Muitos aqui já devem ter ouvido falar da famosa "caveira de cistal", inclusive sobre suas conexões com supostas antigas civilizações tecnologicamente avançadas, ou mesmo extra-terrestres que teriam visitado a Terra em épocas remotas.

Pois bem. Agora um comunicado do museu do Quai Branly, em Paris, afirma que uma delas (das doze espalhadas pelo mundo) foi analisada por pesquisadores e constatou-se que a mesma foi feita no fim do século 19.
A escultura fora adquirida em 1878 pelo explorador Alphonse Pinart, que havia visitado a região asteca.
A análise que apontou a falsificação foi feita por técnicos do C2RMF (Centro de Pesquisa e Restauração dos Museus da França), mas as suspeitas sobre a autenticidade da peça são antigas. Uma das caveiras de cristal, em poder do Museu Britânico, também fora examinada duas vezes, em 1996 e 2004, e nas duas ocasiões surgiram indicações de fraude, apesar de os relatórios finais nunca terem sido divulgados.
Para os pesquisadores franceses resta pouca dúvida sobre a fraude de sua peça, marcada por sulcos e perfurações, que "revelam o uso de brocas de joalheiro e outras ferramentas modernas", segundo o C2RMF. "Nunca essa precisão técnica foi vista em arte pré-colombiana."
Coincidentemente, o filme "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal", o quarto da série, chega às telas nesse momento.
Apesar do diagnóstico de falsificação -possivelmente válido para as outras 11 caveiras também-, a peça de Paris será exposta ao público a partir de 20 de maio, para coincidir com a premiére do novo filme de "Indiana Jones" no Festival de Cannes.

Dessa vez Indy chegou tarde demais. Tá ficando velho!
