Autor Tópico: Equador e a Odebrecht  (Lida 853 vezes)

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Equador e a Odebrecht
« Online: 24 de Setembro de 2008, 15:23:29 »
Equador manda Exército controlar bens da Odebrecht

O presidente do Equador, Rafael Correa, ordenou, por meio de um decreto, o embargo dos bens da empresa brasileira Odebrecht e proibiu que funcionários da empresa deixem o país.

De acordo com o ministro de Setores Estratégicos, Derlis Palacios, a medida significa a expulsão da empresa do país. "Sim, é uma expulsão", afirmou Palacios, ao ser questionado sobre o alcance da medida do presidente equatoriano.

Correa ordenou a militarização imediata das obras que estão sob responsabilidade da Odebrecht, entre elas uma outra hidrelétrica, uma rodovia e um aeroporto.

O governo equatoriano exige o pagamento de uma indenização por parte da empresa devido a falhas no funcionamento e da posterior paralisação da central hidrelétrica San Francisco, construída pela empreiteira.

"Ordena-se a mobilização nacional, econômica e militar das Forças Armadas para a custódia dos bens e instalações da Central Hidrelétrica San Francisco" e das outras obras a cargo da construtora, diz o decreto presidencial.

O documento ainda ordena o "confisco de todos os bens, móveis e imóveis (da construtora) com a finalidade de empregá-los para superar a emergência, para o qual se encarrega o Comando Conjunto das Forças Armadas".

Correa também pede "a suspensão dos direitos constitucionais" de quatro funcionários da empresa.

Apagões

De acordo com o governo, a San Francisco apresentou falhas e deixou de funcionar um ano depois de serem concluídas as obras.

A hidrelétrica é a segunda maior do país e sua paralisação estaria colocando em risco o abastecimento de energia no Equador.

Por meio do decreto, Correa declarou "emergência nacional" para prevenir uma diminuição dos serviços de energia e para "evitar um estado de comoção interna diante da possibilidade de apagões de luz generalizados no território nacional", diz o texto.

A hidrelétrica está fechada desde 6 de junho, quando técnicos apontaram erros estruturais na obra.

"Por aqui"

Há uma semana, o presidente equatoriano chegou a ameaçar expulsar a empresa se não fosse paga a indenização exigida pelo Estado e disse que a empreiteira está sendo investigada por suposta corrupção.

Correa afirmou que algumas obras da construtora foram realizadas "com um terço de capacidade e o triplo de custo".

"Estou 'por aqui' com a Odebrecht, quanto mais cavo mais lama encontro (...) Estes senhores (da construtora) foram corruptos e corruptores, compraram funcionários do Estado. O que está sendo feito é um assalto ao país", afirmou. Foram gastos na construção da San Francisco US$ 338 milhões, com uma capacidade estimada de geração de 12% do total da energia elétrica consumida no país.

Proposta

Por meio de uma nota oficial divulgada na noite desta terça-feira, a construtora Odebrecht disse ter uma proposta "altamente positiva para o governo equatoriano" onde resguarda as possíveis perdas da Hidropastaza, proprietária da central hidrelétrica.

O comunicado reitera ainda que, até o momento, "os trabalhos prosseguem dentro do cronograma estabelecido".

A empreiteira afirma estar disposta a pagar uma garantia de US$ 43 milhões exigida pelo Estado e contratar "uma auditoria internacional independente a fim de determinar as responsabilidades das partes envolvidas no projeto".

A construtora disse estar disposta a pagar os trabalhos imediatos de recuperação da central hidrelétrica, "independente do resultado da auditoria" e "estender a garantia das obra".

"O Consórcio continua comprometido a retomar a operação da Central dentro da normalidade, o mais breve possível", diz a nota.

Segundo a assessoria de imprensa da empresa, 30 brasileiros participam das obras da empreiteira no Equador, "mas não há clima de violência".

O Itamaraty informou que está avaliando o caso e que "oportunamente se pronunciará".

http://ultimosegundo.ig.com.br/bbc/2008/09/23/equador_manda_exercito_controlar_bens_da_odebrecht_1934791.html

Crise com Odebrecht será 'resolvida nos próximos dias', diz Amorim

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse acreditar que o embargo do governo do Equador e a proibição de que funcionários da companhia saiam do país será ''discutida e resolvida'' nos próximos dias. O presidente do Equador, Rafael Correa, ordenou, através de um decreto, o embargo dos bens da Odebrecht e proibiu que funcionários da empresa deixem o Equador.

De acordo com o ministro equatoriano de Setores Estratégicos, Derlis Palacios, a medida significa a expulsão da empresa do país.

Correa ordenou a militarização imediata das obras que estão sob responsabilidade da Odebrecht, entre elas uma outra hidrelétrica, uma rodovia e um aeroporto.

O governo equatoriano exige o pagamento de uma indenização por parte da empresa devido a falhas no funcionamento e da posterior paralisação da central hidrelétrica San Francisco, construída pela empreiteira.

Há uma semana, o presidente equatoriano chegou a ameaçar expulsar a empresa se não fosse paga a indenização exigida pelo Estado e disse que a empreiteira está sendo investigada por suposta corrupção. De acordo com Correa, algumas obras da construtora foram realizadas "com um terço de capacidade e o triplo de custo".

"Estou 'por aqui' com a Odebrecht, quanto mais cavo mais lama encontro (...) Estes senhores (da construtora) foram corruptos e corruptores, compraram funcionários do Estado. O que está sendo feito é um assalto ao país", afirmou.

Foram gastos na construção da hidrelétrica US$ 338 milhões, com uma capacidade estimada de geração de 12% do total da energia elétrica consumida no país. A hidrelétrica é a segunda maior do país e está fechada desde junho deste ano.

''Achamos que a Odebrecht é uma grande companhia, obviamente não podemos pré-julgar todas as reclamações do governo do Equador'', afirmou o chanceler Amorim.

Em um comunicado, a empresa afirmou que, até o momento, "os trabalhos prosseguem dentro do cronograma estabelecido".

Celso Amorim comentou que ''a Odebrecht fez ofertas que nos pareceram, pelo menos à primeira vista, razoáveis. Agora, ela é um consórcio, a Odebrecht não pode resolver sozinha, ela depende também de outras empresas. O que sei é que a Odebrecht tinha que ter a aprovação de suas sócias''.

Mas acrescentou que a companhia ''não obteve, ou pelo menos não obteve logo (essa aprovação)''.

O chanceler contou ter sido informado pelo embaixador brasileiro em Quito que dois diretores da Odebrecht já deixaram o Equador e outros dois estão refugiados na embaixada brasileira. ''Não há uma ameaça física a eles e não há um mandado de prisão'', acrescentou.

Amorim afirmou também que o governo brasileiro tem dado ao caso ''um acompanhamento normal, adequado, para uma empresa brasileira no exterior''.

Agenda

O ministro Celso Amorim veio a Nova York acompanhando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está participando da Assembléia Geral da ONU.

Lula regressará ao Brasil nesta quarta-feira, após ter realizado o discurso de abertura do evento na terça.

Nesta quarta, o presidente terá encontros bilaterais com líderes da Holanda, Namíbia, Líbano e China.

Ele participará, ainda de uma reunião de trabalho de chefes de Estado da Unasul, de um almoço da Comunidade de Países da Língua Portuguesa, de uma recepção oferecida pelo presidente de Gana e de uma reunião sobre a crise financeira global, da qual participam ainda líderes da Austrália, Espanha, Grã-Bretanha, China e Índia.

O presidente deve retornar a Brasília por volta de 21h (22h, do horário brasileiro). Celso Amorim permanecerá na cidade até o próximo dia 29.

http://ultimosegundo.ig.com.br/bbc/2008/09/24/crise_com_odebrecht_sera_resolvida_nos_proximos_dias_diz_amorim_1935161.html

Correa afirma que embargo a Odebrecht não deve afetar relações Equador-Brasil

O embargo dos bens da Odebrecht no Equador não deve ter repercussões nas relações entre os dois países, afirmou nesta quarta-feira o presidente Rafael Correa, que ordenou na terça-feira a medida pela recusa da construtora a pagar uma indenização.

"Não acredito que teremos repercussões internacionais", disse o presidente no porto de Guayaquil, antes de acrescentar: "Eu gosto muito do Brasil, mas o que esta empresa tem feito no Equador é terrível".

Correa determinou o embargo e proibiu a saída do país de quatro funcionários da empresa, depois que a Odebrecht se recusou a pagar a Quito uma indenização por danos em uma hidrelétrica entregue há um ano.

O ministério das Relações Exteriores do Brasil informou nesta quarta-feira que a embaixada do País no Equador mantém como "hóspedes" dois funcionários da Odebrecht.

"A embaixada está oferecendo a proteção que estes dois cidadãos brasileiros precisam", disse um funcionário do Itamaraty à AFP, antes de acrescentar que ambos são "hóspedes" na sede diplomática, por considerar que não gozavam de proteção depois que o governo impediu sua saída do Equador.

Outros dois funcionários da construtora Odebrecht já estão no Brasil, segundo o Itamaraty.

De acordo com a imprensa equatoriana, os diretores da empresa deixaram o país antes da ordem ser divulgada.

O presidente antecipou que não pagará um empréstimo de mais de US$ 200 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que financiou a construção da central hidrelétrica San Francisco, a cargo da Odebrecht e que deixou de operar há dois meses por danos nas turbinas.

"Nós pensamos seriamente em não pagar este crédito do BNDES (...) que o deu por meio da Odebrecht para a construção de San Francisco, e que também tem graves irregularidades porque é dinheiro que nem sequer entra no país", disse Correa.

"É dinheiro que se contabiliza como empréstimo interno e, na verdade, é um dinheiro que se dá à empresa, mas aparece como dívida do Equador com o Brasil. Porém, mais ainda é um empréstimo de centenas de milhões de dólares, de mais de US$ 200 milhões, para um projeto que não serve".

O chefe de Estado ressaltou que não acredita que o crédito deva ser pago.

O Estado reclama uma indenização milionária pela paralisação da hidreléctrica San Francisco, que ficou sem operar por vários meses.

Correa também ordenou a mobilização das Forças Armadas para vigiar as obras a cargo da Odebrecht, entre elas uma estrada, um aeroporto, uma represa e outra hidrelétrica.

http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2008/09/24/correa_afirma_que_embargo_a_odebrecht_nao_deve_afetar_relacoes_equador_brasil_1935446.html

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Re: Equador e a Odebrecht
« Resposta #1 Online: 24 de Setembro de 2008, 17:57:38 »
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u448430.shtml


"O presidente (Correa) antecipou que não deverá pagar um empréstimo de mais de US$ 200 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que financiou a construção da central hidrelétrica San Francisco, a cargo da Odebrecht e que deixou de operar há dois meses por danos nas turbinas.

"Nós pensamos seriamente em não pagar este crédito do BNDES (...) que o deu por meio da Odebrecht para a construção de San Francisco, e que também tem graves irregularidades porque é dinheiro que nem sequer entra no país", disse Correa.

"É dinheiro que se contabiliza como empréstimo interno e, na verdade, é um dinheiro que se dá à empresa, mas aparece como dívida do Equador com o Brasil. Porém, mais ainda é um empréstimo de centenas de milhões de dólares, de mais de 200 milhões, para um projeto que não serve".


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Engraçado que ninguém nunca questionou o motivo da enfiarem tanto dinheiro do BNDES em obras no exterior durante o governo Lullalá.....

Será que agora alguém vai se tocar disso?


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Re: Equador e a Odebrecht
« Resposta #2 Online: 24 de Setembro de 2008, 18:48:28 »
Odebrecht diz que sócios no Equador recusaram acordo com o governo

SÃO PAULO - Sócias da Odebrecht no consórcio que construiu a usina hidrelétrica San Francisco, no Equador, a francesa Alston e a austríaca Vatech se recusaram a assinar um acordo com o governo local, pelo qual se responsabilizariam, juntamente com a Odebrecht, pelos reparos no empreendimento, cuja paralisação acabou gerando a expulsão da construtora brasileira do país vizinho, bem como o embargo de seus bens. A explicação consta de uma nota enviada nesta quarta-feira pela Odebrecht, na qual a empresa afirma ter concordado em assinar tal acordo, ao contrário de suas sócias.

Entre os itens do acordo estavam o custeamento de cerca de US$ 25 milhões referentes aos reparos, além da extensão por um ano da garantia contra defeitos futuros e de cinco anos para os reparos que seriam realizados.

Também estava previsto um depósito de US$ 43,8 milhões para garantir as responsabilidades do consórcio relativas ao pagamento de multas por eventuais paralisações da usina, bem como uma transferência de garantia adicional dos equipamentos.

No entanto, segundo a Odebrecht, Alston e Vatech - "por decisão empresarial soberana e legítima" - optaram por não assinar o documento, "face ao aumento significativo dos limites e riscos contratuais e a insegurança jurídica". A empresa brasileira informou ainda que o governo equatoriano não aceitou que apenas a Odebrecht assinasse o acordo e acabou militarizando as instalações da empresa durante a negociação entre os sócios.

Procurada pela reportagem, a assessoria da Vatech informou que a empresa não foi comunicada oficialmente pelo governo equatoriano e que por esse motivo não assinou o documento. Até o momento da publicação, a Alstom ainda não havia se manifestado oficialmente.

A Odebrecht também informou que seus bens foram embargados antes do prazo estimado para a retomada das operações da usina, programada para o próximo dia 4. Queixou-se ainda do fato de seus demais bens no país vizinho (duas hidrelétricas, um aeroporto e um sistema de irrigação) terem sido embargados sem motivo aparente, visto que não apresentavam qualquer irregularidade.

http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2008/09/24/odebrecht_diz_que_socios_no_equador_recusaram_acordo_com_o_governo_1936418.html

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Re: Equador e a Odebrecht
« Resposta #3 Online: 25 de Setembro de 2008, 14:51:41 »
Odebrecht pede arbitragem para resolver crise

A Odebrecht pediu que o governo equatoriano aceite a arbitragem de uma entidade internacional para solucionar o impasse sobre a responsabilidade da paralisação na hidrelétrica de San Francisco.

Inaugurada em junho de 2007, a usina está sem funcionar desde 6 de junho por problemas estruturais.

"Queremos a arbitragem da ICC (Câmara de Comércio Internacional, sigla em inglês), como está previsto no contrato", afirmou ontem o vice-presidente da empresa, Paulo de Oliveira Melo. Os últimos contatos diretos entre empresa e governo foram feitos domingo.

"Para mostrar que acataremos a decisão do órgão, seja qual for, aceitamos pagar agora a um fiel depositário uma multa e devolver o prêmio de antecipação da obra, de US$ 13 milhões", disse Melo.

O consórcio Odebrecht-Alstom-Vatech, responsável pela construção da San Francisco, entregou a usina nove meses antes do prazo e, com isso, recebeu um bônus. Mas o consórcio diz que "apenas foram ressarcidos os custos decorrentes da aceleração de prazo". O governo do Equador exige que o valor seja devolvido.

O vice-presidente da Odebrecht afirmou também que os problemas na hidrelétrica foram causados pela erupção de um vulcão nas proximidades, que teria despejado detritos no Rio Pastaza. A ocorrência não estava prevista no projeto de engenharia, de responsabilidade do governo. Em nota oficial, a empresa informou que tem faturas pendentes de pagamento por parte do governo, da ordem de US$ 50 milhões. A empresa argumenta ainda que os prejuízos provocados pela paralisação são inferiores aos ganhos obtidos pela antecipação da entrega da usina.

O presidente equatoriano, Rafael Correa, e seus ministros afirmam que os problemas na usina de San Francisco são decorrentes de falhas na construção e não no projeto. Eles não mencionam a suposta dívida do Estado.

Independentemente da apuração das causas e responsabilidades, o consórcio se comprometeu a fazer os reparos, pois os problemas na hidrelétrica foram apresentados dentro do prazo de garantia contra defeitos, que é de um ano. Até terça-feira, quando o governo decidiu intervir militarmente no local, o conserto mobilizava 300 pessoas, entre técnicos, operários e consultores e tinha 4 de outubro como prazo de término.

Segundo a empresa brasileira, o embargo de todas as suas obras pelo governo do Equador envolve um total de contratos de US$ 650 milhões e atinge 3.800 pessoas que trabalham para a construtora no país, entre elas 36 funcionários brasileiros. A Odebrecht atua no Equador há duas décadas.

A Odebrecht diz que tentou até a última hora fechar um acordo com o governo do Equador. O acordo, para ser considerado válido, deveria ter a anuência da Alstom e da Vatech, empresas de capital europeu, mas ambas se recusaram a assiná-lo alegando riscos contratuais e insegurança jurídica.

A assessoria da Alston informou ontem que não assinou o documento porque ele não dizia respeito a sua atividade, que é a geração de energia. A Odebrecht informou que tentou assinar o acordo sozinha, mas a proposta foi recusada pelo governo de Correa.

A construtora diz que, durante a negociação com os sócios para a assinatura do documento, o governo equatoriano militarizou as instalações de San Francisco e de suas outras obras. Além disso, ordenou a requisição e custódia dos bens da empresa, suspendeu os direitos constitucionais de vários de seus executivos e os proibiu de sair do país.

No acordo de compromissos que estava sendo negociado com o governo, a Odebrecht alega ter assumido mais do que previam suas responsabilidades contratuais.

A empresa teria aceitado assumir custos dos reparos no valor aproximado de US$ 25 milhões sem que as causas estejam definidas e sem que o governo permitisse sequer uma auditoria; estender a garantia contra defeitos por mais 1 ano; estender a garantia para os reparos efetuados por um período de 5 anos; garantia adicional dos equipamentos; entregar a um fiel depositário o valor de US$ 43,8 milhões como multas e devolução dos custos recebidos pela antecipação.

http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2008/09/25/odebrecht_pede_arbitragem_para_resolver_crise_1937840.html

Odebrecht: usina trabalhou acima da capacidade

A construtora brasileira Odebrecht afirmou nesta quarta-feira que, durante seu primeiro ano de funcionamento, a usina hidrelétrica San Francisco operou, sob a responsabilidade do governo do Equador, com capacidade superior à que havia sido projetada.

A construtora brasileira respondeu às críticas do governo equatoriano por meio de um comunicado e disse estar disposta a chegar a um acordo "equilibrado" e "justo".

"Durante seu primeiro ano de operação, a Central (hidrelétrica) trabalhou continuamente, sob a responsabilidade de empresa do governo equatoriano, e acima da capacidade projetada", diz o comunicado emitido pela Odebrecht nesta quarta-feira.

A empreiteira disse que após um ano em operação, a hidrelétrica passou por uma inspeção, na qual foram encontrados "alguns problemas pontuais na obra" e que, a partir de então, teria assumido o trabalho de reparação da usina.

"O Consórcio, liderado pela Odebrecht, imediatamente assumiu os trabalhos dos reparos, mobilizando aproximadamente 300 pessoas (...) visando o retorno da operação da Central em 04/10/2008, prazo este que estava sendo cumprido até a intervenção do governo", afirma a Odebrecht no comunicado.

Entre as possíveis causas das falhas apresentadas na hidrelétrica, a construtora brasileira afirma que houve um "aumento significativo de sedimentos" nas águas do rio Pastaza, que abastece a hidrelétrica, devido à erupção do vulcão Tungurahua, situado a 20 quilômetros da usina.

Esse risco não teria sido calculado no projeto de engenharia, que de acordo com a Odebrecht, era de responsabilidade do governo equatoriano.

Perdas e ganhos

O governo equatoriano, por sua vez, afirma que a usina hidrelétrica apresenta "falhas estruturais" e exige uma indenização de US$ 43 milhões pelas perdas ocasionadas pelos três meses de paralisação, além da reparação total da obra.

A construtora brasileira, que terminou a obra antes do previsto, argumenta que os prejuízos provocados desde o fechamento da usina "são inferiores aos ganhos obtidos pelos nove meses de antecipação do prazo de construção".

Com uma potência prevista de 230 megawatts e com capacidade para abastecer 12% da energia do país, a central San Francisco foi construída pelo Consórcio Odebrecht - Alstom - Vatech (empresas européias) e inaugurada em junho de 2007.

A partir de junho de 2008 a San Francisco começou a apresentar falhas e logo depois foi fechada, o que, de acordo com o governo equatoriano, coloca em risco o abastecimento do país e poderia ocasionar apagões de energia.

Elevando o tom da disputa, o presidente do Equador, Rafael Correa, ameaçou nesta quarta-feira não pagar o empréstimo de mais de US$ 200 milhões concedido pelo BNDES para financiar a construção do projeto "que não presta".

Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva amenizou o problema e disse, em Nova York, estar confiante de que será alcançado um acordo com o governo equatoriano.

Acordo

Na tarde desta quarta-feira, o ministro equatoriano de Setores Estratégicos, Derlis Palacios, disse que a medida do governo "não paralisa os projetos" em andamento.

Na véspera, Palacios havia anunciado a "expulsão" da empreitera brasileira do Equador.

O ministro equatoriano, afirmou, porém, que o governo vai rever todos os contratos firmados com a empreitera.

"O governo do Equador reitera sua disposição para reestudar todos os contratos firmados com a empresa Norberto Odebrecht devido à corrupção nos contratos que são ou foram prejudiciais ao governo do Equador", afirmou Palacios em entrevista coletiva.

Além da San Francisco, a Odebrecht é responsável no Equador por projetos de mais duas hidrelétricas, um aeroporto e um sistema de irrigação, todos ainda em fase de construção, que equivalem a um total de US$ 650 milhões.

Em seu comunicado, a Obebrecht diz esperar que "a razão, o equilíbrio e principalmente a justiça prevaleçam, em ambiente de discussões técnicas" com o governo.

http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008/09/24/odebrecht_usina_trabalhou_acima_da_capacidade-548369888.asp

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Re: Equador e a Odebrecht
« Resposta #4 Online: 25 de Setembro de 2008, 16:16:35 »
Como sempre Lula vai passar a mão na cabeça do Correa e dizer "coitadinho do Equador" e o cidadão brasileiro paga a conta...

"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

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Re: Equador e a Odebrecht
« Resposta #5 Online: 25 de Setembro de 2008, 16:44:02 »
Equador não tem relação com BNDES, afirma Dilma

BRASÍLIA - A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, minimizou nesta quinta-feira a ameaça do presidente equatoriano Rafael Correa de não pagar os empréstimos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a construção de uma usina pela Odebrecht.

“O BNDES não tem relação com o Equador porque não emprestou para o Equador, emprestou para a empresa. Então, a relação é da empresa com o BNDES, não vamos complicar mais a situação”, afirmou Dilma após participar de um encontro com reitores de universidades federais em Brasília.

Segundo a ministra, o problema entre o país vizinho e a empresa brasileira deverá ser resolvido após o referendo que se realiza no próximo domingo no Equador e que irá decidir se será aprovado ou não o texto de uma nova Constituição para o país.

“Obviamente importa ao Brasil porque é uma empresa importante do País, mas vamos fazer uma gestão calma, tranqüila e esperar passar esse momento do referendo. Acredito, que só depois vamos tratar desse assunto, a declaração do presidente Lula é a compreensão brasileira deste processo”, disse a ministra.

Ontem, o presidente Lula afirmou em Washington acreditar que haverá uma solução para o problema que permitirá a Odebrecht continuar atuando no país vizinho.

Arbitragem

A Odebrecht pediu que o governo equatoriano aceite a arbitragem de uma entidade internacional para solucionar o impasse sobre a responsabilidade da paralisação na hidrelétrica de San Francisco. Inaugurada em junho de 2007, a usina está sem funcionar desde 6 de junho por problemas estruturais.

"Queremos a arbitragem da ICC (Câmara de Comércio Internacional, sigla em inglês), como está previsto no contrato", afirmou ontem o vice-presidente da empresa, Paulo de Oliveira Melo. Os últimos contatos diretos entre empresa e governo foram feitos domingo.

"Para mostrar que acataremos a decisão do órgão, seja qual for, aceitamos pagar agora a um fiel depositário uma multa e devolver o prêmio de antecipação da obra, de US$ 13 milhões", disse Melo.

O consórcio Odebrecht-Alstom-Vatech, responsável pela construção da San Francisco, entregou a usina nove meses antes do prazo e, com isso, recebeu um bônus. Mas o consórcio diz que "apenas foram ressarcidos os custos decorrentes da aceleração de prazo". O governo do Equador exige que o valor seja devolvido.

O vice-presidente da Odebrecht afirmou também que os problemas na hidrelétrica foram causados pela erupção de um vulcão nas proximidades, que teria despejado detritos no Rio Pastaza. A ocorrência não estava prevista no projeto de engenharia, de responsabilidade do governo. Em nota oficial, a empresa informou que tem faturas pendentes de pagamento por parte do governo, da ordem de US$ 50 milhões. A empresa argumenta ainda que os prejuízos provocados pela paralisação são inferiores aos ganhos obtidos pela antecipação da entrega da usina.

O presidente equatoriano, Rafael Correa, e seus ministros afirmam que os problemas na usina de San Francisco são decorrentes de falhas na construção e não no projeto. Eles não mencionam a suposta dívida do Estado.

Independentemente da apuração das causas e responsabilidades, o consórcio se comprometeu a fazer os reparos, pois os problemas na hidrelétrica foram apresentados dentro do prazo de garantia contra defeitos, que é de um ano. Até terça-feira, quando o governo decidiu intervir militarmente no local, o conserto mobilizava 300 pessoas, entre técnicos, operários e consultores e tinha 4 de outubro como prazo de término.

Segundo a empresa brasileira, o embargo de todas as suas obras pelo governo do Equador envolve um total de contratos de US$ 650 milhões e atinge 3.800 pessoas que trabalham para a construtora no país, entre elas 36 funcionários brasileiros. A Odebrecht atua no Equador há duas décadas.

A Odebrecht diz que tentou até a última hora fechar um acordo com o governo do Equador. O acordo, para ser considerado válido, deveria ter a anuência da Alstom e da Vatech, empresas de capital europeu, mas ambas se recusaram a assiná-lo alegando riscos contratuais e insegurança jurídica.

A assessoria da Alston informou ontem que não assinou o documento porque ele não dizia respeito a sua atividade, que é a geração de energia. A Odebrecht informou que tentou assinar o acordo sozinha, mas a proposta foi recusada pelo governo de Correa.

A construtora diz que, durante a negociação com os sócios para a assinatura do documento, o governo equatoriano militarizou as instalações de San Francisco e de suas outras obras. Além disso, ordenou a requisição e custódia dos bens da empresa, suspendeu os direitos constitucionais de vários de seus executivos e os proibiu de sair do país.

No acordo de compromissos que estava sendo negociado com o governo, a Odebrecht alega ter assumido mais do que previam suas responsabilidades contratuais.

A empresa teria aceitado assumir custos dos reparos no valor aproximado de US$ 25 milhões sem que as causas estejam definidas e sem que o governo permitisse sequer uma auditoria; estender a garantia contra defeitos por mais 1 ano; estender a garantia para os reparos efetuados por um período de 5 anos; garantia adicional dos equipamentos; entregar a um fiel depositário o valor de US$ 43,8 milhões como multas e devolução dos custos recebidos pela antecipação.

http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2008/09/25/odebrecht_pede_arbitragem_para_resolver_crise_1937840.html

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Re: Equador e a Odebrecht
« Resposta #6 Online: 26 de Setembro de 2008, 13:11:43 »
Em resumo:
-O projeto não foi da Odebrecht (ainda que seja possível haver erros de execução).
-Um vulcão nas proximidades causou problemas à usina.
-A usina foi operada de forma errada.
-O Correa está em campanha pela reeleição e quer aparecer como herói.
-Nossos vizinhos sabem que somos uns bundões e que eles podem fazer o que querem.

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Re: Equador e a Odebrecht
« Resposta #7 Online: 27 de Setembro de 2008, 18:23:45 »
Odebrecht aceita acordo proposto pelo Equador

A construtora brasileira Odebrecht aceitou um acordo proposto pelo governo do Equador, para resolver o pleito que determinou o embargo de seus bens por se negar a pagar uma indenização, devido a falhas na construção de uma central hidrelétrica, anunciou o presidente Rafael Correa, neste sábado.
"Depois de uma tremenda sacudida, recebemos ontem o acordo, assinado unilateralmente", disse o presidente, com ironia.

Correa afirmou que a construtora aceitou "todas as exigências pedidas pelo governo", entre elas o reparo dos danos na central de San Francisco e o pagamento de uma milionária indenização.

"Agora, temos de analisar se permitimos que continue, ou não, no país, porque, por coincidência, tive uma reunião com a comissão auditora da dívida externa, e um dos empréstimos muito questionados é o da central San Francisco", acrescentou.

O presidente declarou que um crédito de cerca de 200 milhões de dólares concedido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar a obra foi entregue à Odebrecht, mas quem aparece como devedor é o Equador.

http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2008/09/27/odebrecht_aceita_acordo_proposto_pelo_equador_1941338.html

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Re: Equador e a Odebrecht
« Resposta #8 Online: 09 de Abril de 2009, 04:35:37 »
Equador pedirá indenização de US$ 210 milhões à Odebrecht

O governo do Equador anunciou nesta terça-feira que pretende processar a construtora brasileira Odebrecht por crime de peculato e exigirá uma indenização de US$ 210 milhões pelas falhas apresentadas na construção da usina San Francisco, obra de responsabilidade da empresa brasileira.

A decisão tem como base uma auditoria realizada pela empresa italiana Electroconsult, que determinou ter havido "negligência grave" da empreiteira durante a execução da obra da usina que teve que ser desativada poucos meses depois de ser inaugurada.

"É fácil concluir que o Equador foi fraudado pela Odebrecht. Pelos cálculos (realizados) e pela vía juridíca se exigirá US$ 210 milhões", afirmou Jorge Glass, presidente do Fundo de Solidariedade do Equador, instituição responsável pelo setor elétrico no país.

"Não existirá canto no mundo em que não perseguiremos a Odebrecht para executar a sentença que acreditamos que nos será favorável", acrescentou Glas, sem determinar em qual tribunal o governo equatoriano pretende apresentar a demanda contra a empresa brasileira.

De acordo com a auditoria, a obra da usina apresenta 17 falhas estruturais. " A obra não foi concluída sob as especificações técnicas correspondentes" do contrato, afirmou Glass.

O Fundo de Solidariedade afirma que funcionários brasileiros e equatorianos estariam envolvidos nas irregularidades da construção. O governo equatoriano também pretende processar a empreiteira por "crime de peculato", quando um funcionário se apropria de dinheiro público.

"Repúdio"

A Odebrecht, por meio de uma nota oficial, "repudia as acusações e conclusões antecipadas" difundidas pelas autoridades.

A empreiteira afirma "desconhecer" o conteúdo da auditoria e acrescentou que o relatório equatoriano "não é definitivo" por ter sido encomendado de maneira unilateral pelo Equador, sem a imparcialidade necessária.

A Odebrecht disse ter contratado uma empresa internacional de energia para realizar uma análise técnica da obra.

Polêmica

A disputa entre o Equador e a Odebrecht foi o pivô de uma crise diplomática com o Brasil no ano passado.

O impasse veio à tona quando o presidente do Equador Rafael Correa expulsou a empresa do país em resposta a uma decisão inicial da empresa de não assumir os custos de reparação das falhas apresentadas na usina San Francisco.

Com uma potência prevista de 230 megawatts e com capacidade para abastecer 12% da energia do país, a central San Francisco foi construída pelo Consórcio Odebrecht e inaugurada em junho de 2007. Um ano depois, a San Francisco começou a apresentar falhas e foi fechada, o que, de acordo com o governo equatoriano, colocou em risco o abastecimento do país.

Logo depois da expulsão da empresa, o governo do Equador entrou com uma ação internacional para suspender o pagamento da dívida de US$ 243 milhões contraída com o BNDES para a construção da usina hidrelétrica San Francisco. Na época, o governo equatoriano alegou supostas violações legais e constitucionais no contrato.

A demanda, que foi apresentada na Câmara de Comércio Internacional (CCI) em Paris, provocou a reação do governo brasileiro, que chamou o embaixador do Brasil em Quito para consulta.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/04/090407_odebrecht_rc.shtml

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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Equador e a Odebrecht
« Resposta #9 Online: 09 de Abril de 2009, 07:51:36 »
Citar
O Fundo de Solidariedade afirma que funcionários brasileiros e equatorianos estariam envolvidos nas irregularidades da construção.

Obras públicas só podem ter irregularidades se o pessoal do governo for conivente.

Não acredito que construiram uma usina sem que gente dele estivesse verificando as obras, liberações de verbas  e documentos o tempo todo, então agora que deu pau precisam jogar a culpa nos mais otários do bando.


Offline Stéfano

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Re: Equador e a Odebrecht
« Resposta #10 Online: 09 de Abril de 2009, 10:25:40 »
(...) agora que deu pau precisam jogar a culpa nos mais otários do bando.
Otários ? A Odebrecht ?  :histeria:
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Equador e a Odebrecht
« Resposta #11 Online: 09 de Abril de 2009, 12:05:26 »
(...) agora que deu pau precisam jogar a culpa nos mais otários do bando.
Otários ? A Odebrecht ?  :histeria:

É só um modo de falar.

É o de sempre, todo mundo sabe no que se meteu mas na hora do escândalo precisam escolher um para livrar os outros da sujeira e todos ficarem  impunes depois que a coisa sair da mídia e cair no esquecimento.

Não é o que acontece sempre? Basta ver, por exemplo, a relação entre o governo brasileiro e as mesmas empreiteiras de sempre....
« Última modificação: 09 de Abril de 2009, 12:10:48 por Arcanjo Lúcifer »

Offline Stéfano

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Re: Equador e a Odebrecht
« Resposta #12 Online: 10 de Abril de 2009, 07:35:12 »
(...) agora que deu pau precisam jogar a culpa nos mais otários do bando.
Otários ? A Odebrecht ?  :histeria:

É só um modo de falar.

É o de sempre, todo mundo sabe no que se meteu mas na hora do escândalo precisam escolher um para livrar os outros da sujeira e todos ficarem  impunes depois que a coisa sair da mídia e cair no esquecimento.

Não é o que acontece sempre? Basta ver, por exemplo, a relação entre o governo brasileiro e as mesmas empreiteiras de sempre....
A Odebrecht é (ou era) a maior empreiteira do Brasil. E todos sabemos como se chega nessa posição fazendo contratos com o governo deste país.
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Equador e a Odebrecht
« Resposta #13 Online: 10 de Abril de 2009, 09:00:33 »
E são sempre as mesmas que conseguem os contratos, apesar de responderem por um monte de irregularidades na justiça.

Skorpios

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Re: Equador e a Odebrecht
« Resposta #14 Online: 10 de Abril de 2009, 09:44:13 »
Mai$$$$$

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Odebrecht Terá 50% do Estaleiro de Submarinos
Author: Roberto Silva

21 Jan

Mídia : Estado de São Paulo

Data : 21/01/2009

Marinha diz que escolha foi exclusiva dos franceses

Wilson Tosta, RIO

O comando da Marinha do Brasil esclareceu ontem que a escolha da Odebrecht como sócia do projeto de construção dos submarinos foi feita exclusivamente pela empresa francesa DCNS.

“Apesar de solicitada, a MB recusou-se, sequer, a indicar as empresas possíveis, haja vista que qualquer indicação seria inevitavelmente uma fonte de controvérsias futuras”, afirma nota enviada ao Estado.

O “problema”, diz o texto, ficou a cargo da DCNS. A Marinha também informou que, para a operação do estaleiro, será constituída uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), com 50% das cotas sob controle da Odebrecht, 49% com a DCNS e 1% com a Marinha do Brasil.

A participação do governo federal brasileiro, contudo, será mais que simbólica, pois terá direito de veto em questões estratégicas, como ocorre na Embraer desde sua privatização.

Não fica claro se esta é a mesma sociedade referida pela DCNS, cujo controle majoritário, segundo disse ao Estado o porta-voz da própria empresa, ficará com os franceses. Para operar o estaleiro não haverá joint venture, diz a nota da Marinha.

Odebrecht ajudará a construir submarinos

Franceses, que fecharam negócio de 7 bi com Marinha, farão joint venture com construtora

Wilson Tosta, RIO

A Construtora Norberto Odebrecht será sócia na construção dos cinco submarinos contratados pelo Brasil com a França - um negócio estimado em 7 bilhões (R$ 21,4 bilhões) ao longo de 20 anos, acertado no fim de 2008 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com seu colega francês, Nicolas Sarkozy.

A DCNS, empresa que tem 75% de suas ações controladas pelo Estado na França e 25% pela Thales, afirmou que a Odebrecht foi escolhida por sua especialização nas áreas nuclear e de offshore. Formará com os franceses uma joint venture para fazer as embarcações.

A empreiteira construirá ainda o estaleiro onde as embarcações serão montadas e uma nova base naval no Porto de Sepetiba, no Rio. O contrato entrará em vigor no segundo semestre.

Um porta-voz da empresa, pedindo anonimato, disse que o projeto “é o contrato mais importante já assinado pela DCNS”. Será a primeira parceria industrial DCNS-Odebrecht.

Segundo o porta-voz, “a Odebrecht tem um painel de atividades, assim como projetos industriais na área nuclear e de offshore que correspondem à realidade do projeto dos submarinos”. Ele reforçou que “essas atividades são complementares às da DCNS”. A empresa francesa não divulgou cifras do negócio, considerado confidencial.

A joint venture construirá, com assistência da DCNS, os quatro submarinos convencionais Scorpène, a propulsão diesel-elétrica. Cada um terá menos de 75 metros de comprimento, deslocará até 2 mil toneladas na superfície e poderá levar de 30 a 45 pessoas. Terá sistemas de torpedos pesados de nova geração e poderá ser equipado com mísseis antinavio.

Montagem

O primeiro submarino será em parte feito na França, em Cherbourg - os outros terão seus cascos montados no Brasil, depois de manufaturados na Nuclep, em Itaguaí (RJ).

A DCNS dará assistência para o design da parte não-nuclear do submarino, a ser feita pela joint venture, e às obras para construção do estaleiro e da nova base. A DCNS alegou confidencialidade para não revelar valores e data de entrega de quatro das cinco embarcações. A primeira estará operacional em 2015.

Desde o início, o estaleiro a ser construído pertencerá à Marinha do Brasil, que vai cedê-lo à joint venture DCNS-Odebrecht para a construção dos submarinos. Serão abertas vagas de trabalho para 500 pessoas ao longo de 20 anos.

Outras empresas francesas, como Thales, Jeumont Electric e Sagem, também participarão do projeto, como fornecedoras de equipamentos. Equipes de engenheiros e técnicos brasileiros serão reunidas em Cherbourg, durante a fabricação da parte do primeiro submarino. Mais de cem empregados da DCNS trabalharão no Brasil, entre permanentes e temporários.

O grupo DCNS tem 13 mil funcionários em dez localidades da França e faturamento de 2,8 bilhões. O grupo tem filiais na Grécia, Arábia Saudita, Malásia, Cingapura, Índia e Itália. Tem mais de 50 governos como clientes.

A assessoria da Odebrecht, procurada ontem pelo Estado, informou que caberia à Marinha do Brasil comentar o assunto.


http://defesabr.com/blog//21/01/2009/odebrecht-tera-50-do-estaleiro-de-submarinos/

 

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