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Rhyan

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Revista: Farc tentam influenciar alto escalão do governo Lula
« Online: 31 de Julho de 2008, 17:59:26 »
Revista: Farc tentam influenciar alto escalão do governo Lula

A revista colombiana Cambio publicou hoje que a presença das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no Brasil "chegou até as mais altas esferas" do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao PT, aos líderes políticos brasileiros e ao Poder Judiciário.

A conclusão da revista, que entrou em circulação hoje, foi tirada de supostos e-mails encontrados no computador do ex-porta-voz internacional das Farc Raúl Reyes. A publicação afirma que o governo colombiano, no entanto, "usou seletivamente os arquivos do computador de Raúl Reyes".

Segundo a Cambio, os dados sobre o governo brasileiro foram manuseados "por baixo da mesa" para não comprometer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto as informações sobre os presidentes da Venezuela e Equador, Hugo Chávez e Rafael Correa, foram divulgadas. Com "Equador e Venezuela, (os arquivos) foram usados para colocar em contradição (o presidente venezuelano Hugo) Chávez e (o presidente equatoriano Rafael) Correa, hostis a (o chefe de Estado colombiano Álvaro) Uribe".

Com o Brasil, "a articulação foi feita embaixo da mesa para não comprometer Lula, que se mostrou mais hábil e menos combativo com a Colômbia", destacou a revista Cambio. Nos e-mails de "Reyes" - cujo nome verdadeiro era Luis Edgar Devia e que foi morto por tropas colombianas em solo equatoriano em primeiro de março - são mencionados "cinco ministros, um procurador-geral, um assessor especial da Presidência, um vice-ministro, cinco deputados, um vereador e um juiz superior" brasileiros, acrescentou a revista.

A mesma reportagem diz que "a expansão das Farc na América Latina não incluiu apenas funcionários dos governos de Venezuela e Equador, mas também comprometeu importantes dirigentes, políticos e altos membros do PT". De acordo com a revista, algumas mensagens foram escritas durante o governo do então presidente colombiano Andrés Pastrana "e envolvem um prestigioso juiz e um alto ex-oficial das Forças Armadas brasileiras".

A Cambio cita o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu, o ex-ministro de Ciência e Tecnologia Roberto Amaral, a deputada distrital Erika Kokay e o chefe de Gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho. Também são mencionados nesses e-mails o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, o assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, o subsecretário de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Perly Cipriano, o secretário de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, e o assessor presidencial Selvino Heck.

A Cambio disse que teve acesso aos 85 e-mails trocados entre 1999 e fevereiro de 2008. Dentre eles, há correspondências entre Reyes e o líder máximo das Farc, Manuel Marulanda ou "Tirofijo", cujo nome verdadeiro era Pedro Antonio Marín e que morreu este ano.

Ainda segundo a Cambio, há mensagens de Reyes para o chefe militar das Farc, Mono Jojoy - cujo nome verdadeiro é Jorge Briceño -, e para Francisco Antonio Cadena Collazos - conhecido como padre Olivério Medina e "Cura Camilo" e que atua como delegado das Farc no Brasil - e de todos eles com dois homens identificados como "Hermes" e "José Luis".

José Dirceu
Em um dos e-mails, endereçado a Reyes em 4 de junho de 2005 por uma pessoa identificada como "José Luis", aparece o nome do ex-ministro José Dirceu. "Chegou um jovem de uns 30 anos e se apresentou como Breno Altman (ligado ao PT). (Ele) me disse que vinha por parte do ministro José Dirceu". Segundo a revista, o remetente afirma que as relações deveriam ser feitas através do ministro com a representação de Altman, por motivos de segurança.

No fim da mensagem, José Luis diz que o governo brasileiro e o PT dará proteção a Medina enquanto avançava o trâmite da extradição do padre Olivério Medina, "chefe de imprensa das Farc", preso em São Paulo. Em uma correspondência de 24 de junho de 2004, Reyes comenta a medida sobre a possível saída de Dirceu do governo Lula e diz: "pode afetar a abertura das relações conosco".

Gilberto Carvalho e Marco Aurélio
Em uma correspondência, com data de 23 de dezembro de 2006, do padre Olivério Medina a Reyes, há referências de Lula e de Marco Aurelio García, Gilberto Carvalho e Silvino Heck. Medina afirma que mandou um presente de Natal a Lula e dois de seus assessores

"É possível que um assessor especial de Lula, chamado Silvino Heck, que, junto Gilberto Carvalho, é outro que nos tem ajudado bastante".

"Estive falando com a deputada federal María José Maninha. Combinamos que ela vai me abrir caminho rumo ao presidente via Marco Aurélio Garcia", diz Medina a Reyes em outro e-mail, esse sem data.

No fim da mensagem, José Luis diz que o governo brasileiro e o PT dará proteção a Medina enquanto avançava o trâmite da extradição de Cura Camilo, "chefe de imprensa das Farc" preso em São Paulo. Em uma correspondência de 24 de junho de 2004, Reyes comenta a Medina sobre a possível saída de Dirceu do governo Lula e diz: "pode afetar a abertura das relações conosco".

"Porta-voz" das Farc no País
Cura Camilo, preso em São Paulo em agosto de 2005, vivia no Brasil há oito anos e foi beneficiado com uma proteção especial por ser casado com uma brasileira. Em 2006, o Comitê Nacional para Refugiados (Conare) concedeu a "Cura Camilo" o status de refugiado, decisão que pesou bastante para o Supremo Tribunal Federal (STF) negar seu pedido de extradição para a Colômbia.

Camilo foi "chefe de imprensa" da guerrilha colombiana no início dos frustrados diálogos de paz em San Vicente del Caguán. O chamado "dossiê brasileiro" diz que estas mensagens "revelam a importância do Brasil na agenda externa das Farc (...) para dar suporte à estratégia continental da guerrilha".

As Farc, acrescenta a Cambio, aproveitaram "a conjuntura criada pela chegada de Lula e do influente PT ao poder para chegar até as mais altas esferas do governo". A revista também disse que, "apesar de os e-mails serem apenas indícios de um possível comprometimento do governo Lula com as Farc - pois nenhum dos funcionários enviou mensagens pessoais a algum dos membros do grupo guerrilheiro - despertam muitas dúvidas que exigem uma resposta do governo" brasileiro.

Em depoimento à Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados em abril, Garcia disse repudiar os métodos usados pelas Farc, como seqüestros, ataques terroristas e uso de dinheiro do narcotráfico. Naquela oportunidade, Garcia afirmou que o Brasil tem que assumir uma posição de não interferir no conflito colombiano, mas que também não pode ficar indiferente.

Recentemente, Garcia classificou como "irrelevantes" as mensagens encontradas no computador periciado pelo governo colombiano. Consultada, a assessoria da imprensa da Presidência da República disse que desconhecia o conteúdo da matéria da Cambio.

Com informações da EFE.

http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI3041934-EI306,00.html


Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Revista: Farc tentam influenciar alto escalão do governo Lula
« Resposta #1 Online: 31 de Julho de 2008, 18:34:54 »
[comuna]Que é isso... o pessoal do PT metido com esses traficantes das FARCS?

Isso é tudo mentira da imprensa golpista ! [/comuna bêbado]



Offline FxF

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Re: Revista: Farc tentam influenciar alto escalão do governo Lula
« Resposta #2 Online: 01 de Agosto de 2008, 01:57:54 »
No Brasil, a única coisa em que a população gosta mais de votar do que em corrupto, é em terrorista.

Offline Marcelo

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Re: Revista: Farc tentam influenciar alto escalão do governo Lula
« Resposta #3 Online: 02 de Agosto de 2008, 12:24:07 »
PT = Partido Terrorista

Não precisa nem gastar com Logotipos e afins....e a estrela de fundo do logo é um condecoração por corrupção

"Quando Deus existir urubu será vegetariano"

Rhyan

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Re: Revista: Farc tentam influenciar alto escalão do governo Lula
« Resposta #4 Online: 02 de Agosto de 2008, 13:43:07 »
O dossiê brasileiro
por Revista Cambio em 02 de agosto de 2008

Resumo: O MÍDIA SEM MÁSCARA reproduz a tradução da matéria da revista colombiana Cambio, que revela o óbvio para quem acompanha o MSM, e que é sonegado sistematicamente pela mídia brasileira:  as ligações da organização criminosa Farc com membros da administração petista.

© 2008 MidiaSemMascara.org


 
O entardecer do sábado de 19 de julho, na fazenda Hatogrande, a casa presidencial ao norte de Bogotá, o presidente colombiano Álvaro Uribe, sorridente e despreocupado, como poucas vezes, não teve dúvidas em oferecer a seu colega brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, um copo de aguardente antioqueño para mitigar o frio que perfurava os ossos.

O copo selou a primeira parte da intensa jornada que tinha começado na sexta-feira, dia 18 de julho, e que terminaria no domingo com a celebração do Dia da Independência colombiana. Uma celebração que, como nunca, reuniu artistas do nível de Shakira e a qual participou também o presidente peruano Alan Garcia.

A agenda de Lula e Uribe, ao redor dos acordos bilaterais, foi condimentada com muitos elogios públicos. O presidente Uribe agradeceu a Lula e a seu governo de seis anos pelas relações dinâmicas e de confiança. No entanto, em uma reunião particular que mantiveram com pouquíssimas testemunhas, Uribe fez a Lula um breve resumo sobre uma série de arquivos que as autoridades colombianas encontraram nos computadores de Raúl Reyes que comprometia cidadãos e funcionários de seu governo com as Farc.

Diferente do que aconteceu com a informação relacionada aos servidores públicos do governo de Rafael Correa e cidadãos equatorianos, que o governo tornou pública, no caso do Brasil as instruções do presidente colombiano foram de mantê-las reservadas e manejá-las diplomaticamente para não deteriorar as relações comerciais e de cooperação com o governo de Lula.

O governo colombiano usou de forma seletiva os arquivos do computador pessoal de Raúl Reyes. Enquanto com o Equador e a Venezuela foram usados para colocar em proibição Chávez e Correa, hostis com Uribe, com o Brasil foi manipulado por debaixo da mesa para não comprometer Lula, que se mostrou mais hábil e menos belicoso com a Colômbia que seus outros colegas.

Ainda assim, alguns meios brasileiros tinham informação parcial sobre uns poucos arquivos e, por isso, no dia 27 de julho consultaram o ministro da Defesa colombiano, Juan Manuel Santos, que em uma entrevista do jornal "O Estado de S. Paulo" confirmou que o governo colombiano havia informado Lula sobre o tema.

"Há uma série de informações de conexões que entregamos ao governo brasileiro para que possa atuar como considerar mais apropriado", disse Santos, que se absteve de comentar se havia ou não políticos e funcionários oficiais com relações com o grupo que hoje é encabeçado por Alfonso Cano. Às declarações do ministro, o assessor de política internacional do Brasil, Marco Aurélio Garcia, respondeu de forma imediata e qualificou como irrelevantes os dados fornecidos pela Colômbia.

Cura Camilo – Não se sabe com exatidão e o quão detalhada foi a informação que o presidente colombiano Uribe deu a Lula, mas o que poderia ser chamado de "dossiê brasileiro" teria implicações mais sérias que as derivadas da informação relacionada com Venezuela e Equador.

A revista Cambio teve acesso a 85 mensagens eletrônicas que, entre fevereiro de 1999 e fevereiro de 2008, circularam entre Tirofijo, Raúl Reyes, o Mono Jojoy, Oliverio Medina – delegado das Farc no Brasil – e de homens identificados como Hermes e José Luís.

A julgar pelo conteúdo das mensagens, a presença das Farc no Brasil chegou às mais altas esferas do governo Lula, o Partido dos Trabalhadores (PT), a diligência política e a administração de Justiça. Neles, são mencionados cinco ministros, um procurador-geral, um assessor especial do presidente Lula, um vice-ministro, cinco deputados, um conselheiro e um juiz superior.

A personagem central das mensagens eletrônicas é Oliverio Medina, também conhecido como "Cura Camilo", um sacerdote que ingressou nas Farc em 1983 e que teve uma rápida ascensão até tornar-se secretário de Tirofijo. Chegou ao Brasil como delegado especial das Farc em 1997 e esteve na Colômbia durante o processo da zona de Caguán, em que foi chefe de imprensa do grupo.

Por trás da ruptura das conversações em fevereiro de 2002, regressou ao Brasil, onde continuou sua missão, e sua influência chegou até altos níveis da administração Lula, que assumiu o cargo em janeiro de 2003. Mas graças à pressão das autoridades colombianas, foi capturado em agosto de 2005. A Colômbia pediu sua extradição, mas o Supremo Tribunal Federal, de Brasília, não somente a negou, em 22 de março de 2007, como reconheceu Medina como refugiado político.

Até o Curubito – O cárcere não foi obstáculo para que "O Cura Camilo" suspendesse seu trabalho proselitista e propagandista. Prova disso são as numerosas mensagens que ele enviou a Reyes e que mostraram como conseguiu chegar até a cúpula do governo brasileiro.

Quatro das mensagens às que a Revista Cambio teve acesso se referem ao presidente Lula. Em uma delas, de 17 de julho de 2004, Raúl Reyes disse a Trofijo que o governo Lula ajudaria com o acordo humanitário: "Os curas me enviaram uma carta pedindo entrevista com eles do Brasil", escreveu Reyes. Segundo dizem, falaram com Lula e ele assumiu o compromisso de ajudar no acordo humanitário, intercedendo com Uribe para efetuar uma reunião no Brasil.

Na segunda mensagem, do dia 25 de setembro de 2006, Oliverio Medina conta a Reyes: "Não lhe disse que faz alguns dias que Lula chamou o ministro Pablo Vanucchi [ministro da Secretaria Nacional de DD. HH.], indicando-lhe que telefonara para o advogado Ulises Riedel e o felicitara pelo êxito jurídico em sua brilhante defesa a favor de meu refúgio."

No terceiro e-mail, com data de 23 de dezembro de 2006, Medina informa a Reyes que "a Lula e a um de seus assessores que nos ajudaram, enviei o pôster de Aguinaldo." Os funcionários são Silvino Heck, assessor especial do presidente Lula, e Gilberto Carvalho, chefe de Gabinete, que aparecem mencionados em uma mensagem eletrônica de 23 de fevereiro de 2007, também dirigida a Reyes: "É possível que me visite um assessor de Lula chamado Silvio Heck, que, com Gilberto Carvalho, foi outro que nos ajudou bastante."

Entre os 85 e-mails a que a revista Cambio teve acesso, há um sem data, também enviado por Medina a Reyes, que diz: "Falei com a deputada federal Maria José Maminha. Combinamos que ele vai abrir caminho rumo ao presidente via Marco Aurélio Garcia." Garcia é secretário de assuntos internacionais.

Não menos comprometedoras são aquelas mensagens em que aparecem mencionados alguns ministros. Em uma delas, dirigida a Reyes o dia 4 de junho de 2005 por um tal de José Luis, figura o nome do ministro da Previdência, José Dirceu. "Chegou um jovem de uns 30 anos e se apresentou como Breno Altman (dirigente do PT) e me disse que vinha da parte do ministro da Previdência José Dirceu, que, por motivos de segurança, eles haviam acordado que as relações não passariam pela Secretaria de Relações Internacionais, senão que fizeram diretamente por meio do ministro com a representação de Breno."

Ao final da mensagem, José Luis disse que o governo brasileiro e o PT dariam proteção a Medina enquanto avança o trâmite da extradição: "Perguntei se poderíamos estar tranqüilos, que não iriam seqüestrá-lo ou deportá-lo para a Colômbia e ele me respondeu: ' Podem ficar tranqüilos' ". Em uma mensagem do dia 24 de junho de 2004, Reyes comenta com Media sobre a possível saída de José Dirceu do Gabinete e lhe disse: "Com certeza, esta medida em proveito dos detratores de Lula pode afetar a incipiente abertura das relações que eles têm conosco."

Amorim – As Farc também tentaram chegar ao escritório do Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. Em uma mensagem do dia 22 de fevereiro de 2004, José Luis escreve a Reyes: "Por intermédio do legendário líder do PT, Plínio Arruda Sampaio, chegamos a Celso Amorim, atual ministro de Relações Exteriores. Plínio nos mandou falar para Albertao (conselheiro de Guarulhos) que o ministro está disposto a nos receber. Que assim que tiver espaço em sua agenda, nos receberá em Brasília."

O procurador e o juiz – O embaixador das Farc fez tão bem seu trabalho que também conseguiu chegar até o procurador Luis Francisco de Souza, que é mencionado em uma extensa mensagem eletrônica do dia 22 de agosto de 2004, que Medina e José Luis enviaram a Reyes e a Rodrigo Granda: "Ele deu o seguinte conselho: andar com uma máquina fotográfica e, se possível, com um gravador para em caso de voltar a parar um agente de informação, fotografá-lo e gravá-lo, tendo o cuidado de não deixar que ele pegue a câmera e o gravador. Que em relação ao que aconteceu, façamos uma denúncia dirigida a ele como Procurador para fazê-la chegar ao chefe da Polícia Federal e à Agência Brasileira de Informação."

Algumas mensagens foram escritas durante o processo da zona de Caguán e envolvem um prestigiado juiz e um alto ex-oficial das Forças Armadas Brasileiras. Por exemplo, em um e-mail do dia 19 de abril de 2001, Mauricio Malverde informa a Reyes: "O juiz Rui Portanova, amigo nosso, nos falou que quer ir aos acampamentos e receber instrução e conhecer a vida das Farc. Pague a viagem dele." Portanova era, então, juiz superior da Corte Estatal do Rio Grande do Sul, de Porto Alegre.

Três dias antes, em 16 de abril, Medina relata a Reyes um encontro entre Raimundo, Pedro Enrique e Celso Brand - ao que parecem, laços das Farc no Brasil – com o brigadeiro Iván Frota, ex-chefe da Força Aérea Brasileira. "O homem se interessou e disse que gostaria de ter um encontro pessoal conosco. Disse que está começando a amadurecer a tomada da base de Alcântara pelas forças nacionais para impedir que os Estados Unidos fiquem com os 600 quilômetros quadrados que estão sob seu domínio."

A pequena amostra dos 85 emails a que a Revista Cambio teve acesso revelam a importância do Brasil na agenda exterior das Farc, manejada por Raul Reyes, e não cabe dúvidas de que "O Cura Camilo", para sustentar a estratégia continental da guerrilha, aproveitou a conjuntura criada pela ascensão de poder de Lula e seu influente Partido dos Trabalhadores para chegar até as mais altas esferas do governo.

E, se os e-mails são apenas indícios de um possível compromisso do governo Lula com as Farc, pois nenhum dos funcionários enviou mensagens pessoais a algum dos membros do grupo guerrilheiro, despertam muitas interrogações que exigem uma resposta do governo brasileiro.

Os contatos das Farc – A expansão das Farc na América Latina não somente incluiu funcionários dos governos da Venezuela e Equador, como também comprometeu a destacados dirigentes, políticos e altos membros do Partido dos Trabalhadores, ao qual o presidente Lula pertence. Além disso, o grupo guerrilheiro manteve contatos com procuradores e juízes do Brasil.

A LISTA DOS CITADOS:

- José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil

- Roberto Amaral, ex-ministro da Ciência

- Erika Kokay, deputada

- Gilberto Carvalho, chefe de Gabinete

- Celso Amorim, chanceler

- Marco A. García, assessor para assuntos internacionais

- Perly Cipriano, subsecretário de Promoção DD.HH.

- Paulo Vanucci, ministro da Secretaria de DD.HH.

- Selvino Heck, assessor presidencial




Publicado pelo Diário do Comércio em 01/08/2008 e originalmente pela revista Cambio (versão on line em http://www.cambio.com.co/portadacambio/787/ARTICULO-WEB-NOTA_INTERIOR_CAMBIO-4418592.html ).

Para maiores informações, recomenda-se acessar o links

http://www.dcomercio.com.br/noticias_online/1097437.htm

http://www.dcomercio.com.br/noticias_online/1097438.htm

http://www.dcomercio.com.br/noticias_online/1097449.htm

http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=6780&language=pt

Offline Luiz Souto

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Re: Revista: Farc tentam influenciar alto escalão do governo Lula
« Resposta #5 Online: 03 de Agosto de 2008, 00:15:58 »
Citar
(...)O acampamento principal de Reyes ficava na Colômbia , próximo à fronteira. Nessa região as Farc dispunham de inúmeros esconderijos, refúgios e abrigos. Por que então o comandante guerrilheiro passou para o país vizinho com três computadores , dois discos rígidos e três chaves USB? O bombardeiro fez 23 vítimas ; os dez projéteis ,segundo o exército equatoriano, abriram crateras de 2,40 m de diâmetro por 1,80 m de profundidade ; a vegetação das redondezas foi devastada. Como os computadores escaparam ilesos?(...)
    (...)Porém como duvidar da veracidade de documentos cuja autenticidade foi confirmada pela International Criminal Police Organization , mais conhecida como Interpol ? É um argumento incontornável sobre o qual se apóiam tanto Bogotá quanto o conjunto do grande circo midiático.Mas o exame cuidadoso dos fatos revela incongruências: no dia 4 de março o general Naranjo [ex-chefe da polícia antidrogas da Colômbia , destituído do cargo quando seu irmão , Juan David, foi preso sob acusação de narcotráfico] procurou a Interpol para que ela fizesse uma perícia independente das “ oito provas digitais”. Tendo a organização consentido com o pedido , seu secretário geral , o americano Ronald K. Noble , apresentou o relatório para Bogotá em 15 de maio (6). 
    De acordo com as análises feitas e as declarações de Noble , o campo de intervenção da Interpol limitou-se a “ estabelecer os dados contidos nas oito provas ; verificar se os arquivos de usuários haviam sido modoficados de qualquer maneira no 1º de março de 2008 ou após essa data ; e determinar se as autoridades colombianas haviam processado e examinado as oito provas conforme os princípios reconhecidos em nível internacional”. Mas “ a verificação não implicava a validação da exatidão dos arquivos de usuários [ os documentos]”.
    Em outras palavras , os peritos da Interpol [originários de Cingapura e da Austrália, que não falam espanhol] não examinaram qualquer conteúdo. Nos 609,6 gigabytes das oito “provas” havia 37.873 documentos escritos , 452 planilhas de cáculo , 21.888 imagens , 22.481 páginas web , 789 endereços de e-mail , 10.537 arquivos multimídia [som e vídeo] e 983 arquivos codificados. “ E m termos não técnicos , tal volume de dados corresponderia a 39,5 milhões de páginas cheias no formato Word da Microsoft e , se a totalidade dos dados estivesse no formato Word. Seruiam necessários mais de mil anos para analisá-los a todos , à razão de cem páginas por dia” , avaliou a Interpol..
    Muita coisa para umk homem só. Reyes tinha 60 anos , deslocava-se sem parar na selva e vivia em condições precárias quando foi morto. Contudo o governo colombiano , após poucas horas do término da operação , divulgou as tais revelações encontradas nos computadores. Era o suficiente para que muitos jornalistas orquestrassem os “documentos” [autenticados pela Intyerpol] numa trama plausível.

    Operação Psicológica

    Além disso a organização policial contentou-se em retornar a versão de Bogotá , uma vez que nenhuma testemunha assistiu à suposta recuperação do material perto do corpo dos guerrilheiros. “ Quem vai provar que os computadores foram de fato encontrados com as FARC ?” , questionou o presidente Correa em 13 de maio.
    Em uma primeira correspondência enviada à Interpol no dia 4 de março para solicitar ajuda , o general Narajo menciona “ três computadores e três chaves USB”. Em sua resposta datada de 5 de março Noble aceita , em nome da organização , examinar “ três computadores e três chaves USB”. Porém  , no dia 6 de março , em uma carta de Maria Del Pilar Hurtado , diretora do Departamento Administrativo de Segurança da Colômbia  `a Interpol , o material em questão torna-se “ três computadores , três chaves USB , e dois discos rígidos”. De onde saíram estes dois discos rígidos ? Passaram desapercebidos ?
    Resumindo , o relatório conclui que “ nenhum dado foi criado , acrescentado , modificado ou excluído em nenhuma destas provas entre 3 de março de 2008 às 11h 45 [ dia e hora de seu recebimento pelo Grupo de Investigações das Infrações Informáticas da Polícia Judiciária Colombiana] e 10 de março de 2008 , quando elas foram entregues aos peritos da Interpol a fim de gerar imagens-discos”. Também afirma que “o acesso aos dados , durante o mesmo período , foi efetuado conforme os princípios reconhecidos internacionalmente para o processamento de provas eletrônicas”.
    Mas, entre os dias 1º de março e 3 de março? Um agente da unidade antiterrorista colombiana “ teve acesso direto ao conteúdo das oito provas em condições de extrema urgência” e todas elas foram conectadas a um computador  “ sem geração prévia de uma imagem de seu conteúdo e sem utilização de material de bloqueio”. De maneira que , durante estes três dias , “ o acesso aos dados não foi efetuado conforme os princípios reconhecidos em nível internacional”. Lamentável quando se descobre que 48055 arquivos foram criados , abertos , modificados ou excluídos , conforme consta do relatório.(...)

(6) Para ler a transcrição da conferência de imprensa e o resumo do relatório da perícia da Interpol nos computadores e no material informático da Farc apreendidos pela Colômbia acesse o site da Interpol: www. interpol.int/Public/ICPO/speeches/2008/SGbogota20080516FR.asp

Maurice Lemoine - Colômbia X Venezuela: a grande manipulação
Le Monde Diplomatique Brasil - ano 1 - nº 12 -julho 2008

Obs.: destaques meus
Se não queres que riam de teus argumentos , porque usas argumentos risíveis ?

A liberdade só para os que apóiam o governo,só para os membros de um partido (por mais numeroso que este seja) não é liberdade em absoluto.A liberdade é sempre e exclusivamente liberdade para quem pensa de maneira diferente. - Rosa Luxemburgo

Conheça a seção em português do Marxists Internet Archive

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Revista: Farc tentam influenciar alto escalão do governo Lula
« Resposta #6 Online: 03 de Agosto de 2008, 09:39:41 »
Mesmo que não se acredite no que está no computador, deve existir modo de confirmar o que está nele por outros meios...movimentação bancária, emails, registros de servidores onde tudo fica arquivado por anos.

Como tb existe modo de confirmar que  Chavez, Reyes, Lullalá e um bando  desses guerrilheiros mortos se conheciam pessoalmente.

E tem uma entrevista dada pelo próprio Reyes em que ele afirma fazer tráfico de drogas para levantar dinheiro, chamava os traficantes de "comerciantes" de drogas.


Offline FxF

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Re: Revista: Farc tentam influenciar alto escalão do governo Lula
« Resposta #7 Online: 03 de Agosto de 2008, 09:43:43 »
E depois tem gente (neste fórum mesmo) que ainda defende o Lula... o que falta para se flagrar? Ele pessoalmente assaltar carteiras na rua dando tiro em qualquer um? Duvido, já fez coisa muito pior...

Offline Fenrir

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Re: Revista: Farc tentam influenciar alto escalão do governo Lula
« Resposta #8 Online: 03 de Agosto de 2008, 10:12:22 »
Mas alguem ai defende as FARC?

Isto é surreal!

Sequestro de civis que nao tem nada a ver com as querelas do grupo e suas ideologias nao tem nenhuma justificativa, nenhum fim que autorize o ato!

É terrorismo e ponto!
"Nobody exists on purpose. Nobody belongs anywhere. Everybody's gonna die. Come watch TV" (Morty Smith)

"The universe is basically an animal. It grazes on the ordinary. It creates infinite idiots just to eat them." (Rick Sanchez)

Offline Felius

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Re: Revista: Farc tentam influenciar alto escalão do governo Lula
« Resposta #9 Online: 03 de Agosto de 2008, 15:46:23 »
Mas alguem ai defende as FARC?

Isto é surreal!

Sequestro de civis que nao tem nada a ver com as querelas do grupo e suas ideologias nao tem nenhuma justificativa, nenhum fim que autorize o ato!

É terrorismo e ponto!
Certas areas do meio academico Brasileiro nao podem conceder que e o sequestro de civis seria terrorismo sem chamarem-se a si mesmo e seus compatriotas de terroristas. Vide o caso do Embaixador Americano na epoca da ditadura.
"The patient refused an autopsy."

 

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