Autor Tópico: "Debate do Século" - Constantino X Ciro Gomes  (Lida 4586 vezes)

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Offline Nightstalker

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"Debate do Século" - Constantino X Ciro Gomes
« Online: 26 de Abril de 2008, 12:57:18 »
Parte 1: Parte 2: feature=related
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"Sunrise in Sodoma, people wake with the fear in their eyes.
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Sunrise in Sodoma, all the people see the Truth and Final Light."

Offline Luki4n

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Re: "Debate do Século" - Constantino X Ciro Gomes
« Resposta #1 Online: 26 de Abril de 2008, 14:17:20 »
Sempre achei Ciro um tapado completo, minha opinião continua a mesma. Fora o fato de ele ser arrogante.

Offline Nightstalker

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Offline Adriano

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Re: "Debate do Século" - Constantino X Ciro Gomes
« Resposta #3 Online: 26 de Abril de 2008, 15:09:13 »
Muito bom, já estou assistindo  :D
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Rodion

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Re: "Debate do Século" - Constantino X Ciro Gomes
« Resposta #4 Online: 27 de Abril de 2008, 05:12:08 »
ciro gomes é o cara que deu o aval à idéia de uma moeda única latino-americana, né? ah, tá.
seria muito difícil eu deixar a minha vida mansa do brasil pra ser subcidadão em qualquer outro lugar, mas se rolar ciro em 2010 eu fujo. mesmo.
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Rhyan

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Re: "Debate do Século" - Constantino X Ciro Gomes
« Resposta #5 Online: 28 de Abril de 2008, 18:30:33 »
Onde Cortar os Gastos Públicos?


Rodrigo Constantino

"Os governos nunca quebram; por causa disso, eles quebram as nações." (Kennet Arrow)

Muitos esquerdistas defendem a indefensável tese de que nosso governo não é inchado e que, portanto, não podemos cortar facilmente gastos públicos. Alguns chegam ao extremo de questionar se é possível achar R$ 1 bilhão para cortar nos gastos do governo, que batem recorde atrás de recorde. Este artigo é uma rápida proposta para o corte de vários bilhões nos gastos públicos, já que somente desta forma haverá mais espaço para a poupança privada e, portanto, investimentos produtivos que permitem o crescimento econômico sustentável.

Um ótimo começo para drásticos cortes seria através da farra das ONGs. Entre 2003 e 2007, a administração Lula repassou R$ 12,6 bilhões a 7.700 ONGs por meio de 20 mil convênios e outras modalidades de vinculação. Como fica claro, logo de cara é possível reduzir em vários bilhões os gastos, apenas cortando essa pouca vergonha de transferir dinheiro do povo para "amigos do rei". O MST, bando de criminosos que vive invadindo propriedades privadas, conta com farto suporte estatal. O orçamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário previsto para 2008 é de quase R$ 4 bilhões! Esse ministério pode simplesmente ser extinto! Isso sem falar das indenizações milionárias que o governo tem pago aos ex-terroristas que lutavam para adotar no país um regime como o cubano. Essas indenizações já ultrapassam um bilhão de reais.

O governo criou uma televisão pública também, a TV Brasil, mais conhecida como "TV chapa-branca". Essa entidade totalmente inútil possui verba de mais de R$ 300 milhões por ano. Quanto custou para o Brasil mandar tropas para o Haiti em busca de votos para o assento no Conselho de Segurança da ONU? Vamos somando tudo isso. O Ministério da Cultura é um dos ministérios que poderia ser abolido, pois ficar financiando viagens da Tati Quebra-Barraco para a Europa ou sustentando artistas "engajados" não é função precípua do governo. O Ministério do Turismo é mais um na lista de candidatos à extinção. São mais algumas centenas de milhões. Temos ainda o Ministério dos Esportes, o Ministério da Pesca e o Ministério da Igualdade Racial, que podem ser abolidos de imediato, economizando mais uma fortuna. O Bolsa Família conta com orçamento de quase R$ 11 bilhões, considerado um projeto de "segurança alimentar". Eu chamo de "esmolão" mesmo, ou compra de votos. Além disso, o dinheiro tem sido usado para a compra de aparelhos celulares e eletrodomésticos. Eu não diria que são itens indispensáveis para a alimentação! Vamos supor que metade do dinheiro é desviado: já teríamos mais de R$ 5 bilhões só nesse programa populista.

Os gastos com serviço da dívida são o bode expiatório preferido da esquerda. No entanto, o serviço da dívida consome menos de 5% do PIB, e o governo gasta quase 40% no total. De onde vem o restante? Isso sem falar que a dívida existe, e os credores são todos aqueles com alguma poupança no país. Qual a solução "mágica" proposta pela esquerda? O calote? Juro é um preço que não pode ser manipulado ao bel prazer de políticos, não sem graves conseqüências. Quando uma família possui grande dívida, ela encontra somente duas alternativas para reduzir os gastos com juros: gastar menos do que ganha, para poupar e abater o endividamento; e vender ativos para reduzir o montante da dívida. "Não há almoço grátis", disse Milton Friedman. Pois então: é preciso reduzir gastos e/ou vender estatais para reduzir a dívida de mais de R$ 1,3 trilhão do governo, dívida esta acumulada justamente pelos gastos excessivos dos governos passados e atual.

Por falar em venda de ativos, eis outra grande fonte de redução de gastos públicos: privatizar estatais. O governo não tem nada que ser gestor de empresas e bancos. Além disso, o histórico de privatizações prova como a qualidade das empresas melhora depois, sob gestão privada. Vide os casos da Usiminas, CSN, Vale, Telebrás, Embraer e ferrovias. Portanto, a venda de estatais é benéfica em vários aspectos: com a melhora da gestão, o governo arrecada mais impostos pela maior lucratividade; a empresa fica mais protegida contra a corrupção inerente do setor público, que usa as estatais para fins políticos e cabides de emprego; e o governo pode usar o valor da venda para reduzir o endividamento, diminuindo assim o gasto com o serviço da dívida. Vários bilhões podem ser economizados desta forma!

Outra fonte boa para grandes cortes encontra-se no quadro de pessoal do governo. Em 2005, o governo gastava algo como R$ 100 bilhões com pessoal e encargos sociais. O orçamento para 2008 prevê um gasto acima de R$ 140 bilhões. É um crescimento de 40% em apenas três anos! Será que os brasileiros que dependem dos serviços públicos enxergam eficiência que justifique tamanho crescimento? Muito pelo contrário: a incompetência do setor público é visível em cada esquina, em cada repartição pública. Há muito o que cortar em gastos com pessoal. O governo Lula apontou mais de 20 mil funcionários para cargos de confiança, sem concurso. Digamos que os gastos podem retornar facilmente ao patamar já absurdamente elevado de 2005. Estamos falando de R$ 40 bilhões de corte de despesas.

Até agora estamos falando apenas da ponta do iceberg. Não mergulhamos ainda na questão previdenciária, uma bomba-relógio onde os cerca de dois milhões de beneficiados do setor público representam um rombo maior do que aquele gerado pelos cerca de vinte milhões de beneficiados do setor privado. O INSS gastava com aposentadoria e pensões 2,5% do PIB em 1988, quando foi sancionada a nova Constituição, e 18 anos depois gasta quase 8% do PIB. Enquanto os Estados Unidos gastam 6% do PIB com a Previdência para 12% de idosos na população, o Brasil é o inverso, gastando cerca de 12% do PIB para apenas 6% de idosos. A Previdência deve ser privatizada. Cada um deve receber de acordo com aquilo que contribuiu. Nossa Previdência Social é um dos grandes ralos do dinheiro do contribuinte, através de um mecanismo totalmente injusto, onde privilegiados do setor público exploram os trabalhadores do setor privado. Há como se economizar muitos e muitos bilhões com uma reforma liberal da Previdência, como aquela adotada no Chile.

Como espero ter deixado bem claro acima, é fácil cortar várias dezenas de bilhões dos gastos públicos. Nem cheguei a falar de corrupção, sem dúvida o maior ralo de dinheiro dos pagadores de impostos. São dezenas e dezenas de bilhões de reais desviados todo ano, sem qualquer controle. Temos obras superfaturadas, "mensalão", burocracia asfixiante que cria dificuldades para vender facilidades, fiscais corruptos que cobram das empresas que precisam sobreviver em ambiente totalmente hostil, enfim, uma infinidade de meios criados para o suborno e desvio do dinheiro dos contribuintes. O Brasil possui um governo hipertrofiado, que alimenta poucos parasitas à custa do povo todo. Este não agüenta mais pagar conta tão elevada, carregar nas costas um animal tão pesado quanto nosso governo.
Acima, tentei esboçar um programa inicial de corte dos gastos públicos. Há muito mais o que ser feito para transformar o Brasil num país desenvolvido. Mas é preciso começar ao menos a seguir na direção correta, ao invés do quadro atual, onde o governo comemora recorde de arrecadação, mesmo com o fim da CPMF. O assustador é ver que tanta gente da esquerda acha que nem sequer é preciso ou possível cortar gastos deste governo obeso.

http://rodrigoconstantino.blogspot.com/

Offline HSette

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Re: "Debate do Século" - Constantino X Ciro Gomes
« Resposta #6 Online: 28 de Abril de 2008, 18:37:22 »
Coitado desse Constantino. Deve estar sem dormir com isso aí:


Déficit público federal dos EUA bate recorde

O déficit orçamentário do governo federal dos Estados Unidos foi recorde em fevereiro, atingindo US$175,56 bilhões. Como 2008 é um ano bissexto, o mês teve 29 dias. Se tivesse 30, o déficit seria de US$ 33,6 bilhões a mais.

:-)
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"Por quê?"
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Chaves

Offline Adriano

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Re: "Debate do Século" - Constantino X Ciro Gomes
« Resposta #7 Online: 28 de Abril de 2008, 20:47:49 »
 :histeria:
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Offline Nightstalker

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Re: "Debate do Século" - Constantino X Ciro Gomes
« Resposta #8 Online: 28 de Abril de 2008, 21:00:05 »
O desempenho do Constantino foi risível, o pior é que ele ainda acha que "ganhou" o debate. Ele deveria ter ao menos levado alguns dados para confrontar as mentiras do Ciro Gomes, mas nem isso ele se deu ao trabalho de fazer.

Ciro é "macaco velho", tem boa retórica, nesses debates quem "vence" é quem usa mais frases de efeito, não há como confrontar a retórica do Ciro em um debate televisivo utilizando argumentos racionais, longos e elaborados.

Espero que no próximo debate do gênero chamem um representante mais experiente e melhor preparado para representar a "direita". Imagino o Olavo de Carvalho num debate desses, hahaha, ele mandaria o Ciro tomar no orifício anal em dois segundos. Quando o Ciro falasse sobre a Colômbia, o Olavo esfregaria na cara dele a relação da esquerda da América Latina com grupos de narcotraficantes a partir do Foro de São Paulo.

Mas nem precisava de ser o Olavo, poderiam chamar um Janer Cristaldo, o debate teria sido muito mais interessante.

O ponto mais positivo do debate para mim foram as declarações do meteorologista, ele refutou muito bem o eco-nazismo.
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Offline -Huxley-

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Re: "Debate do Século" - Constantino X Ciro Gomes
« Resposta #9 Online: 29 de Abril de 2008, 01:07:21 »
O que o Night falou é verdade. O Ciro disse: "Onde cortar [o gasto público]?" E o Constantino ficou com aquele ar tímido, dando um sorrisinho. Isso foi pior do que uma derrota de argumentos. Ah, se Constantino citasse o corte da folha de pagamentos com o funcionários e aposentados (como fez no artigo que o Rhyan postou) , Ciro faria um escândalo dizendo que Constantino estava querendo uma inquisição sobre os funcionários públicos e os velhinhos. A humilhação e a timidez do Consta seria ainda maior.
« Última modificação: 29 de Abril de 2008, 01:09:23 por -Huxley- »

Offline Rodion

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Re: "Debate do Século" - Constantino X Ciro Gomes
« Resposta #10 Online: 29 de Abril de 2008, 01:24:55 »
não vi o debate, mas nenhum dos dois falou em congelamento dos gastos ou algo próximo disso?
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Offline Eu

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Re: "Debate do Século" - Constantino X Ciro Gomes
« Resposta #11 Online: 29 de Abril de 2008, 22:29:43 »
não vi o debate, mas nenhum dos dois falou em congelamento dos gastos ou algo próximo disso?


Ciro Gomes foi contra cortar gastos.

Offline Nightstalker

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Re: "Debate do Século" - Constantino X Ciro Gomes
« Resposta #12 Online: 07 de Maio de 2008, 23:42:38 »
Astúcias de Chapolín

Olavo de Carvalho
Diário do Comércio (editorial), 02 de maio de 2008


Num recente debate com o economista Rodrigo Constantino, no programa “Conversas Cruzadas” da TV gaúcha ( ), o deputado Ciro Gomes assegurou que o único gasto excessivo do governo federal é o pagamento dos juros da dívida externa e que seria praticamente impossível sugerir, fora isso, qualquer corte de despesas que chegasse a um bilhão de reais. Aparentemente, nem ele nem seu interlocutor tinham a menor idéia de que a pletora de indenizações a terroristas – o gasto mais inútil e mais indecente que se poderia imaginar -- já ultrapassou essa cifra há muito tempo. Também nenhum dos dois deu sinal de saber que, no orçamento deste ano, as despesas da Presidência estão em quase três bilhões, e os ministérios inventados pelo governo Lula, que não faziam a menor falta quando não existiam nem farão quando retornarem ao nada, estão consumindo 8 bilhões. Com toda a sua responsabilidade de ex-ministro da Integração Nacional, o sr. Ciro Gomes mostrou recordar, do Orçamento da União, só aquele detalhe que lhe dava a oportunidade de malhar uma vez mais o seu judas predileto, o “neoliberalismo”, esquecendo tudo o mais. Se não o esquecesse, não poderia conciliar sua ojeriza aos credores externos com a afirmativa esdrúxula de que o governo deveria é gastar mais em vez de menos. Pois, afinal, foi para gastar mais, e não menos, que se fez a dívida externa. Ou estou enganado?

Mesmo quanto ao alvo predileto dos seus ataques o sr. Gomes mostrou não saber grande coisa, pois voltou a insistir no cacoete mais estúpido da retórica oficial, os tais “quinhentos anos” de exploração capitalista, como se o “neoliberalismo” (seja isto lá o que for) tivesse começado com Pedro Álvares Cabral e como se toda a nossa história administrativa não tivesse sido, bem ao contrário, – e desde os tempos das Capitanias Hereditárias – uma novela de centralização, burocratismo e gastos públicos freqüentemente até maiores do que aqueles que o ex-ministro recomenda.

Presto sempre atenção ao que diz o sr. Ciro Gomes, porque é quase inevitável que mais dia, menos dia, ele se candidate de novo à Presidência, recuperando a chance que perdeu quando, em 2002, consentiu abjetamente em servir de sparring na farsa eleitoral mais grotesca da nossa História, uma festa em família entre companheiros de esquerdismo, todos empenhados em não bater demais no candidato petista cuja vitória pré-decidida era a única razão de ser daquela palhaçada toda.

Notem bem: o sr. Gomes não é nenhum idiota, é um dos homens mais inteligentes e uma das personalidades mais interessantes que já passaram por qualquer ministério desde a inauguração da Nova República. Seu problema não é burrice: é o oportunismo escorregadio que o faz querer passar por muito mais esquerdista do que é e comprometer-se com as políticas erradas mesmo quando está com a idéia certa na cabeça. Muitas vezes, no curso deste debate como em outros pronunciamentos, ele expressou opiniões gerais muito sensatas, mas entremeando-as de concessões de ocasião ao esquerdismo mais vulgar e estúpido, arruinando com uma profusão de detalhes falsos a verdade geral do que dizia. Ele faz isso porque padece de espertismo , a doença endêmica dos políticos brasileiros, que consiste em acabar virando bobo de tanto querer bancar o esperto. Se fosse mesmo esperto, o sr. Gomes jamais teria apostado nas luzes de meio watt do filósofo Roberto Mangabeira Unger, que é o pior tipo de visionário, o visionário sem visão. Nem daria como exemplo de interferência estrangeira danosa aos nossos interesses, como o fez neste debate, a pressão americana contra a venda de aviões à Venezuela. Não que ele seja bobo o suficiente para imaginar que um assunto desses pode ser enfocado só do ângulo econômico, ignorando as implicações militares mais patentes que determinam a atitude americana e a tornam, aliás, benéfica ao Brasil. Mas fazer-se de bobo só para não perder a chance de dar um agradinho nos chavistas de plantão não é esperteza nenhuma: como sempre acontece nessas ocasiões, a diferença entre a bobagem fingida e a bobagem autêntica tornou-se perfeitamente irrelevante, e a astúcia verbal do sr. Gomes acabou não se distinguindo em nada da do saudoso Chapolín Colorado.

Se o ex-governador do Ceará, com todo o seu talento, não se decidir a tornar-se ele mesmo em vez de continuar se amoldando por falsa esperteza àqueles que só pretendem utilizá-lo para fins que não são os dele, dificilmente virá a desempenhar na política brasileira um papel mais honroso do que na eleição presidencial de 2002.

Fonte
Conselheiro do Fórum Realidade.

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Offline Iconoclasta SP

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Re: "Debate do Século" - Constantino X Ciro Gomes
« Resposta #13 Online: 15 de Maio de 2008, 15:36:46 »
Infelizmente, o Brasil é um país de aparências. Isso nós observamos desde os exemplos mais prosaicos como nestes debates que, em tese, são de alta cultura.

Brasileiro dá valor para carro zero mesmo que seja financiado em 90 vezes, por causa da aparência. As casas brasileiras são mais belas por fora do que bem mobiliadas por dentro. O Brasileiro dá valor para a retórica do debatedor, e nunca para o conteúdo.

O Ciro Gomes é retórica. Ele sempre absorver as informações com o objetivo de processá-las no seu mecanismo cerebral e transformá-las em armas contra os seus adversários. É o tipo do sujeito incapaz de utilizar a inteligência e o tirocínio para propósitos úteis, seu único objetivo é demonstrar sapiência e vencer debates.

E como o Ciro tá cheio por aí.

Rhyan

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Re: "Debate do Século" - Constantino X Ciro Gomes
« Resposta #14 Online: 15 de Maio de 2008, 18:12:21 »
Tinha que ser proibido o governo financiar ongs.

Offline Lua

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Re: "Debate do Século" - Constantino X Ciro Gomes
« Resposta #15 Online: 15 de Maio de 2008, 19:34:32 »

Tinha que ser proibido o governo financiar ongs.

É aquela velha história: indiretamente, o governo precisa auxiliar apadrinhados que, infelizmente, não podem ocupar cargos comissionados - uma vez que esses já se achavam preenchidos desde os idos de 2002, quando ainda estávamos em campanha política.

O que é lamentável de se ler é a infinidade de gastos do governo com ministérios e situações absolutamente desnecessárias. Mas isso é o mínimo, levando em conta a excessiva carga tributária e o fato de existir alguém responsável por ela. Basta que alguns paguem, que o resto (grande maioria de brasileiros miseráveis) receba alguns benefícios (vide, esmolas) e está feito nosso país... Deprimente... :(

"Ajusto-me a mim, não ao mundo" Anais Nin

"A estupidez insiste sempre." Albert Camus

 

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