Tópico: Consumo de maconha no Brasil aumentou mais de 100%

[Unknown]

Consumo de maconha no Brasil aumenta mais de 100%, aponta relatório da ONU

BRASÍLIA - O relatório mundial sobre drogas do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC), divulgado nesta quinta-feira, mostra que o aumento mais importante no consumo de maconha na América Latina foi registrado no Brasil.

O consumo de maconha no Brasil aumentou duas vezes e meia: de 1% da população entre 12 e 65 anos, em 2001, para 2,6% dessa população em 2005.

A maioria dos países da América do Sul, especialmente o Brasil, Argentina, Uruguai e Chile citam o Paraguai como principal fonte de haxixe de seus mercados.

A América Latina – incluindo o Caribe e América Central – foi responsável por 12% das apreensões globais de maconha. Na região, os maiores volumes de maconha apreendidos foram no Brasil (167 t), Bolívia (125 t), Colômbia (110 t), Argentina (67 t), Paraguai (59 t) e Jamaica (37 t).

Consumo de drogas deve crescer

O consumo de drogas deve manter a tendência de crescimento. Essa é a avaliação de especialistas e autoridades que participaram da elaboração do relatório mundial sobre drogas.

Segundo o chefe da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), general Paulo Uchôa, para se reduzir o consumo de drogas no País é preciso estabelecer políticas eficientes de prevenção e repressão. Segundo ele, a execução de projetos voltados para esse fim cabe aos ministérios, mas ainda não têm sido feito.

“Para frear essa tendência, é preciso investir em educação, na informação, em ações articuladas. Nosso órgão foi criado para isso, mas precisa de recursos. A nossa pasta não os têm. Até hoje nosso orçamento não recebe nada do Tesouro”, reclama o general Paulo Uchoa.

A Polícia Federal também afirma que falta equipe para fiscalizar os 14 mil quilômetros de fronteiras brasileiras. O Brasil faz fronteira com os três maiores produtores de cocaína do mundo – Colômbia, Peru e Bolívia – e também faz divisa com o maior produtor de maconha, Paraguai.

“Falta gente para ocupar tanto espaço, para fiscalizar e combater o tráfico de drogas. Essa é a nossa maior dificuldade”, declarou o coordenador-geral de repressão à droga da Polícia Federal, delegado Paulo Tarso, reforçando a deficiência do País na área da repressão, parte fundamental na redução do consumo de drogas.

No ano passado, segundo dados da PF, 17 toneladas de cocaína foram apreendidas, contra 14 toneladas em 2006. Em 2008, a previsão da PF é que sejam apreendidas mais de 19 toneladas da droga. E na avaliação do delegado, a tendência é que esse número cresça. “É o que temos visto”, disse.

Comparações

Apesar do incremento do consumo interno, o Brasil (2,6%) está abaixo da média de consumo da América do Sul, que é de 3,4%. Nos EUA, a maconha é consumida por 10,5% da população. O Brasil (0,7%) também fica abaixo da média de consumo de outros países em relação à cocaína. Nos EUA, 2,4% da população consome a droga; na Europa, 1,2%; na América do Sul, 1%.

Na avaliação do representante do Escritório da ONU contra Drogas e Crime no Brasil, Giovanni Quaglia, mesmo estando abaixo da média de consumo de outros países, a situação do Brasil merece cuidado pois os dados revelam que o consumo de drogas no País tende a crescer. E comparou a situação do País com a Argentina. “Há dois anos, ela estava no mesmo ponto do Brasil, hoje, o índice subiu para 2,6%”, alertou.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2008/06/26/uso_de_maconha_no_brasil_cresce_mais_de_100_diz_estudo_1393572.html

Lamentável!

[Rhyan]

É, me lembrava que o número era 1%... não consigo ver como uma má notícia, mesmo imaginando que a grande maioria não planta, financia traficante. Se isso caminhar pra legalização é até uma boa!

[Nyx]

Hã... Como eles sabem o número aproximado de maconheiros?

Fazem pesquisas na rua?

 

[Dbohr]

Pior é que é mais ou menos isso. Fazem pesquisas nas escolas, bares, ruas, etc.

Interessante é que ouvi uma entrevista ontem em que uma especialista se mostrou surpresa com os resultados -- ela esperava que os números fossem muito maiores. E a pesquisa não falava sobre crack.

[Nyx]

Drogas são ilegais, a não ser que você fosse uma pessoa não dotada de desconfiômetro, é esperado que negue o uso da maconha ué. 

[Dbohr]

Pesquisadores não são delatores

[Barata Tenno]

Drogas são ilegais, a não ser que você fosse uma pessoa não dotada de desconfiômetro, é esperado que negue o uso da maconha ué. 

Pesquisadores não são delatores

E adolescente adora pagar de contraventor......

[Adriano]

Todos através do baratos das dorgas. Não é diferente com o alcóol, já que as pessoas bebem para ficar "alegres". Normalmente as drogas (incluindo alcóol) são um tipo de fuga psicológico para os problemas cotidianos.

E deixo claro que não estou penalizando esse tipo de fuga. Só penso que deveria ser mais pesquisado ao invés de repreensão policial. Esta aliás só chega a classe mais baixa não indo bater na porta das badaladas raves que são, em muitos casos, centros de consumo livre de drogas.

[Buckaroo Banzai]

É, me lembrava que o número era 1%... não consigo ver como uma má notícia, mesmo imaginando que a grande maioria não planta, financia traficante. Se isso caminhar pra legalização é até uma boa!

Acho mais provável que seja o contrário. A imagem/perspectiva de que está aumentando o número de jovens que ficam chapados, só no "pode creeeer", sem conseguir trabalhar ou estudar, é algo de bastante apelo contra a legalização, e a favor de um combate mais acirrado.

[FxF]

Porque não tentar acabar com o descumprimento da lei tornando o crime ilegal? Seria um mundo perfeito sem crimes, afinal, o crime se tornou ilegal.

[Diego]

Pesquisadores não são delatores

Alguém não poderia força-los a fornecer os dados dos pesquisados com aquela de desculpa de ligação com o tráfico? ou algo neste sentido?

[FxF]

Alguém não poderia força-los a fornecer os dados dos pesquisados com aquela de desculpa de ligação com o tráfico? ou algo neste sentido?

Não. Tornaria impossível realizar esse tipo de pesquisa daí em diante.

Mas seria bom para um político que quer que o número "oficial" diminua. Pois se não puder confiar no pesquisador, os participantes declararão que não realizam tal.

[Dbohr]

Seria um baita tiro no pé. Políticas públicas modernas precisam se basear em estatísticas confiáveis. Sem uma relação de confidencialidade isso seria impossível.