Nasa provoca colisão com cometa em busca da origem da vida![](http://img.terra.com.br/i/reuters.gif)
Cientistas da Nasa (agência espacial dos EUA) estão preparando-se para atirar uma pequena sonda contra um grande cometa no dia 4 de julho com o objetivo de descobrir como a vida surgiu na Terra.
A missão, batizada de Impacto Profundo, pretende expor e fotografar substâncias formadas bilhões de anos atrás, durante a criação do universo, ao abrir uma cratera do tamanho de um estádio de futebol no cometa Tempel 1.
Os cometas são compostos de gelo, gás e poeira vindos das partes mais distantes e mais frias do Sistema Solar. Normalmente eles apresentam alguma atividade ¿ pedaços de suas superfícies costumam se levantar, criando jatos de poeria no formato de ventiladores.
Os cometas também são conhecidos como "portadores de blocos químicos básicos para permitir o surgimento da vida", disse na quarta-feira Rick Gremmier, diretor de projeto para a missão da Nasa.
"Queremos descobrir quais são esses materiais... e encaixar mais uma peça do quebra-cabeça sobre como o Sistema Solar foi formado." Uma teoria, segundo Gremmier, é de que os cometas levaram pela primeira vez água para a Terra ao cair na superfície do planeta.
Às 2h52 (horário de Brasília) de segunda-feira a sonda, de 350 quilos, reforçada com cobre e do tamanho de uma mesa de centro, deve se chocar com o Tempel 1, a uma velocidade de 12,43 mil quilômetros por hora. Os cientistas acreditam que a colisão fará disparar um jato de gelo e poeira da superfície do cometa e revelará o que há por debaixo dela. O cometa estará a cerca de 133,6 milhões de quilômetros da Terra.
O Impacto Profundo, a aeronave que transportou e que lançará a sonda, estará a cerca de 500 quilômetros de distância do cometa no momento da colisão e terá cerca de 13 minutos para capturar imagens e dados antes de ser atingido pela nuvem de partículas liberada no choque.
Há câmeras tanto a bordo da sonda quando da espaçonave principal. E a explosão também deve ser observada pelos telescópios espaciais Hubble, Spitzer e Chandra.
Fonte:
Terra Noícias