Autor Tópico: Para OIT, economia verde deve criar 20 mi de empregos até 2030  (Lida 759 vezes)

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Para OIT, economia verde deve criar 20 mi de empregos até 2030
« Online: 25 de Setembro de 2008, 17:06:11 »
Para OIT, economia verde deve criar 20 mi de empregos até 2030
 
Um relatório divulgado pela Organização Mundial do Trabalho (OIT) indica que, até 2030, o desenvolvimento de alternativas limpas de energia irá criar mais de 20 milhões de empregos em todo o mundo.

O documento, intitulado Green Jobs: Towards Decent Work in a Sustainable, Low-Carbon World ("Empregos Verdes: Rumo a um Emprego Decente em um Mundo Sustentável e com Baixas Emissões de Carbono", em tradução livre), analisa como o desenvolvimento das fontes de energia sustentáveis já está tendo impacto sobre o mercado de trabalho e traça as perspectivas para o futuro.

Uma estimativa citada no relatório indica que, atualmente, cerca de 2,3 milhões de pessoas ocupam empregos diretamente ligados a fontes renováveis de energia, sendo que a maioria (1,174 milhão) trabalha com biomassa.

"Dado o aumento rápido do interesse em alternativas energéticas, os anos futuros poderão ser marcados pelo aumento mundial do número de empregos (na área) – possivelmente até 2,1 milhões em energia eólica e 6,3 milhões em energia solar até 2030”, diz o documento.

Brasil

Segundo a OIT, o relatório é o primeiro estudo abrangente sobre o surgimento de uma "economia verde" e seu impacto no mercado de trabalho.

O Brasil é citado no relatório como sendo um dos líderes mundiais no número de vagas de trabalho na produção de energia derivada de biomassa, juntamente com Estados Unidos, Japão, Alemanha e China.

Segundo o documento, estima-se que 500 mil trabalhem diretamente com biomassa só no Brasil - o que inclui o processamento de cana-de-açúcar para produzir etanol.

"Até o momento, um pequeno grupo de países responde pelo grosso dos investimentos em energia renovável", diz o relatório. "Alemanha, Japão, China, Brasil e os Estados Unidos têm papéis particularmente proeminentes no desenvolvimento de tecnologias renováveis e, até agora, têm mantido a maior parte dos empregos nesse setor em todo o mundo”.

O documento diz que o crescimento do número de vagas de emprego "verdes" depende de os países implementarem e ampliarem medidas como a redução das emissões de gases que provocam o efeito estufa e a redução dos subsídios à produção de petróleo e gás natural.

"Todas as projeções para países individualmente indicam um forte potencial para grande produção de empregos nos próximos anos e décadas. A instalação e manutenção de painéis solares e sistemas termais solares, particularmente, oferecem um tremendo (potencial de) crescimento de empregos."

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/09/080924_relatorio_verderg.shtml

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Re: Para OIT, economia verde deve criar 20 mi de empregos até 2030
« Resposta #1 Online: 22 de Fevereiro de 2010, 09:56:09 »
Brasil tem vantagens no mercado de tecnologias verdes

Desde os anos 1980, Álvaro Gonçalves opera fundos especializados em investir em empresas, os chamados fundos de private equity. Trabalhou nos Estados Unidos antes de começar a operar no Brasil e em 1999 tornou-se sócio fundador do Grupo Stratus, hoje um dos mais atuantes gestores de recursos com quase meio bilhão de reais em investimentos.

Quando desembarcou no Brasil, Gonçalves percebeu que investir em negócios locais pressupunha avaliar como os concorrentes estrangeiros poderiam prejudicar empresas brasileiras. Há quatro anos, no entanto, o Stratus entrou num novo segmento: investimento em tecnologias verdes. Para sua surpresa, Gonçalves descobriu que nessa área é preciso exercitar o olhar inverso.

“Em tecnologias limpas, o Brasil está na frente”, diz Gonçalves. “Opções feitas no passado, como desenvolver o etanol e priorizar hidrelétricas, fizeram com que a discussão em torno de energias limpas ocorresse bem mais cedo aqui, fomentando uma cultura empresarial por negócios verdes.” Segundo Gonçalves, o País é naturalmente um exportar nessa área. “No que se refere a tecnologias verdes, nosso trabalho é olhar para quais mercados vamos levar esse negócio.”

Setores emergentes

O Stratus investe em três empresas ligadas a tecnologias limpas por meio de um fundo batizado de CleanTech. A primeira vista, os setores nos quais elas atuam parecem um tanto nebulosos para se ganhar dinheiro. A Brazil Timber, por exemplo, é especializada na gestão de florestas. Seu trabalho é monitorar árvores e indicar quais podem ser derrubadas dentro de certos critérios ambientais.

Trata-se de um trabalho muito especializado. De acordo com a área da floresta, só é possível retirar uma árvore a cada cinco anos, num espaço do tamanho do estádio do Maracanã. Pode parecer um trabalho insano, mas o retorno compensa. O metro cúbico da madeira certificada chega a valer cinco vezes mais do que o da convencional.

Outra empresa que recebeu investimento foi a Ecosorb, que atua no mercado de serviços ambientais. Uma de suas especialidades é limpar portos. “Até trabalhar com esse fundo, não fazia a menor idéia de que portos podem ser lugares muito sujos”, diz Gonçalves. “Os produtos usados para lavar os navios e o cais vão se depositando na água e no solo com prejuízos incalculáveis ao meio-ambiente.”

A empresa agora está se equipando para atuar na limpeza de plataformas de petrolíferas. “A exploração do pré-sal vai aquecer o setor e a cadeia de petróleo e gás oferece boas oportunidades nessa área”, diz Gonçalves.

Recentemente, o Stratus passou a investir também na Amyris Brasil, subsidiária da Amyris Biotechnologies, empresa que desenvolve, produz e comercializa tecnologias para fabricação de combustíveis e materiais químicos renováveis. A Amyris é norte-americana, mas seu projeto de desenvolvimento e produção de gasolina a base de cana-de-açúcar está no Brasil porque o País é líder na fabricação de etanol a base de cana.
 
Mudanças no clima e na economia

Para os ambientalistas é uma decepção, mas o maior atrativo de fundos como o CleanTech não é o fato de eles salvarem árvores e ajudarem o mundo a ser um lugar melhor. Investimentos como esses miram nas mudanças climáticas e seus efeitos sobre a política e a economia.

Nos próximos anos, a legislação ambiental tende a ficar mais rigorosa, obrigando alterações nos processos de produção e de prestação de serviços. Assim, quem investe em tecnologia verde está de olho no potencial de crescimento e de retorno de jovens empresas que conseguem transformar sustentabilidade em bons negócios. Para o Stratus, o CleanTech está na lista dos investimentos com alto potencial de crescimento – e de lucros.

Para dimensionar a expectativa em relação ao retorno basta avaliar o porte dos investidores. Os R$ 60 milhões do fundo foram desembolsados por grandes empresas e bancos institucionais: o Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, a empresa química alemã Basf, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a FINEP e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social.

http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2010/02/21/brasil+tem+vantagens+no+mercado+de+tecnologias+verdes+9402843.html

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