Autor Tópico: ONU classifica estupro como 'tática de guerra'  (Lida 770 vezes)

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ONU classifica estupro como 'tática de guerra'
« Online: 20 de Junho de 2008, 20:58:46 »
ONU classifica estupro como 'tática de guerra'
 
O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou por unanimidade nesta quinta-feira uma resolução que classifica estupro como uma "arma de guerra".

O documento qualifica o uso deliberado de estupro como uma tática bélica e uma ameaça à segurança internacional.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, disse que a violência contra mulheres atingiu "proporções indescritíveis" em algumas sociedades que se recuperam de conflitos.

"Responder a esta guerra silenciosa contra mulheres e meninas exige liderança a nível nacional", afirmou.

A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, disse que o mundo agora reconhece que a violência sexual afeta profundamente não apenas a saúde e a segurança das mulheres, mas também a estabilidade social e econômica de suas nações.

Num debate entre os 15 membros do conselho a antiga Iugoslávia, a região sudanesa de Darfur, a República Democrática do Congo, Ruanda e a Libéria foram mencionadas como áreas onde a violência sexual deliberada ocorreu em larga escala.

Só na República Democrática do Congo, cerca de 40 mulheres são estupradas todos os dias.

As Nações Unidas também devem investigar até junho do ano que vem o quão generalizada é a prática e fazer recomendações sobre como combatê-la.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/06/080620_onuestupro.shtml

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Offline Rodion

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Re: ONU classifica estupro como 'tática de guerra'
« Resposta #1 Online: 20 de Junho de 2008, 21:11:06 »
hm. isso provavelmente foi uma reação às críticas recebidas pela onu pela imensa ocorrência de molestação sexual na atuação de suas forças de paz.
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Offline FxF

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Re: ONU classifica estupro como 'tática de guerra'
« Resposta #2 Online: 21 de Junho de 2008, 00:53:38 »
Estupro é normal em guerras. É o que acontece quando se proíbe mulheres (e até Playboys) em uma quantidade ilimitada de homens.

Skorpios

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Re:ONU classifica estupro como 'tática de guerra'
« Resposta #3 Online: 12 de Junho de 2016, 08:09:49 »
O que tem de tópicos sobre estupro não é brincadeira. Escolhi esse para postar a matéria, porque aconteceu na guerra. Muito se fala do comportamento dos japoneses na Coreia, principalmente.
Do ocorrido na Alemanha muito pouco vejo, talvez por serem os alemães os vilões e bandidos.

Citar
2 milhões de alemãs - O Maior estupro em massa da História

Com as recentes discussões sobre estupro coletivo, culpabilidade da vitima por seu histórico de comportamento, cultura do estupro, acabei recebendo este artigo que me deixou perplexo.

Segue na integra o artigo do site, que foi referenciado ao final deste post.

-

Aos 80 anos, Gabriele Köpp tem problemas com sono, por vezes, simplesmente não consegue comer. Aos 15 anos, ela foi repetidamente violada por soldados soviéticos, sendo virgem e não tendo nenhum conhecimento prévio sobre o sexo.

A revista "Spiegel" escreve que não existem os dados exatos sobre a quantidade de mulheres alemãs violadas pelo exército soviético, o número que aparece em várias publicações aponta para dois milhões de mulheres (2.000.000). Segundo a investigação do Dr. Philipp Kuwert, especialista de traumas e chefe do Departamento de Psiquiatria e Psicoterapia do Hospital universitário de Greifswald, a idade média das vítimas de violações soviéticas era de 17 anos e cada mulher foi violada em média 12 vezes. Quase metade das vítimas possui síndromes pós – traumáticos, incluindo os pesadelos, tendências de suicídio, anestesia emocional. Cerca de 81% destas mulheres adquiriram o efeito negativo direto sobre a sexualidade.

A historiadora Birgit Beck-Heppner escreve que os soldados soviéticos usavam as violações para intimidar as populações alemãs, mostrando que o seu governo e exército já não lhes conseguiam garantir a segurança. Por isso, muitas destas violações eram executados em público (!).

Em 1945, os soviéticos foram os primeiros a chegar em Berlim. Mesmo após a rendição da Wermacht e dos Nacional-Socialistas, o sofrimento do povo alemão parecia não ter fim. Os soldados do Exército Vermelho invadem casas, arrancam mães e filhas de suas famílias e as estupram em praça pública, algumas foram estupradas várias vezes por grupos de até 10 soldados. Mais de 2 milhões de mulheres alemãs foram estupradas só em 1945, desde crianças de 8 anos à idosas de 80.
A “doença russa”

Gabriele Köpp lembra na conversa com o jornalista da "Spiegel" que a sua menstruação parou por completo durante os 7 anos. Naquela época era um sintoma bastante comum entre as alemãs e era chamado pelos ginecologistas de “doença russa”.

Quanto Gabriele Köpp é perguntada se conheceu o amor, se teve alguma vez as relações sexuais, ela responde: “Não, não tive nada disso. Para mim existia apenas uma coisa – a violência”.
A culpabilidade dos aliados e a tentativa de abafar o assunto

O estupro em massa das mulheres em Berlim foi negado pelos países aliados (E. U. A, Inglaterra, França, União Soviética, etc;) pois conflitavam com a imagem de "vitoriosos civilizados e libertadores da opressão" que queriam passar para a opinião pública mundial. Porém, esse tabu foi quebrado quando Austin J. App, professor de língua inglesa na Catholic Univesity abordou esse tema embaraçoso (para os aliados, é claro!) em seu livro "Ravishing the Women of Conquered Europe" publicado em Abril de 1946. Na sequencia Antony Beevor também publicou o livro "Berlim: The Downfall, 1945" ("Berlim: A queda, 1945"), abordando o mesmo tema. Alguns relatos eram tão aterradores que o autor, prudentemente publicou apenas em seu site (www.antonybeevor.com). Ingrid A. Rimland também ecoou os gritos das alemãs estupradas nesse fatídico e vergonhoso episódio da guerra chaamndo o governo dos E. U. A à responsabilidade pois muitos desses estupros foram cometidos por soldados norte-americanos*.(*) Principalmente, pela divisão de soldados negros do exército estadunidense, em breve postaremos o artigos somente sobre o assunto - NT. Muitos historiadores creditam essa postura animalesca dos soldados aliados (notadamente dos soviéticos) ao anti-germanismo em vigor na Europa, alimentado desesperadamente e imprudentemente pela imprensa aliada. Pois a Alemanha não fora o único país a sofrer esses tipos de danos. Porém, nesse panorama vergonhoso, alguns testemunhos relatam a ainda a tentativa disciplinar de alguns poucos oficiais que tentavam manter a ordem. Dentre os testemunhos está o de um general soviético que matou um tenente, seu comando, ao flagrá-lo organizando uma fila de mais de 10 soldados para estuprar uma mulher alemã, já deitada no chão. Registros da Igreja Católica relatam que num convento da cidade de Neisse, na Silésia, 182 freiras foram estupradas, seguidas vezes, pelos soldados aliados. Numa outra cidade alemã, 66 freiras engravidaram após seguidos estupros por parte dos invasores. Até mulheres russas que estavam prisioneiras, judias e de outras etnias em campos de concentração foram estupradas impiedosamente pelos seus próprios "libertadores". Em Berlim, desesperadas por uma situação que não parecia ter fim, muitas mulheres alemãs se jogaram dos prédios em ruínas, preferindo a morte. Outras com filhos para criar, preferiam "contar com a proteção" de algum oficial aliado de alta patente, para acabar com o ciclo de estupro em série a que eram submetidas diariamente pelos soldados. Aquelas que engravidaram e tiveram filhos, frutos dos estupros em série a que foram submetidas ainda tiveram, com certeza, que suportar o repúdio moral e social.

A Arte alemã se expressando como deveria ser

Em 23 de Outubro de 2008 foi lançado na Alemanha o filme "Anonyma - eine Frau in Berlim" (Anônima - Uma Mulher em Berlim) baseado no livro de mesmo nome, escrito por Marta Hiller, alemã que sofreu entre 20/04/45 a 22/06/45, aos 31 anos, os horrores da Segunda Guerra Mundial quando vivia em Berlim, capital da Alemanha. O livro, é um relato perturbador sobre os abusos sexuais sofridos pelas mulheres da Alemanha em 1945. Marta foi uma das centenas de milhares de mulheres berlinenses, entre adolescentes, adultas e idosas, que sofreram estupros em série quando os soldados soviéticos invadiram Berlim, a capital do III Reich. Seus relatos são corroborados pelos da jornalista russa Natalya Gesse, então correspondente de guerra em Berlim, hoje aposentada.

Quando se trata do tema, muitos pesquisadores tendem a afirmar que esse comportamento deve-se a situação de extremo estresse durante a guerra, longos períodos de abstinência sexual, agravada por pressão psicológica constante... Etc; Até então, algo conhecido e óbvio, mas duas coisas têm que ser bem esclarecidas pelos que se dizem "especialistas conceituados": 1 - Se a estratégia de guerra aliada realmente não estivesse interessada em fazer vista grossa total sobre as ações descontroladas e indisciplinadas que ocorriam com os civis alemães, principalmente suas mulheres, tais fatos não teriam acontecido, pelo menos não em tão larga escala escancarada. 2 - Tais motivos para o comportamento do combatente estão presentes em todos as guerras, nem por isso, tais atitudes são cometidas, não sendo por um outro e potencial fator, a extrema propaganda de guerra que chegava a níveis de uma lavagem cerebral... Tal como hoje. - NT.

Mais de 240.000 mulheres morreram neste período, sendo mais de 100.000 em Berlim. Após o verão de 1945, os soldados soviéticos flagrados cometendo tal ato recebiam punições de enforcamento ou prisão. Entretanto, os estupros continuaram até 1948, quando a Alemanha finalmente recuperou sua estrutura política e os soldados da União Soviética e aliados estavam apenas em postos de guarda, separados da população civil.

Artigo Publicado no endereço:

Offline Buckaroo Banzai

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Re:ONU classifica estupro como 'tática de guerra'
« Resposta #4 Online: 12 de Junho de 2016, 10:09:12 »
Citar
Austin J. App, professor de língua inglesa na Catholic Univesity abordou esse tema embaraçoso (para os aliados, é claro!)

Parêntese estranho de se colocar se o autor não é simpatizante dos nazistas... :hein:

(Não como desqualificação ou amenização do ocorrido, só achei estranho)


Citar
https://en.wikipedia.org/wiki/Rape_during_the_occupation_of_Germany

[...] Female deaths in connection with the rapes in Germany, overall, are estimated at 240,000.[1][15] Antony Beevor describes it as the "greatest phenomenon of mass rape in history", and has concluded that at least 1.4 million women were raped in East Prussia, Pomerania and Silesia alone.[16] According to Natalya Gesse, Russian soldiers raped German females from eight to eighty years old. Russian women were not spared either.[17][18][19] When General Tsygankov, head of the political department of the First Ukrainian Front, reported to Moscow the mass rape of Soviet women deported to East Germany for forced labour, he recommended that the Soviet women be prevented from describing their ordeal on their return to Russia.[20]

When Yugoslav politician Milovan Djilas complained about rapes in Yugoslavia, Stalin reportedly stated that he should "understand it if a soldier who has crossed thousands of kilometres through blood and fire and death has fun with a woman or takes some trifle."[21] On another occasion, when told that Red Army soldiers sexually maltreated German refugees, he reportedly said: "We lecture our soldiers too much; let them have their initiative."[22] [...]


...

Aleksandr Solzhenitsyn took part in the invasion of Germany, and wrote a poem about it: Prussian Nights:

Twenty-two Hoeringstrasse. It's not been burned, just looted, rifled. A moaning by the walls, half muffled: the mother's wounded, half alive. The little daughter's on the mattress, dead. How many have been on it? A platoon, a company perhaps? A girl's been turned into a woman, a woman turned into a corpse. . . . The mother begs, "Soldier, kill me!"[44]

...


U.S. troops[edit]
In Taken by Force, J. Robert Lilly estimates the number of rapes committed by U.S. servicemen in Germany to be 11,000.[53][54] As in the case of the American occupation of France after the D-Day invasion, many of the American rapes in Germany in 1945 were gang rapes committed by armed soldiers at gunpoint.[55]

Although non-fraternization policies were instituted for the Americans in Germany, the phrase "copulation without conversation is not fraternization" was used as a motto by United States Army troops.[56] The journalist Osmar White, a war correspondent from Australia who served with the American troops during the war, wrote that:

Citar
After the fighting moved on to German soil, there was a good deal of rape by combat troops and those immediately following them. The incidence varied between unit and unit according to the attitude of the commanding officer. In some cases offenders were identified, tried by court martial, and punished. The army legal branch was reticent, but admitted that for brutal or perverted sexual offences against German women, some soldiers had been shot – particularly if they happened to be Negroes. Yet I know for a fact that many women were raped by white Americans. No action was taken against the culprits. In one sector a report went round that a certain very distinguished army commander made the wisecrack, 'Copulation without conversation does not constitute fraternisation.'[57]


...


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https://en.wikipedia.org/wiki/War_crimes_of_the_Wehrmacht#Rapes

...
Rapes[edit]
There were rapes committed by soldiers of the Wehrmacht forces against Jewish women and girls during the Invasion of Poland.[22] Rapes were also committed against Polish women and girls during mass executions carried out primarily by the Volksdeutscher Selbstschutz, which were accompanied by Wehrmacht soldiers and on territory under the administration of the German military, the rapes were carried out before shooting the female captives.[23]

Only one case of rape was prosecuted by a German court during the military campaign in Poland, the case of gang rape committed by three soldiers against women of the Jewish Kaufmann family in Busko-Zdrój; however, the German judge sentenced the guilty for Rassenschande – shame against the [German] race as defined by the racial policy of Nazi Germany – and not rape.[24]

...

:shock:




Tema para "as origens esquerdistas da cultura do estupro" em blogs como o "ceticismo político" e outros também meio olavo-carvalhóides.

 

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