Autor Tópico: Imagens de agência européia mostram lixo espacial na órbita da Terra  (Lida 3642 vezes)

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Offline Diego

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A ESA (Agência Espacial Européia, na sigla em inglês) divulgou nesta terça-feira imagens do lixo espacial em órbita em volta da Terra.

Segundo a agência, entre o primeiro lançamento, em 1957, e janeiro de 2008, cerca de 6.000 satélites já foram enviados para a órbita terrestre. Destes, apenas 800 estariam ativos e 45% estariam localizados a uma distância de até 32 mil quilômetros da superfície terrestre.

Além dos satélites desativados, as fotos de satélite mostram resíduos espaciais como fragmentos de aeronaves espaciais que se quebraram, explodiram ou foram abandonados. De acordo com a ESA, aproximadamente 50% dos objetos que podem ser rastreados são derivados de explosões ou colisões na órbita terrestre.

O lançamento do Sputnik --o primeiro satélite artificial, lançado em 1957 pelos soviéticos-- marcou o início da utilização do espaço para a ciência e a atividade comercial.

Durante a Guerra Fria, o espaço se tornou o principal terreno de competição entre os Estados Unidos e a antiga União Soviética --uma disputa que atingiu seu ápice com a corrida para conquistar a Lua, na década de 60.

Por ocasião da Olimpíada de Tóquio, em 1964, foi lançado o primeiro satélite de televisão para a órbita terrestre, com o objetivo de transmitir os Jogos.

Mais tarde, os lançamentos russos diminuíram e outros países inauguraram seus programas espaciais.

Uma estimativa da ESA indica que o número de objetos na órbita terrestre cresceu de maneira estável desde o primeiro lançamento. Segundo os dados, cerca de 200 novos objetos são lançados todos os anos.

Em 2001, os pesquisadores americanos Donald Kessler e Philip Anz-Meador, que estudam o lixo espacial, afirmaram que há uma possibilidade de que, em vinte anos, já não seja mais possível realizar operações em órbitas mais próximas da Terra.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u392274.shtml



Offline N3RD

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Re: Imagens de agência européia mostram lixo espacial na órbita da Terra
« Resposta #1 Online: 16 de Abril de 2008, 20:09:25 »
É impressionante como nós conseguimos destruir/sujar/bagunçar/quebrar tudo.

Mas também sem estes lixos que serviram de base para desenvolver a tecnologia não sei se seria possível avançar tanto.
Não deseje.

Offline Unknown

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Re: Imagens de agência européia mostram lixo espacial na órbita da Terra
« Resposta #2 Online: 20 de Fevereiro de 2009, 19:02:20 »
Lixo espacial leva questão do meio ambiente às alturas


[Imagem: ESA]

A colisão entre dois satélites, ocorrida na semana passada, fez o problema do lixo espacial subir vários pontos na lista de prioridades das autoridades ligadas ao setor.

Enquanto a questão era meramente uma possibilidade, cuja chance de ocorrer era estimada em 1 em 1 milhão, o acidente fez o que sempre se espera que a estatística faça: aumentou esse risco para 1 em apenas 7.000. E isto apenas para o caso específico dos satélites de comunicação semelhantes ao que foi atingido pelo satélite russo desativado.

Os objetos mostrados nesta imagem representam meramente uma ilustração, estando com suas dimensões largamente exageradas para se tornarem visíveis nesta escala.

O primeiro satélite artificial, o Sputnik, foi lançado pela União Soviética em 1957. O primeiro satélite de comunicações foi lançado em 1964, para transmissão das Olimpíadas de Tóquio pela televisão. Hoje, o número de satélites de comunicação em órbita da Terra cresce a uma média de 200 por ano.

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/imagem.php?artigo=lixo-espacial-leva-questao-do-meio-ambiente-as-alturas&id=010805090216

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Re: Imagens de agência européia mostram lixo espacial na órbita da Terra
« Resposta #3 Online: 16 de Março de 2009, 17:36:28 »
Lixo espacial quase colide com Estação Espacial Internacional     

Na última semana uma real situação de perigo ocorreu com a tripulação da Estação Espacial Internacional, em órbita da Terra a 350 quilômetros de altitude. O motivo foi uma antiga peça de lixo espacial que cruzou a órbita da Estação e por muito pouco não atingiu a estrutura do complexo orbital, provocando um acidente sem precedentes.



O lixo espacial, de aproximadamente 10 centímetros de comprimento passou a apenas 4.5 quilômetros da Estação Espacial Internacional, ISS, e segundo a agência espacial americana, Nasa, se deslocava a 32 mil quilômetros por hora. A situação foi tão delicada que obrigou os três tripulantes a bordo da ISS a se abrigarem no interior da nave russa Soyuz, acoplada à Estação para retorno à Terra.

A evacuação da Estação ocorreu na tarde de quinta-feira (12/mar), mas o alerta aos ocupantes só foi enviado pelo Norad - Comando Americano de Defesa Aeroespacial - na quarta-feira (11/mar) à noite, o que inviabilizou qualquer tentativa evasão de emergência. De acordo com a porta-voz da Nasa, Kelly Humphries, os controladores não tiveram nem tempo de coordenar os preparativos de fuga. "Foi tudo muito rápido. Não tivemos tempo para nada", disse Humphries.

Alertados sobre a possível colisão, o comandante Michael Fincke, o engenheiro de vôo Yury Lonchakov e a oficial de ciências Sandra Magnus desabilitaram todos os sistemas críticos da ISS e se abrigaram no módulo russo por mais de 15 minutos, até que o lixo espacial não representasse mais perigo de colisão. Segundo a Nasa, o fragmento fazia parte de um antigo motor de foguete usado em uma antiga missão científica.

De acordo com Josh Byerly, outro porta-voz da Nasa, nos últimos oito anos a ISS passou por oito riscos de colisão e em todas as vezes seus ocupantes precisaram se abrigar no interior da nave Soyuz, uma espécie de salva-vidas espacial. A nave Soyuz é o carro-chefe do programa espacial russo e é sempre mantida atracada à ISS para a fuga dos astronautas em caso de emergências.

http://www.apolo11.com/iss.php?posic=dat_20090316-085951.inc

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Re: Imagens de agência européia mostram lixo espacial na órbita da Terra
« Resposta #4 Online: 27 de Outubro de 2010, 21:26:36 »
Estação espacial mudará órbita para evitar lixo espacial

O comando espacial da Rússia determinou na terça-feira que a Estação Espacial Internacional modifique ligeiramente sua órbita a fim de evitar a colisão com um pedaço de lixo flutuante que seria capaz de provocar um sério dano à nave, informaram autoridades.

As autoridades determinaram que fossem disparados foguetes por 180 segundos às 8h25 (horário de Brasília) para mudar a órbita em 700 metros, informou o controle da missão em um comunicado. A nova órbita permitirá que o objeto não identificado passe a 1,5 quilômetro de distância da estação.

"Há uma chance em mil de colisão, mas decidimos esta manhã que isso era muito", afirmou uma porta-voz do controle da missão por telefone.

Três russos e três norte-americanos estão a bordo da estação, um projeto de 100 bilhões de dólares que envolve 16 países.

No ano passado, os astronautas deixaram brevemente a estação por causa da ameaça apresentada por um pedaço de lixo de apenas um centímetro de comprimento.

Os especialistas afirmam que os objetos pequenos podem danificar gravemente uma aeronave, pois viajam em torno de 7,5 quilômetros por segundo.

http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/820538-estacao-espacial-mudara-orbita-para-evitar-lixo-espacial.shtml

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Re: Imagens de agência européia mostram lixo espacial na órbita da Terra
« Resposta #5 Online: 28 de Outubro de 2010, 09:02:25 »
Pior de tudo é que é uma missão quase impossível coletar todo este lixo para fazer uma limpeza...
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Offline uiliníli

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Re: Imagens de agência européia mostram lixo espacial na órbita da Terra
« Resposta #6 Online: 28 de Outubro de 2010, 10:49:37 »
Quem sabe no futuro não tenhamos lindos anéis como os de Saturno? :P

Temma

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Re: Imagens de agência européia mostram lixo espacial na órbita da Terra
« Resposta #7 Online: 28 de Outubro de 2010, 11:56:11 »
No futuro, quando as viagens espaciais forem baratas, vamos fazer de marte o nosso lixão. (isso depois de a lua estar totalmente entupida de lixo)

Offline uiliníli

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Re: Imagens de agência européia mostram lixo espacial na órbita da Terra
« Resposta #8 Online: 28 de Outubro de 2010, 12:33:25 »
No futuro, quando as viagens espaciais forem baratas, vamos fazer de marte o nosso lixão. (isso depois de a lua estar totalmente entupida de lixo)

Nós vamos morar em Marte! e na Lua também! Joga essas porcariadas em Vênus.

Offline Dr. Manhattan

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Re: Imagens de agência européia mostram lixo espacial na órbita da Terra
« Resposta #9 Online: 28 de Outubro de 2010, 12:46:09 »
Quem sabe no futuro não tenhamos lindos anéis como os de Saturno? :P

Não acho. Acredito que a maior parte desse lixo esteja em órbitas baixas, o que quer dizer que futuramente eles vão
reentrar na atmosfera - mesmo a uns 500 km de altitude ainda existe atmosfera o suficiente para reduzir a velocidade
desses objetos.
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Offline Barata Tenno

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Re: Imagens de agência européia mostram lixo espacial na órbita da Terra
« Resposta #10 Online: 28 de Outubro de 2010, 13:35:09 »
No futuro, quando as viagens espaciais forem baratas, vamos fazer de marte o nosso lixão. (isso depois de a lua estar totalmente entupida de lixo)

Nós vamos morar em Marte! e na Lua também! Joga essas porcariadas em Vênus.
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Offline Contini

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Re: Imagens de agência européia mostram lixo espacial na órbita da Terra
« Resposta #11 Online: 28 de Outubro de 2010, 13:42:58 »
No futuro, quando as viagens espaciais forem baratas, vamos fazer de marte o nosso lixão. (isso depois de a lua estar totalmente entupida de lixo)

Nós vamos morar em Marte! e na Lua também! Joga essas porcariadas em Vênus.

xiii! É tanta porcaria que fica mais fácil mudar pra Marte!
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Re: Imagens de agência européia mostram lixo espacial na órbita da Terra
« Resposta #12 Online: 28 de Outubro de 2010, 17:22:21 »
No futuro, quando as viagens espaciais forem baratas, vamos fazer de marte o nosso lixão. (isso depois de a lua estar totalmente entupida de lixo)

Nós vamos morar em Marte! e na Lua também! Joga essas porcariadas em Vênus.

Vênus é o planeta lixão ideal. Joga tudo lá e é instantaneamente incinerado. O melhor de tudo é que nem é preciso se preocupar com efeito estufa :)
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Re: Imagens de agência européia mostram lixo espacial na órbita da Terra
« Resposta #13 Online: 28 de Outubro de 2010, 17:37:00 »
A superficie de Venus chega a ser mais quente que a de Mercúrio, em função de um super efeito estufa, não?!
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Offline Geotecton

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Re: Imagens de agência européia mostram lixo espacial na órbita da Terra
« Resposta #14 Online: 28 de Outubro de 2010, 21:57:50 »
A superficie de Venus chega a ser mais quente que a de Mercúrio, em função de um super efeito estufa, não?!

Vênus apresenta uma temperatura razoavelmente uniforme de aproximadamente  + 460 graus Celsius, enquanto Mercúrio, pela ausência de atmosfera, tem uma variação de temperatura entre - 180 graus Celsius e + 430 graus Celsius.
Foto USGS

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Re: Imagens de agência européia mostram lixo espacial na órbita da Terra
« Resposta #15 Online: 09 de Agosto de 2011, 14:35:50 »
Cientistas propõem faxina espacial com 'satélite gari'

Grupo quer a retirada de lixo deixado pelo homem em torno da Terra. Estima-se que mais de 17 mil objetos orbitem o planeta

Um grupo de cientistas propôs o que, segundo alguns, talvez seja uma solução viável para o acúmulo crescente de lixo em órbita em torno da Terra.

A ideia envolve o lançamento de um satélite que se acoplaria aos objetos - fragmentos de foguetes usados e outros detritos - e os equiparia com um motor propulsor. O motor levaria o objeto em direção à atmosfera da Terra, onde ele se desintegraria.

Os autores dizem que o esquema, descrito em artigo publicado na revista científica Acta Astronautica, poderia remover, de forma relativamente barata, entre cinco e dez objetos do espaço por ano.

O problema é sério e pode se agravar. Mais de 17 mil objetos com tamanho acima de dez cm orbitam a Terra hoje.

Os maiores entre eles podem, ao se chocar com outros objetos, se desintegrar, gerando milheres de objetos menores.

"Na nossa opinião, o problema é um grande desafio e é urgente (que encontremos uma solução)", disse Marco Castronuovo, pesquisador da Agência Espacial Italiana, um dos autores da proposta.

"O momento de agir é agora. Com a passagem do tempo, teremos de remover mais e mais fragmentos", disse Castronuovo à BBC.

Em 2007, a China apresentou ao mundo um sistema antisatélite criado para destruir satélites desativados. Para demonstrar o funcionamento da tecnologia, os chineses destruíram um de seus próprios satélites. A operação produziu, no entanto, outros dois mil fragmentos.

O que os cientistas temem é uma espécie de reação em cadeia, a chamada Síndrome de Kessler (batizada assim em referência ao cientista da Nasa que descreveu o fenômeno pela primeira vez, em 1978).

Como parte do fenômeno, fragmentos se chocam com outros fragmentos que, por sua vez, se chocam com mais detritos, gerando uma nuvem de objetos que tornaria inúteis grandes porções da órbita da Terra.

Os detritos representam um risco não apenas para outros satélites, mas também para a Estação Espacial Internacional e missões espaciais tripuladas.

Política Espacial
O estudo de Castronuovo identificou mais de 60 objetos em órbita a cerca de 850 km de distância da Terra, dois terços deles pesam mais de três toneladas cada um e muitos se movem a uma velocidade aproximada de 7,5 km por segundo.

Entre os objetos maiores, a grande maioria é composta de pedaços de foguetes usados. Segundo Castronuovo, é por eles que a faxina deveria começar.

"É difícil do ponto de vista político. Muitos desses objetos pertencem a nações que não querem cooperar ou não permitem acesso a seus objetos, mesmo que estejam no fim de sua vida operacional", explicou o cientista. "E não existe um regulamento internacional sobre quem deveria remover os objetos que são deixados no espaço"."Se começarmos a nos concentrar nos fragmentos de foguetes usados - que não contêm equipamento confidencial à bordo - não seria problema para o proprietário dar permissão para sua remoção".

Castronuovo propõe um esquema no qual pequenos satélites são lançados em missões de sete anos. Cada um é equipado com dois braços robóticos.

Um braço intercepta um pedaço de foguete ou satélite desativado ou quebrado e o segura. Outro fixa no objeto um motor propulsor que levará o fragmento para fora da órbita.

Completada a operação, o satélite liberaria o fragmento, seguindo em direção ao próximo.

Repercussão
Fazendo uma avaliação sobre a proposta de Castronuovo e sua equipe, Stuart Eves, engenheiro da empresa de tecnologia de satélites inglesa Surrey Satelite Technology, disse:

"As operações e manobras de proximidade mencionadas aqui não são fáceis, mas a tecnologia está chegando lá".

"As pessoas chegam com todo tipo de ideia absurda, que não passam de ficção científica no momento. Uma coisa como essa é bem mais prática".

Entretanto, o grande problema pode ser político. Propostas desse tipo nunca são vistas como puramente motivadas pela necessidade de retirar o lixo do espaço, explicou Castronuovo.

"Esse tipo de abordagem poderia ser visto como uma ameaça a sistemas operacionais. Se você tem o poder de ir a um objeto no espaço e derrubá-lo, nada impede você de derrubar um satélite em funcionamento, então essa questão é realmente delicada".

http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/cientistas+propoem+faxina+espacial+com+satelite+gari/n1597126162031.html

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Re: Imagens de agência européia mostram lixo espacial na órbita da Terra
« Resposta #16 Online: 09 de Agosto de 2011, 17:30:44 »
Cientistas propõem faxina espacial com 'satélite gari'

Grupo quer a retirada de lixo deixado pelo homem em torno da Terra. Estima-se que mais de 17 mil objetos orbitem o planeta

Um grupo de cientistas propôs o que, segundo alguns, talvez seja uma solução viável para o acúmulo crescente de lixo em órbita em torno da Terra.

A ideia envolve o lançamento de um satélite que se acoplaria aos objetos - fragmentos de foguetes usados e outros detritos - e os equiparia com um motor propulsor. O motor levaria o objeto em direção à atmosfera da Terra, onde ele se desintegraria.

Os autores dizem que o esquema, descrito em artigo publicado na revista científica Acta Astronautica, poderia remover, de forma relativamente barata, entre cinco e dez objetos do espaço por ano.

O problema é sério e pode se agravar. Mais de 17 mil objetos com tamanho acima de dez cm orbitam a Terra hoje.

Os maiores entre eles podem, ao se chocar com outros objetos, se desintegrar, gerando milheres de objetos menores.

"Na nossa opinião, o problema é um grande desafio e é urgente (que encontremos uma solução)", disse Marco Castronuovo, pesquisador da Agência Espacial Italiana, um dos autores da proposta.

"O momento de agir é agora. Com a passagem do tempo, teremos de remover mais e mais fragmentos", disse Castronuovo à BBC.

Em 2007, a China apresentou ao mundo um sistema antisatélite criado para destruir satélites desativados. Para demonstrar o funcionamento da tecnologia, os chineses destruíram um de seus próprios satélites. A operação produziu, no entanto, outros dois mil fragmentos.

O que os cientistas temem é uma espécie de reação em cadeia, a chamada Síndrome de Kessler (batizada assim em referência ao cientista da Nasa que descreveu o fenômeno pela primeira vez, em 1978).

Como parte do fenômeno, fragmentos se chocam com outros fragmentos que, por sua vez, se chocam com mais detritos, gerando uma nuvem de objetos que tornaria inúteis grandes porções da órbita da Terra.

Os detritos representam um risco não apenas para outros satélites, mas também para a Estação Espacial Internacional e missões espaciais tripuladas.

Política Espacial
O estudo de Castronuovo identificou mais de 60 objetos em órbita a cerca de 850 km de distância da Terra, dois terços deles pesam mais de três toneladas cada um e muitos se movem a uma velocidade aproximada de 7,5 km por segundo.

Entre os objetos maiores, a grande maioria é composta de pedaços de foguetes usados. Segundo Castronuovo, é por eles que a faxina deveria começar.

"É difícil do ponto de vista político. Muitos desses objetos pertencem a nações que não querem cooperar ou não permitem acesso a seus objetos, mesmo que estejam no fim de sua vida operacional", explicou o cientista. "E não existe um regulamento internacional sobre quem deveria remover os objetos que são deixados no espaço"."Se começarmos a nos concentrar nos fragmentos de foguetes usados - que não contêm equipamento confidencial à bordo - não seria problema para o proprietário dar permissão para sua remoção".

Castronuovo propõe um esquema no qual pequenos satélites são lançados em missões de sete anos. Cada um é equipado com dois braços robóticos.

Um braço intercepta um pedaço de foguete ou satélite desativado ou quebrado e o segura. Outro fixa no objeto um motor propulsor que levará o fragmento para fora da órbita.

Completada a operação, o satélite liberaria o fragmento, seguindo em direção ao próximo.

Repercussão
Fazendo uma avaliação sobre a proposta de Castronuovo e sua equipe, Stuart Eves, engenheiro da empresa de tecnologia de satélites inglesa Surrey Satelite Technology, disse:

"As operações e manobras de proximidade mencionadas aqui não são fáceis, mas a tecnologia está chegando lá".

"As pessoas chegam com todo tipo de ideia absurda, que não passam de ficção científica no momento. Uma coisa como essa é bem mais prática".

Entretanto, o grande problema pode ser político. Propostas desse tipo nunca são vistas como puramente motivadas pela necessidade de retirar o lixo do espaço, explicou Castronuovo.

"Esse tipo de abordagem poderia ser visto como uma ameaça a sistemas operacionais. Se você tem o poder de ir a um objeto no espaço e derrubá-lo, nada impede você de derrubar um satélite em funcionamento, então essa questão é realmente delicada".

http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/cientistas+propoem+faxina+espacial+com+satelite+gari/n1597126162031.html
Essa ideia de acoplar o lixo espacial a um dispositivo com tração para direcioná-los à reentrada da atmosfera é tão elegante , que se viável, talvez fosse o caso todo objeto enviado ao espaço  levar consigo um sistema semelhante acionável quando conveniente, Ao menos se for viável tecnicamente, em se tratando de ser segura sua queima total.

O espaço, vejam só... não é todo esse espaço.
Até onde eu sei eu não sei.

 

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