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O novo telescópio da Nasa que deve decolar hoje rumo ao espaço não se parece muito com um telescópio. Visto de fora, o Glast é uma caixa quadrada com dois metros de largura sem espelhos ou lentes, mas é justamente sua engenharia diferenciada que permitirá estudar com detalhamento sem precedentes a origem dos raios gama, o tipo de radiação mais energético que existe."Pela primeira vez, vamos aplicar a tecnologia de detectores de partículas no espaço, e isso vai revolucionar a física de raios gama", diz o brasileiro Eduardo do Couto e Silva, vice-diretor de um dos centros de operações do Glast -sigla em inglês para Telescópio Espacial de Grande Área de Raios Gama.O observatório é composto basicamente de um rastreador de trajetórias de partículas e de um calorímetro (medidor de energia). Sua missão é fazer uma varredura diária do céu para mapear fontes de raios gama e registrar sua dinâmica.Essa radiação emana, por exemplo, de núcleos de galáxias com grandes buracos negros, que podem vir a ser melhor entendidos com o Glast. Ele também investigará misteriosas explosões de raios gama registradas diariamente no espaço com origem desconhecida."Uma dificuldade de compreender esses fenômenos é que as energias para alimentá-los são muito grandes, e processos nucleares [como os de estrelas] não são capazes disso", diz Couto. "Achamos que está relacionado com buracos negros, mesmo." As observações do Glast, diz, ajudarão a verificar se a hipótese é correta.Pela primeira vez, também, será possível estudar física de partículas no espaço, da mesma maneira como já se faz nos aceleradores de partículas na Terra. O Glast poderá detectar, por exemplo, uma partícula hipotética batizada de neutralino. Talvez ela seja aquilo que físicos chamam de "matéria escura" --a matéria mais abundante do Universo, mas que, também, ninguém sabe o que é.Se o tempo ajudar, o foguete que leva o Glast ao espaço decola hoje na Flórida entre 13h45 e 14h40 (hora de Brasília). http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u411147.shtml
Telescópio Glast é lançado rumo ao espaçoO telescópio Glast foi lançado nesta quarta-feira (11), em um míssil Delta 2, na base área de Cabo Canaveral, na Flórida. O lançamento ocorreu às 13h05 no horário de Brasília.Se tudo ocorrer como planejado, o Glast deve ser colocado em uma órbita a 565 km da Terra. O telescópio é composto basicamente de um rastreador de trajetórias de partículas e de um calorímetro (medidor de energia). Sua missão é fazer uma varredura diária do céu para mapear fontes de raios gama --o tipo de radiação mais energético que existe-- e registrar sua dinâmica.Essa radiação emana, por exemplo, de núcleos de galáxias com grandes buracos negros, que podem vir a ser melhor entendidos com o Glast. Ele também investigará misteriosas explosões de raios gama registradas diariamente no espaço com origem desconhecida.Pela primeira vez, também, será possível estudar física de partículas no espaço, da mesma maneira como já se faz nos aceleradores de partículas na Terra. O Glast poderá detectar, por exemplo, uma partícula hipotética batizada de neutralino. Talvez ela seja aquilo que físicos chamam de 'matéria escura' --a matéria mais abundante do Universo, mas que, também, ninguém sabe o que é. http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u411256.shtml