e o meio diferente do concebido pelas teorias científicas
vigentes. Um pessoa pode alegar, por exemplo, que vê sem usar seus olhos.
Ora, segundo as teorias de percepção, não há como ter a percepção fora dos
órgãos dos sentidos e, portanto, esta se constitui uma alegação paranormal.

[MM] Diante de tal alegação, o que faz o pesquisador psi?

[WELL]Vai ao estudo! Ele vai
usar os instrumentos da ciência para avaliá-la. Mas não se deve achar que,
para estudar alegações paranormais necessitamos assumir a existência de
processos paranormais.

[MM] Isso significa dizer que a PESQUISA-PSI nao é um ramo-da-ciencia
(como a
fisica, biologia, ou a sociologia ? Uma vez que o seu papel é avaliar os
dados (e fenomenos) que colidem com os paradgimas cientificos?
Ou seja, ainda nao temos um ramo-da-ciencia que trate dos pretensos
fenomenos-PSI?

[WELL]A Pesquisa Psi é uma disciplina
científica porque usa do Método Científico. Também pode ser considerada uma
disciplina científica porque tem um objeto de estudo específico, único:
experiências de alegações paranormais. Além disso, por essa delimitação do
objeto, está intimamente ligada à Psicologia, podendo-se dizer que seja uma
ramo desta, porque estuda experiências humanas, uma área já consagrada no
estudo da Psicologia.

[MM] "Compreendi. As pesquisas-PSI seriam um apendice da Psicologia
(Enqto Ramo da Ciencia)."
E a parapsicologia, nao seria a ciencia para estudar PSI?

[WELL]
Nesse caso a "parapsicologia-cientifica" seria um sinonimo para
"Pesquisa-PSI".

[MM] Cabe aos pesquisadores PSI demonstrar que a Ciencia está em crise??

[WELL] A Pesquisa Psi não está em busca de
nenhuma revolução, nem está propondo que "psi" exista ou seja ela uma
anomalia que irá revolucionar a ciência. Apenas estuda pessoas que
experienciam eventos que interpretam como sendo fora do reino conhecido
pelas ciências (alegações paranormais).
Se psi aponta ou não para uma crise da ciência: se psi realmente existir, o
que ainda não sabemos, certamente sim. O que temos são boas evidências de
psi, mas ainda o volume de estudos não permite uma grandeza suficientemente
robusta para afirmarmos que psi exista. Mas, em ciência, talvez o máximo que
possamos obter são boas evidências e, se os resultados das meta-análises
continurem no ritmo (de resultados) que se encontram com o aumento do número
de estudos, há uma grande probabilidade de que essa evidência que temos hoje
seja indicadora da existência de psi. Se isso vier acontecer, tais
resultados poderão ter um forte impacto no meio científico. Mas, posso lhe
garantir, talvez estejamos longe disso e, como o próprio Kuhn afirmou, não é
tão fácil convencer os cientistas (normais) de uma anomalia. Além disso,
posso também lhe afiançar, os pesquisadores psi estão conscientes de que
primeiro é necessário termos mais estudos e mais: termos um modelo
explicativo para psi! Sem isso... será muito difícil que o panorama atual
mude.
Mas, veja, definindo o campo como o estudo de alegações paranormais, e não
como o estudo dos fenômenos paranormais, estamos legitimando o campo JÁ. Não

é preciso demonstrar antes que psi existe para, então, estudarmos psi!
Podemos e devemos, já, estudar o que não há dúvida que existe: alegações de
experiências paranormais."

[MM]
"Ela nao se propoe a revolucionar a Ciencia, mas se os dados forem
consistentes e pertinentes (como parecem ser) certamente irá revoluciona-la.
Daí ela pode se adequar a um dos ramos da Ciencia ou seguir sua propria
trilha enqto um ramo bem definido da Ciencia. E isso leva tempo."
[MM] Voce acha precipitado o debate(buscando um consenso) sobre a
definicao de uma Teoria de PSI? Quais as principais canditadas?

[WELL]
"Não. Hoje, lendo Robert Morris, que durante praticmaente 20 anos dirigiu a
Koestler Chair Unit (http://moebius.psy.ed.ac.uk/), encontrei a seguinte
idéia: os metapsiquista pareciam partir mais de teorias para, depois, irem
de encontro aos dados, enquanto que os atuais parapsicólogos parecem partir
mais dos dados, para irem em busca de uma teoria. Isso é muito
significativo! De fato, ao ler o antigos pesquisadores ficamos ocm a
impressão de que eles estavam convencidos da existência dos fenômenos e de
como explicá-los. O tempo trouxe complexidade e respeito à realidade, o
reconhecimento de que uma teoria deve estar fincada em dados e não o
contrário. Com isso, nosso atual estado é o da existência de uma grande
multiplicidade de teorias e modelos... parciais! Creio que seja necessária a

discussão constante a respeito das teorias, mesmo porque estudos sem uma
vinculação teórica me parece ser algo pouco útil. As pesquisas deveriam ter
em vista hipóteses advindas de teorias ou modelos testáveis, de modo a
fornecer mais elementos empíricos que ampliem ou "embotem" as propostaas
teóricas atuais.

Colei abaixo um trecho de um artigo que Fátima e eu escrevemos resumindo
alguns estudos de ESP e também incluímos uma seção pequenininha sobre
teorias (que está abaixo). Sugiro a leitura do texto inteiro! :
http://www.pesquisapsi.com/option=content&task=view&id=2262"


[MM]De acordo com a mais moderna filosofia da ciencia, parece claro que
uma
atividade cientifica NAO DEVE caminhar somente como uma colecao de
fenomenos, e nem somente com teorias. O processo deve ser simultaneo e
simbiotico, sob pena de nao haver progresso. A meu ver falta a "Pesquisa de
PSI"
uma teoria abrangente e uma demarcação minima dos fenomenos a serem
estudados; esse não é um problema a ser solucionado?

[WELL]
Os modelos estão sendo avaliados.


[MM] Por que a voce não concorda com a inserção do modelo da
sobrevicencia da alma no contexto de estudo da pesquisa PSI?

[WELL]
***Considero que enquanto não tivermos estabelecido empiricamente a
existencia dos fenômenos PSI e consequentemente seus "limites" nao deveremos
investir em um modelo que requer "provas" extraordinarias, como é o caso do
modelo espirita. Alem disso o principio da Navalha de Ockhan parece indicar
que modelos devemos optar por modelos mais simples (Sem a introdução de
entidades desnecessarias).*** Well by Mauricio

A hipótese concorrente (espírita) apenas poderia ser levantada SE e
QUANDO as hipóteses em avaliação (PSI) fosse completamente compreendida em
toda sua extensão. Uma vez que psi ainda está em avaliação (apesar da
existência de evidências pro-psi) não vejo necessário recorrer a outra
hipótese. SE e QUANDO psi for demonstrada com grau de certeza
(probabilístico) suficiente, então restaria reconhecer os limites de psi
(uma vez que uma coisa é saber se psi existe e outra é, em reconhecida a
existência, saber quais são seus limites, se é que há limites). Só SE e
QUANDO os possíveis limites de psi fossem conhecidos é que estaríamos em
condições de avaliar a necessidade de outra hipótese (que realmente não sei
se seria a espírita).

[MM]
SE e QUANDO Psi for "demonstrada", temos que achar URGENTEMENTE um modelo
mesmo que simplificado mas que dê minimamente conta dos dados e fenomenos.
Esse modelo devera conter os LIMITES a que vc se refere, ou entao nao seria
um moldelo cientifico.
Um modelo *pode* ser criado antes da "comprovacao" e reconhecimento
dos limites!
È sempre bom lembrar que Psi, não é Hipotese para "explicar" os fenomenos
anomalos. É tao somente as pesquisas que podem vir a demonstrar a existencia
de tais fenomenos. Nao é correto afirmar portanto, que PSI ou ESP tenham
limites ou não. Os limites somente poderao ser definidos quando existir um
modelo minimamente satisfatorio que explique PSI ou ESP.
As pesquisa dos fenomenos anomalos (chamado aqui de Pesquisa-Psi) é
segundo a minha otica, um passo fenomenal dentro dessa conturbada area.

[WELL]
Se não conhecemos bem Psi, não poderemos fazer mais do que continuar a
estudá-lo de maneira científica. Não sabemos se existem limites ou não,
perfeito! É por isso que não é válido afirmar algo que transcenda PSI ou que
controle a variável Psi. Estou chamando PSI aqui: processo não
sensório-motor de interação entre o ser humano e o meio.

[MM]
Então, segundo essa logica, sao inuteis e dispensaveis as atuais pesquisas
(mesmo de nao espiritas) nas instituicoes que investigam o fenomento Theta e
os casos que sugerem reencarnacao.

[WELL]
Investigam o fenômeno Theta? Estudam "experiências de lembranças de
vidas passadas"; estudam "experiências de Poltergeist"; estudam
"experiências fora-do-corpo"... Para estudar "experiências" humanas não é
necessário assumir nenhuma interpretação!!! Conheço pesquisadores que fazem
esses estudos e "não acreditam em nada". Como também conheço pesquisadores
que acreditam em tudo, mas não fazem com que suas crenças sirvam de
motivação para a busca de legitimação dessas no plano da pesquisa. Estudar
experiências humanas, sejam elas interpretadas como sendo religiosas ou não,

é uma tarefa da ciência. É isso que está sendo pesquisado na maioria dos
centros de pesquisa do mundo.

[MM]
Se nao temos um modelo-PSI (pelo menos um preferencial), não é possivel
delimitar os seus limites, muito provavelmente os dois serao propostos
simultaneamente (ou quase).

No caso desse debate dos LIMITES o maximo que podemos fazer é compararmos os
proto-modelos de PSI :

* Modelo de Resposta Instrumental Mediada
por Psi, ou PMIR Esse modelo, formulado por Rex Stanford (1990)

* Modelo de Processamento de Informações, de Harvey Irwin (1979)

* A teoria do UNIVERSO holográfico do David Bohm

* O modelo do Inconciente onipotente (dentro os 200 anos) do Quemedo

* A hipotese espirita da sobrevivencia da Alma.

* NRA

Creio que o procedimento correto é analisar cada um dos modelos e ver é o
que mais resiste aos testes. Acho legitima a opiniao de WZ considerar
precipitado tomar partido de um deles, e sugerir mais e mais experimentos.
Mas tambem acho legitimo que queira fazer o contrario e escolher o modelo
que por critérios pessoais (e isso esta de acordo com Kunh e Lakatos). Em
qualquer dos casos mais experimentos sao necessarios, e reavaliar a
conclusao em cada caso.

[WELL]
Mais do que escolher modelos pelos "critérios pessoais", eu creio ser mais
válido escolher aqueles que apresentem hipóteses testáveis. Assim, minha
"preferência" seria avaliar até as últimas conseqüências o modelo de Rex
Stanford: Modelo de Resposta Instrumental Mediada por Psi, que é apresentado
com várias hipóteses testáveis, muitas delas já com evidências favoráveis a
seu favor.

[MM]
Foi o que eu disse: por criterios pessoais! Infelizmente nao ha um metodo
que nos conduza diretamente a hipotese verdadeira. Temos que escolher uma e
testa-la.


[MM]
Nossas discordancias sao realmentes minimas. Agora ficou ainda mais claro
pra mim o seu pensamento. Da minha parte "creio" que sei separar muito bem
as minhas crenças das minhas conclusoes cientificas. Eu "creio" por exemplo
que o BIG-BANG é a melhor hipotese para explicar a origem do nosso universo
sensivel; e se pudesse gostaria de estudar e experimentar a fim de confirmar
(ou refutar) essa hipotese...MESMO QUE EU A ASSUMISSE COMO HIPOTESE DE
TRABALHO... Isso não é anti-cientifico como parece que vc pensa (a nao ser q
eu ainda nao o tenha compreendido). Alias, isto esta plenamente de acordo
com as ideias de Lakatos.

"Por "uma decisão metodológica de seus protagonistas" (Lakatos 1970, p.
133), o núcleo rígido de um programa de pesquisa é "decretado"
não-refutável. Possíveis discrepancias com os resultados empíricos são
eliminadas pela modificação das hipóteses do cinturão protetor."

O que NAO PODEMOS fazer é a partir desse procedimento, que é cientifico,
dizer que PROVAMOS DEFINITIVAMENTE determinada teoria... aí já é outra
historia. Mas podemos afirmar que tais, e tais resultados de pesquisas, ou
tais e tais fenomenos, dao apoio a corrobaracao de tal Teoria (Programa de
pesquisa, no caso). No que alias concordamos plenamente:

"Como também conheço pesquisadores
que acreditam em tudo, mas não fazem com que suas crenças sirvam de
motivação para a busca de legitimação dessas no plano da pesquisa."WZ

No entanto é dificil de excluir a possibilidade da "motivação"... SEMPRE vai
existir alguma: Reconhecimento profissional ou pessoal, dinheiro, crenca
pessoal, fama, etc. Nao acredito no pesquisador maquina!

[WELL]
Também não acredito no "pesquisador-máquina" e, exatamente por isso, temos
que trabalhar em equipe, a única forma de diluir as "motivações" SE e QUANDO

elas forem perigosas!




========================================
Anexo: OS modelos de PSI
========================================

Onde se quer chegar?

A experimentação realizada em Parapsicologia tem um objetivo bem definido:
encontrar uma teoria suficientemente ampla, que possa ser adotada para a
compreensão tanto dos resultados das pesquisas de casos espontâneos quanto
para as experimentais. Ou seja, uma teoria geral para psi. A abrangência da
teoria deve estar aliada à sua testabilidade, e portanto, oferecer
postulados claramente formulados de modo a inspirar e possibilitar novos
estudos que a comprovem, a modifiquem ou a refutem. (Zangari, 1995, p. 26)

Na verdade, até o momento o modelo mais bem aceito por sua abrangência e por

ser experimentalmente testável é o Modelo de Resposta Instrumental Mediada
por Psi, ou PMIR (do inglês, psi mediated instrumental response model). Esse

modelo, formulado por Rex Stanford (1990), postula que o ser humano rastrea
o meio ambiente à procura de informações que possam ser úteis para a
satisfação de suas necessidades psicológicas e biológicas. Essas informações

levariam-no a respostas instrumentais, ou seja, a tomadas de atitude, como
mudança de caminhos habituais para evitar acidentes, por exemplo. Stanford
sustenta que psi é uma função psicofisiológica insconsciente a serviço da
adaptação. Assim, estaríamos utilizando psi sempre que necessário, sem nos
darmos conta disso. Os estudos realizados para testar o modelo envolvem
situações em que o sujeito tem que utilizar - e efetivamente utiliza - a ESP

sem saber, ou seja, não intencionalmente por uma questão de adaptação ou, em

última instância, sobrevivência. Um exemplo documentado é o caso de
precognições ou simulcognições a respeito do afundamento do navio Titanic em

abril de 1912, que levou à morte cerca de mil e seiscentas pessoas. Ian
Stevenson (1960, 1965) coletou dezessete casos desse tipo, sendo que sete
ocorreram na noite do desastre; quatro, dez dias antes e seis, de um a dez
meses antes da tragédia. Um engenheiro naval recusou um alto posto no
Titanic por ter previsto extra-sensorialmente o naufrágio, salvando, assim,
sua vida, como o fizeram outros passageiros que decidiram não embarcar para
aquela viagem pelo mesmo motivo.

Existem outros modelos que priorizam os processos cognitivos relacionados a
psi. Um dos mais importantes é Modelo de Processamento de Informações, de
Harvey Irwin (1979). Irwin propõe que traços de memória correspondentes a
informações enviadas pelo agente seriam evocadas no processamento das
informações oriundas da ESP. Esse processamento se daria em três estágios,
todos a nível inconsciente: (a) padrão de reconhecimento; (b) codificação
semântica e (c) análise semântica. Um aspecto importante nesse modelo é a
noção de capacidade de processamento. Supõe-se que essa capacidade seja
limitada. Assim, se o psiquismo estiver ocupado com algum processamento
importante, as demais informações deverão esperar, correndo o risco de serem

perdidas.

Apesar de promissores, modelos como estes carecem de comprovação empírica,
apesar de o modelo PMIR ser o mais bem aceito, o mais discutido nos últimos
vinte anos e o que tem apresentado mais dados empíricos.

O modelo de redução de ruído desenvolvido por Honorton (1974) e Braud (1975)

é o que tem alcançados os melhores resultados experimentais a nível
estatístico e qualitativo. A idéia básica é que "ESP é facilitada pela
redução de outras fontes de estímulos internas ou externas competidoras ou
'ruídos', e pela atenção aos processos internos de pensamento" (Edge et al.,

1986, p. 193) As pesquisas que envolvem estados alterados de consciência,
como as que fizeram uso do relaxamento progressivo (Braud & Braud, 1974), da

técnica ganzfeld (Honorton, 1985) e dos sonhos (Ullman, Krippner & Vaughan,
1973) são clássicas e têm por base o modelo de redução de ruído.

Além dos aspectos relacionados à forma de processamento de informação a
nível psicológico e às funções do mesmo no organismo, uma outra faceta de
psi também tem sido investigada: questões físicas relacionadas ao modo como
a informação psi chega até o sujeito ou sai dele. Várias teorias físicas têm

sido postuladas: teorias de campo (Berger, 1940; Roll, 1966); conceitos
multidimensionais (Broad, 1967; Dunne, 1927/1958; Hart, 1965; Smythies,
1967); teorias de ressonância (Marshall, 1960); teorias eletromagnéticas
(Chari,1977; Vasiliev, 1976; Kogan, 1967; Persinger, 1979), teorias
observacionais (Walker, 1975; Schmidt, 1975).

Como já mencionamos, pesquisas recentes indicam a influência do campo
geomagnético na performance de sujeitos que participam de experimentos
extra-sensoriais, como ganzfeld, por exemplo. Melhores resultados nesses
tipos de experimentos são obtidos quando o campo geomagnético está calmo,
isto é, sem grandes perturbações. (Radin, 1997; Dalton & Stevens, 1996;
Radin, McAlpine & Cunnigham, 1994; Becker, 1992) Pesquisas também exploram a

influência dos campos geomagnéticos na atividade da glândula pineal, uma vez

que há evidências de que essa glândula possivelmente estaria relacionada com

um estado psi-conducivo consciente (Roney-Dougal & Vogl, 1993) Apesar das
evidências quanto à influência direta do campo geomagnético na perfomance
psi, há consenso na área de que ainda carecemos de pesquisas sobre o assunto

para melhor averiguar essa questão.

As teorias observacionais são as mais bem aceitas e as que contam com maior
número de dados empíricos a seu favor. Basicamente, as teorias
observacionais postulam que a consciência pode interferir sobre o mundo
físico através do chamado colapso do estado de vetor. O colapsamento seria
feito basicamente por processos psicocinéticos. As demonstrações
experimentais desenvolvidas por Schmidt (1976) têm dado algum subsídio
empírico à teoria observacional. Entretanto, ele próprio e a maioria dos
investigadores também afirmam que as demonstrações são insuficientes e mais
pesquisas são necessárias.

Wellington Zangari
“Milagre: um acontecimento descrito por aqueles que souberam dele por gente que não o viu.”

Elbert Hubbard

Offline Luis Dantas

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Re.: A pesquisa PSI no Brasil - Entrevista com Zangari
« Resposta #1 Online: 18 de Junho de 2005, 04:52:04 »
Não li direito o artigo, mas a referência a Kuhn ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_Kuhn ) me fez pensar no livro de Ken Wilber que li hoje, "A União da Alma e dos Sentidos".  Ele defende, de forma convincente, que a idéia de que a ciência evoluiu por paradigmas tem sido MUITO abusada, fazendo parecer que o conhecimento científico é arbitrário.
Wiki experimental | http://luisdantas.zip.net
The stanza uttered by a teacher is reborn in the scholar who repeats the word

Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Zibs

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Re: Re.: A pesquisa PSI no Brasil - Entrevista com Zangari
« Resposta #2 Online: 19 de Junho de 2005, 15:09:48 »
Citação de: Luis Dantas
Não li direito o artigo, mas a referência a Kuhn ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_Kuhn ) me fez pensar no livro de Ken Wilber que li hoje, "A União da Alma e dos Sentidos".  Ele defende, de forma convincente, que a idéia de que a ciência evoluiu por paradigmas tem sido MUITO abusada, fazendo parecer que o conhecimento científico é arbitrário.


Ué, Luiz, nao sabia que voce lia os livros do Ken Wilber.Costumo sofrer por apreciar os mesmos, especialmente porque eles fundamentam a maioria das teorias esotericas.Em minha filosofia pessoal, nao me considero esoterica, e sim panteista.É apenas uma corrente filosofica, dai para fazer a mistureba que os esotericos praticam é outra coisa.
A verdade, em sua essencia, se manifesta sob diferentes roupagens.Sabedoria é comunica-la usando-se da veste do seu interlocutor.

Offline Stern

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A pesquisa PSI no Brasil - Entrevista com Zangari
« Resposta #3 Online: 26 de Junho de 2005, 20:50:32 »
Há uma outra entrevista com o Zangari publicada no Ceticismo Aberto que acredito ser um ótimo complemento a esta :

http://www.ceticismoaberto.com/ezine/ezine_06.htm

Fala sobre mágica e Pesquisa Psi
Para se proteger da retórica pseudocética e pseudocientífica, visite http://www.pesquisapsi.com

 

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