Eu tenho um caso que eu acho bem engraçado de coincidência (dá uma idéia do tamanho da minha pobreza

[até que tá passando

], provavelmente nada parecido teria acontecido com ninguém aquí no fórum, mas...) : realmente eu pirei. Nesta época eu ainda estudava e aqui no Rio alunos de escolas públicas tem acesso gratuito aos transportes por meio de um cartão eletrônico. Tinha ido ao CCBB (no Centro da Cidade), acho que tinha ido à biblioteca... estava com 1 real (isso!!!) no bolso. E conta em banco? cartão de crédito? esqueçam. Eu ainda não tinha sido contemplado com estes "luxos". Quando saí do museu coloquei o uniforme e meti a mão no bolso pra pegar meu Riocard... meu Riocard? Meu Riocard?!?!?!?! Puta que o pariu!!!
cadê meu Riocard?!?????!??? 
Volto desesperado catando pelo chão qualquer coisa que fosse levemente alaranjada quando ouço: Daniel, seu maluco!

Uma garota da MINHA TURMA NO COLÉGIO estava indo prum show na Praça XV e tinha achado o cartão alguns minutos antes deu me tocar de que o tinha perdido. O problema é que eu morava na Vila da Penha e ela em Irajá. Longe pra caceta do Centro. Quer dizer: se o ocorrido tivesse sido perto da casa dela, ou da minha, ou perto da escola. Mas não, foi uma situação absolutamente improvável em circunstâncias mais improváveis ainda. Caráio, nesse dia eu quase dei uma passadinha na paróquia de São Longuinho

. Porra, já pensou ter que ligar pra minha tia e pedir pra ela me buscar que eu tava largado sem dinheiro de passagem? Porque pedir carona é que eu não ia nem fodendo...