Autor Tópico: Com que asas o país vai voar?  (Lida 1465 vezes)

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Rhyan

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Com que asas o país vai voar?
« Online: 07 de Junho de 2008, 21:37:32 »
Brasil
Com que asas o país vai voar?

Metade do corpo está no Primeiro Mundo, mas parte do Brasil
ainda veste as calças curtas do subdesenvolvimento


Giuliano Guandalini

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Nesta reportagem
• Quadro: Encruzilhada
• Quadro: Bilhete premiado
Exclusivo on-line
• Trechos do livro
 
A adolescência é a etapa do desenvolvimento humano que marca a passagem da dependência infantil para a auto-suficiência adulta. Aplicado ao estágio de desenvolvimento das nações, o conceito define com perfeição os países situa-dos entre as calças curtas do subdesenvolvimento e a maturidade institucional, que se comportam ora como criança, ora como adulto. É justamente aí, nessa espécie de encruzilhada, que se encontra o Brasil atual. Graças a um incrível avanço institucional e a uma rara coincidência de fatores, o país despontou no cenário internacional com suas exportações diversificadas, o sucesso do etanol e a conquista recente do grau de investimento, distinção concedida às economias classificadas como sólidas e confiáveis. Mas o Brasil ainda atravessa as dicotomias típicas de um adolescente, cada vez mais visíveis. Produz aviões a jato, mas também mosquitos da dengue. A mesma sociedade que exporta as modelos mais bem pagas do mundo fornece garotas a bordéis de todo o planeta. O ensino que permitiu ao país explorar petróleo a 7000 metros de profundidade aparece em último lugar no ranking internacional de matemática e na penúltima posição em ciências, na comparação feita pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) entre quarenta países.

Contradições como essas decorrem justamente da fase de transição em que se encontra o Brasil. O país tem um pé no Primeiro Mundo e outro no subdesenvolvimento, como mostram os cinqüenta exemplos que acompanham esta matéria. Qual Brasil prevalecerá? O das asas da Embraer ou aquele das asas do mosquito da dengue? O do etanol de cana-de-açúcar ou o do trabalho escravo no campo? O da abertura comercial ou o da fobia de importações? O Brasil nunca teve tantas possibilidades de definir seu próprio futuro, afirmam os economistas Octavio de Barros, diretor de pesquisas macroeconômicas do Bradesco, e Fabio Giambiagi na apresentação de Brasil Globalizado (Campus/Elsevier; 424 páginas; 79,90 reais), que chega às livrarias nesta semana: "A primeira opção é limitar-se a acumular avanços econômicos e perpetuar a tensa coexistência entre o Brasil de Primeiro Mundo e o Brasil de Terceiro Mundo. A outra, que nos parece mais atraente, é estreitar mais rapidamente a distância que o separa do Primeiro Mundo". Organizado por Barros e Giambiagi, o livro recebeu a colaboração de 22 economistas (entre outros, Claudio Haddad, Affonso Celso Pastore e Luciano Coutinho), além da do sociólogo e ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Em seus onze capítulos, prefaciados por Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, o estudo tem como substrato justamente a inserção do país no mundo capitalista contemporâneo e as contradições que esse processo levanta. O livro parte do pressuposto de que o cenário raro de bonança mundial, por sua intensidade, proporcionou ao Brasil um bilhete de loteria premiado. O país foi um dos maiores beneficiados pelo aumento da demanda – e do preço – de produtos como minério de ferro, soja e carne. China, Índia e outros países de crescimento acelerado encontraram aqui um celeiro indispensável. Graças a esse vento favorável, a economia brasileira acumulou, nos últimos cinco anos, um saldo total de 200 bilhões de dólares em sua balança comercial. Com esse "prêmio", o país pagou sua dívida externa, engordou suas reservas em moeda forte e conquistou credibilidade para o real. Esse avanço se deu antes mesmo de o país instalar controles sanitários eficientes, cortar os gastos públicos e conter a impunidade. É como se o Brasil de Primeiro Mundo, para emergir, tivesse simplesmente se desviado dos obstáculos de Terceiro Mundo, sem desfazê-los.

Os resultados foram, até aqui, auspiciosos, mas insuficientes:

• O Brasil segue como a economia mais fechada do planeta e foi uma das que menos se abriram nas últimas três décadas (veja o quadro). Diz Claudio Haddad, presidente do Ibmec São Paulo: "O aumento do protecionismo nos países desenvolvidos, mesmo que aconteça, não deve servir de pretexto para que o Brasil faça o mesmo".

• Se quiser trilhar a história de sucesso dos países asiáticos, o Brasil terá de poupar mais. Como afirma Pastore no capítulo que escreve com Maria Cristina Pinotti e Leonardo Porto de Almeida, a taxa de poupança brasileira é das menores do mundo. Por isso, faltam recursos para ampliar os investimentos e aumentar o potencial de crescimento. Sempre que o país passa a crescer mais rápido, acaba importando poupança estrangeira. O risco, dizem os autores, é aprofundar o déficit nas contas externas. Como contornar isso? Diminuindo os gastos do governo, o que elevaria a poupança pública e ampliaria o capital disponível para investimentos.

• Apesar da queixa em relação ao câmbio, os fatores que, de fato, solapam a competitividade das empresas brasileiras são a burocracia, a carga fiscal, o custo trabalhista e a péssima infra-estrutura. Sem corrigir essas distorções, o país seguirá concorrendo de maneira desigual com seus adversários no comércio global.

• O acesso à educação cresceu rapidamente na última década. Falta agora ampliar os esforços na qualidade, para que os trabalhadores sejam capazes de produzir mercadorias e serviços mais elaborados. Isso inclui não apenas o ensino fundamental, mas também a pesquisa científica.

• Fundamental, afirmam todos os autores do livro, será não regredir nas conquistas macroeconômicas obtidas até aqui e preservar o tripé de combate à inflação, câmbio flutuante e superávit fiscal primário.

Ganhar na loteria é sempre bom. Ainda mais quando o prêmio é bem aproveitado. Mas pode-se também desperdiçar o bilhete premiado da noite para o dia, como mostram os exemplos da Venezuela e da Argentina, dois países que, como o Brasil, foram beneficiados pela alta do preço de commodities e se afundaram na lama do populismo. Que os exemplos tristes dos países vizinhos sirvam de lição. O mundo conspira a favor do Brasil, mas o jogo ainda não foi ganho. Como dizem os organizadores do livro, a idéia de que estamos predestinados ao êxito é certamente um erro – mas nunca antes o destino sorriu tanto para o Brasil.

http://veja.abril.com.br/280508/p_048.shtml


Rhyan

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Re: Com que asas o país vai voar?
« Resposta #1 Online: 07 de Junho de 2008, 21:41:07 »
Vale a pena ver os quadros!

Offline Adriano

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Re: Com que asas o país vai voar?
« Resposta #2 Online: 07 de Junho de 2008, 21:51:32 »
Boa retórica a do livro. Analogias com o desenvolvimento humano sempre geram um bom impacto nos leitores. Porém nada de novo no front, apenas a mesma conversa de que a onda de crescimento do Brasil está dependente do desenvolvimento mundial e não que seja algo de suas realizações macroeconômicas e que conseguiram melhorar a sua posição perante as agências avaliadoras de risco. Vai ver essas empresas prestam atenção no destino e não nos indicadores macroeconômicos já consagrados nas análises internacionais. Como se para obter a sorte grande não fosse necessário jogar. Vale lembrar que em crises internacionais anteriores, no governo FHC, foi a falta de reservas a causa da crise. De lá para cá o aumento das reservas se tornaram medidas obrigatórias da politica econômica do nosso país. 

Sobre o argumento da poupança, não vejo o brasileiro com esse perfil, bem diferente do povo japones, que deixa o país em maus lencois justamente por ter uma excessiva poupança que prejudica o consumo.

Para quem não sabe ler o contexto econômico global tudo não passa de coincidência, de mágica, e que estamos mergulhado nessa maré positiva. Até mesmo as sincronicidades econômicas precisam ser melhores compreendidas. Economia é uma ciência que estuda o momento, faz uma análise minuciosa do fato presente, porém com o ferramental correto como a econometria. Exemplificar fatos ainda está longe do ideal, no meu entender.
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Offline Barata Tenno

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Re: Com que asas o país vai voar?
« Resposta #3 Online: 07 de Junho de 2008, 22:41:52 »

Sobre o argumento da poupança, não vejo o brasileiro com esse perfil, bem diferente do povo japones, que deixa o país em maus lencois justamente por ter uma excessiva poupança que prejudica o consumo.



Nisso eu concordo com você, o povo japonês tem a grande tendencia a economizar ao menor sinal de problemas, é cultural, ja o Brasil por ser um país em desenvolvimento ainda tem um mercado muito grande para produtos que em países desenvolvidos já são default para quase toda a população.
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Rhyan

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Re: Com que asas o país vai voar?
« Resposta #4 Online: 07 de Junho de 2008, 22:58:42 »
Mas a boa fase da economia global está com os dias contados, não?

Offline Barata Tenno

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Re: Com que asas o país vai voar?
« Resposta #5 Online: 07 de Junho de 2008, 23:01:28 »
Ricos devem "apertar o cinto", diz estudo

Especializada em estimativas econômicas, a agência OCDE prevê um cenário sombrio para a economia de americanos, europeus e japoneses. Empresa diz que economia brasileira deve crescer 4,8% em 2008 e 4,5% em 2009, contra 5,4 de 2007





Europeus, americanos e japoneses deverão racionalizar ao máximo seus gastos nos próximos dois anos, nos quais uma onda de baixo crescimento e inflação elevada sufocará o poder aquisitivo dos mais ricos, advertiu durante a semana num estudo da OCDE, a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômicos.

Embora Estados Unidos, Europa e Japão possam se safar de uma "estagflação" - uma situação típica de recessão, com a diminuição das atividades econômicas e aumento dos índices de desemprego, num cenário de inflação alta -, estes países devem se preparar para "vários trimestres de parco crescimento", apontou o clube de 30 países democráticos e industrializados, com sede em Paris.

O relatório sobre perspectivas semestrais da OCDE também vaticinou: algumas economias de países fora da Organização vão registrar queda. Mas, globalmente, o crescimento econômico dos gigantes emergentes - Índia, China, Rússia e Brasil - continuará sendo robusto.

Segundo a estimativa, a economia brasileira crescerá 4,8% em 2008 e 4,5% em 2009, contra 5,4% em 2007, seu maior ritmo de expansão desde 2004. As condições financeiras do país, diz o estudo, são sólidas e os mercados estão contornando bem a tempestade. O informe volta a citar a crise imobiliária, a disparada do preço do petróleo e os alimentos e a instabilidade dos mercados financeiros como fatores perturbadores.

A OCDE revisou para baixo a previsão de crescimento para os Estados Unidos, o país mais afetado pela crise dos créditos imobiliários de risco ("subprimes") em 2008, a 1,2% do PIB, contra 1,4% nas previsões de março e contra 2% do prognóstico feito há seis meses. (das agências de notícias)
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Offline Adriano

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Re: Com que asas o país vai voar?
« Resposta #6 Online: 08 de Junho de 2008, 02:44:45 »
Citar
Ciclos econômicos

Ciclo econômico é o termo usado para designar as mudanças ocorridas na economia. A partir da Revolução Industrial, o nível da atividade financeira dos países capitalistas e industrializados tem flutuado, com reflexos na economia.

Fases do Ciclo Econômico

Não há dois ciclos iguais, variam tanto na intensidade quanto na duração. A duração não é previsível, embora seja possível prever suas fases. Muitos economistas citam quatro fases: o auge, a recessão, a depressão e a recuperação. A crise econômica mais difícil ocorreu na década de 1930, conhecida como a Grande Depressão.

Causas do Ciclo

Em finais do século XIX, William Jevons sugeriu que a causa dos ciclos econômicos eram as manchas solares, que teriam influência sobre as condições meteorológicas. Na mesma época, Arthur Pigou, estabelecia que o otimismo e o pessimismo dos dirigentes econômicos poderiam ter conseqüência sobre o desenvolvimento econômico.

Ao final do século XX, Joseph Schumpeter, propulsor da teoria da inovação, relacionava o auge dos ciclos econômicos com a aparição de novos inventos, que estimulavam os investimentos nas indústrias produtoras de bens de consumo. Os economistas Friedrich von Hayek e Ludwig von Mises desenvolveram a teoria do superinvestimento, que acreditavam ser a instabilidade uma conseqüência lógica do aumento da produção.

Regulamentação dos Ciclos

Em quase todos os países, a partir da Grande Depressão, foram adotadas medidas que procuram evitar as recessões econômicas. O governo também pode tentar intervir, diretamente, para diminuir seus efeitos.

Existem três alternativas principais que podem ser empregadas: a política monetária, a política fiscal e a política de rendas. Alguns economistas, como Milton Friedman, preferem a política monetária, que consiste no controle, através de um banco central, da oferta de dinheiro e dos diversos tipos de rendimentos.

No entanto, outros economistas, como John Kenneth Galbraith, consideram que as medidas mais eficazes são as fiscais, como uma maior tributação sobre as camadas mais ricas da sociedade e uma política de rendas que mantenha em baixos níveis tanto os preços como os salários.


A manutenção de políticas econômicas progressivas e sustentáveis já tem um grande suporte no desenvolvimento de teorias bem fundamentadas. Porém passa pela poder executivo onde ocorre interferências do executivo e do legistativo através de leis orcamentárias. Embora tenho ocorrido muita melhora na gestão econômica em termo de aplicação científica do conhecimento técnico econômico, existe muito ainda por fazer. Não é que a economia seja uma ciência deficiente, é que as ciências políticas ainda não tem poder para influenciar nada, já que tem boas teorias também nessa área. A coisa acaba descambando para questões ideológicas sem maiores aprofundamentos.

Se existe o populismo, não é por culpa dos governantes, para devido ao povo tender a isso. E nosso modelo democrático permite isso. É o melhor que temos dentro de nossa configuração jurídico-administrativa. Por isso que já defendi muito por aqui as propostas de reformas políticas. A economia constitucional, ou economia e direito, são uma boa ferramenta para a elaboração de modelos estatais mais efecientes. É o estudo da democracia, para a sua ampliação em nível mais profundo.
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Offline Nightstalker

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Re: Com que asas o país vai voar?
« Resposta #7 Online: 08 de Junho de 2008, 03:03:35 »

Sobre o argumento da poupança, não vejo o brasileiro com esse perfil, bem diferente do povo japones, que deixa o país em maus lencois justamente por ter uma excessiva poupança que prejudica o consumo.



Nisso eu concordo com você, o povo japonês tem a grande tendencia a economizar ao menor sinal de problemas, é cultural, ja o Brasil por ser um país em desenvolvimento ainda tem um mercado muito grande para produtos que em países desenvolvidos já são default para quase toda a população.

A poupança de hoje é que permite o consumo maior de amanhã. Os japoneses são os líderes no consumo de bens de vários setores graças à poupança que acumularam, o que permitiu com que houvesse crescimento real que implicou em maior consumo.
Conselheiro do Fórum Realidade.

"Sunrise in Sodoma, people wake with the fear in their eyes.
There's no time to run because the Lord is casting fire in the sky.
When you make sin, hope you realize all the sinners gotta die.
Sunrise in Sodoma, all the people see the Truth and Final Light."

Offline Barata Tenno

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Re: Com que asas o país vai voar?
« Resposta #8 Online: 08 de Junho de 2008, 03:27:15 »

Sobre o argumento da poupança, não vejo o brasileiro com esse perfil, bem diferente do povo japones, que deixa o país em maus lencois justamente por ter uma excessiva poupança que prejudica o consumo.



Nisso eu concordo com você, o povo japonês tem a grande tendencia a economizar ao menor sinal de problemas, é cultural, ja o Brasil por ser um país em desenvolvimento ainda tem um mercado muito grande para produtos que em países desenvolvidos já são default para quase toda a população.

A poupança de hoje é que permite o consumo maior de amanhã. Os japoneses são os líderes no consumo de bens de vários setores graças à poupança que acumularam, o que permitiu com que houvesse crescimento real que implicou em maior consumo.



O problema é que a poupança de hoje é a poupança de amanhã , em muitos casos.
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Offline Rodion

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Re: Com que asas o país vai voar?
« Resposta #9 Online: 08 de Junho de 2008, 03:50:56 »
ninguém supera os americanos em consumo... e em poupança negativa.

a aplicação de poupança não vale de muita coisa. o importante é que haja dinheiro barato e disponível, e nós estamos chegando lá.
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Offline Adriano

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Re: Com que asas o país vai voar?
« Resposta #10 Online: 08 de Junho de 2008, 07:24:29 »
Quem fala muito bem sobre o tema é o economista Eduardo Gianetti. Tem um aúdio dele, que não encontrei agora na busca, que ele faz um levantamento histórico dos ciclos econômicos do Brasil através desta análise de poupança. Se os senhores repararem bem, tem tudo a ver com a temática de O valor do amanhã, tema do seu último livro e de uma série que apresentou no Fantástico.
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Offline Adriano

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Re: Com que asas o país vai voar?
« Resposta #11 Online: 08 de Junho de 2008, 07:27:11 »
ninguém supera os americanos em consumo... e em poupança negativa.

a aplicação de poupança não vale de muita coisa. o importante é que haja dinheiro barato e disponível, e nós estamos chegando lá.
Isto esteve ligado a hegemonia americana e o contexto historiográfico monetário internacional. Bretton Woods explica muita coisa.

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As conferências de Bretton Woods, definindo o Sistema Bretton Woods de gerenciamento econômico internacional, estabeleceram em Julho de 1944 as regras para as relações comerciais e financeiras entre os países mais industrializados do mundo. O sistema Bretton Woods foi o primeiro exemplo, na história mundial, de uma ordem monetária totalmente negociada, tendo como objetivo governar as relações monetárias entre Nações-Estado independentes.
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Offline FxF

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Re: Com que asas o país vai voar?
« Resposta #12 Online: 08 de Junho de 2008, 23:50:50 »
ninguém supera os americanos em consumo... e em poupança negativa.

a aplicação de poupança não vale de muita coisa. o importante é que haja dinheiro barato e disponível, e nós estamos chegando lá.
Mas os motivos pelo qual os americanos tem dívidas também é ridículo... é sempre com besteira.

 

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