Autor Tópico: Prosseguem as reformas em Cuba  (Lida 10048 vezes)

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Offline HSette

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Prosseguem as reformas em Cuba
« Online: 12 de Abril de 2008, 13:46:12 »
E o governo de Raul Castro continua na senda das reformas tão necessárias ao povo cubano.
Espero que essas reformas tenham prosseguimento e que dêem certo!  :ok:


- SALÁRIOS: uma resolução do Ministério do Trabalho põe fim ao teto salarial para empregados das estatais, que vigorava há décadas. A medida prevê uma reforma dos sistema de salários para que os trabalhadores passem a ser remunerados de acordo com a sua produtividade.

- HABITAÇÃO: milhares de cubanos que vivem em imóveis do governo poderão obter com mais rapidez e menos burocracia o título de propriedade, mantendo o endereço mesmo após deixarem o cargo público ao qual a residência está vinculada. Dois funcionários do Instituto Nacional de Habitação em Cuba disseram à agência Associated Press, sob anonimato por não terem autorização para falar com a mídia estrangeira, que o decreto de ontem é provavelmente o primeiro de uma série de reformas do setor imobiliário.
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Chaves

Offline Rodion

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Re: Prosseguem as reformas em Cuba
« Resposta #1 Online: 12 de Abril de 2008, 14:11:26 »
bom que as reformas aconteçam, mas me pergunto se não estão em um passo muito rápido...
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Offline HSette

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Re: Prosseguem as reformas em Cuba
« Resposta #2 Online: 12 de Abril de 2008, 14:18:19 »
bom que as reformas aconteçam, mas me pergunto se não estão em um passo muito rápido...

Eu acho que está de bom tamanho. Quanto antes, melhor.
E pelo que parece, a acolhida do povo cubano às reformas anunciadas está sendo bem positiva, e isso é o que importa, pois neutraliza as vozes discordantes da velha guarda.
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Chaves

Offline Nightstalker

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Re: Prosseguem as reformas em Cuba
« Resposta #3 Online: 12 de Abril de 2008, 14:23:09 »
Boa notícia, só espero que isso continue.
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Offline Pregador

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Re: Prosseguem as reformas em Cuba
« Resposta #4 Online: 12 de Abril de 2008, 16:44:30 »
Será que um dia chamaremos Raul Castro de "o homem que trouxe a democracia a Cuba"?
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline Fabi

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Re: Prosseguem as reformas em Cuba
« Resposta #5 Online: 12 de Abril de 2008, 19:35:18 »
 :feliz: Fico feliz que a situação em Cuba esteja melhorando...
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Offline Vito

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Re: Prosseguem as reformas em Cuba
« Resposta #6 Online: 12 de Abril de 2008, 19:56:04 »
Será que um dia chamaremos Raul Castro de "o homem que trouxe a democracia a Cuba"?
Veremos...

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Prosseguem as reformas em Cuba
« Resposta #7 Online: 12 de Abril de 2008, 20:12:10 »
Quem diria....Raulzito é um porco capitalista a serviço dos imperialistas  americanos :hihi:.

Se continuar assim vão acabar abrindo as fronteiras para permitir que entrem e saiam de lá livremente. :lol:

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Prosseguem as reformas em Cuba
« Resposta #8 Online: 12 de Abril de 2008, 20:13:33 »
Cadê agora os defensores do sistema do Fidel que aporrinhavam no CC? :biglol:

Offline HSette

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Re: Prosseguem as reformas em Cuba
« Resposta #9 Online: 12 de Abril de 2008, 20:19:36 »
:feliz: Fico feliz que a situação em Cuba esteja melhorando...

Eu também sou dos que torcem para o sucesso da empreitada.  :)

Ainda mais que as mudanças estão se dando de uma forma relativamente tranqüila.

E algo que julgo importante é que o Brasil desempenhe um papel ativo nesse processo. Até do ponto de vista econômico é bem interessante para nós. Temos boa tecnologia na área do biodiesel e do álcool combustível que pode ser negociada com Cuba.
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Offline Luiz Souto

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Re: Prosseguem as reformas em Cuba
« Resposta #10 Online: 13 de Abril de 2008, 21:15:34 »
A questão é que a liberalização econômica não significa necessariamente liberalização política , na verdade pode ser usada , como na China , para manter a opressão política. O que se vê é uma " transição pelo alto".
Mas espero que os grupos que desejam mudanças substantivas no regime cubano , mantendo a universalização dos serviços sociais,consigam maior espaço de manobra.
Se não queres que riam de teus argumentos , porque usas argumentos risíveis ?

A liberdade só para os que apóiam o governo,só para os membros de um partido (por mais numeroso que este seja) não é liberdade em absoluto.A liberdade é sempre e exclusivamente liberdade para quem pensa de maneira diferente. - Rosa Luxemburgo

Conheça a seção em português do Marxists Internet Archive

Offline Rodion

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Re: Prosseguem as reformas em Cuba
« Resposta #11 Online: 14 de Abril de 2008, 00:36:37 »
A questão é que a liberalização econômica não significa necessariamente liberalização política , na verdade pode ser usada , como na China , para manter a opressão política. O que se vê é uma " transição pelo alto".
Mas espero que os grupos que desejam mudanças substantivas no regime cubano , mantendo a universalização dos serviços sociais,consigam maior espaço de manobra.

é. a minha aposta é que cuba não vai ser um estado democrático de direito em pelo menos algumas décadas.
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Prosseguem as reformas em Cuba
« Resposta #12 Online: 14 de Abril de 2008, 08:06:42 »
A questão é que a liberalização econômica não significa necessariamente liberalização política , na verdade pode ser usada , como na China , para manter a opressão política. O que se vê é uma " transição pelo alto".
Mas espero que os grupos que desejam mudanças substantivas no regime cubano , mantendo a universalização dos serviços sociais,consigam maior espaço de manobra.

é. a minha aposta é que cuba não vai ser um estado democrático de direito em pelo menos algumas décadas.

Não acredito que isso se manterá indefinidamente, se estão abrindo a ilha economicamente quer dizer que a situação já está insustentável a ponto de haver uma revolta popular..

Raul tb é idoso e pelo que tenho visto nos jornais, ninguém até agora tinha coragem de criticar o governo porque acabaria sem emprego , sem casa , sem direitos e sem ter como sair de lá.

Será que com a posse definitiva dos imóveis, acesso a alimentos em maior quantidade  e dinheiro (Se houver mesmo uma abertura, pode haver uma subida no padrão de vida..) a população ainda assim aceitará continuar  sob o chicote dos Castro?

E os politicos de lá, será que continuarão  aceitando ser vaquinhas de presépio dos Castro legitimando  seu poder ano após ano ao invés deles próprios tentarem tomar o poder?


Offline Pregador

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Re: Prosseguem as reformas em Cuba
« Resposta #13 Online: 14 de Abril de 2008, 09:03:12 »
A questão é que a liberalização econômica não significa necessariamente liberalização política , na verdade pode ser usada , como na China , para manter a opressão política. O que se vê é uma " transição pelo alto".
Mas espero que os grupos que desejam mudanças substantivas no regime cubano , mantendo a universalização dos serviços sociais,consigam maior espaço de manobra.

é. a minha aposta é que cuba não vai ser um estado democrático de direito em pelo menos algumas décadas.

Não acredito que isso se manterá indefinidamente, se estão abrindo a ilha economicamente quer dizer que a situação já está insustentável a ponto de haver uma revolta popular..

Raul tb é idoso e pelo que tenho visto nos jornais, ninguém até agora tinha coragem de criticar o governo porque acabaria sem emprego , sem casa , sem direitos e sem ter como sair de lá.

Será que com a posse definitiva dos imóveis, acesso a alimentos em maior quantidade  e dinheiro (Se houver mesmo uma abertura, pode haver uma subida no padrão de vida..) a população ainda assim aceitará continuar  sob o chicote dos Castro?

E os politicos de lá, será que continuarão  aceitando ser vaquinhas de presépio dos Castro legitimando  seu poder ano após ano ao invés deles próprios tentarem tomar o poder?



Só sei que as pessoas pensarão duas vezes em criticar Raul, já que foi graças a ele que conseguiram a propriedade de suas casas.
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Prosseguem as reformas em Cuba
« Resposta #14 Online: 14 de Abril de 2008, 13:28:11 »
A questão é que a liberalização econômica não significa necessariamente liberalização política , na verdade pode ser usada , como na China , para manter a opressão política. O que se vê é uma " transição pelo alto".
Mas espero que os grupos que desejam mudanças substantivas no regime cubano , mantendo a universalização dos serviços sociais,consigam maior espaço de manobra.

é. a minha aposta é que cuba não vai ser um estado democrático de direito em pelo menos algumas décadas.

Não acredito que isso se manterá indefinidamente, se estão abrindo a ilha economicamente quer dizer que a situação já está insustentável a ponto de haver uma revolta popular..

Raul tb é idoso e pelo que tenho visto nos jornais, ninguém até agora tinha coragem de criticar o governo porque acabaria sem emprego , sem casa , sem direitos e sem ter como sair de lá.

Será que com a posse definitiva dos imóveis, acesso a alimentos em maior quantidade  e dinheiro (Se houver mesmo uma abertura, pode haver uma subida no padrão de vida..) a população ainda assim aceitará continuar  sob o chicote dos Castro?

E os politicos de lá, será que continuarão  aceitando ser vaquinhas de presépio dos Castro legitimando  seu poder ano após ano ao invés deles próprios tentarem tomar o poder?



Só sei que as pessoas pensarão duas vezes em criticar Raul, já que foi graças a ele que conseguiram a propriedade de suas casas.

A população pode não criticar o Raul, mas e os funcionários do partido que sempre tiveram todo tipo de beneficíos que outras pessoas comuns não tinham?

Será que ficarão quietos se por acaso se sentirem ameaçados de perder privilégios?

Offline Vito

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Re: Prosseguem as reformas em Cuba
« Resposta #15 Online: 15 de Abril de 2008, 11:54:21 »
Em processo:

Cuba: Filas no primeiro dia de venda livre dos telemóveis
Numerosas filas de espera formaram-se na segunda-feira, em frente das lojas de Havana, no primeiro dia de venda livre dos telemóveis em Cuba, apesar do preço elevado dos aparelhos e dos serviços, testemunharam jornalistas.

O levantamento da proibição, anunciado a 28 de Março, foi uma das primeiras medidas do novo presidente Raul Castro, que prometera acabar com algumas «proibições excessivas» que pesam sobre a sociedade e a economia cubana.

Ontem de manhã, primeiro dia em que os cubanos podiam comprar os aparelhos, cerca de 70 pessoas estavam na fila em frente a uma das 30 lojas Etecsa, que detém o monopólio do Estado cubano do sector das comunicações, e outras tantas nas outras.

Telecom Itália detém uma participação de 27% em Etecsa. «Não esperava que viessem tantas pessoas», comentou uma empregada do estabelecimento da rua Obispo, na Velha Havana, Arelys Gonzalez. Até agora, só alguns poucos funcionários e as empresas estrangeiras tinham acesso aos telemóveis.

«A autorização é uma coisa muito boa. O serviço é demasiado caro, mas a necessidade obriga», declarou Iluminada Rogriguez, uma camponesa de 58 anos cliente às primeiras horas. «Com a minha pensão de 202 pesos (9 dólares) mensais eu não teria possibilidade de o comprar mas eu sabia que a família ia pagar-mo, porque até esta altura, para poder falarmos eu tinha de ir a casa de um vizinho», conta ela. Ela poderá escolher entre seis modelos de telemóvel que custam entre 65 e 290 dólares, obter um número por 120 dólares e comprar cartões telefónicos por 11, 21 ou 42 dólares. Ou seja, um total de 196 dólares, no mínimo, num país em que o rendimento mensal médio é de 408 pesos (17 dólares).

«Sim, é muito caro mas não é um luxo, antes uma necessidade para aqueles que, como eu, não têm telefone em casa e precisam de comunicar com a família», disse Yolanda, 53 anos, que tem o seu único filho a viver nos Estados Unidos.

Fonte: Diário Digital / Lusa

--

Cuba: Milhares passam a proprietários de casas do Estado
O governo de Raul Castro decidiu na sexta-feira deixar milhares de cubanos serem titulares das casas do Estado que alugaram, num decreto-lei que pode abrir caminho a uma reforma mais ambiciosa do sector da habitação.

É o primeiro decreto formalmente publicado desde que Raul Castro sucedeu ao seu irmão Fidel com presidente, em Fevereiro. Determina as regras ao abrigo das quais os cubanos que alugaram casas do Estado podem manter o apartamento ou casa depois de terem deixado os respectivos postos de trabalho.

Afirma que podem ser titulares da casa e passá-las aos filhos e familiares. A maioria dos abrangidos pelo decreto inclui famílias de militares, trabalhadores da cana-de-açúcar, operários da construção civil, professores e médicos.

O economista cubano Oscar Espinosa Chepe afirma que «isto é como uma terra de ninguém que eles estão a legalizar».

Fonte: Diário Digital / Lusa

---

E por enquanto:

Cuba : Fidel Castro preocupado com os perigos da electrónica
Fidel Castro alertou quarta-feira contra os danos que podem provocar as «ondas electrónicas» dos telemóveis e outros objectos digitais, na altura em que o seu irmão acaba de autorizar a sua venda livre em Cuba.

Numa mensagem dirigida ao VII Congresso da Associação dos Artistas e Escritores Cubanos (UNEAC), Fidel Castro, que renunciou ao poder em Fevereiro, pretende «exprimir algumas preocupações que lhe vêm ao espírito» depois de ter escutado terça-feira as intervenções dos participantes.

«Há dois dias, num artigo da imprensa estrangeira, falou-se de 30 invenções geniais que transformaram o mundo: os CD, GPS e DVD, telemóvel, Fax, Internet, micro-ondas, Facebook, máquinas fotográficas digitais, correio electrónico, etc.,et.,etc.», escreve Fidel Castro.

As multinacionais que estão na origem destes produtos ganharam dólares em tais quantidades «que é incompreensível», acrescenta.

«Pior ainda: cada um deles (estes aparelhos) será substituído por uma outra invenção mais eficaz» e «nem se pode mesmo garantir o segredo do que diz um casal no banco de um parque», lamenta o dirigente cubano.

«Como garantir a saúde mental e física quando são ainda desconhecidos os efeitos de tantas ondas electrónicas para as quais nem o corpo nem o espírito estão preparados», alarma-se o histórico líder da revolução cubana, hoje com 81 anos.

Castro não faz qualquer alusão à decisão tomada a semana passada pelo irmão, Raul, que lhe sucedeu na chefia do Estado a 24 de Fevereiro, da venda livre de computadores, telemóveis micro-ondas, leitores de DVD e outros electrodomésticos.

Diário Digital / Lusa

Offline Herf

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Re: Prosseguem as reformas em Cuba
« Resposta #16 Online: 15 de Abril de 2008, 20:42:19 »
Citar
Cuba: Filas no primeiro dia de venda livre dos telemóveis
Numerosas filas de espera formaram-se na segunda-feira, em frente das lojas de Havana, no primeiro dia de venda livre dos telemóveis em Cuba, apesar do preço elevado dos aparelhos e dos serviços, testemunharam jornalistas.
Citar
Cuba : Fidel Castro preocupado com os perigos da electrónica
Fidel Castro alertou quarta-feira contra os danos que podem provocar as «ondas electrónicas» dos telemóveis e outros objectos digitais, na altura em que o seu irmão acaba de autorizar a sua venda livre em Cuba.

[...]

As multinacionais que estão na origem destes produtos ganharam dólares em tais quantidades «que é incompreensível», acrescenta.

«Pior ainda: cada um deles (estes aparelhos) será substituído por uma outra invenção mais eficaz» e «nem se pode mesmo garantir o segredo do que diz um casal no banco de um parque», lamenta o dirigente cubano.

«Como garantir a saúde mental e física quando são ainda desconhecidos os efeitos de tantas ondas electrónicas para as quais nem o corpo nem o espírito estão preparados», alarma-se o histórico líder da revolução cubana, hoje com 81 anos.

Como é linda a revolução, não é mesmo? Os interesses do Grande Líder se fundem de forma tão harmoniosa com os do povo!

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Prosseguem as reformas em Cuba
« Resposta #17 Online: 16 de Abril de 2008, 12:20:23 »
É...dá para ver o ódio que os cubanos tem ao consumismo capitalista e o opoio que eles dão em massa ao Fudeu Castro.

Cadê o pessoal que dizia aqui no CC que a população em massa votava no Fudeu durante 50 anos seguidos  porque o apoiava contra os EUA?
« Última modificação: 16 de Abril de 2008, 12:22:25 por Arcanjo Lúcifer »

Offline Andre

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Re: Prosseguem as reformas em Cuba
« Resposta #18 Online: 16 de Abril de 2008, 17:39:10 »
Como se eles tivessem alguma escolha agora que o inimigo infiltrou-se na ilha!
Se Jesus era judeu, então por que ele tinha um nome porto-riquenho?

Offline Vito

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Re: Prosseguem as reformas em Cuba
« Resposta #19 Online: 17 de Abril de 2008, 22:22:53 »
Cuba diminuirá restrições para viajar, diz jornal
Governo de Raúl Castro pode permitir em breve que cubanos saiam da ilha sem autorização oficial

MADRI - O governo de Raúl Castro dará luz verde em breve para uma esperada reforma migratória que simplificará os trâmites de entrada e saída do país, permitindo que os cubanos viajem para o exterior sem necessidade de obter uma permissão específica das autoridades. A existência da chamada 'tarja branca' ou permissão de saída, cuja tramitação custa cerca de 150 pesos (aproximadamente R$ 266) e pode demorar meses sem a garantia de uma resposta positiva, foi muito criticada pela população em um debate convocado por Raúl Castro no ano passado, segundo o jornal El País.
 
Outro requisito, a carta de convite, que era necessária ser apresentada até agora às autoridades quando se viajava, também pode desaparecer, segundo fontes próximas ao governo. A flexibilização migratória já está decidida, faltam apenas ajustar alguns detalhes para a medida entrar em vigor, informaram ao jornal espanhol fontes oficiais.
 
O anúncio pode ser feito nos próximos dias ou semanas, e provavelmente será divulgado através da imprensa, como ocorreu na liberação da venda de telefones celulares ao cubanos. Não está claro, porém, se a permissão será anunciada como um conjunto de medidas ou se será introduzida pouco a pouco.

Entre outras mudanças, a liberação seria o fim da famosa tarja branca, com exceções - médicos, por exemplo, e universitários recém formados que não cumpriram o serviço social devem continuar precisando obter a autorização. Militares e membros do Ministério do Interior, com acesso à informação que afete a segurança do Estado, também devem seguir utilizando o ofício para sair do país. Para grande parte dos cidadãos, porém, o trâmite de permissão de saída - que gera milhões de dólares para as autoridades - desapareceria.

 

Em seu discurso para o Parlamento em 24 de fevereiro, antes de ser nomeado presidente, Raúl anunciou a eliminação imediata de proibições "simples", mas destacou que outras levariam mais tempo por necessitarem "mudanças em determinadas normas jurídicas", além de influir nas "medidas estabelecidas contra Cuba" por sucessivas administrações americanas.

Havana acusa Washington de utilizar a questão imigratória com fins políticos e de propaganda - as últimas grandes crises entre os países tiveram este enfoque.

Fonte: Estadão

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Prosseguem as reformas em Cuba
« Resposta #20 Online: 17 de Abril de 2008, 22:42:26 »
Quem diria....Raulzito é um porco capitalista a serviço dos imperialistas  americanos :hihi:.

Se continuar assim vão acabar abrindo as fronteiras para permitir que entrem e saiam de lá livremente. :lol:

 :hihi:
« Última modificação: 17 de Abril de 2008, 22:45:28 por Arcanjo Lúcifer »

Offline Tonto

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Re: Prosseguem as reformas em Cuba
« Resposta #21 Online: 18 de Abril de 2008, 14:14:12 »
É...dá para ver o ódio que os cubanos tem ao consumismo capitalista e o opoio que eles dão em massa ao Fudeu Castro.

Cadê o pessoal que dizia aqui no CC que a população em massa votava no Fudeu durante 50 anos seguidos  porque o apoiava contra os EUA?

Eu tô aqui!
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Prosseguem as reformas em Cuba
« Resposta #22 Online: 18 de Abril de 2008, 17:20:38 »
É...dá para ver o ódio que os cubanos tem ao consumismo capitalista e o opoio que eles dão em massa ao Fudeu Castro.

Cadê o pessoal que dizia aqui no CC que a população em massa votava no Fudeu durante 50 anos seguidos  porque o apoiava contra os EUA?

Eu tô aqui!

Vc deve estar decepcionado com esses revolucionários de mierda que na primeira oportunidade já  estão comprando celulares e o Fudeu ainda nem foi enterrado. :lol:

Offline Unknown

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Re: Prosseguem as reformas em Cuba
« Resposta #23 Online: 10 de Junho de 2008, 21:04:24 »
Da série "reportagem velhinha, mas interessante".

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Cuba liberaliza agricultura: de volta ao capitalismo?

Anunciadas discretamente, medidas visam sanar enorme déficit alimentar da ilha e retomam um antigo debate: como organizar a produção, em sociedades não comandadas pelo mercado?

As duas medidas começaram a ser adotadas sem alarde: nenhum discurso de dirigentes, nenhum artigo no Granma ou no Juventud Rebelde. Mas são para valer. Em diversas reuniões regionais com produtores rurais, autoridades do ministério da Agricultura de Cuba têm anunciado que: a) o planejamento da produção rural deixará de ser feito em Havana, e passará ao plano local; b) os agricultores poderão comprar autonomamente os insumos (ferramentas, equipamentos de irrigação, fertilizantes, cercas e roupas apropriadas) de que precisam para produzir, ao invés de recebê-los do Estado. As primeiras lojas já foram abertas. Não se aceitam pesos cubanos — apenas CUCs, atrelados ao dólar.

As mudanças confirmam o sentido de dois discursos pronunciados pelo novo presidente, Raúl Castro, nos últimos meses. Em julho do ano passado, ao falar na província agrícola de Camaguey, ele preconizou mudanças “estruturais” no campo, considerando-as necessárias para produzir mais alimentos e reduzir a dependência externa. Em 24 de fevereiro último, ao assumir o posto que era de seu irmão, ele afirmou que algumas restrições impostas aos camponeses “causam mais mal que bem” e prometeu eliminá-las em breve. Além disso, o secretário de Cultura do Partido Comunista Cubano, Eliadas Acosta, acaba de declarar (19/3) à imprensa internacional que o governo está estudando uma série de medidas “que o povo espera e são necessárias”. Não especificou quais são.

É possível que o semi-sigilo em torno das últimas decisões esteja relacionado ao prolongado (e quase sempre tenso) debate que a tradição marxista travou, pelo menos desde a Revolução Soviética, sobre o papel do planejamento estatal na construção do socialismo. Muitos dos participantes desta polêmica veriam as decisões agora adotadas em Cuba como um retorno à lógica do capital. Era esta a posição que prevalece na ilha hoje — embora tenha havido diversos ziguezagues, desde a tomada do poder pela guerrilha comandada por Fidel, em 1959.

A crítica do marxismo ao mercado era precisa. O problema foram as alternativas…

Para o marxismo do século 20, a construção do socialismo baseava-se na conquista do poder e no controle da produção. O mercado era visto (corretamente…) como uma máquina de produzir desigualdades e irracionalidade. Ele tende a criar um abismo cada vez mais largo entre os mais e os menos favorecidos, numa sociedade. Imagine, para um exemplo muito simples, uma feira livre onde os camponeses oferecem diretamente seus produtos ao público. Aqueles que têm solo mais fértil, água mais abundante, conhecimentos ou capacidade empreendedora superiores, poderão vender produtos melhores ou mais baratos, conquistar fregueses, ampliar seus ganhos, adquirir máquinas e equipamentos que os tornarãm cada vez mais eficientes e competitivos.

Devido à própria eficiência, obrigarão os demais a vender suas terras, tornar-se assalariados e… ser demitidos, por ocasião das ondas de modernização tecnológica. O mesmo mercado, cujas leis básicas são o egoísmo e o lucro, estimulará os agricultores, neste exemplo, a devastar florestas e utilizar maciçamente agrotóxicos e sementes transgênicas. Farão isso sempre que houver relação custo-benefício favorável — ainda que as conseqüências para a natureza, ou a saúde dos consumidores, sejam ruins.

Preciso na crítica, o velho socialismo fracassou em oferecer uma saída superior ao comando dos mercados. A estatização da produção (em Cuba, 90% do PIB é gerado em empresas sem nenhuma autonomia real frente ao Estado) e o planejamento central separaram (”alienaram”) quem produz de quem decide. Ao invés de empreender, esperam-se ordens. Todas as decisões essenciais sobre o que e como produzir no setor rural da ilha eram tomadas, por exemplo, no edifício de 17 andares do ministério da Agricultura. Os próprios dirigentes locais do ministério eram vistos como “gente que apenas joga os problemas para a frente, porque não tem nem recursos, nem poder, para resolver nada”, segundo o presidente de uma cooperativa agrícola ouvido por Mark Frank, repórter da Agência Reuters.

Os agricultores queixavam-se. “A terra não espera, quando precisa de algo”, disse a Patrícia Grogg (da Agência IPS), Rubén Torres, um agricultor familiar de Villa Clara. Talvez por isso, a ineficiência da produção cubana de alimentos é caricatural. As importações necessárias para manter a população (11 milhões de habitantes, menor que a da cidade de S.Paulo) alimentada ultrapassam 1 bilhão de dólares ao ano, num país com enorme carência de divisas. A comida que um cubano médio pode adquirir num mercado é certamente menos variada, e de pior qualidade, do que a que se obtém na “xepa” de uma feira livre de uma capital brasileira.

As reformas são provocadas pela necessidade de encarar o pós-Fidel. Mas julgá-las “capitalistas” seria grosseiro

As reformas são certamente impulsionadas pelo fim da era Fidel. Por quanto tempo uma população bem-formada, instruída e crítica poderá suportar a penúria alimentar (e a de itens básicos em geral), quando já não houver mais o símbolo humano que corporifica a revolução e suas conquistas?

Julgar que as novas medidas são, por si mesmas, um “retorno ao capitalismo”, seria empobrecer ao extremo o leque de alternativas ao sistema. Não haverá, além do estatismo, outras formas superar as lógicas do capital? Por que não dar ao agricultor liberdade de produzir — estabelecendo ao mesmo tempo, por exemplo, um sistema de tributos que redistribua a riqueza; normas severas de proteção ambiental; estímulos aos que optam por cultivar produtos orgânicos?

Reorganizar a produção de riquezas é um dos grandes desafios de Cuba, nos próximos anos. Será preciso (e não apenas no campo) superar a fase do planejamento burocrático, mantendo ao mesmo tempo conquistas como a igualdade, o acesso de todos a Educação e Saúde excelentes, o elevado nível cultural da população.

Haverá, certamente, impasses e solavancos. Instituído para atrair dólares e custear as importações, o sistema de duas moedas é uma terrível armadilha. Amplia incessantemente os privilégios dos cubanos com acesso a divisas estrangeiras, desfazendo a idéia de que todo es para todos e corroendo um dos trunfos simbólicos da revolução. Além disso, décadas de centralismo minaram a capacidade de empreendimento e autonomia.

Mas as mudanças revelam que a liderança cubana não está acomodada ao legado de Fidel, nem se limita a seguir burocraticamente seus passos. Busca saídas. É possível que aposte em trunfos como uma população intelectualmente refinada e criativa, ou o apoio e solidariedade internacional que Cuba sempre desperta, quando lança ao mundo sinais de esperança.

http://diplo.wordpress.com/2008/03/31/cuba-liberaliza-agricultura-de-volta-ao-capitalismo/

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Offline HSette

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Re: Prosseguem as reformas em Cuba
« Resposta #24 Online: 11 de Junho de 2008, 22:46:24 »
E as reformas têm um reforço que, no meu entendimento, será decisivo:


11/06/2008 - 22h16
Cuba anuncia prazo para fim de igualdade salarial

O governo cubano anunciou, nesta quarta-feira, o prazo para a eliminação do igualitarismo salarial e a substituição do atual sistema por uma gestão na qual o pagamento é feito com base no rendimento e produtividade. A medida, que elimina um sistema em vigor desde a revolução de 1959, foi anunciada em um artigo publicado na edição desta quarta-feira do jornal oficial Granma e assinado pelo vice-ministro do Trabalho, Carlos Mateu Pereira. As empresas terão até agosto para se ajustar ao sistema, que prevê o pagamento do salário dos trabalhadores a partir da produtividade e qualidade do serviço prestado, sem teto salarial.

Segundo Pereira, isso evitaria o "paternalismo" do sistema atual. "Sempre existiu uma tendência de que todos recebam o mesmo pagamento e esse igualitarismo não é conveniente", diz o artigo. "O novo sistema deve ser visto como uma ferramenta para ajudar a obter melhores resultados produtivos e de serviços".

A medida faz parte de um processo de reformas econômicas adotadas pelo presidente Raúl Castro desde que tomou o poder, em fevereiro. O presidente cubano já havia afirmado que era necessário aumentar a produtividade no país para que os salários pudessem subir.

Fonte: BBC
"Eu sei que o Homem Invisível está aqui!"
"Por quê?"
"Porque não estou vendo ele!"

Chaves

 

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