Interessante o texto, mas o que mais me colocou para pensar foi o tal Argumento do Apocalipse. Meu palpite, porém, é que ele é completamente furado. A questão sobre se eu sou o ser humano ed número 60 bilhões ou 60 bilhões e 1 não é um problema de probabilidade, mas de medida.
Na ordem da fila de nascimentos de seres humanos eu tenho um número único e particular. Eu sei que não sou o número 1, pois tenho pai e mãe e avôs e avós e conheço um monte de gente mais velha do que eu, por isso posso não estimar, mas medir que meu número é maior que a quantidade de pessoas mais velhas do que eu que conheço, por exemplo, 1000. Eu poderia dizer que meu número é 1000 + margem de erro. Claro que a margem de erro do meu método de medida é da ordem de bilhões...
Mas presumo que a estimativa apresentada de que estou perto do número 60 bilhões tem um erro bem menor, vamos chutar 5 bilhões só como exemplo. Nesse caso eu seria o humano de número entre 55 bilhões e 65 bilhões. Imagino que a probabilidade de eu ser exatamente o número 60 bilhões é de um sobre o intervalo considerado, ou seja, uma chance em dez bilhões.