É uma contestação bem direta, no estilo "não façam prisioneiros" que eu gosto de usar com o Espiritismo. É também uma das poucas obras estrangeiras que conheço que falam especificamente de Kardec. Além disso, tem uma abordagem crítica completamente diferente da nossa, refutando as alegações espíritas pelo enfoque religioso e metafísico.
Por fim, também é um livro interessante pelo quanto ensina sobre a história do ocultismo e do espiritismo e de como pensam e são motivados os espíritas. Guénon observa, por exemplo, que grupos espíritas tendem a investir muito no encorajamento recíproco e se fechar em si mesmos. Chegando ao ponto de se expandir mais pela formação de novos núcleos do que pela expansão de grupos já existentes.
Ele tem tantos insights sobre a prática espírita que ajuda a entender por que há tanta ansiedade de buscar legitimização via comparação com outros grupos. Recomendo. Aliás, o texto está disponível em espanhol via
http://www.euskalnet.net/graal/index2.htm (veja o quarto link).