Autor Tópico: Fitna  (Lida 472 vezes)

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Offline Quereu

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  • Evoé Baco
Fitna
« Online: 30 de Março de 2008, 11:26:29 »
curta-metragem Fitna, do deputado holandês Geert Wilders, mostra a visão pessoal do autor que vê o islã dominado pelo fanatismo e violência. É evidente que a posição de Geert pode ser considerado ofensiva aos muçulmanos, mas é inegável que ele tem o direito de expressá-la. Sem entrar no mérito da questão, se Geert não puder dizer o que pensa sobre o islã, caso este último corresponda ao que pensa o deputado, apenas porque ofende seus seguidores o islã estará livre para atuar de forma violenta e fanática. A liberdade de expressão é o que permite a correção dos valores conflitantes; força a mudança, o ajuste. Sem ela, os agentes se sentem livres para fazerem o que quiserem. Como toda criação humana está sujeita à deformação inerentemente humana das coisas. Não é o instrumento perfeito, é o instrumento melhor e possível.

O islã é contra a liberdade de expressão porque a sua natureza autoritária pode ser confrontada e combatida por ela. Invocar a ofensa não é um recurso lógico de dois que debatem, é o recurso hipócrita usado pelo lado que não quer o diálogo, ainda que a ofensa seja usada como meio ilegítimo. Ora, classificar qualquer crítica ao islã como ofensa é fechar as portas da argumentação, é colocar-se numa posição de vestal onde o diálogo só e possível conforme as regras que ele mesmo estabelece, o que no fundo é apenas um artifício, um estratagema que nada discute, apenas mantém o status quo.

Usando a liberdade de expressão os muçulmanos podem contra-atacar criando um vídeo onde os aspectos positivos do islã são ressaltados, inclusive em comparação aos valores ocidentais. Podem criticar o cristianismo mostrando que este é ainda mais violento. No entanto, não o fazem; usam o caminho da censura e da indignação. Só pode ser porque, sub-repticiamente, sabem que os seus valores estão condenados a morte se não forem impostos a ferro e fogo. O radicalismo e o fanatismo são um ato de desespero tentando salvar um moribundo. Por isso eles precisão de tudo, pois que se tornam nada.

Link do vídeo: http://br.youtube.com/watch?v=37w-aXGk8M0
A Irlanda é uma porca gorda que come toda a sua cria - James Joyce em O Retrato do Artista Quando Jovem

Offline HSette

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Re: Fitna
« Resposta #1 Online: 30 de Março de 2008, 18:02:09 »
E começam as reações. Uma irracionalidade.

Um grupo de 53 deputados da câmara baixa do Parlamento jordaniano assinaram hoje uma proposta para pedir ao Governo que rompa suas relações diplomáticas com a Holanda, após a difusão do filme "Fitna", que consideram ofensivo aos muçulmanos.

Antes de sua estréia oficial na sexta-feira na Internet, "Fitna" --que significa em árabe guerra civil ou enfrentamento rebelde-- suscitou uma grande polêmica, já que a Europa teme que se produza uma nova crise parecida com a que ocorreu com as vinhetas de Maomé de 2007, quando morreram mais de 100 pessoas.

Seria um retrocesso condenar o filme só por temor das ações de muçulmanos fundamentalistas. Há que se enfrentar isso, e não se acovardar.
"Eu sei que o Homem Invisível está aqui!"
"Por quê?"
"Porque não estou vendo ele!"

Chaves

Offline Adriano

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Re: Fitna
« Resposta #2 Online: 30 de Março de 2008, 18:37:36 »
É a censura religiosa.

Dawkins é bem pertinente com suas teoria de que as religiões que querem se manter acima das críticas alheias.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Fabrício

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Re: Fitna
« Resposta #3 Online: 31 de Março de 2008, 11:24:35 »
O Islã tem o direito de sugerir que os seus seguidores não assistam ou boicotem o filme, mas não tem o direito de tentar censurar o filme para todos! Eu não sou muçulmano (Alá me livre!) e me reservo o direito de assistir o filme se eu quiser... por que uma religião que eu não sigo se arvora o direito de determinar o que posso ou não ver?

Mas como disse o Hsette, o mais importante é que o mundo não se acovarde com estas manifestações ridículas.
"Deus prefere os ateus"

 

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