Há um nome muito falado, discutido e, evidentemente, reverenciado no Ocidente. É o nome de Jesus. Em nome dele foram escritos livros, abertos seminários, fundadas religiões e igrejas das mais variadas matizes. Muitos procuram em sua história de vida uma inspiração para prosseguirem sua jornada neste mundo, outros encontram em seus ensinamentos fonte de conhecimento irretorquível, enquanto alguns o consideram o próprio deus, que dividiu a historia em duas eras, construiu um novo tempo e fundou a maior e mais bem sucedida de todas as religiões, o Cristianismo. Talvez seja Jesus o nome mais falado e discutido de todos os tempos. Ele foi e continua sendo uma figura idealizada, cuja personalidade é a mais viva expressão da imaginação humana. Jesus é o homem perfeito, cheio de amor e sabedoria, sem pecados, que deu sua vida pelo próximo, não obstante o preço que pagou por isso. Todos o admiram e o adoram pela sua vida miraculosa, embora fosse pobre e só andasse com pecadores, pois a estes veio salvar. O nosso Cristo é tudo aquilo que desejamos ser: sábios, bonitos, bondosos, obstinados, em suma, perfeitos. É o modelo ideal para nossa sociedade ocidental e, sua vida, um exemplo a ser seguido.
O que poucos sabem ou se negam a acreditar, embora os fatos o atestem muito bem, é que essa figura perfeita e cheia de graça, como todos os outros deuses do passado, jamais pisou o solo terrestre. O que sabemos dele provém de um tipo de literatura cujos autores esconderam sua autoria e de datação muito além dos fatos que supostamente narram. Seus pretensos autores, ao que tudo indica, não foram testemunhas oculares das histórias narradas. O que se vê e se percebe facilmente, é uma farta literatura apócrifa de cunho místico e que conta a trajetória de um deus-homem, desde seu nascimento até sua morte e ressurreição. Não existe nada de original na vida de Jesus: seu nascimento, sua passagem pelo templo aos doze anos, sua profissão de carpinteiro, seu batismo aos 30 anos, a ressurreição de Lázaro, seus doze discípulos, a traição de Judas, a última ceia, sua crucificação, morte e ressurreição. Exatamente tudo, tudo mesmo, é uma cópia deslavada da mitologia egípcia e de outros deuses solares e redentores, com alguns elementos de judaísmo essênio, especialmente a parte referente à vinda de um messias. Aliás, os evangelistas fraudaram a escritura hebraica no intuito de compatibilizar o messianismo judaico com o paganismo. Por exemplo, o nascimento de uma virgem não fazia parte das expectativas dos judeus com relação ao seu messias. A profecia de Isaías que os evangelistas utilizaram para narrar o nascimento de Jesus foi uma fraude já bem conhecida, pois o autor não se refere a uma profecia sobre o messias, mas ao filho de Acaz e à sua mulher, que estava grávida e não era virgem. O termo que Isaías usou não foi virgem, mas moça. Não existe menção na escritura hebraica ao nascimento do messias por uma virgem. Isso foi uma tentativa de introduzir diretamente no Judaísmo o paganismo para originar um novo caminho de fé, dando assim, um alento religioso para uma parte dos judeus dispersos descontentes com o judaísmo tradicional. Só o aspecto mitológico da saga de Cristo pela terra seria suficiente para estarmos diante de uma figura lendária, de natureza mitológica. Mas se analisarmos bem, toda essa história pode ter se originado com algum pregador real, com alguma uma figura verdadeiramente histórica. Embora improvável, essa hipótese é relevante e não devemos descartá-la ao tentar elucidar a questão de Jesus na história. O que sabemos, com certeza e sem possibilidade de volta, neste caso, é que o Jesus bíblico, este sim, jamais existiu. Sua vida não passa de claro plágio da história de outros deuses solares e redentores. Até as palavras de Jesus não constituem originalidade, o que ele disse, ensinou e praticou já fora proferido por outros mestres, filósofos e pretensos deuses. Portanto, os Evangelhos não constituem documento histórico, nem narram a vida de uma figura real e singular. Devemos procurar Jesus fora dos evangelhos para podermos conhecer o homem que supostamente deu origem à maior religião já fundada pela humanidade. O nome de Jesus não consta entre autores e documentos Judeus, romanos ou de qualquer outro lugar ou nacionalidade. A omissão não se refere somente a ele, mas a sua família e apóstolos. Impressionante como uma pessoa como Jesus, que tanto chamou a atenção de seus contemporâneos com sua vida e espetacular morte, não seja minimamente referida, citada ou mesmo comentada para efeitos de deturpação ou distorção. Nada há sobre Jesus, sua família e seus apóstolos. Talo, Plhegon, Flávio Josefo, Tácito, Suetôneo e Plíneo foram autores que teriam citado Jesus ou eventos relacionados à sua vida e morte em suas obras, mas depois de analisados pela ciência mostraram-se adulterados e falsificados em parte ou no todo. Os dois primeiros autores falam apenas de eventos naturais, citam um eclipse solar ocorrido entre 33 e 29 D.c, mas ambos não consideraram o evento sobrenatural e nem o relacionam à morte de nenhum homem. Sem se falar que não temos as obras originais ou cópias destes autores, apenas referências de terceiros que, evidentemente, falsificaram parte de seus escritos. Ora, eclipses solares são muito comuns, a média é de um a cada dois anos.Os Apologistas cristãos não tardaram em relacionar o eclipse citado pelos dois autores à morte de Jesus.
O interessante é que, além de escurecer todo o planeta, a crucificação de Jesus causou a ressurreição de mortos, terremotos e uma série de fenômenos que jamais seriam omitidos por aqueles que os presenciaram. Impossível tal acontecimento. Uma escuridão sobre todo o planeta e terremotos que abalaram toda a terra jamais passariam despercebidos. O testemunho de Talo e Pflhegon é um atestado contra tal fato, não a favor, como querem os cristãos. O resto dos autores fez supostamente referências diretas a Jesus, mas depois de detalhados estudos mostraram-se falsicados. Os primeiros cristãos, Justino e Tertuliano, por exemplo, em seus embates com judeus e pagãos, jamais citaram a referência atribuída a Josefo, ao contrário, acusavam-no de faccioso. Não obstante fossem versados em Josefo, nunca o citaram pra provar a existência de Jesus, ficando claro que as duas citações a ele atribuídas foram acrescentadas posteriormente. Eles jamais deixariam de usar uma munição tão poderosa em suas polêmicas, pois conheciam bem a obra do historiador judeu. Tácito e Suetôneo falam de distúrbios causados por judeus e egípcios que formavam uma só superstição cristã, sendo estes expulsos de Roma duas vezes na época de Augusto César e uma na de Tibério. Daqui deduzimos claramente que os cristãos a que se referem Tácito e Suetôneo não são os cristãos seguidores de Jesus Cristo dos evangelhos, mas a um grupo místico de judeus e egípcios, talvez os essênios ou os cristãos terapeutas do Egito, existentes muito antes do atual cristianismo. Mesmo assim, os escritos desses autores foram proficuamente adulterados ao longo da história, principalmente por escribas cristãos.
Jesus Cristo, como tudo que é idealizado, jamais teve existência concreta, não obstante as vãs tentativas das igrejas de transformarem esse personagem mítico em um ser histórico. Tudo o que se construiu sobre Jesus não passa de mera conjectura de natureza fantástica e mirabolante, fundamentada na astrologia pagã e nas mitologias solares. Os antigos deuses foram o modelo acabado que deu suporte à vida dessa figura, permitindo que o mundo, até então sob o domínio do Império romano, aceitasse o cristianismo como religião, haja vista as semelhanças que existiam entre o novo culto que se expandia com os antigos mistérios do sol. Os cristãos jamais aceitaram que o seu herói não teve existência concreta, como bem demonstram os fatos e os estudos independentes. Infelizmente para os adoradores de Jesus, nada de crédito foi encontrado que justifique a crença em um homem que nasceu em Belém e morreu sob Pôncio Pilatos. A história e arqueologia o ignoram completamente. Mas muitos cristãos não se rendem diante de fatos reais mais do que comprovados, utilizam-se de todos de todos os meios possíveis para fundamentar racionalmente sua fé, embora descartem a ciência como bem lhes convém. Eles mentem, omitem, fraudam, roubam e matam em nome de uma personagem e de um deus que só existiram na imaginação criativa das pessoas interessadas em suas existências, porquanto as diversas histórias que poderiam lhes respaldarem, se tivessen acontecido, jamais seriam omitidas. Felizmente a história só registra fatos reais e personagens cujas existências deixam rastros concretos, por mínimos que sejam.Um mito solar foi o único rastro deixado pelos evangelistas, evidenciando a inexistência de seu protagonista, Jesus Cristo, sendo este apenas mais um deus redentor, de existência abstrata, não real. Diante de provas incisivas acerca da inexistência de Jesus, parte do mundo lamenta, outros choram, muitos se regozijam e milhares armam-se numa blindagem criminosa.
Enfim, a imagem de Jesus perante os homens nunca foi a mesma depois das magistrais críticas à sua pessoa. Muitos ainda vasculham os livros de história e de arqueologia na busca de uma mínima prova, outros esperam sentados qualquer achado que os conforte. Essa espera e essa busca já completaram 1800 anos e nada de válido foi encontrado. Pelo contrário, depois da divulgação dos manuscritos do mar morto ficou patenteado que parte considerável das atuais doutrinas e liturgias cristãs não passam de mera cópia dos costumes e crenças já existentes entre os essênios, inclusive o messias Crestus, bem anterior a Jesus e a este muito semelhante. Uma busca incessante dos cristãos se faz por Jesus, ainda que sob o risco de virem seu nome na mais pura lama da mistificação, porquanto mais se procura Jesus na história mais na mitologia o encontramos. Há uma busca desesperada e uma verdadeira cruzada cristã à procura desse grande e desconhecido homem. Não é preciso ser muito esperto para saber que jamais o encontrarão.
O título texto é uma paródia com o filme hollywoodiano “Procura-se Susan desesperadamente”.
Fontes:
A origem do Cristianismo Jacob lentsman
Jesus Cristo Nunca existiu - La Sagesse
Sinto mito, mas Jesus Cristo não existiu - Alfredo Bernachi
O mito do Jesus Histórico - Fernando Silva
O mito do jesus Histórico - um israelense de nome complicado
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E um monte de porcaria apologista ( o Blog apologia, por exemplo...)