Com certeza já criei um tópico similar, mas acho que foi em outro fórum; se foi nesse, não lembro de ter ido para frente. Então vai um novo mesmo.
Bem, a questão é essencialmente essa. Por que seria tão importante uma interpretação não alegórica/metafórica do gênesis para algumas vertentes religiosas?
Um criacionista brasileiro uma vez falou algo como que "tudo se sustenta com base no gênesis, se ele estiver errado, tudo mais desaba". Mas qual seria exatamente a conexão?
Para os diferentes tipos de criacionismos, supostamente devem haver diferentes níveis de dependência, também. Alguém conhece as argumentações? Por que seria necessária uma Terra jovem e fixismo para uns, enquanto para outros seria necessário o fixismo mas poderiam abdicar da idade da Terra inferida pela bíblia? Acho que essa é a distinção principal, os demais pormenores devem ser um tipo de subproduto, um interesse meio sincero sobre a questão mas que os leva a viajar na batatinha com essa assunção-conclusão como base.
Seria uma necessidade "ontológica", de consistência, acreditam em X, que na visão deles depende da literalidade do gênesis, e então ele tem que ser real, ou não há tanto essa necessidade "ontológica", mas apenas seria bom de modo geral defender a inerrância bíblica ao extremo?
Já os defensores de "Criação Inteligente" com ancestralidade comum universal devem ser uma outra questão à parte, apenas religiosos menos dogmáticos mais preocupados com o "ateísmo" da ciência e querendo dar um jeito de enfiar deus em qualquer fresta. Por outro lado, há quem argumente que é principalmente uma estratégia "cavalo de Tróia", abrir caminho com algo mais light, com linguajar científico e laico, para então depois promover uma aceitação mais generalizada dos criacionismos tradicionais. DE qualquer forma, nem vem tanto ao caso nesse tópico, por serem "laicos".