Autor Tópico: Crise expõe perigo de fortalecimento da direita, diz Hobsbawm  (Lida 1210 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline Velho

  • Nível 04
  • *
  • Mensagens: 48
Crise expõe perigo de fortalecimento da direita, diz Hobsbawm
« Online: 21 de Outubro de 2008, 22:23:22 »
Para o pessoal interessado na atual crise financeira achei esta reportagem muito pertinente, motivo pelo qual a transcrevo a baixo.

-------

21 de outubro, 2008 - 13h50 GMT (11h50 Brasília)

Crise expõe perigo de fortalecimento da direita, diz Hobsbawm

O britânico Eric Hobsbawm, considerado um dos historiadores mais influentes do século 20, disse à BBC nesta terça-feira que o maior perigo da atual crise financeira mundial é o fortalecimento da direita.

“A esquerda está virtualmente ausente. Assim, me parece que o principal beneficiário deste descontentamento atual, com uma possível exceção – pelo menos eu espero – nos Estados Unidos, será a direita”, disse Hobsbawn, em entrevista à Rádio 4.

O historiador marxista comparou o atual momento “ao dramático colapso da União Soviética” e ao fim de “uma era específica”.

“Agora sabemos que estamos no fim de uma era e não se sabe o que virá pela frente.”

Hobsbawn diz não acreditar que a linguagem marxista, que lhe serviu de norte ao longo de toda sua carreira, será proeminente politicamente, mas intelectualmente, “a análise marxista sobre a forma com a qual o capitalismo opera será verdadeiramente importante”.

Abaixo, os principais trechos da entrevista.

Muitos consideram o que está acontecendo como uma volta ao estadismo e até do socialismo. O senhor concorda?

Bem, certamente estamos vivendo a crise mais grave do capitalismo desde a década de 30. Lembro-me de um título recente do Financial Times que dizia: O capitalismo em convulsão. Há muito tempo não lia um título como esse no FT.

Agora, acredito que esta crise está sendo mais dramática por causa dos mais de 30 anos de uma certa ideologia “teológica” do livre mercado, que todos os governos do Ocidente seguiram.

Porque como Marx, Engels e Schumpter previram, a globalização - que está implícita no capitalismo -, não apenas destrói uma herança de tradição como também é incrivelmente instável: opera por meio de uma série de crises.

E o que está acontecendo agora está sendo reconhecido como o fim de uma era específica. Sem dúvida, a partir de agora falaremos mais de (John Maynard) Keynes e menos de (Milton) Friedman e (Friedrich) Hayek.

Todos concordam que, de uma forma ou de outra, o Estado terá um papel maior na economia daqui por diante.

Qualquer que seja o papel que os governos venham a assumir, será um empreendimento público de ação e iniciativa, que será algo que orientará, organizará e dirigirá também a economia privada. Será muito mais uma economia mista do que tem sido até agora.

E em relação ao Estado como redistribuidor? O que tem sido feito até agora parece mais pragmático do que ideológico...

Acho que continuará sendo pragmático. O que tem acontecido nos últimos 30 anos é que o capitalismo global vem operando de uma forma incrivelmente instável, exceto, por várias razões, nos países ocidentais desenvolvidos.

No Brasil, nos anos 80, no México, nos 90, no sudeste asiático e Rússia nos anos 90, e na Argentina em 2000: todos sabiam que estas coisas poderia levar a catástrofes a curto prazo. E para nós isto implicava quedas tremendas do FTSE (índice da bolsa de Londres), mas seis meses depois, recomeçávamos de novo.

Agora, temos os mesmos incentivos que tínhamos nos anos 30: se não fizermos nada, o perigo político e social será profundo e ainda mais depois de tudo, da forma com a qual o capitalismo se reformou durante e depois da guerra sob o princípio de “nunca mais” aos riscos dos anos 30.

O senhor viu esses riscos se tornarem realidade: estava na Alemanha quando Adolf Hitler chegou ao poder. O senhor acredita que algo parecido poderia acontecer como conseqüência dos problemas atuais?

Nos anos 30, o claro efeito político da Grande Depressão a curto prazo foi o fortalecimento da direita. A esquerda não foi forte até a chegada da guerra. Então, eu acredito que este é o principal perigo.

Depois da guerra, a esquerda esteve presente em várias partes da Europa, inclusive na Inglaterra, com o Partido Trabalhista, mas hoje isso já não acontece.

A esquerda está virtualmente ausente, Assim, me parece que o principal beneficiário deste descontentamento atual, com uma possível exceção – pelo menos eu espero – nos Estados Unidos, será a direita.

O que vemos agora não é o equivalente à queda da União Soviética para a direita? Os desafios intelectuais que isto implica para o capitalismo e o livre mercado são tão profundos como os desafios enfrentados pela direita em 1989?

Sim, concordo. Acredito que esta crise é equivalente ao dramático colapso da União Soviética. Agora sabemos que acabou uma era. Não sabemos o que virá pela frente.

Temos um problema intelectual: estávamos acostumados a pensar até então que havia apenas duas alternativas: ou o livre mercado ou o socialismo. Mas, na realidade, há muito poucos exemplos de um caso completo de laboratório de cada uma dessas ideologias.

Então eu acho que teremos de deixar de pensar em uma ou em outra e devemos pensar na natureza da mescla. E principalmente até que ponto esta mistura será motivada pela consciência do modelo socialista e das conseqüências sociais do que está acontecendo.

O senhor acredita que regressaremos à linguagem do marxismo?

Desde a crise dos anos 90, são os homens de negócio que começaram a falar assim: “Bem, Marx predisse esta globalização e podemos pensar que este capitalismo está fundamentado em uma série de crises”.

Não acredito que a linguagem marxista será proeminente politicamente, mas intelectualmente a natureza da análise marxista sobre a forma com a qual o capitalismo opera será verdadeiramente importante.

O senhor sente um pouco recuperado depois de anos em que a opinião intelectual ia de encontro ao que o senhor pensava?

Bem, obviamente há um pouco a sensação de schadenfreude (regozijo pela desgraça alheia).

Sempre dissemos que o capitalismo iria se chocar com suas próprias dificuldades, mas não me sinto recuperado.

O que é certo é que as pessoas descobrirão que de fato o que estava sendo feito não produziu os resultados esperados.

Durante 30 anos os ideólogos disseram que tudo ia dar certo: o livre mercado é lógico e produz crescimento máximo. Sim, diziam que produzia um pouco de desigualdade aqui e ali, mas também não importava muito porque os pobres estavam um pouco mais prósperos.

Agora sabemos que o que aconteceu é que se criaram condições de instabilidades enormes, que criaram condições nas quais a desigualdade afeta não apenas os mais pobres, como também cada vez mais uma grande parte de classe média.

Sobretudo, nos últimos 30 anos, os benefíciários deste grande crescimento têm sido nós, no Ocidente, que vivemos uma vida imensuravelmente superior a qualquer outro lugar do mundo.

E me surpreende muito que o Financial Times diga que o que se espera que aconteça agora é que este novo tipo de globalização controlada beneficie a quem realmente precisa, que se reduza a enorme diferença entre nós, que vivemos como príncipes, e a enorme maioria dos pobres.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/10/081021_hobsbawncrise_fp.shtml

Offline FxF

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 5.720
  • Sexo: Masculino
  • Yohohoho!
Re: Crise expõe perigo de fortalecimento da direita, diz Hobsbawm
« Resposta #1 Online: 21 de Outubro de 2008, 23:38:30 »
Aiaiaiai...

Offline Luis Dantas

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.195
  • Sexo: Masculino
  • Morituri Delendi
    • DantasWiki
Re: Crise expõe perigo de fortalecimento da direita, diz Hobsbawm
« Resposta #2 Online: 22 de Outubro de 2008, 00:40:11 »
Ainda faz sentido falar em "direita"?
Wiki experimental | http://luisdantas.zip.net
The stanza uttered by a teacher is reborn in the scholar who repeats the word

Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Moro

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 20.984
Re: Crise expõe perigo de fortalecimento da direita, diz Hobsbawm
« Resposta #3 Online: 22 de Outubro de 2008, 00:48:46 »
Lí vários livros deste cara. O cara é excelente quando tenta se fixar nos fatos. Fez juízo de valor, já era...
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline Arcanjo Lúcifer

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 22.730
  • Sexo: Masculino
Re: Crise expõe perigo de fortalecimento da direita, diz Hobsbawm
« Resposta #4 Online: 22 de Outubro de 2008, 07:37:20 »
Citar
Bem, certamente estamos vivendo a crise mais grave do capitalismo desde a década de 30. Lembro-me de um título recente do Financial Times que dizia: O capitalismo em convulsão.

Alguém avisou esse cara que a URSS faliu?

Offline Herf

  • Nível 37
  • *
  • Mensagens: 3.380
Re: Crise expõe perigo de fortalecimento da direita, diz Hobsbawm
« Resposta #5 Online: 22 de Outubro de 2008, 07:40:13 »
Citar
Todos concordam que, de uma forma ou de outra, o Estado terá um papel maior na economia daqui por diante.
Ainda maior?

Offline Dodo

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 5.304
Re: Crise expõe perigo de fortalecimento da direita, diz Hobsbawm
« Resposta #6 Online: 22 de Outubro de 2008, 08:07:48 »
Alguém leu algo sobre o que aconteceria se o governo americano NÃO interferisse na crise, e em que escala a economia mundial seria afetada? Vocês concordam com as previsões catástróficas de algumas dessas análises?

EDIT: Coloquei mal a pergunta.
« Última modificação: 22 de Outubro de 2008, 08:29:14 por Dodo »
Você é único, assim como todos os outros.
Alfred E. Newman

Offline Jeanioz

  • Nível 33
  • *
  • Mensagens: 2.501
  • Sexo: Masculino
Re: Crise expõe perigo de fortalecimento da direita, diz Hobsbawm
« Resposta #7 Online: 22 de Outubro de 2008, 08:51:53 »
Os veteranos logo tomaram conta de tudo!!!

Só será cidadão quem prestar serviço militar!!! Mwahahahahaha!!!!!!!!!!!







:P

Offline Arcanjo Lúcifer

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 22.730
  • Sexo: Masculino
Re: Crise expõe perigo de fortalecimento da direita, diz Hobsbawm
« Resposta #8 Online: 22 de Outubro de 2008, 12:11:42 »
Alguém leu algo sobre o que aconteceria se o governo americano NÃO interferisse na crise, e em que escala a economia mundial seria afetada? Vocês concordam com as previsões catástróficas de algumas dessas análises?

EDIT: Coloquei mal a pergunta.

Basicamente haveria uma quebradeira geral porque os bancos deram crédito demais a quem não tinha como pagar.

Mas uma coisa é admitir que se errou nesse ponto, outra coisa é ouvir de um comuna que o capitalismo é o mal de toda a miséria humana quando eles nem se tocam que a URSS faliu porque um cara tinha de passar 10 anos na fila para comprar uma geladeira (Se não viesse com defeito..) e que se não fosse o governo bancar tudo com grana que só valia dentro de suas próprias fronteiras  eles teriam quebrado bem antes.


Offline Tupac

  • Nível 39
  • *
  • Mensagens: 3.905
Re: Crise expõe perigo de fortalecimento da direita, diz Hobsbawm
« Resposta #9 Online: 22 de Outubro de 2008, 16:31:49 »
Me indicaram livros desse Hobsbawm, ele confiavel ou é parcial???
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida."
 - Carl Sagan

"O que é afirmado sem argumentos, pode ser descartado sem argumentos." - Navalha de Hitchens

Offline 4 Ton Mantis

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.330
  • Sexo: Masculino
Crise expõe perigo de fortalecimento da direita
« Resposta #10 Online: 22 de Outubro de 2008, 19:24:14 »
http://www.estadao.com.br/economia/not_eco263651,0.htm

O britânico Eric Hobsbawm, considerado um dos historiadores mais influentes do século 20, disse à BBC nesta terça-feira que o maior perigo da atual crise financeira mundial é o fortalecimento da direita. “A esquerda está virtualmente ausente. Assim, me parece que o principal beneficiário deste descontentamento atual, com uma possível exceção – pelo menos eu espero – nos Estados Unidos, será a direita”, disse Hobsbawn, em entrevista à Rádio 4. O historiador marxista comparou o atual momento “ao dramático colapso da União Soviética” e ao fim de “uma era específica”.

“Agora sabemos que estamos no fim de uma era e não se sabe o que virá pela frente.”
Hobsbawn diz não acreditar que a linguagem marxista, que lhe serviu de norte ao longo de toda sua carreira, será proeminente politicamente, mas intelectualmente, “a análise marxista sobre a forma com a qual o capitalismo opera será verdadeiramente importante”. Abaixo, os principais trechos da entrevista:

Muitos consideram o que está acontecendo como uma volta ao estadismo e até do socialismo. O senhor concorda?

Bem, certamente estamos vivendo a crise mais grave do capitalismo desde a década de 30. Lembro-me de um título recente do Financial Times que dizia: “O capitalismo em convulsão.” Há muito tempo não lia um título como esse no FT. Agora, acredito que esta crise está sendo mais dramática por causa dos mais de 30 anos de uma certa ideologia “teológica” do livre mercado, que todos os governos do Ocidente seguiram. Porque como Marx, Engels e Schumpter previram, a globalização – que está implícita no capitalismo –, não apenas destrói uma herança de tradição como também é incrivelmente instável: opera por meio de uma série de crises. E o que está acontecendo agora está sendo reconhecido como o fim de uma era específica. Sem dúvida, a partir de agora falaremos mais de (John Maynard) Keynes e menos de (Milton) Friedman e (Friedrich) Hayek. Todos concordam que, de uma forma ou de outra, o Estado terá um papel maior na economia daqui por diante.

Qualquer que seja o papel que os governos venham a assumir, será um empreendimento público de ação e iniciativa, que será algo que orientará, organizará e dirigirá também a economia privada. Será muito mais uma economia mista do que tem sido até agora. ...

O senhor ... estava na Alemanha quando Adolf Hitler chegou ao poder. O senhor acredita que algo parecido poderia acontecer como conseqüência dos problemas atuais?

Nos anos 30, o claro efeito político da Grande Depressão a curto prazo foi o fortalecimento da direita. A esquerda não foi forte até a chegada da guerra. Então, eu acredito que este é o principal perigo. Depois da guerra, a esquerda esteve presente em várias partes da Europa, inclusive na Inglaterra, com o Partido Trabalhista, mas hoje isso já não acontece. A esquerda está virtualmente ausente, Assim, me parece que o principal beneficiário deste descontentamento atual, com uma possível exceção – pelo menos eu espero – nos Estados Unidos, será a direita.

O que vemos agora não é o equivalente à queda da União Soviética para a direita? Os desafios intelectuais que isto implica para o capitalismo e o livre mercado são tão profundos como os desafios enfrentados pela direita em 1989?

Sim, concordo. Acredito que esta crise é equivalente ao dramático colapso da União Soviética. Agora sabemos que acabou uma era. Não sabemos o que virá pela frente. Temos um problema intelectual: estávamos acostumados a pensar até então que havia apenas duas alternativas: ou o livre mercado ou o socialismo. Mas, na realidade, há muito poucos exemplos de um caso completo de laboratório de cada uma dessas ideologias. Então eu acho que teremos de deixar de pensar em uma ou em outra e devemos pensar na natureza da mescla. E principalmente até que ponto esta mistura será motivada pela consciência do modelo socialista e das conseqüências sociais do que está acontecendo.

O senhor acredita que regressaremos à linguagem do marxismo?

Desde a crise dos anos 90, são os homens de negócio que começaram a falar assim: “Bem, Marx predisse esta globalização e podemos pensar que este capitalismo está fundamentado em uma série de crises.” Não acredito que a linguagem marxista será proeminente politicamente, mas intelectualmente a natureza da análise marxista sobre a forma com a qual o capitalismo opera será verdadeiramente importante. ...



\"Deus está morto\"-Nietzsche

\"Nietzsche está morto\"-Deus

Offline Luiz Souto

  • Nível 33
  • *
  • Mensagens: 2.356
  • Sexo: Masculino
  • Magia é 90% atitude
Re: Crise expõe perigo de fortalecimento da direita
« Resposta #11 Online: 22 de Outubro de 2008, 21:37:43 »
Cara ,  como eu espero chegar à idade do Hobsbawn tão lúcido quanto ele... ( e se possível com pelo menos parte da cultura...)
Há algum tempo li uma entrevista em que ele dizia que os que apontavam o 11 de setembro como um evento que marcava uma nova era na história do mundo estavam errados , para isso seria necessário que a estrutura e o equilíbrio das relações internacionais fosse fundamentalmente alterada. A crise financeira atual bem pode ser realmente o começo disto.
A observação final dele é parecida com algo que já venho pensando há algum tempo  , que a maior importância do marxismo será como metodologia de análise social e não necessariamente como filosofia política / econõmica.
Se não queres que riam de teus argumentos , porque usas argumentos risíveis ?

A liberdade só para os que apóiam o governo,só para os membros de um partido (por mais numeroso que este seja) não é liberdade em absoluto.A liberdade é sempre e exclusivamente liberdade para quem pensa de maneira diferente. - Rosa Luxemburgo

Conheça a seção em português do Marxists Internet Archive

Offline Luiz Souto

  • Nível 33
  • *
  • Mensagens: 2.356
  • Sexo: Masculino
  • Magia é 90% atitude
Re: Crise expõe perigo de fortalecimento da direita, diz Hobsbawm
« Resposta #12 Online: 22 de Outubro de 2008, 21:56:09 »
Me indicaram livros desse Hobsbawm, ele confiavel ou é parcial???

Bom , eu acho Hobsbawn excelente , além de escrever muito bem a cultura geral dele é impressionante.
Se não queres que riam de teus argumentos , porque usas argumentos risíveis ?

A liberdade só para os que apóiam o governo,só para os membros de um partido (por mais numeroso que este seja) não é liberdade em absoluto.A liberdade é sempre e exclusivamente liberdade para quem pensa de maneira diferente. - Rosa Luxemburgo

Conheça a seção em português do Marxists Internet Archive

Offline Luis Dantas

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.195
  • Sexo: Masculino
  • Morituri Delendi
    • DantasWiki
Re: Crise expõe perigo de fortalecimento da direita
« Resposta #13 Online: 22 de Outubro de 2008, 22:27:53 »
Wiki experimental | http://luisdantas.zip.net
The stanza uttered by a teacher is reborn in the scholar who repeats the word

Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Moro

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 20.984
Re: Crise expõe perigo de fortalecimento da direita, diz Hobsbawm
« Resposta #14 Online: 22 de Outubro de 2008, 22:43:27 »
Tupac, fui eu que te indiquei... mas com a ressalva que o cara é enviesado. Eu leio com o intuito de conhecer os acontecimentos, ignorando os juizos de valor que quase sempre caem em groselhas.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline Tupac

  • Nível 39
  • *
  • Mensagens: 3.905
Re: Crise expõe perigo de fortalecimento da direita, diz Hobsbawm
« Resposta #15 Online: 22 de Outubro de 2008, 23:37:45 »
Sim, foi você e o Argo, de um outro forum que participo...
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida."
 - Carl Sagan

"O que é afirmado sem argumentos, pode ser descartado sem argumentos." - Navalha de Hitchens

Offline FxF

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 5.720
  • Sexo: Masculino
  • Yohohoho!
Re: Crise expõe perigo de fortalecimento da direita, diz Hobsbawm
« Resposta #16 Online: 24 de Outubro de 2008, 22:17:55 »
Alguém leu algo sobre o que aconteceria se o governo americano NÃO interferisse na crise, e em que escala a economia mundial seria afetada? Vocês concordam com as previsões catástróficas de algumas dessas análises?
Começou com a má administração do Bush, que revertesse o que fez.

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!