Autor Tópico: Cool it - O ambientalista cético ataca de novo  (Lida 1772 vezes)

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Offline uiliníli

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Cool it - O ambientalista cético ataca de novo
« Online: 12 de Agosto de 2008, 22:44:13 »
Acaba de sair pela Editora Campus Cool it - Muita calma nessa hora! O guia do ambientalista cético para o aquecimento global, de Bjorn Lomborg, o cientista político dinamarquês que causou alvoroço em 2001 com o livor O Ambientalista Cético (que por acaso eu não li ainda...). Aqui vai uma resenha feita pela rewvista Exame:


Cool it
O "ambientalista cético" volta a atacar, mas traz poucas idéias novas
Sérgio Teixeira Jr.
Revista Exame - 10/10/2007


O dinamarquês Bjorn Lomborg ficou conhecido internacionalmente como o "ambientalista cético" por causa de um livro de mesmo nome que ele lançou em 2001. Mas chamá-lo de ambientalista é inexato, para dizer o mínimo.

Lomborg não é nem nunca foi um grande estudioso dos fenômenos da natureza. Ele é formado em ciência política e ocupa o posto de professor adjunto da Escola de Administração de Copenhague.

Seu trabalho está mais próximo das análises estatísticas, e é com base nos números que ele se dispõe a contradizer afirmações genéricas e invariavelmente catastróficas sobre o futuro do planeta e da humanidade. Foi com uma enorme coleção de dados que ele afirmou, em O Ambientalista Cético, que os recursos naturais do planeta não estão próximos do esgotamento e que as florestas não vão desaparecer da face da Terra, apenas para ficar em dois exemplos.

Pois agora Lomborg voltou ao ataque. Seu tema, claro, é o aquecimento global. Seu mais novo livro chama-se Cool It - The Skeptical Environmentalist's Guide to Global Warming, que ainda não foi lançado no Brasil, mas pode ser traduzido como "Calma lá - o guia do ambientalista cético para o aquecimento global". Dá para imaginar as reclamações dos ambientalistas de verdade antes mesmo de terminado o primeiro capítulo.

Lomborg não pode ser acusado de falta de coragem. Pelo contrário. As provocações do livro começam pela dedicatória - "Para as gerações futuras" - e se estendem até a última página. Mas ele não perde tempo em colocar sua premissa básica: a temperatura do planeta está aumentando, é verdade, e o culpado é homem.

As emissões de dióxido de carbono estão crescendo num ritmo sem precedentes e o resultado disso são mudanças climáticas que podem ter conseqüências graves para o planeta. A questão, argumenta Lomborg, é não perder de vista a racionalidade. Tratar o assunto com o que ele chama de histeria é tão arriscado quanto não fazer nada.

O livro começa tratando do caso do urso polar, símbolo dos riscos do aquecimento. Enquanto a mídia se ocupa em mostrá-los em blocos de gelo à deriva, Lomborg aponta alguns dados interessantes a respeito das populações do animal. Uma delas, que vive na baía de Hudson, no Canadá, diminuiu de 1.200 ursos em 1987 para menos de 950 em 2004, uma redução de 17%.

"O que não é mencionado, porém, é que desde 1981 a população aumentou dramaticamente de uma base de apenas 500 animais (...) E em nenhum lugar do noticiário se encontra a informação de que, em média, 49 ursos são mortos a bala a cada ano naquela região." Ou seja, os caçadores são uma ameaça muito mais grave ao urso polar do que qualquer aumento na temperatura do planeta.

É esse tipo de análise que incomoda tanto os defensores do meio ambiente. Histórias como a do urso canadense vão sempre de encontro ao senso comum e são baseadas em números: das 253 páginas de Cool It, 77 são dedicadas a notas de rodapé e à bibliografia consultada.

O estilo fluido e descomplicado de Lomborg ajuda a reforçar a sensação de ouvir uma mesma história contada por outro personagem, sob outro ponto de vista. E é claro que a extinção dos ursos polares é apenas uma isca para fisgar a atenção do leitor para a questão central do livro: até que ponto vale a pena cortar as emissões de CO2?

É aí que, paradoxalmente,Lomborg entra num território pantanoso. A grande discussão sobre os cortes de emissões de carbono tem a ver com o impacto econômico dessas medidas, um dos assuntos prediletos do autor - mas algo que há algum tempo já deixou de ser puramente uma questão matemática.

As mudanças no clima hoje são assunto da vida dos cidadãos, das empresas e da política e não cabem mais numa simples planilha. Mas é essencialmente esse o esforço de Lomborg, e ele tem argumentos - alguns de peso, outros nem tanto - para que os poderosos pensem duas vezes antes de decidir.

O primeiro deles é que o discurso precisa seguir a prática. Ele aponta para o exemplo do Reino Unido, um dos países que lideram a campanha pela redução de emissões. Segundo Lomborg, o então primeiro-ministro Tony Blair e os trabalhistas prometeram, dez anos atrás, diminuir o despejo de gases de efeito estufa em 15% até 2010.

Desde então, as emissões britânicas cresceram 3%. Para alcançar as metas, Lomborg afirma que a resposta não são novos impostos sobre os poluidores, por mais tentadora que a resposta possa parecer. Ele afirma que um compromisso com investimentos em tecnologias de energias limpas seria uma alternativa mais inteligente do ponto de vista econômico e social. "O custo de 25 bilhões de dólares por ano seria relativamente baixo (um sétimo do custo do Protocolo de Kyoto e muitas vezes mais em conta que um Kyoto 2)", escreve Lomborg.

Faz sentido cobrar coerência de governantes? Sem dúvida. Mas o fato é que as pressões por medidas de controle nunca foram tão grandes - e cidadãos e empresas parecem concordar, ao menos em princípio, que todos terão de pagar do próprio bolso para evitar as conseqüências do aquecimento global.

Além disso, impostos e investimentos em novas tecnologias não são mutuamente excludentes. Pelo contrário: as fontes de energia limpa só serão viáveis se houver subsídios oficiais - financiados pela sobretaxação das fontes sujas. Lomborg diz que este século não deve ser avaliado apenas pelo número do termômetro, pois uma parcela enorme da população do planeta pode ficar privada de benefícios do crescimento econômico em nome de medidas tomadas para a pura e simples redução de emissões.

Mas isso é o óbvio. Lomborg sugere que o aumento da temperatura global está derretendo o bom senso dos líderes mundiais. Cool It traz um olhar diferente sobre o problema da mudança climática, mas suas conclusões parecem saídas da cabeça do "ambientalista óbvio".

Por que ler: Para enxergar o problema da mudança climática pela lente do cético Lomborg.
O dinamarquês Bjorn Lomborg ficou conhecido internacionalmente como o "ambientalista cético" por causa de um livro de mesmo nome que ele lançou em 2001. Mas chamá-lo de ambientalista é inexato, para dizer o mínimo.

Lomborg não é nem nunca foi um grande estudioso dos fenômenos da natureza. Ele é formado em ciência política e ocupa o posto de professor adjunto da Escola de Administração de Copenhague.

Seu trabalho está mais próximo das análises estatísticas, e é com base nos números que ele se dispõe a contradizer afirmações genéricas e invariavelmente catastróficas sobre o futuro do planeta e da humanidade. Foi com uma enorme coleção de dados que ele afirmou, em O Ambientalista Cético, que os recursos naturais do planeta não estão próximos do esgotamento e que as florestas não vão desaparecer da face da Terra, apenas para ficar em dois exemplos.

Pois agora Lomborg voltou ao ataque. Seu tema, claro, é o aquecimento global. Seu mais novo livro chama-se Cool It - The Skeptical Environmentalist's Guide to Global Warming, que ainda não foi lançado no Brasil, mas pode ser traduzido como "Calma lá - o guia do ambientalista cético para o aquecimento global". Dá para imaginar as reclamações dos ambientalistas de verdade antes mesmo de terminado o primeiro capítulo.

Lomborg não pode ser acusado de falta de coragem. Pelo contrário. As provocações do livro começam pela dedicatória - "Para as gerações futuras" - e se estendem até a última página. Mas ele não perde tempo em colocar sua premissa básica: a temperatura do planeta está aumentando, é verdade, e o culpado é homem.

As emissões de dióxido de carbono estão crescendo num ritmo sem precedentes e o resultado disso são mudanças climáticas que podem ter conseqüências graves para o planeta. A questão, argumenta Lomborg, é não perder de vista a racionalidade. Tratar o assunto com o que ele chama de histeria é tão arriscado quanto não fazer nada.

O livro começa tratando do caso do urso polar, símbolo dos riscos do aquecimento. Enquanto a mídia se ocupa em mostrá-los em blocos de gelo à deriva, Lomborg aponta alguns dados interessantes a respeito das populações do animal. Uma delas, que vive na baía de Hudson, no Canadá, diminuiu de 1.200 ursos em 1987 para menos de 950 em 2004, uma redução de 17%.

"O que não é mencionado, porém, é que desde 1981 a população aumentou dramaticamente de uma base de apenas 500 animais (...) E em nenhum lugar do noticiário se encontra a informação de que, em média, 49 ursos são mortos a bala a cada ano naquela região." Ou seja, os caçadores são uma ameaça muito mais grave ao urso polar do que qualquer aumento na temperatura do planeta.

É esse tipo de análise que incomoda tanto os defensores do meio ambiente. Histórias como a do urso canadense vão sempre de encontro ao senso comum e são baseadas em números: das 253 páginas de Cool It, 77 são dedicadas a notas de rodapé e à bibliografia consultada.

O estilo fluido e descomplicado de Lomborg ajuda a reforçar a sensação de ouvir uma mesma história contada por outro personagem, sob outro ponto de vista. E é claro que a extinção dos ursos polares é apenas uma isca para fisgar a atenção do leitor para a questão central do livro: até que ponto vale a pena cortar as emissões de CO2?

É aí que, paradoxalmente,Lomborg entra num território pantanoso. A grande discussão sobre os cortes de emissões de carbono tem a ver com o impacto econômico dessas medidas, um dos assuntos prediletos do autor - mas algo que há algum tempo já deixou de ser puramente uma questão matemática.

As mudanças no clima hoje são assunto da vida dos cidadãos, das empresas e da política e não cabem mais numa simples planilha. Mas é essencialmente esse o esforço de Lomborg, e ele tem argumentos - alguns de peso, outros nem tanto - para que os poderosos pensem duas vezes antes de decidir.

O primeiro deles é que o discurso precisa seguir a prática. Ele aponta para o exemplo do Reino Unido, um dos países que lideram a campanha pela redução de emissões. Segundo Lomborg, o então primeiro-ministro Tony Blair e os trabalhistas prometeram, dez anos atrás, diminuir o despejo de gases de efeito estufa em 15% até 2010.

Desde então, as emissões britânicas cresceram 3%. Para alcançar as metas, Lomborg afirma que a resposta não são novos impostos sobre os poluidores, por mais tentadora que a resposta possa parecer. Ele afirma que um compromisso com investimentos em tecnologias de energias limpas seria uma alternativa mais inteligente do ponto de vista econômico e social. "O custo de 25 bilhões de dólares por ano seria relativamente baixo (um sétimo do custo do Protocolo de Kyoto e muitas vezes mais em conta que um Kyoto 2)", escreve Lomborg.

Faz sentido cobrar coerência de governantes? Sem dúvida. Mas o fato é que as pressões por medidas de controle nunca foram tão grandes - e cidadãos e empresas parecem concordar, ao menos em princípio, que todos terão de pagar do próprio bolso para evitar as conseqüências do aquecimento global.

Além disso, impostos e investimentos em novas tecnologias não são mutuamente excludentes. Pelo contrário: as fontes de energia limpa só serão viáveis se houver subsídios oficiais - financiados pela sobretaxação das fontes sujas. Lomborg diz que este século não deve ser avaliado apenas pelo número do termômetro, pois uma parcela enorme da população do planeta pode ficar privada de benefícios do crescimento econômico em nome de medidas tomadas para a pura e simples redução de emissões.

Mas isso é o óbvio. Lomborg sugere que o aumento da temperatura global está derretendo o bom senso dos líderes mundiais. Cool It traz um olhar diferente sobre o problema da mudança climática, mas suas conclusões parecem saídas da cabeça do "ambientalista óbvio".

Por que ler: Para enxergar o problema da mudança climática pela lente do cético Lomborg.





Offline Eremita

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Re: Cool it - O ambientalista cético ataca de novo
« Resposta #1 Online: 14 de Agosto de 2008, 11:33:55 »
Notem que ele não nega um aquecimento global; pelo texto acima, ele apenas se propõe a analisar efeitos e causas dele.
Latebra optima insania est.

Offline Diego

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Estatístico tenta convencer o mundo a não combater o efeito estufa
« Resposta #2 Online: 25 de Agosto de 2008, 15:59:29 »
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Em um evento recente em São Paulo, um jornalista perguntou a Bjorn Lomborg por que ele insiste em dizer que o combate ao aquecimento global é economicamente inviável. Afinal, o IPCC (o painel do clima da ONU) já mostrou que um corte de gás carbônico maior que a meta do Protocolo de Kyoto pode ser feito a custo zero.

O estatístico dinamarquês, um dos mais ilustres céticos da mudança climática, respondeu que não acreditava nesse tipo de conta. "Se é tão barato, por que ninguém está fazendo?"

No segundo parágrafo de seu livro "Cool It - Muita Calma Nessa Hora!", recém-lançado no Brasil (Campus/Elsevier, 224 págs., R$ 59,90), Lomborg parece cair vítima do próprio argumento. Diz que a "histeria e o gasto desenfreado" com programas "extravagantes" de corte de CO2 são uma escolha questionável num mundo em que "milhões morrem de doenças tratáveis e onde é possível salvar vidas, fortalecer a sociedade e melhorar o meio ambiente por uma fração do custo". Ora, é caso de perguntar: se é tão barato, por que ninguém está fazendo?

Esse tropeço na lógica é só o aperitivo do que aguarda o leitor que for buscar em "Cool It" um antídoto saudável contra a suposta histeria ambientalista. Ele encontrará um malabarismo com números que dá razão à máxima de Benjamin Disraeli sobre os três tipos de mentira: há as mentiras, as mentiras deslavadas e as estatísticas.

Lomborg ganhou projeção mundial em 2001, com o livro "O Ambientalista Cético". Na obra, de 515 páginas e 2.930 notas de rodapé, o dinamarquês abusa das estatísticas para argumentar que a Terra não está atravessando uma crise ambiental e chama o alarmismo ambientalista de "Ladainha".

Em "Cool It", o "cético" centra fogo no tema da mudança climática, batendo na mesma tecla: o custo trilionário de cortar emissões não vale o benefício pequeno de um mundo "ligeiramente" menos quente no futuro. Como os recursos financeiros do planeta são limitados, melhor aplicá-los em coisas que salvarão mais vidas e tornarão a sociedade mais rica, como o combate à Aids.

Para provar sua tese, Lomborg recorre aos mesmos velhos truques: afogar o leitor com números e notas de rodapé (aqui são "apenas" 607), selecionar cuidadosamente as evidências e passar de contrabando uma série de falácias argumentativas em meio a um ou outro ponto razoável.

Urso-de-batalha

Um exemplo é o caso dos ursos-polares. Segundo o autor, o corte de emissões de gases-estufa salvaria 0,06 urso por ano --é o total de declínio da espécie que poderia hoje ser atribuído à mudança climática. Por outro lado, 49 ursos são mortos a tiros todo ano.

Conclusão: se quisermos ajudar os ursos, devemos parar de atirar neles em vez de gastar trilhões de dólares para cortar os gases que causam o degelo do Ártico.

A proposta faz pleno sentido. A menos, claro, que se considere que um eventual degelo total no futuro acabaria com os ursos de qualquer maneira, tornando inútil a economia de balas. Espertamente, Lomborg omite a projeção de futuro.

Em outras passagens, o autor seleciona projeções do IPCC para estendê-las ao absurdo. O degelo acelerado do Himalaia, por exemplo, é apresentado como uma coisa boa, porque, afinal, aumentará a quantidade de água disponível no verão para a China e a Índia antes que os glaciares que alimentam os rios asiáticos se acabem. "Assim, (...) boa parte do mundo poderá usar mais água durante mais de cinqüenta anos."

Adiante, numa cena de circularidade explícita, Lomborg primeiro nega que a mudança climática vá causar o enfraquecimento da corrente do Golfo, algo que faria a Europa mergulhar numa era glacial. Mas, se isso acontecesse, seria uma "vantagem": afinal, com o aquecimento global a Europa ficaria mais quente, não é? Pois então: com a corrente do Golfo mais fraca, a Europa ficaria menos quente. Portanto, seguindo esse raciocínio, o melhor remédio contra o aquecimento global é o próprio aquecimento global (!).

Lomborg ataca, corretamente, os custos altos e os benefícios pífios de Kyoto na redução das temperaturas no século 21. Segundo suas contas, Kyoto adiaria a catástrofe em apenas sete dias.

Mas aí ele estende a crítica a qualquer outro acordo futuro que aumente os benefícios ao reduzir mais estritamente as temperaturas no fim do século. Pior, argumenta que o corte radical de emissões ceifará 3% do PIB mundial por ano até 2030, quando o IPCC diz que esse será o gasto máximo total no período.

A fúria estatística boboca de Lomborg deixa a questão de 1 trilhão de dólares sem resposta: por que, afinal, ninguém está fazendo nada para salvar o planeta investindo em políticas sociais, como ele sugere?

Um cínico diria que, na área social assim como no clima, corrigir distorções de mercado ("fazer o bem", nas palavras do autor) requer um bom dedo de regulação. Palavra que não agrada ao público fiel que o dinamarquês tem em Washington --e que a ele recorre sempre que precisa de uma desculpa sexy para poluir à vontade.


http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u437615.shtml


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Re: Estatístico tenta convencer o mundo a não combater o efeito estufa
« Resposta #3 Online: 25 de Agosto de 2008, 21:45:00 »
Como a notícia trata do mesmo assunto, acho que poderia ser unido a esse tópico: ../forum/topic=17135.0.html

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Offline Unknown

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Re: Cool it - O ambientalista cético ataca de novo
« Resposta #4 Online: 30 de Março de 2010, 01:38:04 »
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Bjorn Lomborg pede em SP soluções "inteligentes" para o aquecimento global

Soluções mais inteligentes para o aquecimento global. É o que pedem os pesquisadores Bjorn Lomborg, professor adjunto da Copenhagen Business School e autor do livro "O Ambientalista Cético", e Patrick Michaels, membro sênior de estudos ambientais do Cato Institute.

Em São Paulo para o FEED 2010 (Fórum Internacional de Estudos Estratégicos para o Desenvolvimento Agropecuário e Respeito ao Clima), em São Paulo, ambos afirmaram, em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira (29), que a redução de emissões de carbono não é a melhor solução para a redução do aquecimento global.

"O aquecimento global é um problema. Mas cortar a emissão de carbono não é a solução mais esperta e nem a mais barata. Há outras maneiras de ajudarmos o meio ambiente, além de fazer promessas vazias. O investimento em pesquisa e atitudes ‘verdes’ pode fazer uma diferença muito maior”, explica Bjorn.


Bjorn Lomborg (Imagem/Getty Images)

Para Lomborg há duas maneiras do mundo ficar mais verde. A primeira se baseia na diminuição de consumo, especialmente no uso de combustível e energia elétrica. A segunda é investir na melhor distribuição de renda. De acordo com o pesquisador dinamarquês, um melhor poder aquisitivo traz consciência ambiental e a possibilidade de adquirir produtos com tecnologia verde, mas de preços proibitivos, como um carro movido a energia elétrica.

O membro do Cato Institute compara os investimentos ambientais a um jogo de pôquer. "É como se você estive apostando e blefando em um jogo de pôquer. Você aposta, sabe que vai perder, todo mundo percebe que você vai perder, mas continua apostando e gastando seu dinheiro nisso", diz Michaels.

Lomborg complementa: "Nós precisamos assumir que falhamos. Pensarmos em soluções mais inteligentes, que tenham um efeito maior do que o corte de CO2 e que sejam mais viáveis economicamente", complementa Lomborg.

Sem esperanças para a COP do México

Questionados sobre a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP), os palestrantes acreditam que o 16º encontro, que acontece na Cidade do México no fim do ano, não trará nenhuma novidade. Michaels chegou a falar ainda do descrédito do relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas).

"É como a previsão do tempo. Você diz hoje como deve estar o clima amanhã, mas durante a noite aparecem novos dados e você é obrigado a dar uma nova previsão. Nela você varia os graus centígrados, mas o que importa é dizer se fará frio ou calor. Com o relatório do IPCC é a mesma coisa. O aquecimento global é uma realidade, mas as consequências disso é que variam", explica Michaels.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2010/03/29/bjorn+lomborg+pede+em+sp+solucoes+inteligentes+para+o+aquecimento+global+9442898.html
Tenho a impressão que esse cara não entende muito do que está falando.

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