Ataque contra embaixada americana no Iêmen deixou 16 mortosIEMÊN - Pelo menos 16 pessoas morreram nesta quarta-feira em um atentado perpetrado nas proximidades da Embaixada dos EUA no Iemên, informaram fontes do Ministério do Interior.
O ataque matou seis funcionários dos corpos de segurança da Embaixada, seis supostos terroristas e quatro civis que se encontravam no local. Também há 16 feridos, sendo 13 civis e três agentes de segurança.
Nenhum dos funcionários da delegação diplomática morreu no atentado, informou o Ministério do Interior, que acrescentou que todos os autores do ataque morreram. Fontes afirmaram ainda que os membros do comando vestiam uniformes da polícia anti-distúrbios.
Fumaça da explosão é vista no Iêmen / ReutersA polícia do Iêmen acredita que o grupo terrorista Al-Qaeda esteja por trás do atentado.
Além disso, fontes policiais descartaram que um grupo que se chamaria Jihad Islâmica no Iêmen estivesse por trás desse ataque, uma informação que foi veiculada pela imprensa local.
As fontes policiais asseguraram que nunca ouviram falar na existência dessa organização no Iêmen, que estaria presente no Egito e nos territórios palestinos.
O atentadoSegundo policiais e testemunhas, os terroristas usaram dois veículos, um deles carregado com explosivos e outro no qual estavam membros do comando. O atentado ocorreu quando um carro-bomba explodiu ao tentar atravessar um posto de controle situado a 100 metros da entrada principal da Embaixada.
Após a explosão, aconteceu um tiroteio entre os ocupantes do carro e os agentes de segurança da delegação diplomática. A Embaixada se encontra em um complexo onde também fica a residência do embaixador americano.
As forças de segurança cercaram a área e diversas ambulâncias foram enviadas ao local, onde o acesso dos jornalistas está proibido.
O Iêmen ainda é um dos redutos da Al-Qaeda na região, apesar das campanhas de segurança empreendidas pelas autoridades locais contra a organização terrorista.
Exército patrulha região da Embaixada dos EUA / APAtaques anterioresEssa não é a primeira vez que instalações americanas são alvo de atentados, mas este é o mais grave registrado perto da embaixada americana em Sana.
Em 18 de março, um colégio vizinho à missão diplomática americana sofreu um ataque que matou uma pessoa e feriu outras 17. A ação foi atribuída por fontes oficiais à rede terrorista Al-Qaeda.
Antes disso, em 2 de julho de 2007, oito turistas espanhóis morreram na explosão de um carro-bomba quando visitavam uma jazida arqueológica no leste do Iêmen. A Al-Qaeda reivindicou a autoria do ataque.
O atentado mais violento dos últimos meses foi o de 2 de maio, quando uma moto-bomba estacionada em frente a uma mesquita explodiu e matou 16 pessoas que saíam do templo, na cidade de Saada, 240 quilômetros ao noroeste da capital.
Outros alvos ocidentais foram atacados recentemente, como um complexo residencial para estrangeiros no bairro diplomático de Sana, no sudoeste da capital iemenita, onde em abril passado um grupo de desconhecidos lançou duas bombas, sem deixar vítimas.
A mais grave das ações registradas nos últimos anos aconteceu em 12 de outubro de 2000, quando um comando da Al-Qaeda atacou um navio destróier americano no porto da cidade sulina de Áden, matando 17 pesoas.
Mapa do Iêmen http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2008/09/17/ataque_contra_embaixada_americana_no_iemen_deixou_16_mortos_1865000.html
Atentado no Iêmen lembra que "EUA estão em guerra", diz BushO presidente George W. Bush considerou o atentado cometido contra a embaixada norte-americana no Iêmen como uma lembrança de que seu país está "em guerra" contra os terroristas, e afirmou que "esses extremistas" não abalarão a determinação dos Estados Unidos.
"Este atentado nos lembra que estamos em guerra contra extremistas dispostos a matar inocentes para atingir seus objetivos ideológicos", declarou Bush à imprensa depois de uma reunião com o ex-comandante da força multinacional no Iraque, o general David Petraeus.
"Um dos objetivos desses extremistas é abalar a determinação dos Estados Unidos e levá-los a se retirarem de certas regiões do mundo", afirmou, em referência implícita ao Iraque e ao Afeganistão.
"Queremos ajudar os governos a sobreviver aos extremistas, queremos que as pessoas possam viver normalmente, acrescentou.
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