Autor Tópico: 7 produtos que perderam o reinado nos mercados de tecnologia e internet  (Lida 479 vezes)

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7 produtos que perderam o reinado nos mercados de tecnologia e internet

São Paulo – Eles já foram líderes em suas épocas, mas perderam o reinado. Confira produtos e serviços destronados em tecnologia e internet.

Você se lembra de todos os produtos e serviços do mercado de TI que já puderam ser considerado líderes em seus setores? Nem tente se esforçar muito, caro leitor – a volatilidade tradicional da tecnologia torna a lista quase infindável.

O IDG Now! separou os principais produtos que lideram seu segmento em determinada época, mas, por falta de investimento, problemas jurídicos ou simplesmente de estratégia da empresa responsável, não conseguiu manter seu tempo e acabou destronado.

A amarga lista contempla tanto exemplos disponíveis, como o ICQ e o RealPlayer, como outros que já se foram, mas deixaram raízes profundas no setor, como o Netscape e o Napster no seu modelo original.

Vale lembrar que o IDG Now! não considerou produtos cujo sucesso terminou junto ao setor inteiro onde havia sua liderança, como é o caso de pagers ou provedores de acesso discado, por exemplo.

“O rei se foi, mas ele não será esquecido”, já dizia o músico Neil Young. Todos os produtos e serviços listados aqui cabem muito bem na definição. Acha que faltou algum produto que já pode ser considerado líder no seu segmento que não está na lista? Deixe seu comentário.

Netscape Navigator – Ainda que contemple a decadência de um produto que atingiu o posto de líder no seu setor, a história do Netscape é um bocado mais amarga que todas as outras aqui, já que o primeiro navegador de sucesso do mercado foi completamente descontinuado.

Nascido oficialmente no final de 1994 inspirado pelo (e usando algumas funções do) projeto Mosaic, criado dentro do National Center for Supercomputing Applications dois anos antes, o Netscape reproduzia a convergência de textos, imagens e, na época, animações da hipermídia com rapidez e fidelidade.

O mercado de internet começou a ver a explosão de dólares que inundou o empreendedorismo online (e depois foi responsável pela sua derrocada durante a bolha) a partir do IPO da Netscape, com os papéis da empresa saltando de 28 dólares para 58 dólares ao final do primeiro dia.

As boas funções do Netscape – algo tão óbvio atualmente, a interoperabilidade entre plataformas veio pelas mãos da empresa - o colocaram à frente de um batalhão de rivais nascidos após o Mosaic e logo tornaram o navegador sinônimo de internet, alavancando sua participação para além dos 70% até 1998.

O início da derrocada da Netscape chegou em 1997, quando a Microsoft investiu bilhões de dólares no desenvolvimento, lançamento e divulgação do Internet Explorer 4.

Fora superioridades técnicas, o IE4 também embarcava na dominação entre sistemas operacionais que a Microsoft goza até hoje, o que causou processos antitruste contra a companhia frente à Comissão Européia.

No ano seguinte, a AOL comprou a Netscape por 4,2 bilhões de dólares e a falta de novos investimentos do então provedor líder de acesso discado nos Estados Unidos, junto aos gastos milionários da Microsoft no IE, foram jogando o Netscape no ostracismo.

Em fevereiro, o fim definitivo: três anos após começar a dominar a web mundial, o browser parou de ser atualizado pela AOL. Fica, pelo menos, o fantasma do Netscape no código fonte do Firefox, o navegador que tenta quebrar o quase monopólio da Microsoft no setor.

ICQ – Não há criança, adolescente ou adulto que não se lembre do ícone de florzinha verde que, na barra de tarefas, apresentava janelas com mensagens curtas dentro do desktop.

Criado pela israelense Mirabillis, o ICQ (brincadeira com a frase “eu procuro você” em inglês) criou e dominou o mercado de mensagens instantâneas a partir de 1996, quando sua primeira versão chegou à web.

Além de funções imitadas até hoje por produtos do setor (só na sua oitava versão o MSN Messenger permitiu que usuários entrassem “invisíveis”), o ICQ apresentou ao usuário uma maneira de se aproximar de seus amigos sem depender da falta de agilidade do e-mail.

As mensagens poderiam ainda ser enviadas para usuários descontados e muitos amigos poderiam se juntar em uma sala múltipla de chat. Assim como o Netscape, a AOL entrou na história e comprou a Mirabillis em 1998 por 407 milhões de dólares.

E, também como a Netscape, a Mirabillis encontrou a Microsoft pelo caminho. Ainda que atrasada no setor (o MSN Messenger 1.0 foi lançado só em 1999), a Microsoft aliou sua dominação na área de sistemas operacionais com uma agressiva campanha de marketing (voltada principalmente a jovens) para ganhar mercado enquanto melhorava tecnicamente seu produto.

O grande pulo veio em 2003, com o MSN Messenger 6.0, que introduziu o modelo gráfico de conversas com emoticons e vídeos utilizado hoje, enquanto a AOL apostava no exagero de propagandas para tentar lucrar com o ICQ.

Os resultados são evidentes hoje: enquanto o MSN Messenger é o mensageiro mais usado no Brasil, com 30,5 milhões de usuários em agosto de 2007, enquanto o ICQ faz mistério em seu site, afirmando apenas que, desde 1996, foram “mais de 180 milhões” de usuários.

Rio – Você pode não lembrar, mas antes do iPod se transformar em sinônimo de MP3 player, uma linha de tocadores tinha a ingrata tarefa de, quase sozinha, evangelizar a música digital em um mundo em lento avanço tecnológico.

Numa época em que a música digital significava ainda pouco, a Rio era sinônimo de tocador de MP3 com seus equipamentos com design quadrado, cheios de botões, pequenos visores monocromáticos e pouco espaço disponível.

Três anos antes de Steve Jobs, ainda tentando salvar uma agonizante Apple, apresentar o primeiro iPod, chegava ao mercado o Rio PMP300, abastecido por uma pilha AA e com capacidade de 32 MB, suficiente para meia hora de música.

Tanto a inexperiência em um setor ainda quase inexistente, como problemas financeiros da Diamond Multimedia, empresa de placas gráficas responsável pelo MP3 player, fizeram com que a empresa desistisse do negócio antes da linha de players da Apple ganhar tração no mercado.

Napster – A premissa é extremamente simples: porque não aproveitar a capacidade de reprodução infinita dos arquivos digitais para compartilhar músicas que eu gosto e tenho com outros amigos?

O que parecia apenas uma simples idéia dentro de um campus universitário pelas mãos de Shawn Fenning se transformou no principal veículo para a revolução digital da música a partir de junho de 1999. A primeira prova de que a música digital poderia ser gratuita durou pouco mais de dois anos – massacrado por processos, o Napster fechou as portas em setembro de 2001.

A idéia, porém, já estava plantada. Ainda que tivesse tomado o caminho da venda legal de músicas em 2003, o Napster foi a semente para que serviços P2P similares, como Kazaa, Grokster e eMule explodissem em acessos.

Na sua segunda encarnação, o Napster nasceu enfrentando a pesada concorrência do iTunes Music Store, que, com meses de vida, tentava pegar carona no crescente sucesso da linha iPod com um extenso catálogo de músicas.

Muitos usuários que apelavam para o Napster pela falta de opção migraram para o serviço pago da Apple ou outros similares, que ofereciam download ilimitado de canções por uma assinatura mensal.

Houve ainda quem desistisse dos visados P2P, levados aos tribunais com freqüência após a derrota do Napster, em nome de sistemas mais descentralizados, rápidos e difíceis de se monitorar, como redes BitTorrent.

No fim das contas, o Napster foi o início de uma onda que Apple e BitTorrent, principalmente, vêm surfando.

ZipMail – Com a internet comercial completando três anos no Brasil, surgiu o primeiro serviço de e-mails em massa no país. Impulsionado por uma campanha na TV, o ZipMail, criado por Marcos de Moares, contabilizou 1 milhão de usuários em menos de um ano, três vezes mais que o planejado.

A interface colorida, a presença de filtro de mensagens e o espaçoso 1 MB oferecido para o armazenamento de mensagens atraíram também a atenção daqueles que já tinham contas em serviços internacionais de correio eletrônico.

Quatro anos após comprado, o ZipMail foi comprado por 365 milhões de dólares pela Portugal Telecom, que, sem conseguir sustentar o negócio, atrelou o serviço ao UOL – alguns blogs do portal hoje contam com o sufixo “zip.net”.

Fora a incapacidade de a operadora portuguesa sustentar o crescimento, o ZipMail sofreu com a concorrência feroz de rivais internacionais, a começar pelo Yahoo Mail e pelo Hotmail, comprado pela Microsoft em 1997.

Em 2004, veio o golpe final pelas mãos do Google: o Gmail balançava o setor ao abandonar o armazenamento na casa dos poucos Megabytes ao oferecer 1 Gigabyte de espaço online.

Yahoo, Altavista e Cadê? – Fazer buscas na internet era uma experiência difícil, mas usuários de longa data só se mancaram de seus problemas quando o Google, num legítimo “strike” de boliche, desbancou diversos competidores com um sistema que parecia justo.

Com o PageRank, o critério para os resultados da busca de um termo eram mais claros que os aplicados por Yahoo, Altavista e Cadê?: quanto mais se falava e se publicava links para determinado endereço, mais alta era sua posição no ranking de resultados.

Em português claro, o algoritmo do Google trazia resultados mais próximos ao que o usuário buscava.

Na alternância da dominação que Yahoo e AltaVista tiveram no mercado mundial, ficou a imagem de companhias mais preocupadas em indexar conteúdo a organizá-los, com práticas nem sempre muito bem esclarecidas sobre vendas de links, como lembra John Battelle em seu livro “The Search”.

No Brasil, o Cadê? usava o Yahoo como clara inspiração, da indexação manual de conteúdo à interface de busca, mas foi a StarMedia que levou a empresa criada pelos amigos Gustavo Viberti e Fábio Oliveira, em 1999.

Mesmo com a mudança de mãos ao ser arrematado pelo Yahoo, o Cadê? sofreu com o estouro da bolha e acabou se rendendo ao engine do buscador.

RealPlayer – Não era culpa do RealPlayer, mas ver vídeos na internet na época em que o codec era a maneira mais popular para acessar conteúdo multimídia era um grande martírio. E a tecnologia não ajudava muito.

Com cansativos tempos de streaming para execução do vídeo em telas muito pequenas, o RealPlayer também sofria com o acúmulo de propagandas dentro do seu tocador, que também exibia uma interface que desafiava qualquer expert em usabilidade.

A popularização da banda larga trouxe a necessidade urgente de uma nova maneira de reproduzir grandes vídeos com boa qualidade online sem os problemas de streaming e propagandas – o Windows também entrou na roda com o Windows Media Player, melhor que o RealPlayer.

O YouTube e a conseqüente infestação de clones com diferentes temáticas alçou o Flash ao papel de estrela do vídeo online, em alta definição inclusive, o que fez com que a Microsoft corresse atrás com a plataforma Silverlight.

http://idgnow.uol.com.br/mercado/2008/03/27/7-produtos-que-perderam-o-reinado-nos-mercados-de-tecnologia-e-internet-1/

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline SnowRaptor

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Re: 7 produtos que perderam o reinado nos mercados de tecnologia e internet
« Resposta #1 Online: 28 de Março de 2008, 22:27:06 »
É engraçado que a maioria dos programas citados morreu ao ser comprado por uma gigante ou por começar a pendurar anúncios demais na janela. (A exceção é o napster cujo do no foi processado).
Elton Carvalho

Antes de me apresentar sua teoria científica revolucionária, clique AQUI

“Na fase inicial do processo [...] o cientista trabalha através da
imaginação, assim como o artista. Somente depois, quando testes
críticos e experimentação entram em jogo, é que a ciência diverge da
arte.”

-- François Jacob, 1997

 

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