É um tanto bizarro que tantos vejam a expansão do nicho de modelos "plus fat" como uma das coisas mais progressistas da modernidade, e ao mesmo tempo toda a crítica às modelos excessivamente magras. Em praticamente todos países não acometidos por fome crônica, problemas de saúde relacionados a magreza excessiva afligem e matam muito menos do que problemas oriundos de sobrepeso.
Isso não quer dizer que não seja benéfico um certo "policiamento" contra a "ditadura da magreza" e etc, mas essa combinação das duas coisas simplesmente evidencia que não é o interesse em promoção de saúde o objetivado.
De policiar também contra uma "gordofobia" não implica em se ter essa condição como algo meio semi-glamurizado, promovido como variação inócua de biotipos humanos. Da mesma forma que policiar contra qualquer forma de ostracismo ou crueldade contra pessoas com qualquer outra condição de saúde não requer que esta seja promovida como variação inócua, especialmente se é uma condição prevenível e remediável através de hábitos saudáveis.