Eu já devo ter feito a comparação por aqui algumas vezes do padrão de resposta de criacionismo/intelligent design com "selecionistas apressados". De um lado se diz sem titubear "foi deus", do outro se diz "foi a seleção natural".
Não lembro se foi o filósofo Joshua Knobe ou psicólogo o Paul Bloom, um deles sugeriu algo mais profundo em comum com os dois tipos de raciocínios, ou talvez, um tipo de explicação para isso. Parte do raciocínio humano é especializado nas interações sociais, e com isso, vem a generalização da assunção de que as coisas tem por trás delas intenções, propósitos ou funções. Isso daria a base para crenças "criacionistas" primitivas e para o apelo intelectual dessa idéia.
A substituição disso pela "mente" da seleção natural por outro lado, poderia ainda ser sujeita ao mesmo problema. Em vez de se enxergar projeto inteligente onde não há, se enxerga seleção natural onde não necessariamente houve. Ou ainda, em vez de se enxergar design produzido por uma invenção mental, se enxerga design ou função produzida pela pseudo-mente da seleção natural.
O link para vídeo-ou-áudio uma conversa entre entre Knobe e Bloom sobre esses e outros assuntos está
nesse tópico, junto com uns outros comentários meus sobre os assuntos abordados.
Só espero que nenhum criacionista tenha a maravilhosa idéia de argumentar que "então criacionismo/Criação Inteligente e darwinismo são exatamente a mesma coisa e tem a mesma validade".