A moral, como bem disse o Foxes, é da maioria (e que me apedrejem os que discordam). Há anos atrás o divórcio era imoral e mulheres divorciadas eram marginalizadas. A moral é histórica e leva em conta fatores sociais de um determinado contexto. Atualmente, a rejeição ao aborto é uma das bandeiras sociais defendida por diversos grupos (principalmente religiosos, que utilizam suas leis 'bíblicas' e afins para justificarem suas posições), o que transforma o tema num assunto delicado e 'ateador de fogo' em discussões.
Quanto aos resultados da pesquisa, é lamentável que o número de jovens grávidas aumente a cada ano levando em conta as informações e distribuição de anticoncepcionais por parte do governo. Por outro lado, resta verificar se as informações e o atendimento chegam aonde deveriam chegar, além da questão 'mamãe não pode saber o que eu ando aprontando por aí'.
E outra: só a mãe sabe se tem ou não condições de criar aquela criança. Se ela deveria ter se protegido antes? Se existia informação sobre anticoncepcionais? Arrisco dizer que poucas mulheres ficam num dilema legal sobre o fato constituir crime: se ela não pode e não quer ter, ela não terá - pouco importa o que dizem os legisladores, juízes, religiosos e sociedade em geral.