Autor Tópico: Ativista político de Mianmar é libertado depois de 19 anos preso  (Lida 635 vezes)

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Ativista político de Mianmar é libertado depois de 19 anos preso
« Online: 25 de Setembro de 2008, 20:12:27 »
Ativista político de Mianmar é libertado depois de 19 anos preso

Foi libertado nesta terça-feira o jornalista e ativista político U Win Tin, 79, depois de passar 19 anos preso sob ordens da junta militar que governa Mianmar. Win Tin foi anistiado junto com outros 9.002 prisioneiros pouco antes do aniversário de um ano dos protestos de monges budistas pela redemocratização do país.

Win Tin foi preso em julho de 1989 e condenado a 20 anos de prisão por distribuir propaganda e incentivar a luta contra o governo militar. Um ano antes, ele havia ajudado a fundar o partido de oposição Liga Nacional pela Democracia (LND), de Aung San Suu Kyi, prêmio Nobel da Paz.

Em 1990, Mianmar (então Birmânia) promoveu as primeiras eleições livres depois de quatro décadas de ditadura. A oposicionista Suu Kyi venceu, mas a votação foi anulada pelos militares, que iniciaram uma repressão a dissidentes com prisões em massa. Suu Kyi passou os últimos 12 anos presa, a maior parte do tempo em casa.

Com Win Tin, ao menos outros sete prisioneiros políticos foram libertados hoje, segundo a Anistia Internacional. A organização humanitária estima que existam ainda 2.100 presos políticos em Mianmar. Ao sair da cadeia, Win Tin disse em Yangun que continuaria lutando pela democracia. "Eu estarei feliz apenas quando todos os prisioneiros políticos, incluindo Aung San Suu Kyi, forem libertados", disse.

Em ato de protesto, ele continuou vestido com os trajes azul-claro do presídio de Insein e prometeu lutar por mais liberdade em Mianmar. Em março de 1996, sua sentença havia sido aumentada em sete anos por ter denunciado às Nações Unidas as condições da prisão e distribuído panfletos contra o governo na cadeia.

Nos últimos anos, organizações internacionais temiam que Win Tin pudesse morrer na prisão, sob suspeita de estar gravemente doente. No tempo que esteve encarcerado, ele teve dois ataques cardíacos e foi operado da hérnia, além de sofrer de pressão alta, diabetes e inflamação da coluna, segundo ONGs. Ao sair da cadeia hoje, Win Tin aparentava estar bem de saúde. "Eu estou ok, eu estou muito bem", disse.

Grupos de direitos humanos celebraram a libertação de Win Tin. "Nós estamos imensamente aliviados por ele ter sido finalmente libertado", disse em comunicado a organização Repórteres Sem Fronteiras. "É um momento histórico", acrescentou. A Anistia Internacional considerou a libertação dos prisioneiros "a melhor notícia que veio de Mianmar em um longo tempo", mas disse em comunicado que "ainda há muitos, muitos mais que deveriam ser libertados".

Para analistas, a decisão de libertar Win Tin junto com outros milhares de prisioneiros foi uma tentativa da junta militar de amenizar as críticas que recebeu nos últimos doze meses. As Nações Unidas estimam que 31 pessoas foram mortas quando o Exército de Mianmar atacou um protesto pacífico de monges budistas por maiores liberdades nos dias 26 e 27 de setembro do ano passado.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u448131.shtml

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Re: Ativista político de Mianmar é libertado depois de 19 anos preso
« Resposta #1 Online: 18 de Maio de 2009, 19:28:39 »
Começa julgamento de líder pró-democracia de Mianmar

A líder pró-democracia de Mianmar, Aung San Suu Kyi, está sendo julgada na capital do país, Yangun, nesta segunda-feira, depois de passar quase 20 anos presa em vários locais.

Pelas normas da Constituição do país, Suu Kyi deveria ser libertada no dia 27 de maio, depois de seis anos consecutivos de prisão domiciliar, mas, na semana passada, ela foi acusada de violar os termos de sua detenção e levada a um presídio.

Aung San Suu Kyi está sendo julgada depois que um americano, John Yettaw, atravessou a nado um lago para chegar à casa em que ela estava confinada. O advogado de Suu Kyi insiste que Yettaw não havia sido convidado para uma visita.

Se for condenada, Aung San Suu Kyi pode ser sentenciada a até cinco anos de prisão - período que abrange eleições planejadas para o ano que vem.

A duração do julgamento é imprevisível. Correspondentes dizem que pode durar poucos dias ou várias semanas - o governo deve chamar até 22 testemunhas de acusação.

Duas assistentes de Suu Kyi estão sendo julgadas com ela e a audiência de Yettaw, que também foi preso, está marcada para esta segunda-feira.

Reação internacional

A segurança é reforçada em torno do presídio de Insein, onde Suu Kyi está sendo julgada. Dezenas de partidários, inclusive membros proeminentes da Liga Nacional para a Democracia, a que Suu Kyi pertence, se reuniram perto do presídio, mas tropas de choque montaram barricadas com arame farpado para impedir que se aproximem do prédio.

Os embaixadores de França, Alemanha e Itália também foram impedidos de entrar na prisão, mas há notícia de que o cônsul dos Estados Unidos foi autorizado a acessar o local, possivelmente para visitar Yettaw.

O correspondente da BBC para o Sudeste da Ásia, Jonathan Head, disse que a ação equivocada de um indivíduo aparentemente bem-intencionado deu um pretexto para o governo militar de Mianmar mantê-la presa.

O tratamento dedicado à líder política pelas autoridades de Mianmar recebeu ampla condenação dos países ocidentais.

O representante de Política Externa da União Europeia, Javier Solana, disse que as sanções contra o país precisam ser endurecidas. Até agora, contudo, não houve reação oficial dos dois grandes vizinhos de Mianmar, China e Índia, ou do grupo regional de que o país faz parte, Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean).

Há planos para manifestações contra o julgamento diante de embaixadas de Mianmar em 20 cidades do mundo nesta segunda-feira.

http://ultimosegundo.ig.com.br/bbc/2009/05/18/comeca+julgamento+de+lider+pro+democracia+de+mianmar+6185928.html

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Re: Ativista político de Mianmar é libertado depois de 19 anos preso
« Resposta #2 Online: 12 de Novembro de 2010, 11:59:47 »
Autoridades de Mianmar já teriam assinado libertação de Suu Kyi


Prisão domiciiar de Aung San Suu Kyi, vencedora do Nobel, expira no sábado

Autoridades militares de Mianmar já teriam assinado um ordem que autoriza a libertação da líder política e ganhadora do Prêmio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi, segundo indicam fontes ouvidas pela BBC.

Suu Kyi, 65 anos, cumpre uma pena de prisão domiciliar de 18 meses, que expira neste sábado. Nos últimos 21 anos, a ativista permaneceu presa por um total de 15.

O correspondente da BBC em Bangcoc Alastair Leithead afirma que diferentes fontes anônimas confirmaram que os documentos para soltar Suu Kyi já foram assinados.

Embora ainda não haja uma confirmação oficial da libertação de Suu Kyi, houve um aumento na atividade policial e na circulação de militantes em frente à sua casa, na cidade de Yangun - a maior do país.

Suu Kyi ganhou fama internacional por formar um resistência pacífica e por lutar por reformas democráticas em Mianmar, que é governado por militares. Ela ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1991.

'Salvação' a nado

A libertação da ativista deveria ter ocorrido no ano passado, mas uma nova sentença foi anunciada depois que um americano atravessou o lago Inya a nado até a casa de Suu Kyi, afirmando estar em uma missão para salvá-la.

O advogado da líder política, Nyan Win, afirmou que ela deve ser libertada porque não existe lei no país que possa estender a sua prisão além de sábado. Além disto, o advogado disse que sua cliente somente aceitará a liberdade se ela for "incondicional".

Segundo Nyan, a ativista pretende ir até a sede de seu partido, a Liga Nacional para a Democracia (NLD, sigla em inglês), assim que deixar a prisão domiciliar.

O embaixador britânico em Mianmar, Andrew Heyn, disse à BBC que a Grã-Bretanha e a União Europeia estão pressionando pela liberdade incondicional de Suu Kyi, e que a sua soltura teria um "impacto significativo".

Eleições

No último domingo, Mianmar realizou suas primeiras eleições em 20 anos. Resultados parciais indicam que o maior partido apoiado pelos militares, o Partido da Solidariedade e do Desenvolvimento da União (USDP, sigla em inglês), obteve a maioria nas duas casas do Parlamento.

Embora a junta militar que governa o país afirme que as eleições marcam uma transição para a democracia civil, tanto a oposição quanto vários governos ocidentais e grupos de direitos humanos criticaram o pleito em Mianmar, marcado por irregularidades e restrições impostas à campanha da oposição.

O NLD - que venceu a eleição de 1990, mas nunca assumiu o poder - se recusou a participar da disputa eleitoral de domingo passado.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/11/101112_mianmar_ativista_rp.shtml

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Re:Ativista político de Mianmar é libertado depois de 19 anos preso
« Resposta #3 Online: 21 de Maio de 2012, 16:22:35 »
Após 24 anos, Suu Kyi viajará ao exterior para discursar no Nobel da Paz

A líder opositora birmanesa Aung San Suu Kyi, vencedora do Nobel da Paz em 1991, pronunciará o discurso de recepção do prêmio no próximo dia 16 de junho em Oslo, informou nesta segunda-feira o Instituto Nobel.

Suu Kyi, que chegará a Oslo no dia anterior, já tinha confirmado há algumas semanas que visitaria a Noruega em junho, naquela que será sua primeira viagem ao exterior em 24 anos, após sofrer várias prisões domiciliares.

O ministro de Relações Exteriores norueguês, Jonas Gahr Stoere, convidou Suu Kyi à Noruega pessoalmente quando visitou Mianmar em abril, depois que o país escandinavo suspendeu as sanções econômicas ao país asiático.

O Instituto Nobel indicou anteriormente que, quando Suu Kyi visitar Oslo, realizará uma espécie de cerimônia, incluída a leitura de recepção do prêmio e um banquete em sua honra, já que em 1991 não pôde receber o prêmio pessoalmente.

Na época, a medalha, o diploma e os 10 milhões de coroas suecas (pouco mais de R$ 2,5 milhões no câmbio atual) foram entregues a seu marido, o já falecido professor britânico Michael Aris, e a seus dois filhos.

Suu Kyi, que há poucos dias assumiu uma cadeira do Parlamento que ganhou nas eleições de abril, foi detida pela primeira vez em 1989 e desde então não pôde sair de Mianmar.

Após meio século de ferrenha ditadura, a Junta Militar cedeu o poder em março de 2011 a um governo de aspecto civil, embora composto por ex-generais que previamente renunciaram à farda para cumprir a normativa eleitoral.

http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=250248177

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