Autor Tópico: "Nós nunca teríamos tido a Grande Depressão se não fosse o Fed" Milton Friedman  (Lida 1346 vezes)

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Rhyan

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Linda frase de Milton Friedman:

"Nós nunca teríamos tido a Grande Depressão se não fosse o Fed."

Infelizmente ainda não tenho a fonte, mas vamos discutir a frase.

Por que o Fed causou a depressão de 29?

Offline Adriano

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Re: "Nós nunca teríamos tido a Grande Depressão se não fosse o Fed" Milton Fried
« Resposta #1 Online: 26 de Maio de 2008, 12:00:49 »
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Muito após a grande depressão, Milton Friedman gastou consideráveis esforços tentando explicar o que aconteceu de errado com a economia durante a crise de 1929. Para ele, o Estado não foi o “salvador da pátria”, mas sim o próprio criador da crise de 1929. Para Friedman o Banco Central americano agiu de maneira equivocada, reduzindo a quantidade de dinheiro em circulação na economia, quando o correto seria aumentar a oferta de papel moeda (ou termos técnicos, aumentar a liquidez da economia). De maneira geral, Friedman argumenta que a depressão de 1929 somente foi tão severa devido a inabilidade do Banco Central americano. Para Friedman, as políticas de bem estar social proporcionadas pelos Estados, sobretudo após a crise de 1929, eram uma má idéia; e deveriam ser, na sua grande maioria, eliminadas. Friedman despertou a fúria de vários setores da sociedade. Foi inclusive vaiado quando recebeu o seu MERECIDO prêmio Nobel de Economia.

Nesta última semana, alguns acontecimentos têm provocado incertezas sobre o futuro da economia americana. Tais incertezas se espalharam para outras economias com potencial para gerar crise semelhante a de 1929. Mas isso tem pouca chance de ocorrer. Motivo: as lições de Milton Friedman, apesar de odiadas por muitos, estão sendo seguidas. Os Bancos Centrais americanos e europeu aumentaram de maneira significativa a oferta de moeda e crédito aos bancos. Ou seja, seguiram exatamente a idéia de Friedman: aumentaram a liquidez do sistema para evitar uma crise bancária.

http://bdadolfo.blogspot.com/2007/08/vitria-de-milton-friedman.html
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Rhyan

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Valeu, Adriano!

Offline Adriano

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Re: "Nós nunca teríamos tido a Grande Depressão se não fosse o Fed" Milton Fried
« Resposta #3 Online: 26 de Maio de 2008, 13:00:56 »
Disponha  :)
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Rhyan

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Respostas no orkut:

Citação de: Joel
O Fed aumenta a oferta de moeda por meio da expansão artificial do crédito. Isso é feito principalmente por meio dos bancos.

Os bancos recebem depósitos à vista. Em tese, esse dinheiro tem que ficar no banco, pois seu dono pode resgatá-los a qualquer momento. Mas como os bancos sabem que é muito improvável que todos resgatem ao mesmo tempo, empresta parte dos depósitos. Alguém depoista 100 à vista no banco. O banco empresta 50. Então temos uma pessoa com 100, que pode gastá-los quando quiser, e outra com 50, que também pode gastá-los. A quantidade de moeda é, na prática, 150.

E claro: o homem que pegou os 50 não vai gastá-los todos agora. Uma parte ele deposita. E o banco empresta parte desse depósito, aumentando ainda mais a qtd de moeda. E assim por diante.

Isso aumenta muito a oferta de crédito. Os juros caem, em conseqüência. Mas a quantidade real de poupança (que é o que poderia ser emprestado) continua a mesma. Não dá para completar todos os projetos sendo financiados. Muita coisa que parecia ser lucrativa (dados os baixos juros) não é. A quebradeira será generalizada.

Esse sistema todo só é possível porque o FED garante aos bancos que eles podem emprestar além do que está poupado, pois o FED estará lá para tapar o buraco que eles criarem, como tem acontecido nesses dias nos EUA.


Citação de: Rafael
Joel
O efeito multiplicador bancário não é diretamente a causa dos ciclos de negócios, tem relação sim, mas não é direta. Já que o banco não vai expandir o crédito em relação ao tempo. Porque? Os bancos vão emprestar parte de seus depósitos, mas essa parte não tem tendência a variar ao longo do tempo, ou seja, não temos tendência a expansão ou contração generalizadas do crédito devido ao multiplicador bancário. Só a partir da expansão da base monetária que podemos ter uma expansão de crédito sustentada que leve a um ciclo de negócios.

Por exemplo, digamos que um banco tal sempre mantenha uma certa proporção de uns 20% dos depósitos em sua conta corrente, e empreste o resto. Se esse banco quiser expandir o crédito elevando a proporção emprestada os seus clientes vão realizar uma corrida em direção ao banco e vão resgatar tudo o que puderem, e assim o banco vai falir. Só se expandirmos a base monetária, ou se o governo agir como segurador de banco (a função do BC) que podemos ter expansão de crédito sustentada.


Eu tenho muita dificuldades pra entender esses assuntos. Por isso não penso em fazer economia de forma nenhuma.

Offline Adriano

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Re: "Nós nunca teríamos tido a Grande Depressão se não fosse o Fed" Milton Fried
« Resposta #5 Online: 26 de Maio de 2008, 14:10:25 »
As discussões sobre economia monetária são as mais complexas por envolverem muitas variáreis e conseguentemente muitas valorações ideológicas por tráz destas. Então para expressar tal valoração ideológica de forma técnica são empregados jargões econômicos de acordo com a padronização acadêmica.

Mas na prática dá para observar tendencias de políticas econômicas nas exposições sobre a expansão monetária (como nestes dois exemplos do orkut). É algo como aquela velha discussão entre fazer crescer o bolo para depois dividir ou então distribuir para depois crescer por igual. Transpondo isso para o banco central significa expanção monetária versus contração de políticas ficais.

Os Keynesianos que defendem a expansão do crétido para incentivar a economia, ou seja uma intervenção governamental através da política monetária, que de longe está relacionado a uma economia estatal, com atuação de empresas estatais, necessariamente.
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