Orçamento dos EUA prevê gasto total de US$ 3,606 trilhões em 2010WASHINGTON - O projeto de orçamento apresentado nesta quinta-feira pelo presidente Barack Obama prevê gastos totais de US$ 3,606 trilhões para o exercício de 2010, contra US$ 3,724 trilhões do ano fiscal anterior, de acordo com dados oficiais.
Para o exercício 2010, que nos Estados Unidos começa no dia 1º de outubro, o projeto de orçamento prevê ainda um déficit de US$ 1,171 trilhão, contra US$ 1,75 trilhão em 2009.
"Será necessário tempo, mas podemos trazer mudanças aos Estados Unidos, podemos reconstruir a confiança perdida, podemos restabelecer perspectivas e prosperidade", afirmou Obama em uma declaração antes da apresentação oficial do orçamento.
Obama também advertiu que há pela frente uma série de "decisões difíceis" em relação aos gastos públicos, mas que elas serão tomadas por sua administração. "Devemos nos concentrar no que é necessário para movimentar a economia", disse o democrata.
O orçamento também prevê uma contração de 1,2%% do PIB em 2009 e um crescimento de 3,2% em 2010. A Casa Branca, por outro lado, espera três anos de crescimento muito forte: 4,0% em 2011, 4,6% em 2012 e 4,2% em 2013.
O governo recordou que o comitê de Orçamento do Congresso, em suas projeções de janeiro, não levou em conta o plano de reativação econômica votado em 13 de fevereiro. Este apresentava projeções menos otimistas, com -2,2% em 2009 e +1,5% em 2010.
O orçamento também fala de uma taxa de desemprego de 8,1% este ano e de 7,9% em 2010. Em janeiro, a taxa foi de 7,6%, segundo as cifras do departamento do Trabalho.
Gasto militarObama prevê que os gastos dos Estados Unidos com as guerras no Iraque e no Afeganistão cheguem a US$ 140 bilhões neste ano. Este custo cairá a US$ 130 bilhões no ano fiscal de 2010, que começa em 1° de outubro.
A meta do governo democrata é reduzir os custos anuais com as duas guerras para US$ 50 bilhões anuais a partir de 2011.
http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/02/26/orcamento+dos+eua+preve+gasto+total+de+us+3606+trilhoes+em+2010+4351996.html
Obama apresenta orçamento e adverte para 'escolhas difíceis'WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apresentou nesta quinta-feira sua proposta de orçamento do país, advertindo que os Estados Unidos têm "decisões difíceis" sobre seus gastos pela frente. O orçamento de US$ 3,6 trilhões para o ano fiscal de 2010, que se inicia em 1° de outubro deste ano, prevê um déficit de US$ 1,17 trilhão - menor do que o previsto para este ano, de US$ 1,75 trilhão.
"Enquanto tivermos déficit orçamentários, nós precisamos iniciar o processo de fazer as escolhas difíceis necessárias para restaurar a disciplina fiscal", disse o presidente em uma coletiva.
Na terça-feira, Obama prometeu cortar pela metade o déficit orçamentário até o final de seu primeiro mandato, em 2013.
O orçamento proposto por Obama prevê uma redução das deduções de impostos para os mais ricos do país como forma de financiar projetos que beneficiarão os mais pobres, como a ampliação do sistema de saúde pública. Obama reservou US$ 634 bilhões do orçamento para a proposta, uma das principais promessas de campanha do presidente.
Ainda assim, o gasto previsto com as reformas do sistema de saúde são menores do que os previstos com defesa, incluindo as operações militares no Iraque e no Afeganistão. O orçamento reserva US$ 663,7 bilhões para esses gastos, um aumento de cerca de 1,5% em relação ao orçamento atual.
O presidente americano prometeu mais transparência em relação ao dinheiro destinado às operações militares iniciadas no governo do antecessor, George W. Bush. "Grandes quantias foram deixadas de fora dos livros de contabilidade, incluindo o verdadeiro custo das ofensivas no Iraque e no Afeganistão", disse Obama.
"Nós precisamos ser honestos com nós próprios sobre os custos acumulados, porque é assim que vamos lidar com as escolhas difíceis que temos pela frente - e há algumas escolhas difíceis pela frente."
O orçamento também prevê uma verba de contingência de US$ 250 bilhões para um resgate adicional de instituições financeiras afetadas pela crise global, caso seja necessário.
O dinheiro não está previsto nos planos de resgate já lançados, como o de US$ 700 bilhões, aprovado no ano passado, e o anunciado neste mês pelo secretário do Tesouro, Timothy Geithner.
Próximo passoA proposta orçamentária de Obama deve agora ser enviada ao Congresso, onde a expectativa é de que enfrente a resistência da oposição republicana.
Muitos republicanos são contra a proposta do presidente de reduzir os abatimentos de impostos para os mais ricos.
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