Autor Tópico: Bridey Murphy e os erros da terapia de vidas passadas, terapia da regressão  (Lida 1138 vezes)

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Offline Eu

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Bridey Murphy
Num dia de 1952, Morey Bernstein hipnotizou Virginia Tighe. Ela começou a falar numa variante de irlandês e afirmou ser Bridey Murphy de Cork, Irlanda. Bernstein hipnotizou Virginia, aliás Bridey, muitas vezes depois disso. Sob hipnose, ela cantou canções irlandesas e contou histórias da Irlanda, sempre como Bridey Murphy. Bernstein escreveu um livro, The Search for Bridey Murphy, que se tornou um best-seller. Gravações da sessões foram feitas e traduzidas em mais de 12 linguas. Os discos tambem se venderam bem. O boom da reincarnação tinha começado.

Jornais enviaram repórteres à Irlanda investigar. Onde estava uma ruiva Bridey Murphy que viveu na Irlanda no séc. XIX? Quem sabe, mas um jornal--the Chicago American--encontrou-a no seculo 20 em Chicago. Bridie Murphey Corkell viveu na casa do outro lado da rua onde Elizabeth Tighe cresceu. O que Elizabeth contava debaixo de hipnose não eram memórias de uma vida anterior mas recordações da sua infância. Muitas pessoas ficavam impressionadas com os detalhes das recordações, mas detalhes não são prova de autenticidade.

Como Martin Gardner afirma "Qualquer sujeito hipnótico capaz de entrar em transe balbucia acerca de uma encarnação anterior se o hipnotista lho pedir. Tambem narra as futuras... De qualquer modo, com uma investigação do passado, descobre-se que o narrado é bocados de informação adquiridos nos primeiros anos de vida." Ou, o sujeito limita-se a inventar. 


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Leituras

Gardner, Martin. Fads and Fallacies in the Name of Science (New York: Dover Publications, Inc., 1957), ch. 26



http://www.skepdic.com/brazil/bridey.html



« Última modificação: 07 de Agosto de 2008, 22:47:53 por Waldon »

Offline Gigaview

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Re: Bridey Murphy e os erros da terapia de vidas passadas, terapia da regressão
« Resposta #1 Online: 08 de Agosto de 2008, 02:05:27 »
Bridey Murphy
Num dia de 1952, Morey Bernstein hipnotizou Virginia Tighe. Ela começou a falar numa variante de irlandês e afirmou ser Bridey Murphy de Cork, Irlanda. Bernstein hipnotizou Virginia, aliás Bridey, muitas vezes depois disso. Sob hipnose, ela cantou canções irlandesas e contou histórias da Irlanda, sempre como Bridey Murphy. Bernstein escreveu um livro, The Search for Bridey Murphy, que se tornou um best-seller. Gravações da sessões foram feitas e traduzidas em mais de 12 linguas. Os discos tambem se venderam bem. O boom da reincarnação tinha começado.

Jornais enviaram repórteres à Irlanda investigar. Onde estava uma ruiva Bridey Murphy que viveu na Irlanda no séc. XIX? Quem sabe, mas um jornal--the Chicago American--encontrou-a no seculo 20 em Chicago. Bridie Murphey Corkell viveu na casa do outro lado da rua onde Elizabeth Tighe cresceu. O que Elizabeth contava debaixo de hipnose não eram memórias de uma vida anterior mas recordações da sua infância. Muitas pessoas ficavam impressionadas com os detalhes das recordações, mas detalhes não são prova de autenticidade.

Como Martin Gardner afirma "Qualquer sujeito hipnótico capaz de entrar em transe balbucia acerca de uma encarnação anterior se o hipnotista lho pedir. Tambem narra as futuras... De qualquer modo, com uma investigação do passado, descobre-se que o narrado é bocados de informação adquiridos nos primeiros anos de vida." Ou, o sujeito limita-se a inventar. 


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Leituras

Gardner, Martin. Fads and Fallacies in the Name of Science (New York: Dover Publications, Inc., 1957), ch. 26



http://www.skepdic.com/brazil/bridey.html





Existem situações em que "memórias" podem aparecer espontaneamente favorecendo a ilusão de vidas passadas, como nas situações de plágios inconscientes. Conheço, por exemplo, o caso de uma pessoa que teve que interromper sua carreira de compositor de música clássica devido a uma tendência de incorporar trechos de obras de outros compositores, sem intenção consciente, e sem lembrança de tê-los ouvido. A música estava registrada na memória, provavelmente ouvida distraidamente em algum momento, que aflorou em meio ao processo criativo de composição. A incapacidade de diferenciar a criação do plágio abortou sua recém começada carreira musical. Espíritas poderiam alegar que poderia se tratar de evidência de reencarnação de algum, ou alguns, artistas falecidos.

Em algumas situações, acredito que pode se estabelecer uma "memória" seletiva para estilos, formas, padrões, etc. A pessoa não se lembra em detalhes, mas o registro do estilo, por exemplo, pode favorecer uma criatividade que imita o original, ainda que inconscientemente. Esse talento é bem evidenciado na Sindrome de Savant. Assim, pode-se explicar, por exemplo, a psicografia de poemas que seguem o estilo dos poetas "mortos", ou o "jeitão" das pinceladas na pintura mediúnica dos "gênios" da pintura.
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

 

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