Essa teoria da historia, que veria no proletariado o "Sujeito", não existe no Capital, logo a crítica não teria muito fundamento.
Nos Grundrisse Marx escreveu "Operários e capitalistas são servos do Capital", e riscou. Demorou muito tempo (mais de um ano) para voltar a trabalhar na obra, tendo quebrado finalmente essa barreira epistemofílica.
Também diria que o Prefácio do '59 deveria, se não ser ignorado, ser tratado com muito cuidado. O Capital não pôde ser acabado, mas como ferramenta epistemológica é incomparável aos seus esboços prévios, ainda que nele não haja, explicitamente, uma teoria que relacione a infraestrutura e a superestrutura (que são, é importante ter em conta, categorias que não aparecem no Marx posterior - e rara vez no anterior).
Discordo com muito do que diz o Ghiraldelli, mas o sublinhado é muito acertado.
O problema da maioria dos marxistas é, como o Luiz bem diz, não conhecer e não ter lido Marx.