Achei que estavam querendo discutir a imprensa no ponto de vista científico, de divulgação científica.
Neste caso, acho que melhorou bastante, porém ainda está muito longe de ser informativa sem distorcer a verdade. Um pouco é resultado do pouco estudo do público alvo, um pouco de ignorância dos jornalistas mesmo.
O que me revolta nas notícias sobre descobertas científicas é o momento em que, e isso não é raro, misturam informação científica com exoterismo, ou então, transformam tudo num show bizarro, onde celebridades de quinta categoria dão a sua opinião sobre algo de que ouviram falar somente naquele momento.
Perdi a conta das notícias sobre astrônomia, onde um astrólogo era chamado para também dar sua opinião, ou então sobre avanços na área médica, principalmente sobre o cérebro e seu funcionamento, e um médium expor suas sandices ao lado de especialistas sérios e racionais.
Como se não bastasse tudo isso, ainda temos programas sensacionalistas pegando carona nas notícias veículadas e promovendo debates sem sentido, onde exotéricos, e toda a fauna de religiosos e ascencionados, expõem sua teorias malucas, tentando explicar o que até aquele momento era um mistério até para eles, isso quando não fazem o contrário, afirmando que aquilo já era conhecido por eles desde priscas eras.
Até hoje lembro de um debate onde estavam alguns céticos, Sottomaior e Apodman participaram, e do outro lado estavam a Amira Lépore, um médium e também uma ex-BBB, cujo currículo até aquele momento se resumia em ter rebolado em frente as câmeras da Globo.
Esse tipo de abordagem é extremamente prejudicial, pois não apenas coloca a ciência como inalcançável ao público leigo, mas endossa a opinião generalizada de que temos a "obrigação" de respeitar todas as matizes da religiosidade humana, inclusive suas opiniões malucas.
Pronto, agora voltem ao mundinho politicuzinho de sempre.

Nenhum jornal é isento, existem momentos em que a isenção se torna necessária por questão de sobrevivência (mercado) ou ideologia. Votei em baixo, eu prefiro acreditar que ainda existem pessoas sérias nas redações.
Não, eu não prefiro... eu preciso acreditar, senão, no final das contas, terei construido castelos sobre a areia.