Autor Tópico: Cloud computing  (Lida 599 vezes)

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Cloud computing
« Online: 14 de Agosto de 2008, 22:21:14 »
Cloud computing: entenda este novo modelo de computação

São Paulo - Saiba o que significa a expressão do momento em tecnologia e entenda os benefícios que ela trará a fornecedores e usuários.

Cloud computing é a expressão do momento em tecnologia. Nomes de peso como Amazon, AT&T, Dell, HP, IBM, Intel, Microsoft e Yahoo já anunciaram planos e investimentos na área e o Gartner acaba de liberar um relatório que aponta o cloud computing como uma das três mais importantes tendências emergentes nos próximo três a cinco anos.

Mas se há um consenso de que esta é a hora do cloud computing, não é possível dizer que haja uma idéia definida comum do que realmente é a chamada computação em nuvem. As opiniões são variadas e um bom exemplo de que o conceito ainda está nublado é o divertido vídeo da fornecedora Joyent, que mostra personalidades notórias como o visionário da web 2.0, Tim O'Reilly, o editor-chefe da CNet, Dan Farber, e o co-fundador do Wodpress, Matt Mullenweg, dando visões bastante distintas sobre o tema.

Juntando tudo, cloud computing pode ser definido como um modelo no qual a computação (processamento, armazenamento e softwares) está em algum lugar da rede e é acessada remotamente, via internet.

“O que realmente significa é que alguém vai assumir a responsabilidade de entregar algumas funções de TI como serviços para alguns clientes e eles não precisam saber como funciona, eles simplesmente usarão”, esclarece Daryl C. Plummer, vice-presidente do Gartner, em um podcast da empresa de análise.

A nuvem em funcionamento
Pode parecer abstrato, mas alguns serviços que usamos no dia-a-dia ajudam a exemplificar o que significa este modelo. O e-mail é um deles. No modelo tradicional de computação, suas mensagens ficam salvas no software de e-mail, dentro do seu computador.

Em contrapartida, com os e-mails baseados em web (Hotmail, Gmail, Yahoo Mail ou qualquer outro da sua preferência), você pode acessar sua conta com todas as suas mensagens - armazenada em um servidor alheio -, a qualquer hora, de qualquer lugar, por meio da internet.

Aplicativos de edição de texto, planilhas, apresentação, edição de imagem e até softwares de gestão de relacionamento com clientes (como o CRM online da Salesforce.com) também estão migrando para este modelo.

E não são apenas os softwares que podem ser acessados remotamente pela nuvem. Os recursos de hardware - como processamento e armazenamento também (hoje já é comum guardarmos arquivos, e-mails, fotos, vídeos em servidores de terceiros e acessá-los remotamente pela web).

As vantagens do modelo
Todas estas tecnologias que vêm emergindo e amadurecendo foram empacotadas no conceito que levou o nome de cloud computing. “Em alguns anos não vamos chamar isso de cloud computing. Não terá nome. Será simplesmente computação”, defende Luis Sena, gerente de marketing de serviços da HP Brasil.

O entusiasmo com o cloud computing e os esforços de companhias do porte das citadas no início desta matéria se devem às inúmeras vantagens que ele pode oferecer tanto aos fornecedores de tecnologia quanto aos usuários.

Em primeiro lugar, este é um modelo que prevê um melhor aproveitamento dos investimentos em hardware. Um dos pilares do cloud computing é a consolidação dos recursos de hardware para que eles possam ser aproveitados ao máximo e gerenciados de forma inteligente, proporcionando economia de custos.

“O mais relevante é que estamos falando de uma escala que não é mais local, mas sim global. O Google tem dezenas de data centers espalhados pelo mundo. Todos prestam serviços não a um país, mas a diversos, atendendo milhões de usuários”, define José Nilo Martins, gerente sênior de Google Enterprise para o Brasil.

A rede de varejo Amazon.com foi uma das pioneiras em entender e aplicar isto a seu favor. Para suportar a demanda das datas de pico em vendas - como o Natal - a loja online teve que investir em um poderoso parque de hardware. No entanto, fora das datas críticas, grande parte dos recursos ficava ociosa.

Desde 2002, a companhia vem experimentando com o “aluguel” desta capacidade. Em 2006, a empresa lançou dois serviços abertos ao público que a colocaram à frente na corrida do cloud computing: o Simple Storage Solution (S3), que permite ao usuário comprar espaço para armazenar arquivos online; e o Elastic Compute Cloud (EC2), que permite utilizar máquinas virtuais completas.

Os serviços não são apenas uma saída para o problema da Amazon, mas também uma oportunidade para as empresas começarem um negócio sem ter de investir na compra de equipamentos e com a flexibilidade de aumentar os recursos conforme for necessário.

Este exemplo revela outra vantagem do cloud computing: a flexibilidade. Se você precisa de mais processamento, você pode fazer um upgrade imediato de capacidade, sem precisar trocar componentes ou até equipamentos inteiros para isto. O mesmo vale para armazenamento ou até mesmo upgrades de software.

Se antes, para atualizar um software o administrador tinha que reinstalar todo o produto na máquina de cada usuário, neste modelo os aplicativos podem ser constantemente aperfeiçoados sem impactos para os usuários, uma vez que estão hospedadas em um único ponto central. Quantas vezes o Google já introduziu melhorias no Gmail, por exemplo, sem afetar a rotina dos seus milhões de usuários?

Outra vantagem deste novo modelo computacional é que ele não exige mais equipamentos potentes na ponta para acessar as aplicações. Como a parte mais pesada do processamento fica na nuvem, o usuário final só precisa de um browser e uma boa conexão à internet. “Com o cloud computing, qualquer um pode ter um supercomputador em casa”, afirma Fábio Boucinhas, diretor de produtos do Yahoo Brasil.

Desafios no ar

As empresas envolvidas na promoção do cloud computing têm, contudo, alguns desafios, entre eles segurança e confiabilidade. Para que o usuário confie grande parte de seus sistemas e arquivos a um terceiro, ele terá de garantir que os dados estejam devidamente protegidos e 100% disponíveis.

Isso é ainda mais crítico quando se trata de informações empresariais altamente sensíveis, como processamento de dados financeiros. “Isso terá de ser regulado para garantir que será feito da forma certa”, alerta Plummer, do Gartner.

A forma como esses serviços serão cobrados também é outra questão importante. Fornecedores que tiveram sucesso vendendo caixas - seja de software ou de hardware - terão que migrar para o modelo de venda de serviços. “Os custos para os usuários finais serão menores”, assegura Otávio Pecego, gerente do grupo de arquitetura da Microsoft Brasil.

Para endereçar questões como esta, três grandes nomes da indústria de tecnologia - Intel, HP e Yahoo - formaram uma aliança. “Hoje as questões de segurança e confiabilidade são inibidores do modelo. A idéia é identificar como atender esses requerimentos e criar padrões”, explica Sena, da HP.

O ritmo de adoção do cloud computing será definido pela velocidade com que estas questões serão endereçadas. “Quando isso acontecer - e vai acontecer - o fenômeno vai estar em pleno efeito”, prevê Plummer.

http://idgnow.uol.com.br/computacao_corporativa/2008/08/13/cloud-computing-entenda-este-novo-modelo-de-computacao/

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Re: Cloud computing
« Resposta #1 Online: 12 de Março de 2009, 17:37:28 »
O cloud computing tem um lado mau?

São Francisco - O blogueiro William Hurley entrevistou Brad Templeton, chairman da Electronic Frontier Foundation, sobre o viés negativo do cloud computing.

Brad Templeton, chairman da fundação Electronic Frontier, é conhecido na internet e nos meios jurídicos dos Estados Unidos por escrever sobre questões políticas e sociais relacionadas à computação. O especialista ministrou, recentemente, uma palestra chamada "O mal no Cloud Computing: Portabilidade dos dados e Single Sign On".

Leia a entrevista para entender os motivos que fizeram Templeton chamar cloud computing de mau. Um dica: está relacionado ao fato de seus dados pessoais ou informações corporativas críticas estarem nas mãos de terceiros.

Infoworld: Você acha que o cloud computing é inerentemente mau ou apenas perigoso?

Brad Templeton: Eu uso a palavra "mau" como uma hipérbole. [Cloud computing] tem diversos atributos positivos, mas, agora, as pessoas estão vendo-o como completamente positivo. É o tema quente, a maneira "óbvia" de criar novas aplicações. O que é importante é que as pessoas entendam alguns dos perigos, vejam se vale a pena correr esses riscos ou se podem evitá-los.

IW: Você escreveu certa vez: "Nós rodamos o nosso software e guardamos os seus dados em servidores remotos e nos conectamos a eles a partir de terminais. É um passo para trás na computação pessoal e acaba com a 4ª emenda ao colocar os nossos dados nas mãos de outros." Isto parece maldade para mim. O que você quer dizer com "elimina a 4ª emenda [item da constituição dos EUA que, entre outras coisas, protege o cidadão de um Estado invasivo]"?

BT: [Cloud] É usado quando um design de aplicação em que os computadores fazem o trabalho e o armazenamento dos dados é nas “nuvens”. A 4ª emenda protege seus dados pessoais quando você está em casa ou em outros lugares em que há uma "razoável expectativa de privacidade" para usar o termo legal.
Infelizmente, as cortes decidiram que, ao colocar as informações nas mãos de terceiros, mesmo que para objetivos específicos, você perde isso. Se órgãos do governo buscam dados nas mãos de terceiros sem mandato judicial - por exemplo, de fornecedores de webmail -, isto vai se expandir para todos os tipos de dados em cloud.
Algumas vezes, os dados na nuvem são protegidos por estatutos. E-mails e informações médicas possuem critérios de confidecialidade, o que é bom, mas não é suficiente. Precisamos garantir que os meus dados (como planilhas que faço no Google docs) tenham garantia de privacidade mesmo se o Google for proprietário do servidor. Não estou dizendo que seus arquivos na nuvem estejam completamente desprotegidos, mas estão muito menos protegidos do que os dados em seu computador.
É importante entender que, mesmo quando o governo precisa de um mandato para chegar aos seus dados, ele é enviado para a empresa que hospeda as informações, não para você. Diversas companhias vão brigar pelos direitos dos seus clientes, mas ninguém está interessado em desafiar o mandato como você está. Quando os dados estão longe de você, você pode perder esta oportunidade.

IW: Especialistas defendem uma solução para a privacidade em cloud, que faz os dados serem armazenados localmente quando o processamento ocorre na nuvem. Isso resolve ou não?

BT: Isso melhora, já que os dados estão nas mãos de terceiros temporariamente. Mas seus dados ainda estarão pela rede onde outros podem acessá-los sem ter que passar por você; sem que você tenha o direito legal de se posicionar contra isso.
Acredito que precisamos ir mais a fundo. Imagine armazenar e processar localmente, mas pegando o código do software e outros dados necessários da nuvem. Chamo isso de "data hosting." Essa pode ser uma estratégia mais efetiva de proteção.
Existe outra vantagem nesse modelo. Qualquer aplicação nova pode ser escalada sem esforço se os usuários fornecem os recursos de CPU e banda para isso. Um usuário que quiser mais desempenho pode pagar por isso. O difícil é a segurança.

IW: A EFF se dedica a defender a privacidade nos tempos de Internet. Você está vendo o comportamento dos consumidores mudar com a popularização do cloud computing ou existe apenas mais ameaça à privacidade?

BT: Infelizmente, os consumidores tendem a se preocupar apenas com a privacidade quando ela foi violada. A educação ajuda, mas não resolve. Os programadores precisam entender que, ao criar sistemas, eles estão escrevendo também políticas e práticas de uso de dados dos usuários. Eles precisam ver se é isso mesmo que eles querem para eles e para as pessoas que vão usar o código em países como China ou Arábia Saudita.

IW: Diversas empresas iniciantes (startups) estão usando cloud computing como uma maneira de começar seus negócios. O que isso influencia na questão da privacidade já que estas empresas podem não ter nenhum controle real sobre o que acontece com seus dados?

BT: Este é um grande risco. Já aconteceu várias vezes com companhias que possuem uma grande quantidade de dados de clientes e são vendidas para outras. Ou ficaram pobres e começaram a aceitar abandonar princípios para continuar sobrevivendo.
As companhias sempre colheram dados sobre nós, evidentemente, e isto está sujeito a risco. Cloud computing, contudo, começa a mover os dados pessoais da sua casa para as mãos de terceiros. Isto muda tudo. É preciso pensar com calma nessas coisas.

IW: Se o uso de cloud computing explodir e ele tiver sucesso onde outros falharam, qual será o balanço perfeito entre recursos computacionais consolidados e proteção à privacidade?

BT: Gostaria de ver modificações na lei para que os dados confidenciais em discos de outras empresas sejam protegidos e, também, tenham mais segurança. Por exemplo, se os seus dados não são necessários quando você não está logado em uma sessão, estas informações devem ser protegidas com criptografia em outra parte do disco.

Cada chave criptografia, após usada, deveria ser deletada. É um desafio, mas não é impossível e gera uma forte proteção - mesmo se um funcionários corrupto desta empresa quiser acessar esses dados não é possível.

http://computerworld.uol.com.br/tecnologia/999/12/31/o-cloud-computing-tem-um-lado-profundamente-mal/

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Re: Cloud computing
« Resposta #2 Online: 20 de Março de 2009, 16:41:52 »
Cloud Computing me dá medo de controle de informação... por um lado, a questão abordada de privacidade... por outro, fica extremamente difícil você estudar um software feito para CC...
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