Metamaterial perfeito absorve toda a luz que incide sobre eleRecentemente os cientistas conseguiram fabricar o
espelho mais eficiente do mundo, capaz de refletir 99,9% da luz que incide sobre ele.
Agora eles fizeram o oposto e criaram um material artificial que absorve toda a luz que o atinge. Mesmo para os rígidos padrões da ciência, o metamaterial é um absorvedor de luz perfeito.
Absorvendo toda a radiaçãoAntes de construir o material artificial, os pesquisadores das universidades de Boston e Duke, ambas nos Estados Unidos, desenvolveram modelos computacionais para garantir que seus ressonadores seriam capazes de absorver toda a radiação que incidisse sobre eles, lidando igualmente com campos elétricos e magnéticos.
"Três coisas podem acontecer à luz quando ela atinge o material," explica o físico Willie J. Padilla. "Ela pode ser refletida, como em um espelho. Ela pode ser transmitida, como em uma janela de vidro. Ou ela pode ser absorvida e transformada em calor. Este metamaterial foi construído para garantir que toda a luz não seja nem refletida e nem transmitida, mas transformada completamente em calor e absorvida. Ele mostra que nós podemos projetar um metamaterial de tal forma que ele possa absorver todos os fótons de uma determinada freqüência que caiam na sua superfície."
Absorção perfeitaEste metamaterial é o primeiro a demonstrar a absorção perfeita de luz. Ao contrário de outros materiais de alta absorção da luz, ele foi construído unicamente com materiais metálicos, o que lhe dá grande flexibilidade para aplicações relacionadas à captura e detecção da luz, como em sensores de imagens, por exemplo.
Como os elementos individuais que compõem o metamaterial foram projetados para absorver tanto os componentes elétricos quanto magnéticos de uma onda eletromagnética, o "absorvedor perfeito" criado pelos pesquisadores funciona em uma estreita faixa de freqüência.
Bibliografia:Perfect Metamaterial AbsorberN. I. Landy, S. Sajuyigbe, J. J. Mock, D. R. Smith, W. J. Padilla
Physical Review Letters
Vol.: 100, 207402
DOI: 10.1103/PhysRevLett.100.207402