Autor Tópico: Ressuscitar ao terceiro dia ja era moda antes de Cristo, inscricao revela  (Lida 1897 vezes)

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Offline Fernando Silva

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"O Globo" 08/07/08

Ressurreição a.C.

Ethan Bronner Do New York Times

Uma placa de pedra de cerca de um metro de altura, com 87 linhas escritas em hebraico, e que, segundo especialistas dataria de algumas décadas antes do nascimento de Jesus está causando polêmica nos círculos de arqueologia bíblica porque mencionaria a chegada de um messias que ressuscitaria três dias depois de morto.

Se tal descrição messiânica estiver mesmo na placa, ela contribuirá de forma significativa para a reavaliação das visões popular e acadêmica de Jesus ao apontar que sua história de morte e ressurreição não seria única, mas sim parte de uma reconhecida tradição judaica da época.

Encontrada perto do Mar Morto, na Jordânia, de acordo com especialistas que a estudaram, a placa é um raro exemplo de pedra com inscrições em tinta desse período — uma espécie de Manuscrito do Mar Morto em pedra.

Está escrita, não entalhada, em duas colunas, similares às colunas da Torá. Mas a pedra está quebrada e parte do texto se apagou, o que dá espaço a interpretações sobre o que estaria realmente escrito.

Pedra estava na Suíça há dez anos

Ainda assim sua autenticidade não foi questionada e, por isso, é significativo seu papel na compreensão das raízes do cristianismo em meio da devastadora crise política enfrentada pelos judeus naquela época.

Daniel Boyarin, professor de cultura do Talmude na Universidade da Califórnia, em Berkeley, afirma que a placa integra o crescente número de evidências que sugerem que Jesus pode ser mais bem compreendido por meio da compreensão da história judaica de sua época.

— Alguns cristãos acharão chocante, um desafio à idéia de que sua teologia é única, enquanto outros acharão conforto na idéia de que (a ressurreição) é uma parte tradicional do judaísmo — afirmou Boyarin.

A placa de pedra foi encontrada há cerca de dez anos e comprada de um vendedor de antigüidades jordaniano por um colecionador que a manteve em sua casa, na Suíça. Mas o interesse pela relíquia só foi despertado no ano passado, quando uma especialista israelense a examinou e publicou um artigo sobre ela.

Agora já há diversos estudos sobre suas inscrições, alguns ainda a serem publicados.

— Eu não tinha idéia do quão importante era até mostrá-la para Ada Yardeni, especialista em escrita hebraica.

Ela ficou impressionada: “Você tem um manuscrito do Mar Morto em pedra” — contou David Jeselsohn, o dono da pedra, ele mesmo um especialista em antigüidades.

Boa parte do texto se refere à visão do Apocalipse transmitida pelo anjo Gabriel no Antigo Testamento.

Yardeni e Binyamin Elitzur, outro especialista em escrita hebraica que também examinou a pedra, escreveram uma detalhada análise sobre a placa e concluíram que o texto datava do fim do primeiro século antes de Cristo. Professor de arqueologia da Universidade de Tel Aviv, Yuval Goren realizou uma análise química da pedra e garantiu que não há razão para duvidar de sua autenticidade.

Israel Knohl, professor de estudos bíblicos da Universidade Hebraica, antigo defensor da tese de que a idéia de um messias era anterior a Jesus, viu nos estudos sobre a pedra os indícios que faltavam para consolidar suas idéias. De acordo com as interpretações de Knohl, a figura messiânica citada na placa seria a de um homem chamado Simon, assassinado pelo exército de Herodes.

Os autores da inscrição na pedra seriam, provavelmente, seguidores de Simon.

Texto altera visões do cristianismo

O sacrifício de Simon é visto como um passo necessário para a salvação, diz o especialista, destacando as linhas 19, 20 e 21 do texto, segundo as quais “em três dias vocês verão que o mal será derrotado pela justiça”. A octogésima linha do texto começa com as palavras “L’shloshet yamin,” que significam “em três dias”. A palavra seguinte está parcialmente ilegível, mas Knohl sustenta que se trata de “hayeh”, o imperativo de viver.

— Tudo isso altera nossas visões básicas do cristianismo — afirma o pesquisador. — A ressurreição depois de três dias se torna uma idéia desenvolvida antes de Jesus, o que vai de encontro a praticamente toda a atual visão acadêmica. O que acontece no Novo Testamento foi adotado por Jesus e seus seguidores baseado numa história anterior de messias

Offline André Luiz

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Re: Ressuscitar ao terceiro dia ja era moda antes de Cristo, inscricao revela
« Resposta #1 Online: 09 de Julho de 2008, 08:31:35 »
Mais um messias

Offline Týr

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Re: Ressuscitar ao terceiro dia ja era moda antes de Cristo, inscricao revela
« Resposta #2 Online: 09 de Julho de 2008, 08:52:01 »
Acho que naquela época o chá de papoula estava na moda. Não é possível que tinha tanta miragem assim por aqueles desertões.

Offline Gaúcho

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Re: Ressuscitar ao terceiro dia ja era moda antes de Cristo, inscricao revela
« Resposta #3 Online: 09 de Julho de 2008, 09:40:44 »
Só mais uma prova que o mito de jesus cristo nada mais é que uma cópia de muitos outros mitos.
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Offline André Luiz

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Re: Ressuscitar ao terceiro dia ja era moda antes de Cristo, inscricao revela
« Resposta #4 Online: 09 de Julho de 2008, 10:15:56 »
Os antigos semitas eram "muito chegados"  naquela plantinha , a acácia , isso deve ajudar a explicar  muitas coisas, mares se abrindo, nego voando, mulas falantes, moitas falantes e por ai vai

O bagulho era doido mano.


Offline Tupac

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Re: Ressuscitar ao terceiro dia ja era moda antes de Cristo, inscricao revela
« Resposta #5 Online: 09 de Julho de 2008, 16:30:21 »
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A ressurreição depois de três dias se torna uma idéia desenvolvida antes de Jesus

se referem ao judaísmo né??? porque é notorio que a idéia de ressurreição após 3 dias é maia ntiga que Jesus, e isso ja se sabia antes de encontrar tal pedra.

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Offline West

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Re: Ressuscitar ao terceiro dia ja era moda antes de Cristo, inscricao revela
« Resposta #6 Online: 12 de Julho de 2008, 16:36:18 »

Os cristãos adoram dizer que jesus cumpriu as professias messiânicas do antigo testamento. Com isso concluem acerca da infalabilidade da bíblia e da autenticidade de jesus como messias.

Só sendo muito ingênuo ou muito alienado para não cogitar da possibilidade de ter sido os evangélios escritos justamente de forma a se amoldar a essas professias, prévia e largamente (popularmente) conhecida à epoca dos evangélios.

Jesus, se é que existiu como indivíduo - muito provavelmente os evangélios sejam apenas uma compilação de inúmeras lendas acerca de inúmeros pretensos messias e um jesus não tenha realmente existido como indivíduo - e em tendo se auto-proclamado messias, não poderia assim fazê-lo sem que cumprisse com o roteiro pré-determinado pelos profetas do antigo testamento.

Nada mais cômodo que um evangélio assim escrito.

Eu já sabia que era muito recorrente nas religiões da antiguidade temas como divindades que nascem de virgens e ressuscitam dos mortos, etc.

Mas pesquisando sobre o tema encontrei o seguinte:

"
(...)
Também o mito de Jesus não tem nada de original. As semelhanças que ele tem com outros mitos como Mitra, Krishna e Horus são impressionantes. Vejamos o que há de semelhante...

Mitra era uma espécie de messias dos persas de cerca de 600 anos antes de Cristo. Filho do deus Aura-Mazda, viria livrar o mundo do seu irmão maligno, Ariman.
“Mitra nasceu de uma virgem em 25 de Dezembro.
Era considerado um professor e um grande mestre viajante.
Era chamado “o Bom Pastor”.
Era considerado “o Redentor, o Salvador, o Messias”
Era identificado com o leão e o cordeiro.
Seu dia sagrado era domingo (“Sunday”), “Dia do Senhor”, centenas de anos antes de Cristo.
Tinha sua festa no período que se tornou mais tarde a Páscoa cristã.
Teve doze companheiros ou discípulos.
Executava milagres.
Foi enterrado em um túmulo.
Após três dias levantou-se outra vez.
Sua ressurreição era comemorada cada ano” (ALFREDO BERNACCHI)

Krishna é um mito ainda mais antigo, cerca de 2000 anos anterior a Cristo. Trata-se de um avatar do Deus Vishnu – um avatar é como se fosse a personificação ou encarnação de um deus... sugestivo, não? Vejamos:

“Krishna nasceu da Virgem Devaki (“Divina”)
É chamado o “Pastor-Deus”.
É a segunda pessoa da trindade.
Foi perseguido por um tirano que requisitou o massacre dos milhares dos infantes.
Trabalhava milagres e maravilhas.
Em algumas tradições morreu em uma árvore.
Subiu aos céus” (LFREDO BERNACCHI).
Notem também o semelhança dos nomes “Krishna” e “Cristo”. Sendo que Krishna é muito anterior a Cristo, o que se supõe?

Há também muitas semelhanças com Buda. Ele nasceu de uma virgem, era considerado “o bom pastor”, aboliu a idolatria, pregava a paz e a humildade, falava por parábolas, foi tentado pelo demônio e fez um “sermão da montanha” – sim... até o nome é o mesmo.

Mas na minha opinião o mais instigante de todos são as semelhanças que o mito de Jesus tem com o de Hórus do egípcios. A lenda de Hórus tem milhares de anos a mais que a de Jesus e as semelhanças são impressionantes.
“Hórus nasceu de uma virgem em 25 de Dezembro.
Teve 12 discípulos.
Foi enterrado em um túmulo e ressuscitado.
Era também a “Maneira, a Verdade, a LUZ, O Messias, Filho Ungido de Deus, o Pastor Bom. Etc.
Executava milagres e ressuscitou um homem, El-Azar-Ur, dentre os mortos. [que lembra até o nome de Lázaro]
O epíteto pessoal de Hórus era “Iusa”, “o Filho sempre tornando-se” de “Ptah”, o “Pai”.
Hórus era chamado “o KRST”, ou “Ungido” [que lembra Kristo] por muito tempo antes que os cristãos duplicaram a história.” (ALFREDO BERNACCHI)

As semelhanças não param por ai. Em alguns lugares que pesquisei diz que Hórus morreu numa cruz também, que sua figura tinha cabelos longos e barba, que desceu ao inferno para enfrentar seu inimigo Set e que foi traído por um de seus discípulos, Tifão. Hórus ressuscitou El-Azar-Ur (se tirar o “E” fica “Lazarur”) que em egípcio era o nome de uma constelação, a da múmia. Quando o sol passava pro ela, esta constelação se iluminava, por isso diziam que a múmia ressuscitava. Quando ao discípulo traidor, é uma mera questão astrológica. Como os signos do zodíaco são os discípulos, há sempre o traidor, que é justamente o signo de escorpião, representado por Judas na historia de Jesus.

(...)

"
fonte: http://recantodasletras.uol.com.br/artigos/1067416.

Alguém poderia dizer algo sobre a veracidade (autenticidade) das citações apresentadas?


Mais referências:

http://www.midiaindependente.org/pt/red/2007/12/406871.shtml
http://fratermagister.blogspot.com/2008/01/o-mito-dos-messias-e-deuses-solares.html

"Houve um tempo em que os anjos perambulavam na terra.
Agora não se acham nem no céu."
__________
Provérbio Iídiche.

"Acerca dos deuses não tenho como saber nem se eles existem nem se eles não
existem, nem qual sua aparência. Muitas coisas impedem meu conhecimento.
Entres elas, o fato de que eles nunca aparecem."
__________
Protágoras.Ensaio sobre os deuses. Séc. V a.C.

Offline Fernando Silva

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Re: Ressuscitar ao terceiro dia ja era moda antes de Cristo, inscricao revela
« Resposta #7 Online: 13 de Julho de 2008, 10:38:52 »
Mas pesquisando sobre o tema encontrei o seguinte:

"
(...)
Também o mito de Jesus não tem nada de original. As semelhanças que ele tem com outros mitos como Mitra, Krishna e Horus são impressionantes. Vejamos o que há de semelhante...
Cuidado com esses textos sobre Mitra e outros deuses antigos. Havia semelhanças, sim, mas não estavam todas concentradas num mesmo deus. Era uma num deus, outra num outro.
Ficar citando textos assim queima o filme.

Offline West

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Re: Ressuscitar ao terceiro dia ja era moda antes de Cristo, inscricao revela
« Resposta #8 Online: 13 de Julho de 2008, 11:41:33 »
Mas pesquisando sobre o tema encontrei o seguinte:

"
(...)
Também o mito de Jesus não tem nada de original. As semelhanças que ele tem com outros mitos como Mitra, Krishna e Horus são impressionantes. Vejamos o que há de semelhante...
Cuidado com esses textos sobre Mitra e outros deuses antigos. Havia semelhanças, sim, mas não estavam todas concentradas num mesmo deus. Era uma num deus, outra num outro.
Ficar citando textos assim queima o filme.

Por isso mesmo indaguei sobre a validade dos mesmo. ;-)
"Houve um tempo em que os anjos perambulavam na terra.
Agora não se acham nem no céu."
__________
Provérbio Iídiche.

"Acerca dos deuses não tenho como saber nem se eles existem nem se eles não
existem, nem qual sua aparência. Muitas coisas impedem meu conhecimento.
Entres elas, o fato de que eles nunca aparecem."
__________
Protágoras.Ensaio sobre os deuses. Séc. V a.C.

 

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