Acredito que não, somente se o reconhecimento da verdade fosse tão pernicioso a ponto de os humanos não conseguirem lidar com a ideia - o que muito bem explica o propósito das religiões: experiência essa desconhecida.
Relembrando que niilismo vem de nihil, palavra latina para nada. Em relação a seu conceito, é uma posição filosófica realista, a qual resumo que não há um valor próprio para a vida, senão o valor que nós conferimos a ela. Quer isso dizer que não há um propósito existencial, daí o nihil, postura essa que implica a reformulação de muitos valores - como felicidade, vida e amor - sob uma óptica científica, e, como tal, realista.
Recomendo ler um texto de Arthur Schopenhauer: O vazio da existência (
http://ateus.net/artigos/filosofia/o-vazio-da-existencia/). São umas cinco páginas incríveis, como o excerto abaixo, anunciando uma verdade de forma eloquente:
"Um homem, para seu assombro, repentinamente torna-se consciente de sua existência após um estado de não-existência de muitos milhares de anos; vive por um breve período e então, novamente, retorna a um estado de não-existência por um tempo igualmente longo".
Um autor brasileiro muito bom é o filósofo André Cancian, que trata desse tema e sobre ateísmo, tudo de forma clara e objetiva.