Notícia do New York Times:
Dois cidadãos do Havaí, Walter L. Wagner e Luis Sancho, alegam que os cientistas do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares, o CERN, poderão fazer o colisor produzir, entre outros horrores, um pequeno buraco negro, o qual, alegam, poderia engolir a Terra. Ou produzir algo chamado um "strangelet", que converteria nosso planeta em uma massa densa e morta chamada "matéria estranha" (daí o nome "strangelet").
Sua tese também diz que o CERN não conseguiu obter um relatório de impacto ambiental, requerido conforme o National Environment Policy Act, ou Lei de Políticas Nacionais para o Meio-Ambiente.
A demanda judicial, impetrada em 21 de março na Corte Federal de Honolulu, requer uma proibição temporária à entrada em operação do acelerador do CERN ou até que haja um relatório de segurança e de avaliação ambiental.
Coloca na posição de réus o Departamento de Energia dos EUA, o Fermilab, a Fundação Nacional de Ciência e o CERN. Segundo o porta-voz do Departamento de Justiça dos EUA, que repesenta o Departamento de Energia, uma reunião foi marcada para 16 de junho.
Em entrevista, Wagner disse: "Eu não sei se eles irão aparecer". O CERN deveria se submeter voluntariamente à jurisdição da Corte, disse, aduzindo que ele e Sancho poderiam ter processado o CERN na Suíça ou na França, mas para "economizar", eles incluíram o CERN nesta demanda. Ele alega que uma ordem de suspensão para o Fermilab (que é americano) e para o Departamento de Energia, que ajudam financeiramente a manter os magnetos supercondutores do CERN suspenderiam o projeto de qualquer modo.
James Gillies, chefe de relações públicas do CERN, disse que o laboratório ainda não se pronunciou sobre o processo judicial. "É difícil achar que uma corte distrital no Havaí poderá ter jurisdição sobre uma organização intergovernamental na Europa", disse.

"Nada sugere que o LHC seja inseguro", aduzindo que sua segurança foi confirmada por dois relatórios, outro está a caminho, e serão discutidos em 6 de abril, no CERN. "Cientificamente, não estamos escondendo nada", disse.
Wagner, que vive na Grande Ilha do Havaí, estudou física e fez pesquisas sobre raios cósmicos na Universidade da Califórnia, em Berkeley, e obteve doutorado honorífico pela agora denominada Universidade do Norte da Califórnia, em Sacramento. Depois, trabalhou como oficial de segurança em radiação na Administração dos Veteranos.