Mas não é necessário qualquer intervenção, já que os gordinhos são mais propensos a doenças, tais como diabetes e hipertensão, que os levarão ao túmulo mais cedo ou causarão complicações incapacitantes. Provavelmente a curta vida de um gordo compensará o consumo elevado de alimentos. É claro que para haver um completo equilíbrio de recursos deve-se saber qual a relação exata entre magros e gordos. Deve-se também considerar o atlético que nada mais é que um gordo, no que tange à alimentação, disfarçado que consome calorias e gasta com atividade física. Se essa atividade é exercida na academia o atlético também deveria entrar no índice da pesquisa. E há as mulheres grávidas, mormente as mulheres pobres, que engravidam em maior número, o que causa aumento, também, do consumo de alimentos, ainda que pouco, somado, deve influir no coeficiente total.
De fato, devemos pensar se há comida de menos ou gente de mais. Por que uns povos praticam estrito controle de natalidade, no que são racionais, enquanto outros procriam como lebres, no que são lúbricos e inconsequentes. Ora, sabemos que os pobres são propensos a reprodução desbragada, produzindo comedores sem medir as consequências. Dessa forma, o equilíbrio da culpa também pode ser atingido na proporção de ricos e pobres.
Assim, podemos concluir, se é que posso concluir alguma coisa, que a fome e o luxo são duas faces da mesma moeda que é a existência incontrolável neste pequeno planeta sem controle. Porque os homens são dados ao vício, do sexo, da comida, do tabaco, do álcool, do jogo e por eles gastam energia desnecessária e contraproducente e um mundo sem tudo isso seria um mundo paradisíaco, no entanto, infinitamente chato, monótono e sem graça. Quanto mais desgraçado o lugar mais matéria aos dramaturgos! Viva a arte!
Gordos criminosos e imorais...